quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Danilo, O Homem e o seu percurso.



O Homem e o seu percurso:




É em Bicas, pequena cidade do interior do estado de Minas Gerais – Brasil, onde nasceu Danilo. Começa o seu percurso futebolístico na sua cidade natal, dividindo-o entre os dois rivais da cidade: o Esporte Biquense e o Leopoldina. 

Danilo dá nas vistas logo desde início e a família decide apostar no talento do rapaz. Com sacrifício, dão o próximo passo: uma cidade grande do estado Minas Gerais – Juiz de Fora. É no Sport Juiz de Fora que Danilo chama a atenção de um clube da capital do estado. Aos 12 anos parte para Belo Horizonte, não para um dos dois grandes clubes da metrópole Brasileira (Atlético Mineiro e Cruzeiro), mas para o mais modesto América FC (também conhecido como América MG).





É na formação do América MG que Danilo cresce e ganha reputação, saltando escalões de formação até atingir a sua estreia na equipa principal do América MG aos 17 anos. Decorria a época de 2009 e participa em dois jogos do campeonato Estadual de Minas Gerais (Mineirão) e em 9 jogos da Série C do Campeonato Brasileiro como titular, dando um contributo decisivo à promoção do América MG ao segundo escalão nacional do futebol Brasileiro: Série B. 

Nova época de 2010 a chegar e Danilo já está consolidado na equipa titular do América MG. Como de costume, a época arranca com os estaduais e na edição do Mineirão 2010, o América MG prega um susto de morte ao Atlético Mineiro. Nos quartos-de-final, disputado a duas mãos, o resultado salda-se num empate 5-5 entre os dois conjuntos de Belo Horizonte. Passa o Atlético Mineiro à próxima fase (sangrando-se, no final, campeão), por desempate de golos fora. Danilo marca em ambos os encontros frente ao Atlético Mineiro e é eleito a revelação do Mineirão. Os dois grandes clubes de Belo Horizonte terminam o Mineirão a “salivarem” pelo maior talento do estado.

E a salivar ficaram, pois quem ganha a corrida por Danilo é o clube do litoral Paulista: o Santos FC. Talento sobre talento, é um pouco assim que se pode definir o projecto do Santos. 

Com Robinho como general dos “moleques da Vila Belmiro” o talento passeia-se junto à praia de Santos: Neymar, Ganso, Alan Patrick, André, Wesley, Arouca, Rafael e um tal de Alex Sandro.

 Projectos de craques, de astros maiores, uns mais consistentes, outros nem tanto, é, no entanto, à equipa mais “badalada” do Brasil à qual se junta Danilo. Da série B para a favorita à conquista do Brasileirão de 2010. De um clube modesto de Belo Horizonte, para a maior força em 2010 da grande São Paulo. Deixar a sua marca, ganhar o seu espaço já seria difícil, mas Danilo ainda sobe a expectativa. Num acto de agradecimento ao América MG e aproveitando a paragem que o Brasileirão iria ter no Verão de 2010 devido ao Campeonato do Mundo, Danilo pede para adiar por 15 dias a sua chegada ao Santos. Tempo suficiente para realizar os seus últimos 3 jogos pelo América MG e despedindo-se com o contributo em mais duas vitórias (o América MG, no final do campeonato, consegue o segunda promoção consecutiva, atingindo o Brasileirão).




Dois meses após a chegada a Santos, Danilo é titular. Não só é titular, como consegue destacar-se no meio de tanto mediatismo. Versátil, adapta-se a várias posições, uma capacidade de metamorfose que já demonstrava no América MG. Chega 2011 e vem um ano farto em títulos. Logo a abrir, conquista o Sul Americano de Sub-20. Marca na final frente ao Uruguai, naquela que é a sua estreia em grandes competições pelas selecções jovens do Brasil. Segue-se o estadual de São Paulo. O Paulistão é ganho frente ao rival Corinthians. Segue-se a Copa Libertadores (a taça Continental mais importante da América do Sul) frente ao Peñarol, onde após um empate a zero em Montevideu, o Santos FC recebe e ganha 2-1 na Vila Belmiro, com o golo decisivo a ser marcado por Danilo. Fecha as contas com o Campeonato do Mundo de Sub-20, onde é titularíssimo e capitão da selecção Brasileira, um título ganho frente à selecção Portuguesa. Há, também, o amargo de voltar a falhar o objectivo da conquista do Brasileirão, pelo segundo ano consecutivo. Um amargo mitigado pelo objectivo alcançado a 14 de Setembro de 2011: a estreia na Canarinha. E logo frente à Argentina.


O Brasileirão 2011, também, trouxe uma experiência nova: o confronto com o seu ex-clube. Danilo demonstra todo o seu afecto ao América MG (afirma que Belo Horizonte é a sua “casa” e o América MG a sua segunda família, onde é visita frequente), mas contribuiu com duas vitórias Santistas frente ao seu ex-clube.


A análise ao jogador:

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Mercado de Transferências



Aproxima-se a janela de transferências de inverno e com isso começa a dança habitual de nomes a povoar o universo das redacções dos jornais.

No que toca ao FC Porto o mercado irá  agitar-se como é mais ou menos do domínio publico nos dois sentidos, no das entradas e no das saídas.

Nessa dicotomia entradas/saídas estas ultimas serão em maior numero do que as entradas, procedendo-se a reajustes no plantel.






Os rumores dos que irão partir apontam para os nomes de Fucile, Sapunaru, Guarin, Rodriguez, Varela e Walter como os elementos excedentários no plantel e alguns deles envolvidos em graves casos de indisciplina.




domingo, 25 de dezembro de 2011

Os 4 pilares do sucesso do FC Porto – Competência, paixão, ambição e rigor.







De acordo com o site oficial do FC Porto, o clube do momento em Portugal, e também por que não dizê-lo sem sofismas no mundo, vence desde 1893 e será sempre este o seu destino, também de acordo com a sua filosofia de vitória, e continuará a ser certamente por muitos e muitos anos, se porventura, não mudar a sua forma de gestão e a sua própria génese, no que concerne à forma como a sua administração, superiormente liderada por Jorge Nuno Pinto da Costa, tem vindo a pautar as suas ideias consubstanciadas no desenvolvimento do clube, que não pára de crescer e de bater recordes atrás de recordes.




sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal para todos os Portistas e Desportistas espalhados pelo Mundo.

Trilogia do Siga.

“Segui em Frente”





Um abalroamento gritante. No sábado Duarte Gomes manda seguir e nada assinala.
No Domingo reconhece o abalroamento e segue novamente. Desta vez em frente como ficou explicito no seu facebook.

