terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Luta dos grandes pela concentração do poder é prenúncio do fim da competitividade desportiva em Portugal


Luta dos grandes pela concentração do poder é prenúncio do fim da competitividade desportiva em Portugal

Emanuel Leite Jr.*

Em “Algumas propriedades dos campos”, ao estudar espaços sociais diferentes, Pierre Bourdieu percebeu que existem similaridades estruturais e funcionais entre estes espaços e que é possível analisar um campo com base nos conhecimentos obtidos na análise de outro. Em meu livro “Cotas de televisão do campeonato brasileiro: apartheid futebolístico e risco de espanholização”, recorro aos ensinamentos do pensador francês para analisar o futebol e a questão das negociações dos direitos de transmissão do campeonato brasileiro como campo especializado da vida moderna. Apreciação que pode perfeitamente ser feita a qualquer “campo” e, portanto, sendo aplicável também à Liga Portuguesa.

Na já referida obra de Bourdieu, o sociólogo nos mostra que em um campo se encontram relações de poder. O que implica dizer que há desigualdade e que dentro de cada campo existem lutas entre aqueles que pretendem garantir sua participação e a classe dominante que busca manter a ordem e sua supremacia. No futebol, também se verificam estas lutas. Por um lado, os clubes que pretendem garantir a sua participação e, no lado oposto, aqueles que pertencem a uma classe dominante e que procuram de todo o modo manter o seu poder desportivo (através da obtenção de maiores recursos financeiros).

No último domingo (27), apenas 25 dias depois de o Benfica ter anunciado como “o maior contrato da história do desporto português” seu acordo com a NOS (que pode atingir 400 milhões de euros em 10 anos), foi a vez de o Porto apresentar seu negócio com a PT. Em uma disputa que leva para o campo dos negócios a rivalidade desportiva, os portistas celebraram o que também fizeram questão de anunciar como o mais novo “maior contrato da história do desporto português”: 457,5 milhões de euros.

O contrato de 400 milhões benfiquista envolve dois ativos - os direitos de transmissão de seus jogos no estádio da Luz e os da distribuição da Benfica TV. Enquanto os 457,5 milhões portistas envolvem quatro ativos: direitos de transmissão de seus jogos no Dragão, os da distribuição do Porto Canal, a exploração comercial do estádio e o patrocinío master de sua camisola.

O Sporting, naturalmente, não quer ficar para trás e já discute com a NOS e a PT os termos de seu acordo. Ávidos para se mostrarem não apenas tão grandes quanto os dois rivais, mas ainda maiores, os Leões devem oficializar em breve um contrato que, pelo que se especula na comunicação social portuguesa, pode envolver ainda mais ativos. Sem uma massa adepta tão grande quanto a do Benfica, nem o estrondoso sucesso desportivo do Porto, a níveis nacional e internacional, nas últimas três décadas, o sportinguistas poderiam ainda incluir nas negociações os naming rights do estádio José de Alvalade, bem como do futuro Pavilhão João Rocha e até mesmo da Academia.

Não restam dúvidas, portanto, que se trata de clara concorrência alimentada pela rivalidade clubística e pela necessidade de um se mostrar maior que o outro. O que evidencia como a teoria dos campos de Bourdieu pode ser verificada no “campo” futebol. Quer dizer, nas negociações dos direitos de transmissão televisiva em Portugal, os maiores clubes se colocam acima dos menores clubes e, ao invés de buscarem uma “cooperação social” através de uma “negociação mútua” (teoria da justiça, John Rawls), estabelecem um modelo de negociação em que, potencialmente, saem beneficiados, angariando muito mais recursos financeiros através das vendas dos seus direitos de transmissão televisiva.

Ao tentar, profeticamente, decretar “o fim da história”, Francis Fukuyama argumentou que não haveria progresso sem desigualdade. Para ele, a desigualdade é funcional ao mercado capitalista e também justa, pois a história progrediria através da luta pela supremacia. Fukuyama, entretanto, esqueceu-se de uma premissa importante. Para que se trave a luta pela superioridade, é preciso que os polos que se opõem partam de condições mínimas de igualdade. Afinal, “antes de chegar a ponto de lutar pela dominação, todo grupo social deve conquistar um certo nível de paridade com os grupos rivais” (Norberto Bobbio).

O modelo adotado pelos grandes clubes de Portugal - que, dentre os maiores campeonatos nacionais do mundo só encontra paralelo no Campeonato Brasileiro, que vive uma realidade que defini em meu livro como “apartheid futebolístico” - é injusto. As negociações individuais, ao aprofundarem as desigualdades, são maléficas para a coletividade.

Enquanto o mundo caminha na direção da adoção de modelos de negociações que busquem preservar a equidade competitiva - com o objetivo de que a competição seja desportiva e não financeira -, os grandes clubes portugueses contribuem para aprofundar ainda mais o fosso intransponível que já os separa dos demais clubes do país. Aquilo que Noam Chomsky alertou para o risco do poder concentrado dos “clubes dos ricos”.

