Há quem lhe chame o filho do Dragão, quem diga que é o último
dos jogadores “à Porto”, uma voz de comando, aquele que come a relva, aquele
que se mostra orgulhoso por usar esta camisola mais do que qualquer outra, o
último que se rende. No fundo, o último Dragão.
Sinto isso cada vez que vou ao Estádio, sinto o carinho dos
adeptos por ele e também uma espécie de pacto de lealdade.
E essa lealdade não foi construída com palavras ocas ou
promessas vãs, essa lealdade foi construída por cada jogo que fez, pela atitude
que demonstrou e porque em momento algum se achou mais nem melhor que o Símbolo
que carrega ao peito.
O miúdo que nasceu para ser capitão fez a sua formação no
Porto e chegou à equipa principal. Não encontrou espaço e por isso rodou no
Olhanense, duas épocas de grande nível, voltou ao Porto, mas como o espaço
ainda estava atulhado, digamos assim, voltou a rodar, desta vez na liga
espanhola e no Gijon, mais duas épocas de bom nível. Volta ao Porto esta época
e fixa-se, não sem antes ter de provar repetidamente que é melhor que um certo
belga... (mas isso são outras histórias).
É por jogadores como o Castro que eu ainda acredito na
Formação, não só de jogadores como de homens. Castro como jogador e em certa
medida como homem é produto da escola Porto.
Costumo ouvir aos adeptos dizer que os jogadores vêm e vão
mas o clube fica. Atrevo-me a dizer que o clube fica, mas ficaria bem melhor se
se continuasse a formar "Castros", porque meus amigos, nas alturas de
glória e de festa os virtuosos parecem Gigantes, mas quando o barco começa a afundar,
os virtuosos saltam todos borda fora ou apanham boleia de outros barcos... e
nessas alturas são os "Castros" que ficam, são os "Castros"
que resistem.
Espero que o Castro não seja o último dos Dragões (embora
não veja outro assim...) e acima de tudo espero que nenhum iluminado lhe corte
as asas.
Por: Prodígio
3 comentários:
Castro não merece os pontapés que levou, Castro merece é vir a sítios como estes e ver que há quem lhe dê o devido respeito.
É este tipo de jogadores que os Portistas idolatram.
Castro é um de nós, alguém que sente o clube como nós o sentimos. Precisamos de mais Castros e não de pseudo-estrelas com cabelos moicanos e tatuagens tribais.
Castro, és grande.
O gostarmos de alguém não tem forçosamente que ser em detrimento de outro !
Não entendo porque para se elogiar um jogador se tem que dizer mal de outros !
Principalmente dizer mal de grandes jogadores que sempre deram tudo pelo clube, com os das tatuagens... mas adiante.
"castro não merce os pontapés que levou" Quais pontapés? Já agora só porque um gajo é portista desde pequenino tem de ter lugar cativo na equipe... Tivesse o Castro jogado desde sempre e não estaria a jogar como joga hoje...estaria a milhas do clube, crucificado pelos mesmo que agora o enaltecem!
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