Há umas crónicas atrás referi que os portistas estavam a ficar burgueses. O contexto era o assobio e a tendência para nos acharmos virtualmente superiores e que, graças a esse dom, não aceitávamos que algo corresse mal.

Essa superioridade futebolística foi real nas últimas décadas e levou a uma mudança de estratégia institucional desde o processo apito dourado.









Externamente o clube era defendido pelo treinador, papel que Jesualdo Ferreira cumpriu com louvável abnegação.

Pinto da Costa quando falava, era para dizer que o Porto só se preocupava com as quatro linhas e em contratar os melhores jogadores e treinador. Ter a melhor equipa bastava.
Em épocas normais isso ocorre. Em épocas anormais depende da almofada de superioridade.
Por exemplo, nos últimos 17 anos e meio o clube que hoje rivaliza com o Porto na liderança da 1ª Liga ganhou 2 campeonatos. DOIS!

O ganho por Trapattoni foi trabalhado fora de campo. Quem não se lembra do Estoril-gate, do jogo no Algarve para a receita, da entrada em cena de José Veiga, do defesa direito Rui Duarte auto-expulso convenientemente nesse jogo, da indignação do treinador-adjunto Carlos Xavier que rapidamente foi saneado pelo então dirigente do Estoril António Figueiredo que, por mera coincidência, tinha sido director de futebol do Benfica na época de Manuel Damásio.

Quem quiser saber pormenores basta googlar 3 palavrinhas: Estoril, Benfica, Judiciária.

O segundo e último campeonato ganho pela equipa maravilha do Benfica de Jorge Jesus seguiu a mesma bitola.

Aí as palavras a googlar serão: túnel, Hulk, Sapunaru, Vandinho, Mossoró.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Campeonato Nacional de Juniores Zona Norte, 18ª Jornada FC Porto 1 - 0 Boavista FC




O jogo foi de um só sentido em que o Boavista apenas se limitou a defender de forma muito bem organizada,  mesmo assim os jovens Dragões iam tentando com jogadas de insistência, bolas paradas e remates de fora da área chegar ao mais que merecido golo que só chegou numa dessas insistências e num remate fora da área de Mikel em que bateu antes de entrar num defesa do Boavista. Golo mais que merecido.







Já antes, Alves num grande remate em arco tinha enviado a bola á barra. O mais difícil estava conseguido que era abrir a baliza das panteras e eis que no minuto seguinte Fábio é expulso. Não discuto a decisão do árbitro porque aplicou o seu critério. Fábio foi agarrado e respondeu. Mas obviamente que o critério deste árbitro foi muito mau. Ebo sofreu penalty que ditava a expulsão do guarda-redes Tiago Pinto mas o árbitro não marcou.

Como acha que fez uma boa análise do lance, com gestos para os protestos dos jovens Dragões mostrou que Ebo se atirou para o chão. Mas não foi só este lance mal ajuizado porque e depois de alguns amarelos erdoados aos boavisteiros o primeiro a ser mostrado teria que ser a um jogador da casa. Justo, mas antes alguns a jogadores do Boavista tinham de ter sido mostrados.

Até final nada mais se passou de destaque com a excepção do livre no último minuto de descontos (muitas dúvidas se realmente existiu falta) á entrada da área. Livre muito bem marcado mas Eloi faz a defesa da tarde ao garantir que o resultado não se alterava. Eloi que de resto
no pouco trabalho que teve, mas dificil, esteve muito bem. Um guarda-redes com largo futuro á sua frente.

Ficha do Jogo:


F. C. Porto 1 - 0 Boavista

Local Centro de Treinos do Olival, em Gaia

Árbitro João Santos (Porto)

Ao intervalo 0-0 Golos Mikel (71).

Cartões amarelos Fred (59) e Pedro Rodrigues (77) vermelhos Fábio Martins (72)

FC Porto: Elói, André Teixeira, Hugo Basto, Lima Pereira, Floro, Mikel, Alves,(Paulo Jorge, 87), Tozé, Fred, (Fábio Martins, 67), Ebo, Lupeta, (Gonçalo Paciência, 67),

Treinador: Rui Gomes

Boavista FC: Tiago Pinto, Cláudio, Tiago Sousa, Quim Zé, Adérito, (Pedro Rodrigues, 46), Mário Rodrigo, (Carraça, 80), Bruno Fernandes, Pedro Nuno, (Paulo, 63), Yi, Tiaguinho

Treinador: Martelinho




Por: Juary

Taça da Liga 1ª Jornada, Paços de Ferreira 1 - 2 FC Porto




Objectivo cumprido, é o que fica deste jogo. Mais de meio caminho andado nesta fase de grupos da taça da liga. Pelo meio, algumas boas novidades, alguns bons regressos, algumas experiências antigas que voltaram a mostrar que não são solução e algumas decepções.










O jogo foi como o tempo, “enevoeirado”, frio e lento. Um jogo de final de ano que mais parecia de final de época. Um jogo que nunca cresceu para lá da rotação do onze inicial portista e da depressão competitiva em que está a equipa pacense. Um jogo como pede esta competição, a mais débil e desinteressante de todas.






O FC Porto entra a ganhar, com o arreganho de Rodríguez ao facturar num remate desviado. Bastou um pouco mais de determinação e vontade para logo marcar diferenças, mesmo sem brilhantismo. Ainda assim e dadas as circunstâncias, tivemos quinze minutos de bom Porto. Boa pressão, algum talento e largura de jogo. Depois, o golo do Paços, que como vem sendo tradição na taça da liga, tem sempre dedo do nosso GR. Um golo caído do céu para os pacenses e o jogo gela. Quinze minutos de muito mau futebol. Pachorrento, lento, sem ponta de imaginação. Trocou-se e voltou-se a baralhar. Varela para o flanco, Rodríguez para interior e o FC Porto lá arrebita e acaba por cima nos quinze minutos finais.







Vem o intervalo e Vítor Pereira começa a destrunfar. Tinha que ser. Tira Maicon para não voltar a ter calafrios e mete Moutinho para ganhar, definitivamente, o meio campo a um Paços de marcha-atrás metida. Domínio conseguido (o que não era complicado de atingir, pela ausência ofensiva do Paços no jogo de hoje), faltava o perigo. Volta Vítor Pereira a destrunfar. Mais um ás de espadas para o campo. Com Hulk e Djalma no mesmo flanco, o lado esquerdo da defensiva do Paços nunca mais voltou a ser o que era. Ainda tentou ripostar, mas depois de Djalma perceber a lição, foi fatal. Até que ao minuto 70 Hulk tomba a balança e sofre penalti. Convertido o penalti e com o “toque” a notar-se em Souza, Vítor Pereira volta a destrunfar. Fernando em campo e fim de história para o Paços. Se algo acontecesse, e esteve quase (por Hulk, claro), seria o avolumar do resultado e nunca novo empate.