Em “Cotas de televisão do campeonato brasileiro...”, argumento que é a negociação coletiva (“negociação centralizada dos direitos televisivos”) que se aproxima mais do ideal de “cooperação social” preconizado por John Rawls. Afinal, através da negociação coletiva se pode obter um acordo em que haja “vantagem mútua” entre todos envolvidos. Desde que a divisão dos recursos trate todos intervenientes de modo equitativo, não permitindo “que alguns tenham mais trunfos do que outros na negociação”.

Ao se falar em igualdade, não se pode confundir com igualitarismo. Norberto Bobbio já nos ensinou que essa confusão é fruto de "um insuficiente conhecimento do 'abc' da teoria da igualdade". É como preconizou Aristóteles, “a igualdade consiste em tratar os iguais igualmente e os desiguais na medida de sua desigualdade.”

Em “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, o sociólogo alemão Max Weber afirmou que o sistema capitalista moderno está diretamente ligado ao avanço do racionalismo. Na Alemanha de Weber, o futebol adota um modelo razoável de divisão dos recursos. Ele se baseia no mérito desportivo, premiando com mais dinheiro aquele que tem melhor prestação dentro de campo. Em Portugal, por outro lado, impera uma lógica excludente e oligárquica, em que a classe dominante, beneficiada pela concentração de poder, não demonstra intenção de garantir a efetiva participação da classe dominada.

Na Premier League inglesa, os valores obtidos pelas vendas para o mercado externo (£3 bilhões) são distribuídos de forma 100% igualitária, já o montante auferido das negociações para o mercado interno - £ 5,136 bilhões é o que a Sky Sports (£4.2 bilhões, por 126 jogos ao vivo) e BTsports (£960 milhões, por 42 jogos ao vivo) vão pagar a partir de 2016/17 -, são distribuídas de acordo com três critérios: 50% divididos igualitariamente entre todos os clubes; 25% baseados na classificação final da temporada anterior (o campeão recebendo 20 vezes mais o valor que recebe o último clube da lista); 25% variáveis de acordo com o número de jogos transmitidos na televisão.

Este modelo permitiu, por exemplo, que o Leicester, fenômeno na atual temporada e 14º colocado no último campeonato, tenha encaixado £ 71,6 milhões, enquanto o campeão Chelsea – clube que mais faturou com os direitos de transmissão – tenha recebido £ 99 milhões. Último classificado em 2014/15, o Queens Park Rangers recebeu £ 64,9 milhões. A diferença do campeão Chelsea para o QPR foi, então, de 1.53:1. Ou seja, bem menos do que o dobro. Com estes novos contratos, de quanto será a diferença de Porto, Benfica e Sporting para os demais 15 clubes da I Liga Portuguesa? Dez vezes maior, ou até mais.

No dia 30 de abril de 2015, o governo de Espanha anunciou o Real Decreto-ley 5/2015, que regulamenta a negociação centralizada dos direitos televisivos. A distribuição passou a ser da seguinte forma: 50% igualitariamente entre todos os clubes; 25% levando em consideração os rendimentos desportivos nas últimas cinco temporadas; 25% dividido em duas partes - um terço será determinado pela média de vendas de bilhetes e lugares anuais nas últimas cinco temporadas e outros dois terços correspondentes à participação de cada clube na geração de recursos na comercialização dos direitos de transmissão.

Em 2014/15, o total das vendas dos direitos de transmissão televisiva da liga espanhola somou 755 milhões de euros. Sendo que Real Madrid e Barcelona faturaram, juntos, 37% (140 milhões cada). O terceiro colocado neste ranking foi o Valencia, com 48 milhões de euros, ou seja, três vezes menos do que a dupla.

Para 2016/17, La Liga já assegurou 1,6 bilhão de euros com a negociação centralizada. Ou seja, mais do que o dobro do valor obtido com as vendas individuais. Real Madrid e Barcelona deverão ganhar cerca de 150 milhões, enquanto o Atlético de Madrid vai passar de 42 para 110 milhões e o Valencia dos referidos 48 para 90 milhões. A diferença do topo para o fundo da tabela, que era de 7,7:1 vai passar a ser apenas de 3:1.

Vale lembrar que ingleses, alemães, espanhóis, franceses e italianos não distribuem o faturamento das vendas dos direitos de transmissão televisiva de forma isonômica por bondade. As ligas cumprem compromissos assumidos com a Comissão Europeia, que objetivava o cumprimento do artigo 81 de seu Tratado (consolidado em sua versão de Nice), que se preocupa, precisamente, com a preservação da livre concorrência.

