segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O Santo Milagreiro!



30 Milhões!
Recusados p’lo Vieira!
Para serem campeões
Nesse final UEFEIRA!
 
Porqu’é jogada na luz
O plantel é reforçado
Mais 4 milhões no Jesus
E o petróleo é encarnado!
 
 E à Sérvia foram buscar
Os fundos que lhes jaziam
Uma brancura a comprar
Que até o Roberto vendiam!?
 
É dinheiro da TV!
Diz o Moniz sabedor
O Conduto sab’o porquê
Desse projecto vencedor!
 
Agora que todos trajam
De papoilas saltitantes
Quanto dinheiro arranjam
Nesses jogos esfuziantes!!?
 
E como esconder as imagens
Do Jesus a dar a face?
Na TV, é só miragens…
Não bateu o quanto baste!
 
Só queria ajudar…
E até perdeu o relógio!
Coitadinho, foste apanhar
E mereces esse maior elogio!
 
Qu’Orelhas foi fumar
Nessa TV Coffe-Shop!
“O Jesus quis apartar…
E veio a polícia-de-choque!”
 
“Há duas justiças aqui
Um’a Norte, outr’a Sul
O Jesus não é dali
E só é crime, o azul!”
 
Dá o verdugo à Costa
Na Sentença orquestrada
Não é o Hulk, quem aposta
Qu’o Jesus “não” sofre nada!?
 
Ou uma pena suspensa
Ou pr’á cumprir no feriado
Bater em polícias compensa
Só se se trajar d’encarnado!
 
Por isso s’investe tanto
E se recusa tanto “guito”
Um clube c’o este Santo (é)
Milagreiro de tanto aflito!…



Por: Joker

O melhor jogador português de sempre





Tem andado pelos meandros da comunicação social escrita e televisiva uma votação sobre quem será o melhor jogador português de todos os tempos, tendo para o efeito os média dividido as suas preferências entre três grandes jogadores, dois deles já fora das lides futebolísticas, Eusébio Ferreira da Silva e Luís Figo, e Cristiano Ronaldo ainda em plena atividade.



O curioso de tudo isto é que se tem ouvido por aí juízos de valor de jornalistas especializados e opiniões de pessoas comuns mas ligadas ao desporto rei, que pela sua tenra idade nunca tiveram oportunidade de ver ao vivo pelo menos aquele que muitos definem como o “rei” do futebol português, Eusébio Ferreira da Silva, mas nem por isso enjeitam a oportunidade de fazerem comparações e tomadas de posição sobre o assunto, como se isso fosse assim tão fácil tendo em conta o que era o futebol do tempo de Eusébio e o que é agora no tempo de Cristiano Ronaldo, já que na minha opinião é o mesmo que comparar o saudoso Joaquim Agostinho com o melhor ciclista da atualidade, Rui Costa, pois certamente que a tecnologia hoje ao dispor dos ciclistas e a tipologia de treino de outrora estarão a anos-luz do que agora transparece.

Só por este princípio de raciocínio, mas não só, entendo que não é possível a ninguém de direito avaliar com o devido rigor e uma coerência objetiva e despretensiosa, traçar um perfil de competência ou de qualidade futebolística a nenhum dos três jogadores em equação, pois, na minha humilde opinião são três casos perfeitamente diferentes, em épocas igualmente distintas e em condições de jogo e de treino incomparáveis, o que torna qualquer juízo de valor um ato extemporâneo, desajustado, inimitável e fruto da sociedade atual e consumista onde estamos inseridos, que só servirá para colher dividendos no uso e abuso de chamadas de valor acrescentado com custos associados a empresas do setor, e entreter e pagar as despesas associadas a programas de comunicação social sem qualidade substantiva de conteúdos televisivos, radiofónicos e jornalísticos.

Por: Natachas.

domingo, 29 de setembro de 2013

Andebol: Kielce 35 - 23 FC Porto - Boa réplica durou 30 minutos







O FC porto deslocou-se hoje ao fabuloso pavilhão do Kielce para a 2ª jornda da Liga dos Campeões. A equipa local, uma das favoritas, ganhou como era esperado. Contudo a réplica portista foi de elogiar, sobretudo na 1ª parte. 





Comecemos este texto sobre o ambiente. Um pavilhão capaz de fazer corar muitos estádios de futebol da nossa 1ª Liga. Capacidade para 4000 espectadores, cheio e vibrante. Público "equipado" com as cores da sua equipa, muito barulho, apoio constante e conhecimento da modalidade. Excelente espetáculo fora do campo de jogo também.