Permitam-me a reflexão. Mesmo nestes jogos, mesmo nesta competição, ou colocamos em campo alguns dos ases de espadas do onze habitualmente inicial, ou o que pedimos ao restante naipe é muito elevado. Não por falta de competências, mas de rotinas e de motivação.

Análises individuais:

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Algumas notas de rodapé sobre o atual plantel do FCP.


Tendo em conta que está bem próximo o período de abertura de transferências, entendi por bem, sugerir e colocar também à colação dos leitores do blog, alguns considerandos e possibilidades para alteração ou renovação do plantel do FCP a saber:

1-  Apesar de neste momento não ter grande valor de mercado, devido ao curto tempo de validade do seu contrato actual, Christian Rodriguez apesar do golo marcado no último jogo, por ser um jogador muito caro e sem lugar na equipa, seria quanto a mim o primeiro a sair para diminuir custos e abrir um lugar a um novo talento.


domingo, 18 de dezembro de 2011

Campeonato Nacional de Andebol, 16ª Jornada, FC Porto 48 - 29 Belenenses




Jogo de luxo, jogo de Campeões.

Os tri-campeões entraram para este jogo a perder como que dando uma prenda de natal a um belenenses que iria chorar no final da partida e participando num jogo para mais tarde recordar (esquecer?), a recuperação do 1-2 faz-se de imediato e embalando o FC Porto para um resultado avassalador de contornos históricos.









Ataques de toda a forma e feitio, de contra-ataque de ataque planeado, das pontas, dos nove metros, um FC Porto de Luxo que chegou naturalmente ao intervalo a vencer por 25 - 13.

A segunda parte iniciou-se com a mesma toada, jogo rapidíssimo, acelerações desconcertantes, combinações de deixar o Belenenses de olhos em bico.

Obradovic e bem roda todo o banco dando minutos a muitos dos jovens que no futuro serão o garante desta maravilhosa equipa.

O jogo terminaria com uns fantasticos 48 - 29, com uma exibição de gala em que destacamos os reforços Daymaro Salinas (8 golos) e Elias António ( 6 golos, este um regresso ao clube).

Mais uma vez se prova que no panorama Andebolistico Nacional não há equipas para esta super-equipa, vistam elas de azul ou vermelho e aproveito para desejar um bom Natal à dupla de Arbitragem madeirense que nem com o (péssimo) serviço que prestam ao andebol nacional, nos conseguiram afastar do lugar cimeiro.

No Belenenses destaques para Semedo ( a fazer lembrar o nosso ex-atleta do futebol Esquerdinha) e Belone.

Queria destacar ainda dentro dos detaques o excelente golo de  Elias António, um golo verdadeiramente épico, digno de figurar nos mais belos da modalidade, em que este recebe no ar um passe de Filipe Mota originário do meio campo e em voo marca colocando a bola no poste mais distante, Brilhante!

Ficha do jogo:

Local: Dragão Caixa

FC Porto: Hugo Laurentino (gr), Gilberto Duarte (6 Golos), Filipe Mota (7), Tiago Rocha (7), Elias António (6), Ricardo Costa (3) e Pedro Spínola (1). Jogaram ainda: Alfredo Quintana (gr), Vasco Santos (3), Daymaro Salina (8), Sérgio Rola (3), Hugo Santos, Nenad Malencic (4) e Duarte Carregueiro.

Treinador: Lubomir Obradovic

Belenenses: André Vilhena (gr), Vasco Ribeiro (gr), Bruno Sobreira, Rui Sustelo (1 Golo), Tiago Miranda (3), Filipe Pinho (1), Belone Moreira (4), David Carvalho (1), Rúben Pacheco (5), Diogo Godinho (1), Tiago Fonseca (2), Diogo Domingos (1), Elledy Semedo (8) e Duarte Lino (2).

Treinador: João Florêncio Jr.

Por: Rabah Madjer

Em análise, 13ª Jornada FC Porto 2 - 0 Marítimo

Como diz o anúncio do banco do Funchal: a força de acreditar! A força e a inteligência de uma equipa em nunca se render ao desespero.

O Marítimo veio ao Dragão com uma missão,  roubar dois pontos. Missão bem diferente de ganhar um ponto, nem a desculpa de ter que inventar um meio campo de suplentes iliba a equipa madeirense da sua “missão negra”. Dois extremos que eram mais laterais, laterais que eram mais centrais e mais o central em frente à dupla de centrais. Como se já não bastasse, um Peçanha armado em Malafeev.

O FC Porto arranca desde início em cima de um Marítimo que abdica do jogo a meio campo e se acantona à frente da sua área. É, assim, perante um Marítimo que se demite do jogo e fixa os olhos no zero a zero que o placar marcava desde o primeiro minuto de jogo, que o FC Porto constrói uma esmagadora posse de bola e um esmagador domínio do sentido de jogo. Um domínio ilusório, pois o FC Porto denotava dificuldades em criar perigo constante ao Marítimo.

Nem com Peçanha a oferecer a Belluschi, o FC Porto marcava e o Marítimo fechava-se mais e mais na sua concha. Fechou-se tanto e com tanta dureza que ficam com 10 jogadores em campo ainda na primeira parte. O FC Porto encontra mais espaços, mas falta quem incomode o núcleo de centrais do Marítimo. Falta quem arraste marcações, quem se disponha a lutar no corpo a corpo por uma posição à frente da baliza. Os centrais do Marítimo vão sobressaindo, limpando todas as bolas que lhes chegam, sempre com a vantagem de estarem soltos de tarefas de marcação, com muito pouco espaço nas costas e sempre de frente para os lances. Mesmo, assim, o FC Porto acaba a primeira parte em cima do Marítimo.

Na segunda parte, por força da entrada assassina do central/trinco do Marítimo (por si só, merecedora de vermelho directo!) ainda na primeira parte, James sai lesionado e cede o seu lugar a Kléber. O FC Porto ganha uma ameaça perene na área, mas perde ritmo e imprevisibilidade no meio campo. Ganhou-se um ponta-de-lança, mas não se tinha noção como jogar para ele. Faltava-nos, sempre, capacidade de definição no último terço do terreno. É aqui que aparece o mérito da equipa. Não desespera. Mantém-se proactiva na procura do golo.