Na opinião da Comissão Europeia, as negociações coletivas tornam a “competição mais atrativa, uma vez que as equipes competem em um contexto de maior igualdade de oportunidades” e proporcionam “uma maior estabilidade financeira para as equipes de futebol, devido a uma melhor redistribuição dos dividendos da televisão”.

A propósito, a visão da Comissão Europeia se coaduna com os ensinamentos do Nobel da economia John Nash, que ao desenvolver a teoria dos jogos, concluiu que a cooperação gera mais benefícios à coletividade do que o individualismo. No caso da concentração de renda do futebol, o individualismo (concentração dos recursos) ao prejudicar a igualdade de condições entre os clubes que competem em um mesmo campeonato (coletividade), empobrece, por conseguinte, o próprio campeonato, ao passo que este se torna desnivelado tecnicamente, perdendo sua competitividade e equilíbrio das disputas.

A disputa egoísta entre Porto, Benfica e Sporting pela concentração do poder, portanto, ferem o espírito desportivo em seu âmago. Isso porque enorme e injustificável desigualdade nas receitas televisivas são o prenúncio do fim da competitividade desportiva. Uma relação que se perfaz injusta. Afinal, devemos entender igualdade como justiça. E, desde os gregos antigos, igualdade se confunde com democracia.


*Emanuel Leite Jr. é bacharel em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e formado em Jornalismo pelo Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau). Repórter do Superesportes do Diario de Pernambuco. Siga no Twitter @EmanuelLeiteJr 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Do(y)em, não do(y)em?


Eis que chegad’o dia
Do anúncio anunciado,
Vê-se o leão já domado
A pagar o que não queria!

Tinha razão no pleito
Mas perdeu em tod’a linha,
E agora quem adivinha
Quanto vai ser de Direito?

Muito milhão vai rolar
Pr’a se pagar o pavilhão,
Que c’o dinheiro na mão
Lá s’o fez adjudicar…

Fora tão bom o lucro
Na venda do jogador,
Que dele, usurpador,
O Bruno já viu o troco!

E no rescaldo final
Que ainda está por fazer,
Quanto pode ainda render
Pr’o Fundo no tribunal?

Quanto falta contabilizar
Em processos de difamação?
Que nisto na negociação
Nem tudo sai a lucrar!?

E o Bruno tem-se gestor
No lucro que s’adivinha:
O Rojo sai um nadinha
Mais caro por jogador…

E feita pois a soma,
Não há lucro na venda!?
Há nisto quem entenda
Ter o gestor, diploma?

E nisto vai o leão
Na busca desse seu ceptro;
E tem-se o valor correcto
Pr’o custo do pavilhão!?

Queriam-no gratuito
No investimento alheio,
Mas ele depois de cheio
Vai nisso valer de muito!?

Pois não dando lucro
A venda pr’a Inglaterra,
O cálculo nisto enterra
O seu custo em bruto…

E quem o vai pagar
S’o dinheiro vai sair?
E quem nisto fic’a rir
S’o pavilhão não medrar?

E ainda que construído
Vai nisso ter epíteto:
– O pavilhão do “guito”
Que depois foi devolvido!

E nessa marcante pedra
De inicio de construção,
Está lá a anunciação…
Que niss’o Bruno não erra:

O pavilhão é a sua obra
No muito qu’há a construir!
E se nisso um dia ruir
Por falta de mão-de-obra?

Qu’as contas é no final
Como dizia o outro…
Ó Lucas sê um filantropo,
E pag’as custas do tribunal!

Por: Joker

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Natal



Mais um dia, por igual,
Na esperança deste mundo,
Com’o sporting ser segundo
Em tal véspera de Natal…

Há verdades que eternas
Nunca mudam pelas eras,
E querer em tais quimeras,
Desd’os tempos das cavernas

Em desejos por tal paz
Na harmonia e no amor,
E tod’o homem ter andor
Pr’a dizer que é capaz…

Qu’ele há leis
Na razão do universo!
Qu’a Jesus não o despeço,
Pois ungido foi por Reis!

E na graça dos presentes
Tem-s’a esperança, inaudita!
Qu’este ano não claudica
Na classe dos dirigentes…

Que na harmonia nascitura
Da sanção qu’estava ganha,
Eis que nem a Doyen desdenha
Nesta época de ternura…

E no grosso do valor
A qu’o pleito deu razão,
Só uma “operação coração”
Dá ao seu Natal mais amor…

Pois a coisa estando preta
Numa época tod’a luz,
Tem-se o menino na cruz
Antes d’o anacoreta?

Só o espírito do Natal
Pode dar outro milagre,
E a Jesus, diz quem o sabe,
A promessa d’ano igual…

No andor volve-s’a ‘sp’rança
Doutra época de oferendas,
E assim, com tais prebendas,
Tod’o Tonel ser bonança…

Mas o mundo já mão muda
Na parábola de Barrabás,
Que só Jesus não é capaz
D’acertar em tal taluda!

