Caminho tortuoso até à vitória total. Um jogo épico, onde uma torrente de contrariedades não desgastaram a teimosia de uma equipa em ser campeã.
O adversário chegou a comandar o resultado do jogo por 0-2. Um golo contra a corrente do jogo e, um minuto depois, outro golo é oferecido. Do lado do FC Porto, contavam-se já inúmeros fora de jogo mal tirados (um deles a anular um golo limpo), um festival de bolas no ferro e falhanços no ataque final à baliza vitoriana. O FC Porto a jogar e o adversário a marcar. Até que Graça, a 3 minutos do intervalo, coloca alguma esperança no resultado e reduz para 1-2, com um golo de bandeira. Um golo que soltou a equipa e amedrontou o adversário.
Como se explica a primeira parte ingrata do FC Porto e a sua segunda parte tão avassaladora? Mais que o amontoar de contrariedades (quer por culpas próprias, quer por culpas alheias), a verdade é que o meio campo do FC Porto dominava tecnicamente a partida, mas não tinha a dinâmica necessária para se impor na luta a meio campo e “matar” a criatividade do adversário. Sentia-se a ausência do seu habitual 6 – Vítor Andrade – e Helinho encontrava tempo e espaço para acossar a defensiva portista com as suas aberturas. É o golo de Graça que deprime o meio campo do adversário e catapulta o FC Porto para o jogo.