Ao minuto 57 o FC Porto altera o modelo. Vai Djalma para lateral direito para dar maior profundidade à equipa e entra Rodríguez para falso extremo esquerdo (o corredor já estava entregue a Álvaro) que vem dar briga à já ténue resistência do Marítimo no seu meio campo. Babá fica completamente isolado e é, então, que o FC Porto altera o seu esquema (tarde, mas a tempo!).

Para um Babá triste e só chega e sobra uma defesa mais curta e a entrada de Iturbe volta a dar ao FC Porto a imprevisibilidade e largura que o seu jogo ofensivo necessita.
 É um centro seu para uma cabeçada portentosa de Kléber que marcam o fim de linha para a estratégia negra do Marítimo. Não sem antes o estrebuchar final dos madeirenses, num lance de ressalto de bola a meio campo, no qual o Marítimo quase ganhava uma vantagem totalmente imerecida. Falha o Marítimo e marca o FC Porto. Num lance de insistência, pelo centro, onde o Marítimo tinha construído o seu castelo (com Kléber a arrastar marcações e os extremos bem abertos a obrigaram a defesa do Marítimo a esticar), uma série de ressaltos e uma bola que sobra para Rodríguez facturar. Alívio. O futebol ganhou. O Marítimo capitulou e jamais entraria num jogo que nunca o quis disputar. Aumenta o FC Porto para 2-0. Números que pecam por escassos perante tal intentona.




Análises individuais:

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

29 MILHÕES




Radamel Falcao,

Acabava de pulverizar o número de golos de Klinsmann na Liga Europa e os 30 milhões de Euros da cláusula de rescisão eram claramente batíveis.

A missão da SAD de garantir um grande encaixe estava cumprida. Poder-se-ia afirmar que o valor era curto face à real valia do activo mas estava assegurado mais um sucesso na gestão de activos.




A partir daqui a missão da SAD seria esperar que alguém se predispusesse a dar os tais 30 milhões de Euros ou, em alternativa, forçar a nota para garantir um maior encaixe ou a continuidade da performance desportiva do extraordinário ponta de lança.

Toda a gente sabe o que aconteceu. A cláusula era de 30 milhões, a SAD “conseguiu” que o Falcao renovasse, a clausula subiu para 45 milhões.

De seguida deu-se a famosa flash em que o porta-voz Falcao “pressiona a SAD” para dar o salto. A venda faz-se por 40 milhões. Vamos considerar que o que aconteceu é o Cenário A.

Imaginem agora que a SAD optava por não querer renovar e resolvia “oferecer” o jogador ao mercado por 29 Milhões de Euros sem necessidade de pagamento a pronto.

O quê? A cláusula já é curta para o que o Falcao vale e ainda se faz um desconto?

No preço e no prazo?

Vamos considerar que esta idiotice de difícil entendimento é o Cenário B.

Passemos às contas:


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Rumores do Mercado: Éder


O Homem e o seu percurso:




Éder nasceu em Bissau e aos 3 anos vem para Portugal com a família. De origem muito humilde e com algumas dificuldades familiares, Éder é acolhido pelo Lar Girassol, nos arredores de Coimbra, para tornar mais confortável a sua educação e crescimento. Cedo revela apetência para o futebol e integra as camadas jovens da ADC Adémia. 

Ainda hoje, é visita frequente quer do Lar Girassol, quer da ADC Adémia, revelando, assim, o reconhecimento a quem o amparou quando mais precisou. É acarinhado e amparado por todos os que o acolheram, tendo-se tornado uma referência de carácter e humildade para os meninos que hoje percorrem os mesmos passos.

Tenta, por diversas vezes, ingressar nas camadas jovens da A. Académica de Coimbra, esbarra sempre na sua condição de atleta estrangeiro (nessa altura, as camadas jovens só podiam inscrever um atleta estrangeiro por escalão etário), mas não esmorece e continua o seu percurso na ADC Adémia.





Terminado o seu último ano de júnior, é contactado pelo GD Tourizense, um clube em ascensão nos escalões nacionais da AF Coimbra. É assim, pela mão do GD Tourizense na IIB nacional, que Éder entra no futebol sénior.
 Como na maioria dos casos, a transição para o futebol sénior revela-se complicada e é emprestado, nesse mesma época desportiva, ao FC Oliveira do Hospital (filial nº8 do FC Porto), exibe-se a bom nível e volta a Touriz. 
Nesse ano, o GD Tourizense torna-se clube satélite A. Académica de Coimbra e as exibições de Éder obrigam a A. Académica de Coimbra a ter que repensar em quem já tinha rejeitado em outras ocasiões. É pela mão de Domingos que, finalmente, traja de negro. 

Quatro épocas volvidas, e após passar pelas mãos de Domingos, Villas-Boas, Jorge Costa e Pedro Emanuel (com todos é titular), entre outros, Éder é um dos capitães do emblema Coimbrão e uma referência no plantel pala sua postura calma e humilde.






A análise ao jogador:


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Qual será o verdadeiro valor desportivo e financeiro de Hulk?





O gabinete de prospeção e observação de talentos que o FCP tem espalhado por todo o mundo, foi uma vez mais responsável pela descoberta de um dos jogadores mais badalados e pretendidos pelos principais colossos do futebol mundial.

Na verdade descobrir um jogador no país do sol nascente e tão distante como o Japão e nos confins da 2ª divisão japonesa, não lembrará ao diabo, para além de ser um clube com tão pouca mediatização como será o Tokio Verdi, não deixou de ser no mínimo um ato de coragem, arriscado e caro, tendo em conta os valores em causa na altura para um desconhecido.







Como não podia deixar de ser refiro-me concretamente a Givanildo Vieira de Souza, mais conhecido por HulK, devido à sua impar capacidade física invulgar onde impera a força, velocidade, técnica, rapidez de execução ou capacidade de explosão como algumas das qualidades que lhe são atribuídas, e já reconhecidas por várias universidades ligadas ao desporto e à área da genética, dando como provado que em termos científicos que Hulk tem mais a ver com a sua própria genética do que com o treino diário.

Por tudo isto quanto valerá em termos de euros um jogador que quase nunca se encontra lesionado, que aguenta jogos sobre jogos sem quase nunca ser substituído ou demonstre alguma fadiga muscular? No momento atual, porventura, só dois jogadores se afiguram no patamar e no universo financeiro e clausular para competir com os 100 milhões de euros de Hulk, Leonel Messi e Cristiano Ronaldo.

Mas haverá mesmo algum clube que tenha dinheiro ou se atreva a bater tão elevada verba, ou por outro lado o FCP, tendo em conta a necessidade de equilibrar a tesouraria por via da eliminação da Liga dos Campeões, possa agora aceder a ofertas mais aproximadas da sua cláusula?