C’a sentença decidida
Em premissa de vingança;
Não há pr’a humanidade, ‘sp’rança
Se Jesus lá salv’a vida…

Só morrendo nesse acto
Tem o Homem salvação…
Mas o sporting campeão,
Só s’o Natal der o salto…

Pois a época é fatal
Na passagem conhecida:
É Jesus a nossa vida,
E pr’o sporting, Natal!

:-)

Por: Joker

Prenda de Natal

  
Chegou o Natal;
Vai nascer Jesus!
E ao mundo a luz
Vai chegar no tal…

Vem a sabedoria
Do saber divino;
Mas não é do menino
Que vem a mestria!

É do treinador
Qu’ainda vai à frente…
Que atrás vem gente
Num saber pior…

Mas pode vencer
Essa maior mente!
E s’assim de repente
Isso acontecer?

Pod’o salvador,
Esse génio do jogo,
Lá perder o fôlego
Como ontem, Senhor!?

Pois gast’as pilhas
Só se viu o Braga,
E de pernas, nada,
Depois de tantas milhas!?

Já ninguém corria
No prolongamento…
E há nisto sacramento
S’o Jesus nã’o queria?

E ver lá os velhos
A correr c’o olhar,
Qu’eu posso acreditar
Noutros evangelhos?

Posso ver no Lope
Esse anti-Cristo,
Que também viu isto –
Esse fraco trote!?

Podemos vencer
Lá por Alvalade,
Porque a “mocidade”
Não pode correr!?

E c’o rabo cansado
Pois até o Lope,
Lá vai de galope
Contr’o compassado!

Já não há pernil
Para dar à sola?
E jogar à bola
Sem correr a mil?

Acham qu’o Bruno
Pode resolver,
Se se não correr
Já num outro rumo?

E mesmo em graça
Contr’o bom do Lope;
S’ele faz um STOP,
E o sporting tropeça?

Vai-se inverter
Toda essa corrida,
Que ontem já tremida…
Deita tud’a perder!?

E deixar o desígnio
Da data festiva,
A qu’o Natal obriga
Por seu vaticínio!

Lá vai o leão
Nisto dar à sola,
E s’a bola rola
E não há pulmão?

Pode o Solimão
Continuar a bater,
Mesmo sem correr
Antes do ramadão?

E abrir os braços
Já pedindo a falta,
Que nisto a malta
Já lhe segu’os passos!

Ou então o bloqueio
Na jogada d’estudo,
Pois que nisto há mudo
Em tudo’o que leio…

E só o Porto ganha
No labor do árbitro!
E já se torna um hábito
Ali mesmo sem o Manha!

Mas mesmo no Natal
Há prendas de valor…
Qu’até o andor
Foi ao Nacional!

E nesse erro
Se viu a época…
Mas não há réplica!?
É só desespero…

Pois pod’o Lope
Contr’as previsões,
Ganhar aos leões
Sem ser por sorte?

É só deixar
Esbater a pressão…
Que depois o leão,
Sabe gatinhar…

Por: Joker

Un hombre solo

Lo tengo todo,
completamente todo;
Ganando, perdiendo,
Y sigo, siguiendo,
Un hombre, si puedo…

Lo tengo todo,
completamente todo;
Voy por la vida
Rodeado de gente
Que tengo temida…

Voy de abrazo en abrazo,
de beso en risa,
me dan la mano,
cuando es precisa!
Y la loca suerte
Es que mi norte,
Ya no es muy fuerte…

Pero cuando amanece,
y me quedo solo,
siento en el fondo
un mar vaco,
un seco ro,
que grita y grita
que solo soy
un hombre solo,
un hombre solo,
un hombre solo.

Vivo en un mundo
que flota como el humo;
ni una pálida sombra
ni un quejido en mi boca.

Lo tengo todo,
completamente todo;
voy por la vida
rodeado de gente
que siento mia.

Voy de abrazo en abrazo,
de beso en risa,
me dan la mano,
cuando es precisa;
la loca suerte
besa mi frente
por donde voy.

Pero cuando amanece,
y me quedo solo,
siento en el fondo
un mar vaco,
un seco ro,
que grita y grita
que solo soy
un hombre solo,
un hombre solo,
un hombre solo.

Pero lo tengo todo,
en mi saber,
si querer es poder,
no hay denodo?
Y si ali se pierde,
No ay lacuna…
Si la buena fortuna
Ya te despegue?

Y sin resultados,
Me sinto solo,
Sin un consolo?
Sin mas culpados?
No ay respuesta,
Por dos derrotas…
Que mas me resta?

Y cuando amanece,
me quedo solo,
siento en el fondo
un mar vaco,
un seco ro,
que grita y grita
que solo soy
un hombre solo,
un hombre solo,
un hombre solo….



Por: Joker

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Despertar a Força




O desempenho da equipa principal de futebol do FC Porto na presente época tem sido muito dececionante e está muito aquém do que seria expectável dada a qualidade do plantel. 

Quando a SAD decidiu manter Julen Lopetegui por mais uma época concordei, pois vi nessa decisão a possibilidade de consolidação do trabalho do técnico Basco, e acreditei que aprenderia com os erros cometidos, e possuiria melhor conhecimento do Clube e da realidade futebolística nacional o que contribuiria para o sucesso no fim da época. 

Assim estariam reunidas as condições para finalmente ter o FC Porto a lutar de forma assertiva pela reconquista do título nacional que escapava desde a saída do anterior técnico Vítor Pereira.

A época de 2014/2015 foi manchada e conspurcada no que respeita à verdade desportiva das competições nacionais, por um colo descarado e às claras, em favor do colo colo de Carnide. Esse colo durou o tempo que foi necessário para “tudo ficar garantido”. 

Passado todo este tempo “ninguém achou estranho o tal colo” e nada foi investigado, a não ser o “fait divers” das “caixas” e senhas para jantar oferecidas pelo colo colo de Carnide às equipas de arbitragem designadas para os seus jogos em casa.

Foi agoniante assistir a toda a “trama” e ver apenas sinais de impotência e ausência de ideias do FC Porto para reagir e mudar o curso dos acontecimentos. O FC Porto estava a construir uma nova equipa e tinha um treinador novo a todos os níveis, novo no país, no clube e estreante como treinador de um grande clube europeu. 

Foi muita novidade junta, aliada a uma certa tendência para “dar tiros nos pés” vinda dos atletas do Clube e do próprio treinador, o que sentenciou ao fracasso a época futebolista Portista. 

Como “tiros nos pés” considero os sucessivos erros defensivos intoleráveis num Clube com o FC Porto, que infelizmente repetiram-se (e repetem-se ainda nesta época!) e não foram devidamente resolvidos. 

Assim como não jogar os 90 minutos com a “intensidade” necessária e exigível a quem luta por vencer competições, assistindo-se a jogos marcados pela lentidão, bocejo, exibições cinzentíssimas e previsibilidade durante largos minutos (por vezes a totalidade das primeiras partes!). Faltou também pontaria no momento de finalizar e no futebol a velha máxima “quem não marca sofre” aplica-se como um “luva”.

O treinador promoveu uma estranha rotatividade que parecia ser “um fim em si”, em vez de ser um processo para manter o “plantel fresco” mas sem comprometer a necessidade e as possibilidades de vencer.

Da época passada fica como “saldo” uma participação muito positiva na Liga dos Campeões, em que o FC Porto caiu (com estrondo em Munique) perante o todo-poderoso gigante bávaro Bayern de Munique, clube com uma capacidade financeira, qualidade da equipa técnica e qualidade de plantel muito superior quando comparado com os nossos recursos.

A nível interno somaram-se deceções, porque no nosso íntimo todos sabemos que o FC Porto em teoria tinha tudo o que era necessário para ser campeão e até adicionar mais uma ou outra taça às conquistas em 2014/2015. Infelizmente assim não foi e tivemos uma época com “seca de títulos” no futebol sénior.

Mesmo com a grave adulteração dos resultados de jogos em favor do colo colo de Carnide e dos pontos retirados ao FC Porto por erros de arbitragem diretos, se o FC Porto estivesse ao seu nível habitual teria mesmo assim sido campeão. 

São “águas passadas” e agora não vale a pena lamentar. É necessário não esquecer contudo tudo o que aconteceu e aprender com os nossos erros. Evidentemente quando olhamos para o que já ocorreu esta época não podemos estar satisfeitos. 

O FC Porto saiu da Liga dos Campeões sem glória, ultrapassado na última jornada por uma equipa que não lhe é superior em nada, o Dínamo de Kiev. Os ucranianos foram muito eficazes e pragmáticos na abordagem que trouxeram ao jogo no estádio do Dragão, e foram felizes por apanhar uma noite claramente “não” do FC Porto que esteve irreconhecível roçando mesmo o patético!

Por culpa própria o FC Porto saiu da Liga dos Campeões e não chegou aos oitavos de final. Teve tudo para passar à fase seguinte desta prestigiada prova, e infelizmente falhou quando não podia falhar. Fica o amargo de boca de 10 pontos que para uns permitem passar à fase seguinte e para outros não.
Cada grupo tem a sua história, e a história do nosso foi, ao não “matar as hipóteses” do Dínamo de Kiev logo no jogo inaugural na Ucrânia e ao exibir-se de forma tão desastrada no Dragão frente a este adversário, o FC Porto ditou a sua “sentença de morte”. 

Ninguém esperava um Chelsea tão fraco e naturalmente era tido como o grande candidato a vencer o grupo, daí que de antemão o FC Porto já poderia prever que disputaria o segundo lugar do grupo com o Dínamo de Kiev.