A esta questão em breve poderemos ter a resposta no mercado de transferências que se avizinha, todavia, com o andar da carruagem começa a ficar no ar a possibilidade de a solução para tapar a falta de um novo ponta de lança, não estará no próprio Hulk como apregoa Vitor Pereira, tendo em consideração a boa prestação que tem tido naquela posição tão exigente e específica, apesar de se perder um ala de inegável valor, mas que ultimamente estava uns furos abaixo do que pode valer na sua posição favorita por individualismo excessivo, e por outro lado, também pelo facto de estarmos bem servidos de alas, acrescido da possibilidade de podermos fazer regressar Atsu do Rio Ave que quanto a mim tem enormes potencialidades, ou colocar a jogar na posição o polivalente Danilo que está prestes a chegar.

Por: Natachas

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Parceria FC Porto - Porto Canal, mais uma conquista do Mestre Pinto da Costa.


Já há bastante tempo que se esperava por uma decisão à medida e mestria de Pinto da Costa na área do audiovisual, mais especificamente num projeto pessoal e consolidado de televisão para os cada vez mais adeptos e simpatizantes do FCP que existem por esse mundo fora e ao contrário do que se esperava, o presidente desportivo com mais anos no ativo em Portugal e no planeta Terra, Jorge Nuno Pinto da Costa, uma vez mais veio a terreiro surpreender tudo e todos com um projeto inédito em Portugal, e a julgar pelo que já veio a público, pleno de sustentabilidade social, económica e desportiva, estando aí para vingar numa área de enorme concorrência neste tipo de mercado tão específico.

Criar um canal desportivo próprio em Portugal é sempre um ato arriscado por necessitar sempre de um investimento considerável que num momento como este em que estamos a viver não seria recomendável, e será aqui que se encaixará como uma luva o Porto Canal como parceiro direto do FC Porto, que neste momento não passava de um canal de fraca audiência, de conteúdos muito reduzidos e focalizado essencialmente a norte do país.


Campeonato Nacional de Hóquei em Patins, 8ª Jornada: FC Porto 8 - 4 AA Espinho




A melhor resposta para as adversidades da-se em campo.

Depois da polémica dos ordenados em atraso o FC Porto reencontrava em casa perante os seus fieis adeptos uma AA Espinho sempre incómoda, treinada pela antiga glória portista Carlos Realista.








O FC Porto procurou entrar forte no jogo como que querendo mostrar que em casa ( e fora) manda, perante um Espinho defensivamente forte que fazia dos contra-ataques a sua principal arma e com isso chegando à liderança do marcador.
A resposta dos enea-campeões não se fez esperar, aumentando o ritmo de jogo e dando-se como consequência disso a reviravolta no marcador, para não mais abdicar da liderança do score até final, cegando-se ao intervalo com uma vantagem de 4-3 para os donos da casa.

A segunda parte iniciou-se na mesma toada, com o FC Porto a forçar mas a ter no guarda-redes adversário um obstáculo de grande nível e inspiração.

Os comandados de Tó Neves ( que trouxe uma aura nova e recheada de esperança para a campeoníssima equipa) conseguiam sucessivas oportunidades de golo, chegando o marcador naturalmente aos 6-4.

Daí até final foi o consolidar da vantagem ampliando-a até para os finais 8-4.

Destacamos nesta partida do lado do FC Porto Gonçalo Suíssas e no lado de Espinho o já citado guarda-redes Ângelo Girão.



FC Porto:
Edo Bosh (GR), Pedro Moreira (2), Reinaldo Ventura (1), Caio (1), Pedro Gil.
Jogaram ainda: Filipe Santos (1), Gonçalo Suissas (2), Nélson Pereira e Tiago Santos (1)

Treinador: Tó Neves.



Por: Rabah Madjer


domingo, 11 de dezembro de 2011

Em análise, 12ª Jornada, Beira Mar 1 - 2 FC Porto

Mais 3 pontos, siga a marcha. Uma vitória justa, correcta que por pouco nos escapava.




Defrontámos a melhor defesa da liga. Uma defesa de que defende o mais atrás que pode, de risco mínimo e com o máximo de jogadores atrás da linha da bola, dois golos de talento, oportunidade e jogo colectivo.

Defrontámos, também, o pior ataque do campeonato, um golo sofrido, um valente susto e umas incursões à nossa baliza.
É nesta dicotomia que a equipa balança, tanto pode marcar à melhor defesa do campeonato, como sofrer do pior ataque, uma coisa é certa, houve união, entrega e brio após a eliminação da Champions. 





O grupo não se desuniu e virou um resultado.






O SC Beira-Mar coloca-se em vantagem, num golo fortuito que não, definitivamente, imerecido, é verdade que o SC Beira-Mar não se acercava da baliza do FC Porto, é verdade que só por uma vez chegou aos terrenos de Helton, embora com perigo. 
Mas também é verdade que o FC Porto, apesar do seu domínio territorial e de posse de bola, não “abafava” o SC Beira-Mar, nem produzia um futebol autoritário. 
Em desvantagem a equipa reage, torna-se mais rápida, mais vertical, mais mexida, escapa-se James mais para a zona central e chega-se ao empate, que nesta altura pecava já por injusto. O FC Porto mantém a toada, mas o intervalo salva o SC Beira-Mar.










Na segunda parte, o FC Porto entra no mesmo timbre, chega à vantagem e começa a abrandar,  começa o jogo dos bancos e o FC Porto recua, expõe-se e perde balanço, perde qualidade, recua as suas linhas e convida o pior ataque do campeonato a atacar.

 Num jogo em que mandou desde o minuto 1, abdica aos 73 minutos com vantagem mínima, dizem que Deus escreve direito por linhas tortas, deve ser verdade.
 Aquela cabeçada de Élio foi um acto divino para corrigir os descontos à Xistrema, entre outras artimanhas. 




A equipa não merecia ter saído assim de campo, com os calções borrados. Pelo que jogou, pela união que demonstraram e pela vontade de meter o talento.


Análises individuais:


Liga Nacional de basquetebol 9ª Jornada: Benfica 79- 69 FC Porto



Jogo no pavilhão do Benfica, com entrada forte do FC Porto, num jogo de emoções onde se defrontavam as duas melhores equipas do campeonato nacional onde cada erro podia ter custos para qualquer das equipas, com o porto a chegar rapidamente a uma vantagem de 6-12
baseando o seu jogo numa forte capacidade defensiva e a forçar o jogo exterior.

Um Benfica que acumulava erros no ataque e a fazer-se valer sobretudo pela capacidade individual dos seus atletas, contra um bom jogo colectivo do porto.