 Os erros pagam-se caro e numa prova onde está a “nata do futebol europeu” isso é ainda mais incontornável. Calhou em sorteio os alemães do Borússia de Dortmund, que não era o adversário mais desejado. 

O FC Porto deve jogar para seguir em frente sem deixar-se atemorizar pelo nome deste adversário, que é possível ultrapassar, mas requer que o FC Porto seja capaz de “reinventar-se” e exibir outro tipo de ambição e futebol.

De resto têm-se observado coisas estranhas no FC Porto, relativamente à cúpula dirigente, por um lado e bem “barraram” o acesso ao Dragão Caixa ao nosso arqui-inimigo Rui Rio, que enquanto autarca tudo fez para hostilizar e prejudicar o FC Porto. 

A estação televisiva SIC convidou para o painel de comentadores de um evento que estava a organizar Rui Rio, esse evento teria lugar no Dragão Caixa. Se a SIC tivesse tido algum bom senso esta humilhação ao arrogante Sr. Rio poderia ter sido poupada. 

Por outro lado e com esta eu não contava nem nunca me passaria pela cabeça poder assistir a tal coisa, Vítor Serpa diretor do jornal desportivo A Bola foi um dos convidados da última gala Dragões de Ouro!

Jornal que foi sempre hostil ao FC Porto, e sempre que pode tenta tudo para nos desestabilizar. Só gostava de saber qual foi o critério para convidar este senhor. Os dirigentes do FC Porto lá sabem que “amizades lhes convém”, no entanto acho triste esta falta de “espinha vertebral e de memória”, pois se os dirigentes esqueceram o que este jornal e o seu diretor fizeram ao FC Porto, os adeptos não esqueceram!

Igualmente triste é a falta de respeito que tenho visto ao FC Porto, muito por culpa da “pobreza franciscana” que tem sido o futebol produzido nesta época que não inspira respeito aos adversários, e ainda pelo silêncio prolongado dos dirigentes da FC Porto SAD em momentos onde seria obrigatório sair em defesa do bom nome do Clube.

O treinador do Paços de Ferreira foi um dos últimos protagonistas desta falta de respeito, quando proferiu as seguintes declarações após o jogo FC Porto x Paços de Ferreira para o campeonato: “Qualquer equipa coloca consegue colocar em sentido o FC Porto no Dragão”. Parece um enorme insulto, mas infelizmente é a dura realidade dadas as exibições que se têm visto e a “tremedeira” do sector defensivo do FC Porto.

Por outro lado Bruno de Carvalho, personagem que não consegue passar muito tempo calado, e gosta de ser falado nem que seja por maus motivos, fez uma piada com a “passagem” da equipa de ciclismo W52 do sporting para o FC Porto, com mais ou menos algo do género “O Porto virou-se para o ciclismo porque lhe falta pedalada para o futebol”.

António Figueiredo ex-dirigente do colo colo de Carnide e na altura presidente do Estoril Praia aquando do escândalo “Estorilgate”, o caso do tal jogo arranjado para o Algarve para quem estiver esquecido, veio também queixar-se que o seu clube não tem sido tratado com justiça e como os adversários diretos pela luta pelo título. Outro desavergonhado que perdeu a oportunidade de estar calado!

Ainda teve o desplante de mencionar que o colo colo de Carnide não tem beneficiado de tantos penaltis como o FC Porto e o sporting. O FC Porto só beneficiou de um até ao momento, e bem assinalado diga-se de passagem, e pelos vistos isso provoca “azia” ao Sr. Figueiredo. Homem, você calado é um poeta como alguém disse um dia!

Ainda temos de vez em quando o João Gabriel do mesmo clube de alucinados a “dar um ar da sua graça”, talvez para justificar o seu vencimento, as diatribes do Pedro Guerra na TVI num programa cujo nível está cada vez mais baixo, e Rui Gomes da Silva com as artimanhas do costume a tentar branquear os evidentes benefícios do seu clube. Mais do mesmo, nada mudou.

A solução para estes “pigmeus do futebol português” é vencer, conquistar títulos, porque dos fracos não reza a história. Só espero que estas declarações façam refletir os responsáveis da SAD do FC Porto e percebam o que está mal no futebol profissional do Clube, e operem as mudanças necessárias para alterar este estado de coisas. 

O FC Porto deixou de ser um Clube guerreiro, aguerrido, bairrista, com capacidade de superação constante e apetite insaciável por vencer, para exibir tiques de “novo-riquismo”, aburguesamento, apatia e conformismo. Assim meus senhores não vamos lá! 

E se os dirigentes da FC Porto SAD mais não conseguem fazer do que tornar o Clube num entreposto de jogadores, ou melhor “plataforma giratória de jogadores” e olhar às comissões que entram nos seus bolsos, então façam um favor ao Clube e vão embora, deem lugar a quem tem “sangue na guelra”, ambição e energia necessária para dar a volta à situação.