Chegando-se ao fim do 1º período com uma vantagem no marcador para o Porto de 12-14.



O segundo período inicia-se com uma toada de parada e resposta com o Porto a continuar a apostar no seu jogo exterior e com o Benfica a fazer uma boa gestão do seu banco e do seu melhor plantel.

Com o jogo equilibrado ganha notoriedade o bom jogo interior do Benfica e a sua boa circulação de bola, levando-os a uma vantagem no marcador de 30-24, forçando o porto a pedir um desconto de tempo, após um parcial de 12-6 do adversário, após este afinar o seu jogo exterior.

Após o desconto de tempo o Porto reagiu bem tornando o jogo competitivo e equilibrando o marcador, com destaque para a coragem do seu treinador em apostar nos jovens do seu banco.

A primeira parte acaba com o Benfica a ganhar por 42-41 num jogo completamente equilibrado e com destaques individuais para Betinho e João Santos. E com uma boa defesa sobre Greg Stempin.

Começo da segunda parte de forma atabalhoada por parte de ambas as equipas, com o Porto a forçar em demasia o tiro exterior, chegando-se aos 3mn ainda sem o marcador ter funcionado
Atacando o marcador o Benfica por parte de lances individuais dos seus atletas e usando e abusando os atletas do porto da linha de 3pontos

Um 3º período que termina com o marcador empatado a 52,sem grande protagonismo de qualquer das equipas em que a qualidade basquetebolistica diminuiu mas o equilíbrio predominou


Um quarto período  que se assegurava como extremamente decisivo, em que o Benfica entra a marcar, com resposta imediata por parte do porto e de Stempin que tem estado bem defendido neste jogo.


Benfica entra mais forte, chegando aos 59-55 levando a uma reacção do banco do porto, que não tem efeitos imediatos, mas que lentamente chega ao empate a 65.

O Benfica acaba por se distanciar no marcador acabando por chegar a uma vantagem que lhe garante a vitoria.

Resultado final : 79-69

Uma nota para os novos americanos que não conseguem fazer a diferença.


FC Porto: 
José Costa (4), Carlos Andrade (11), João Santos (12), Miguel Miranda (5), Gregory Stempin (18).

Jogaram ainda: Rob Johnson (10), David Gomes (2), Diogo Correia, João Soares, Miguel Maria, Reggie Jackson (5) e Nuno Marçal (2).


Destaque para a péssima transmissão por parte do benficatv com sistemáticas repetições dos seus ataques nos momentos em que o Porto atacava impedindo de ver o desenrolar dos nossos ataques, pouca competência e pouco desportivismo por parte do nosso rival.


Por: Rabah Madjer

sábado, 10 de dezembro de 2011

Campeonato Nacional de Juniores Zona Norte,16ª Jornada: FC Porto 2 - 1 SC Braga







Numa tarde muito cinzenta e bastante chuvosa, assistiu-se a um jogo igualmente muito cinzento dos dois primeiros classificados da zona norte.

A primeira parte foi muito fraca em que apenas se destaca o bom remate cruzado de Carlos Eduardo a obter o golo que o Braga levou de vantagem para o intervalo.
 Face ao fraco desempenho dos dragões poder-se-á dizer que o resultado acaba por se ajustar. 

O meio-campo não conseguia pegar no jogo, as alas sem velocidade e inspiração não serviam o melhor em campo e que se começa a destacar nesta equipa: Thibaut Vion.



Os primeiros quinze minutos da segunda parte foram os melhores do jogo onde se esperava como se verificou a reacção dos dragões para darem a volta ao resultado. Se na primeira parte Vion dava sinais que queria mudar alguma coisa, na segunda parte concretizou em golos. 

A reviravolta do marcador foi consumada em 4 minutos. 

No primeiro Vion a pressionar a defesa bracarense fez com que Artur Jorge cometesse um erro, o francês ganhou a bola, isolou-se e frente a Rafael não perdoou. 

Passados apenas 4 minutos e num bom lance de Ebo, Vion desta vez de cabeça, finalizou à ponta-de-lança.

O Braga tentou reagir mas a subida de rendimento do meio-campo portista não deu qualquer hipótese de o Braga se acercar da baliza portista com perigo. 



Ficha de Jogo:

Centro de Treinos do Olival, em Gaia
Árbitro: Francisco Vicente (Vila Real)



FC Porto:

Kadú; André, Hugo Basto, Tiago, Floro, Mikel, Alves, Tozé, Fábio Martins (Fred, 75mn), Vion (Gonçalo Paciência, 79mn) e Ebo.
Treinador: Rui Gomes


SC Braga:

Rafael; Rúben Freitas, Ricardo Bouças, Artur Jorge, Vítor Hugo, Salvador (Aleni, 79mn), Maia (Tigana, 90mn), Carlos Eduardo, David Cardoso, Tomás e Piquéti
Treinador: Artur Jorge

Ao intervalo: 0-1
0-1 Golos Carlos Eduardo (34mn) e Vion (53mn e 57mn). 

Disciplina:
Cartões amarelos Piquéti (39mn), Fábio Martins (43mn), Artur Jorge (76mn) e Maia (89mn)




Por: Juary

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Para quando de novo o nosso Zénite do sucesso?

Zénite

Passou meio ano,estávamos no zénite do sucesso, embriagados com tanta vitória e com uma ilusão do tamanho do mundo, tínhamos a certeza de ter um treinador competentíssimo, ambicioso e com amor ao clube que nos dava garantias de espremer todo o talento dos jogadores, julgávamos ter aí uns 10 jogadores que valiam de 15 milhões para cima.

Tínhamos uma SAD brilhante que para além de transformar jogadores desconhecidos em ouro agora também tinha o toque de midas para descobrir onde estavam os génios da táctica.

Se havia mais “Specials One” por descobrir já se sabe quem os encontraria, NÓS, éramos considerados como sendo a 3ª melhor equipa da Europa só atrás dos colossos espanhóis.  



Hoje, meio ano volvido, acabamos de ser eliminados às mãos do Zenit, a frustração é grande porque sentimos e vimos que éramos melhores que eles. Como quando um sujeito de seu nome Manuel Neuer resolveu fazer a melhor exibição de um Guarda-Redes no estádio do Dragão.

Só que este ano a frustração é diferente porque o percurso não é ascensional.
Há meio ano atrás éramos equipa de meia-final de Champions.
Hoje, pasmem-se, cabe-nos defender o prestígio que tínhamos há meio ano na Liga Europa.

O que mudou em meio ano? Passamos do zénite da alegria para a depressão pós-Zenit.
O grande obreiro do zénite foi-se. 
Recebi uma oferta que senti que tinha que aproveitar, foram as suas palavras.
Não há amor que resista a propostas indecentes como vimos no filme protagonizado por Robert Redford/Demi Moore.

A bola ficou do lado da Estrutura. Da SAD. O que fazer com este filho órfão nas mãos?
A ideia inicial era a de voltar a transformar o inesquecível em repetível.
Depois da fuga de André Viilas Boas a ideia manteve-se até porque, segundo palavras do Presidente Pinto da Costa, “eu via quem dava os treinos”.
Assim manteve-se o plano com o pormenor de na cadeira de sonho ser substituído o Portista 15 milhões pelo Portista 18 milhões.
Só não se segurou quem não era segurável.
A cláusula do Falcao era batível como se provou ao sair por 30 milhões (os 40 que se falam são sem as milionárias comissões).
À excepção da posição 9 o plantel era melhor. Mais e melhores opções com Djalma, Defour, Mangala, Alex Sandro.

O que falhou?


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O FC Porto de Vitor Pereira

O FCP de Vitor Pereira continua a não convencer.





O FCP já perdeu esta época a oportunidade de lutar pela renovação do título de vencedor da Taça de Portugal e quanto a mim isso deveu-se ao facto de em Coimbra não ter encarado o jogo com a importância que ele merecia.





Foi de facto confrangedora a pobreza do futebol que apresentou contra a Académica e disso se soube aproveitar Pedro Emanuel para dizer presente caso o FCP entenda fazer a vontade a alguns dos seus jogadores, que ao que sabe pelos meandros futebolísticos mais íntimos, anseiam que essa possibilidade se possa por em prática.

Há bem pouco tempo também ficamos arredados da Liga dos Campeões, sendo eliminados por um Apoel que certamente ainda estará a pensar como conseguiu ficar em primeiro lugar do seu grupo e pelo Zénit que pelo que mostrou no Dragão, também estaria naturalmente ao alcance do FCP se porventura tivesse jogado o seu melhor e se o seu treinador soubesse montar uma equipa na verdadeira essência da palavra e não se ficar por alguns fogachos, ou leia-se, poucas oportunidades de golo e pouca clareza e dinâmica dos seus processos táticos.

Perder a oportunidade na Liga dos Campeões, na sua própria casa perante os seus adeptos num jogo decisivo contra o seu mais direto opositor e não o conseguir vencer, não é só sinónimo de ficar sem 800 mil euros, é muito mais do que isso, é perder 3,8 milhões de euros que certamente muito vai fazer falta em termos de tesouraria azul e branca, podendo mesmo por esta razão o FCP ter de vender algumas das suas pérolas para equilibrar as contas desta época.



É por estas e por outras que ainda estou por entender as opções de Vitor Pereira em jogar sem um lateral direito de raíz, quando o tinha disponível no banco, ou jogar de início com o Defour como 10 quando já deu para perceber que não tem perfil para aquele lugar, ou ainda, prescindir do único avançado de raíz, Kleber,   colocando mais uma vez Hulk como ponta de lança, o que a meu ver, apesar de nalguns jogos até ter corrido bem, perde-se um ala de puro recorte técnico que sabe desequilibrar qualquer defesa, mesmo que presentemente passe por uma fase de menor fulgor e de egoísmo excessivo no momento da decisão dos lances.


Entretanto, vou ficar atento à espera da abertura do mercado de transferências para aquilatar das possibilidades de o FCP poder recompor o seu plantel. 
Pelo andar da carruagem parece ser bem patente que jogadores como Fucile, Sapunaru, Cristian Rodriguez e Walter poderão ser alguns dos jogadores para tentar dispensar, retirando daí algumas mais-valias para retocar o plantel nos mesmos lugares, não enjeitando a oportunidade de fazer uma ou outra transferência com jogadores de primeira linha, como sejam os casos de Hulk, Fernando, Álvaro Pereira ou João Moutinho, desde que os clubes interessados batam ou se aproximem das cláusulas de rescisão dos contratos, tendo em conta que o FCP este ano não irá cumprir o orçamento inicial da SAD. 



Contudo, não nos podemos esquecer que ainda temos para lançar este ano jogadores como Alex Sandro, Danilo e Iturbe que poderão vir a ser importantes a partir de Janeiro, mas não haverá dúvidas que precisamos de um novo ponta de lança que tenha presença na área e que seja um verdadeiro “matador”, ou quem sabe, mesmo de um novo treinador que traga outra dinâmica e outro estilo de jogo.







Por: Natachas

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Em análise: FC Porto 0 - 0 Zenit

A ironia do destino, a vitória em Donetsk apresentou hoje a sua factura. 

Com muito tempo para delinear uma estratégia para não falhar um objectivo primordial, o FC Porto ficou agarrado a um onze e a uma estratégia de jogo que miraculosamente deu resultado na Ucrânia, em três jogos, o mesmo onze, a mesma táctica e fé em Hulk. 
Os adeptos também assim exigiam, diga-se. Tínhamos, finalmente, um onze ganhador, diziam. Pura ilusão. O FC Porto não poderia ser mandão num jogo com um meio campo tão recuado, tão limitado ofensivamente e em que a estratégia ofensiva se resume a trocas posicionais entre os seus três avançados.

Se na Ucrânia houve muito Hulk, hoje houve muito pouco. Só nisso esfuma-se 50% do nosso jogo ofensivo. Perante um Zenit recuado, frio e na retranca, levamos 45 minutos a fazer uma espécie de “carrossel” à frente da sua muralha defensiva. O Zenit não é uma equipa qualquer, não se impressiona com tão pouco. Defesas de qualidade, alguns bem calejados, estão mais que habituados a este manobra de estilo que pouco abala tacticamente defesas sólidas e coesas, sobretudo se o meio campo da equipa contrária joga bem longe dos três jogadores da frente. Bastou a colocação de Semak em campo para anular a progressão de Defour até zonas mais ofensivas. A colocação de Semak e a estranheza de Defour em ter que pisar terrenos tão ofensivos e criativos.
Para cúmulo, Malafeev saca um número já visto no Dragão. Mais um GR de valor mundial que usa o Dragão como trampolim exibicional. E começou logo aos 3 minutos, onde Djalma deveria ter feito mais, mas onde poucos GR fariam tanto.

45 minutos passaram, de mais do mesmo. Numa primeira parte em que o FC Porto alimenta a opção do Zenit em defender. Estava feito, já só faltavam outros 45 minutos.