E como nem tudo é negativo, destaco no “pódio de ouro” o desempenho da equipa de andebol sénior do FC Porto, que encarna na perfeição o espírito do Dragão e dá gosto ver jogar!

A equipa de hóquei prometeu muito ao vencer o poderoso e ainda campeão europeu FC Barcelona por duas vezes, uma em Portugal e outra em Espanha, e merece ser destacada também, mas infelizmente neste fim-de-semana quando estava a vencer e tinha condições para sair da casa do adversário com uma vitória, “borrou a pintura” e acabou perdendo na casa do colo colo de Carnide. Com o campeonato a complicar-se para os homens de Cabestany, talvez seja de apostar tudo numa vitória na Liga dos Campeões que nos escapa há tanto tempo.

No momento em que finalizo esta crónica os “Deuses do futebol” decidiram sorrir de novo ao FC Porto após tantas “tempestades”, e brindaram-nos com uma vitória do União da Madeira sobre o sporting e outra do FC Porto sobre a Académica, o que permite desde já ao FC Porto passar para a liderança da prova. 

A propósito do FC Porto x Académica, devo dar os parabéns aos jogadores e equipa técnica pela boa exibição neste jogo e por terem conseguido vencer e obter três importantes pontos que isolam o FC Porto na liderança. Espero que esta liderança Portista seja um “bálsamo” para a confiança da equipa e treinador e permita encarar o que resta da época com estofo de campeão. Que seja o despertar da Força do Dragão, e a hibernação acabe!

É o melhor que podia acontecer à equipa do FC Porto após tantos momentos conturbados, agora é necessário manter os pés bem assentes na terra, sem deslumbramentos e encarar cada jogo como uma final. No fim fazem-se as contas. Não há dúvidas sobre como é importante para o FC Porto vencer o campeonato nesta época.

E porque é Natal, gostava de ver no “sapatinho azul e branco” pelo menos um defesa central e um médio criativo já em Janeiro de 2015. A propósito do mercado de transferências concordo com a saída do Osvaldo (embora ache que o treinador não o soube aproveitar devidamente), e com a saída do Cissokho. Quanto ao Varela parece que foi o próprio que pediu para sair, pois quer jogar mais, acho bem que o Clube o deixe sair se houver uma boa proposta em cima da mesa.

Espero que sejam falsos os rumores de indisciplina do André André, sobre um desentendimento que terá tido com Julen Lopetegui, motivando o seu afastamento das convocatórias, “camuflado” por um boletim clínico que o classifica como lesionado.

Se foi o caso, o FC Porto não pode pactuar com indisciplina, ninguém está acima das regras e apesar do André ser muito querido pela massa adepta do FC Porto, terá de pagar o preço do seu erro. 

Haja no entanto o bom senso de o integrar o mais rapidamente possível na equipa, de forma a nenhuma das partes sair mais prejudicada do que tem de ser duma situação deste género. Reforço a ideia, espero que sejam falsos estes rumores!

Aproveito para desejar à Família Portista um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, que traga o que há de melhor, e naturalmente muitas alegrias desportivas.

FC Porto a vencer desde 1893!
A Chama do Dragão é Eterna!
FC Porto Sempre!

 
                         Por: BluePunisher
 

domingo, 20 de dezembro de 2015

Cabaz de Natal - Parte 2


O FCPorto B foi ao Seixal bater o Benfica B por expressivos 0-3. Os golos foram marcados por Rafa e Ismael Diaz (que bisou).

No onze dos dragões destaque para a ausência do goleador André Silva (convocado para a equipa principal). No seu lugar jogou Leonardo Ruiz. Em relação ao jogo com o Sporting, destaque ainda para a troca de João Costa por Raul Gudino na baliza.

A perspectiva era a de um bom jogo de futebol entre o líder da 2ª liga (FCPorto B) e o Benfica B, que apesar de ocupar o 15º lugar à partida para o jogo, tinha a vantagem de jogar em casa.

O jogo não desiludiu e foi animado. Entrou melhor o FCPorto B com mais energia e a criar algum perigo. O avançado Ismael Diaz foi o rosto principal dessa ofensiva com vários remates a levarem perigo à baliza de Miguel Santos.

No entanto, a partir dos 25 minutos, a equipa da casa começou a reagir e a criar progressivamente mais perigo. Diogo Gonçalves primeiro e Taarabt depois obrigaram Gudino a trabalhos reforçados.

Mas o caso do jogo viria passados alguns minutos... Clésio (um dos mais activos) cai na área do Porto e é assinalada grande penalidade contra os dragões. Não parece haver falta. No entanto, na marcação do castigo máximo, Taarabt faz um passe a Gudino e o resultado não se altera.

Até ao intervalo, destaque para mais um lance de golo para o Benfica B. Diogo Gonçalves aproveita alguma passividade dos jogadores do Porto e remata ao ferro.