Ao intervalo, surge a revolução táctica há tanto reclamada pela equipa. Surge o FC Porto à FC Porto, uma substituição positiva, contagiante, potenciadora e explosiva. 
O FC Porto cresceu, jogando de flanco a flanco, com tantos problemas para Semak como nunca antes tinha visto. Falharam-se golos, oportunidades e o Zenit volta a acreditar. E faz por isso. 
Spalleti mostra que sabe da arte e mete logo em campo Bystrov. Os laterais do FC Porto ficam logo fixados e ameaçados com o perigo de um contra-ataque, sobretudo Maicon. 
Vítor Pereira responde, mas responde mal. A substituição de Djalma por Varela diminui tacticamente a equipa e não acrescenta nada em perigosidade ofensiva, pelo contrário. 

Fica logo mais fraca a solução encontrada no início da segunda parte, chegados ao minuto 82 e novo duelo. Spalleti fecha a porta e Vítor Pereira arrisca e arrisca bem.

Três defesas e mais um jogador para controlar o jogo a meio campo. Mas logo borra a pintura ao impor uma anarquia táctica. Rolando a ponta de lança, às vezes Maicon e outras ambos. Era o jogo que Spalleti queria, para isso tinha metido o Bruno Alves.
 O desespero é mau conselheiro, qualquer treinador sabe disso e quando vêm do banco os primeiros sinais de desespero, já pouco há a fazer dentro de campo, manter-se frio e racional é algo ao alcance de muito poucos.

A solução que nos catapultou no início da segunda parte durou 23 minutos. Simples 23 minutos em 21 jogos já realizados. 23 minutos sem entrosamento, sem mecanização e ainda assim dos melhores 23 minutos de FC Porto 2011/2012 e assim vamos.

A equipa do pote 1 cai às mãos do Apoel e do Zenit, num jogo em casa, em que tinha obrigação de ganhar, e para o qual teve 9 dias de preparação. A equipa do pote 1 acaba na Liga Europa, num jogo onde, para cúmulo, poderia acabar em primeiro do grupo se soubesse aproveitar um resultado alheio, nem isso. A equipa do pote 1 despede-se da Champions com duas vitórias, ambas sobre a equipa que ficou atrás de si. Tão mau, tão fraco, que não pode ser ignorado.

Finalizado este jogo, voltamos a não ter um onze ganhador, voltamos ao nada e às dúvidas. 21 jogos depois, continuamos em pré-época. À procura da fórmula mágica, numa paz podre mal disfarçada, jogamos bem até onde o Zenit deixou, falhamos golos, mas não conseguimos colocar o Zenit KO.

E agora?

Análises individuais:

Helton – Um espectador. Boa reposição de bola.

Maicon – É bom jogador e tem empenho no que faz, faz com alma. Na segunda parte teve mais dificuldades quando Spalleti colocou um extremo nos seus terrenos. Sai por cima desta história, não há portista que aprecie o seu empenho e até a sua desenvoltura para tentar fazer a posição, mas não é solução para a posição.

Álvaro – Fechou bem o seu flanco, mas não foi o dínamo ofensivo que a equipa necessitou. Péssimo no momento da decisão. Falhou todos os lances onde poderia fazer a diferença. Na segunda parte, após a saída de Djalma, ficou encolhido lá atrás.

Otamendi – Começou bem, até bem demais. Depois, vieram os 10 minutos finais da primeira parte e foi o caos total na marcação. Na segunda parte, foi fraquinho e fartou-se de ser dobrado, a substituição foi uma bênção.

Rolando – Num plano claramente superior aos últimos jogos, foi o melhor defesa, em especial na segunda parte. Alguns cortes foram providenciais.

Fernando – Na primeira parte anulou todos os movimentos ofensivos do Zenit mas esbarrava no meio campo recuado do FC Porto quando tentava lançar o contra-golpe. A segunda parte, teve a liberdade que prcisava, até ser transformado em bombeiro na anarquia táctica que se gerou para o final.

Moutinho – O melhor em campo, tentou ser tudo ao mesmo tempo, ajudar o Fernando e fazer o que Defour não fazia/sabia. Merecia melhor sorte na assistência brilhante que faz aos 3 minutos de jogo, um jogo fantástico nas transições defensivas e no lançamento do FC Porto para o ataque. Foi empurrado para fora de campo com a anarquia táctica que se gerou para o final.

Defour – Um peixe fora de água. O “Moutinho Belga” não é um criativo, não é novidade nenhuma. Como com Fernando e Moutinho pouco trabalho defensivo resta, cabia ao Defour ser o ponto de apoio e de criatividade do ataque, corre bem uma vez, vá, duas vezes, mas não corre sempre bem. A equipa precisava de outro jogador ali. 45 minutos muito longos.

Djalma – A verdade é só uma: não pode falhar uma situação daquelas, não pode. E isso deixa marcas, sobretudo na massa adepta, que exige muito de alguns e tudo perdoa a outros. Tirando o minuto 3, esteve me bom plano, soube ser o ala que a equipa precisava, sem nunca deixar a equipa desequilibrada tacticamente, ainda pode dar mais ofensivamente, mas, pelo menos, já é o ala que a equipa não teve na esmagadora maioria dos jogos esta época.

James – Uma primeira parte cinzenta e uma segunda parte a mostrar onde deve jogar. Tem que crescer e o tempo que se perdeu com o James no flanco em nada o ajudou, está ainda cru, um talento superior, que terá que saber jogar para a equipa e para si. Precisa de um treinador que o agarre e lhe mostre o que é o futebol.

Hulk – É isto. Tanto nos salva como nos ajuda a afogar, são assim os génios. Pobres são as equipas que não conseguem fazer o “bypass” quando estão em noite não, ficam ali, amarradas e dependentes, à espera de algo que nunca virá. Não é solução para o centro do ataque, já se sabe desde o ano passado.

Kléber – Francamente desinspirado, ajudou a arrumar a equipa tacticamente e pouco mais. A parte final em nada o ajudou, o tudo ao molho e fé em Deus raramente dá resultado, atrapalhavam-se mais do que se ajudavam, tem, na minha opinião, uma atenuante: Não deve ser fácil a um jovem cumprir o sonho de ser internacional pelo Brasil e ter o banco à espera no regresso, digerir isto para quem está a começar ao mais alto nível não é fácil.

Varela – Uma substituição falhada, nada acrescentou ofensivamente à equipa, pelo contrário, e enfraqueceu a equipa na vertente táctica.

Belluschi – Uma tentativa de dar mais lucidez e posse de bola a um meio campo à procura da vitória. O pior foi o desespero no banco que anulou esta tentativa com uma anarquia táctica final. Entrou bem.



Por: Breogán
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