Assim chegou o intervalo. Apesar do jogo equilibrado e entretido, o nulo ao intervalo favorecia claramente o Porto, visto as melhores oportunidades terem pertencido ao Benfica.

No entanto, a segunda parte seria outra conversa...

Uma conversa que começou com o golo do FCPorto B logo aos 47 minutos. Francisco Ramos é travado em bom posição e na marcação do livre o lateral Rafa surpreende com um remate rasteiro. O 5º golo do jovem defesa no campeonato foi o 1º do Porto na partida.

Ainda estava o Benfica B a processar o golo sofrido... e GOLO! Outra vez? Sim, outra vez. O destemido Ismael (quem mais?) marca após jogada individual. Os níveis de eficácia e de confiança do Porto estavam em alta.

O meio campo portista começou também a estabilizar e a atingir o nível habitual com o triângulo complementar a funcionar na perfeição. Omar, Francisco Ramos e Graça provaram mais uma vez que são os três homens mais fortes que o Porto pode ter no meio campo.

O Benfica sentiu e muito os golos e o Porto passou a dominar. Podia mesmo ter chegado ao terceiro logo a seguir pelo central Maurício ou um pouco depois por Ismael, mas os remates falharam o alvo.

Por esta altura os jogadores do Benfica já não podiam olhar para a cara de Ismael e devem ter ficado tristes quando Luis Castro preferiu tirar Gleison para a entrada de Cláudio.

Até porque logo a seguir... QUEM MAIS? Ismael a marcar o 2º da conta pessoal e o terceiro do FCPorto. Um diabo à solta mas este não era vermelho.

A partir daqui, o Porto relaxou um pouco no jogo e permitiu mais domínio ao Benfica, mas as estocadas estavam dadas e não havia mais nada a fazer.

Depois do 4-0 ao Sporting... e para não haver zangas lá pela segunda circular... era necessário ganhar também ao Benfica.

O FCPorto B segue assim isolado no 1º lugar da tabela.


Análise individual:

Raul Gudino: Boas defesas, sempre seguro. Defendeu um penalti fraco.

Victor Garcia: Bom jogo com vários cruzamentos e incursões perigosas.

Chidozie:
Passou por dificuldades na 1ª parte como de resto toda a equipa. Mas sem erros de maior.

Maurício: Boa exibição na defesa. Podia ter marcado de cabeça.

Rafa: O habitual ímpeto ofensivo e um golo que abriu o marcador. Algumas dificuldades na defesa sobretudo na 1ª parte.

Omar Govea: Bons cortes. Um jogo regular.

Francisco Ramos: Melhorou na segunda parte e atingiu o nível habitual.

Graça: Também melhorou na segunda parte e a equipa agradeceu já que é dos jogadores mais influentes.

Gleison: Um pouco ofuscado por Ismael, ainda assim fez um bom jogo. Consistente.

Ismael: Melhor em campo. Foi o terror do Seixal. Esteve bem mesmo no pior período da equipa e quando a equipa arranjou forças para o acompanhar, partiu a loiça toda. O primeiro golo é fantástico.

Leonardo: Passou um pouco ao lado do jogo, mas nunca deixou de lutar.


Claúdio: Alguns bons pormenores.

Verdasca: Sem tempo.

Pité: Entrou perto do fim, mas ainda falhou uma bela oportunidade.

FICHA DE JOGO

BENFICA B-FC PORTO B, 0-3
Segunda Liga, 22.ª jornada
19 de Dezembro de 2015
Caixa Futebol Campus, no Seixal

Árbitro: Jorge Ferreira (Braga)
Assistentes: Paulo Vieira e Inácio Pereira
Quarto árbitro: Nuno Manso

BENFICA B: Miguel Santos; Clesio, Lindelof, Rúben Dias e Pedro Rebocho (cap.); Dawidowicz, João Teixeira e Diogo Gonçalves; Taarabt, Nuno Santos e João Carvalho
Substituições: Nuno Santos por Sancidino Silva (35m), Diogo Gonçalbes por Bilal (71m) e Rúben Dias por Sarkic (77m)
Não utilizados: André Ferreira, Gilson Costa, Alexandre Alfaiate e Yuri Ribeiro
Treinador: Hélder Cristóvão

FC PORTO B: Raúl Gudiño; Víctor García, Chidozie, Maurício e Rafa; Omar Govea, Francisco Ramos (cap.) e Graça; Gleison, Ismael Díaz e Leonardo
Substituições: Gleison por Cláudio (74m), Graça por Verdasca (81m) e Leonardo por Pité (85m)
Não utilizados: João Costa, Rui Moreira, Tomás Podstawski e Sérgio Ribeiro
Treinador: Luís Castro

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Rafa (48m), Ismael Díaz (50m e 75m)


Por: Prodígio 
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