O início mostrou a nossa equipa a um nível que surpreendeu os super-favoritos polacos. Gilberto (boa exibição), Tiago e João Ferraz a facturarem sempre que tiveram possibilidade de alvejar a baliza defendida pelo monstro que é o guarda-redes Szmal (melhor jogador mundial em 2011). Uma boa gestão da nossa posse de bola, com ataques longos e capacidade de remates aos 9 metros. A nossa defesa 6*0 atenta e pressionante, capaz de se transformar rapidamente em 5*1. 

Assim ao final dos primeiros 5 minutos ganhávamos nós por 4 -2. Fantástico!

Eles, com dificuldade, chegariam uns minutos depois ao empate, aproveitando algumas falhas técnicas dos nossos atletas. Mesmo assim não conseguiam descolar, pelo contrário, ainda se viram novamente em desvantagem após novo golo de João Ferraz. 

Só após uma exclusão de Wilson e já quase a chegar aos 10 minutos, nos vimos em desvantagem. mas continuava renhido. Obradovic, consciente das nossas limitações na 1ª linha, adoptou uma estratégia que já havia sido testada, a utilização de 2 pivots. Estava a resultar e mantinhamo-nos na luta.

O Kielce, como conjunto experiente que é, tentava aproveitar os nossos momentos de maior fraqueza, aqueles 2 minutos sempre que tínhamos um atleta excluido. Como já tinha acontecido antes, após uma exclusão nossa, a equipa polaca aumentou o ritmo e a vantagem. No final do tempo de exclusão, aos 13 minutos, o resultado era já de 3 golos de diferença (8 - 5).

Os nossos bravos atletas não baixavam a guarda. A diferença era habitualmente de 1 ou 2 golos. Foi assim à passagem dos 15 minutos (9-7). Era igualmente essa a diferença aos 20 minutos (11-9).

Estivemos quase a empatar a 12. Não o conseguimos. Falhamos um golo isolado aos 6 metros, ficou um livre de 7 metros por marcar mas o que interessa é que não o conseguimos. Felizmente na nossa baliza, Laurentino também brilhava.

Nesta fase o nosso técnico, justamente galardoado com o Dragão de Ouro como Treinador do Ano, começou uma rotação com algumas surpresas. Rodamos mais a equipa do que vimos no último jogo. Já nesta 1ª parte vimos em campo Nuno Carvalhais, Miguel Sarmento ou Hugo Santos. Muitos jovens a terem os primeiros minutos da carreira a este nivel. Aproveitem e cresçam, têm aqui uma oportunidade fantástica de se tornarem mais rápido melhores jogadores, melhores atletas. 

Ao intervalo 16 - 13 favoravel ao Kielce. Boa 1ª parte nossa. Vermos uma equipa como a nossa pela 1ª vez nesta fase, todos jovens a lutarem de igual para igual com campeões de tantos títulos, dezenas de internacionais em países de topo, só nos pode orgulhar.

Recomeçamos em inferioridade numérica, após uma exclusão nos segundos finais da 1ª parte de Ferraz. Como sempre, as dificuldades aumentavam ainda mais nesta situação. 

Não foi o único factor. Estivemos francamente mal. Em 3 ataques consecutivos nem chegamos a rematar, todos acabaram com uma falha técnica nossa. Não pode acontecer a este nível. Eles obviamente aproveitaram tantas facilidades. Dispararam irremediavelmente no marcador. os 3 golos de diferença ao intervalo num ápice se tornaram no dobro (19 - 13). Péssimo arranque. Com adversários destes paga-se sempre muito caro.

Continuávamos a tentar descansar a 1ª linha e aproveitando para poder ter 2 pivots. Tiago Rocha partia de central e juntava-se a Salina como 2º pivot. Uma opção interessante descoberta pelo nosso treinador e a forma possivel de dar descanso aos 3 super-fatigados da 1ª linha, mantendo a qualidade.

Apenas à passagem dos 5 minutos deste segundo tempo marcamos (Gilberto de muito longe). Foi o momentâneo 20 - 14. Fraco arranque.

Conseguimos voltar a equilibrar o jogo, mas já era demasiado tarde. Contudo ainda cometemos alguns erros, sobretudo na saída para o ataque rápido, com passes a terminarem nas mãos dos adversários.

Mesmo com a maior rotação relativamente aos últimos jogos, até aí estávamos em desvantagem. O 7 deles era praticamente totalmente novo. Se não eram os titulares, seriam mais fracos? Nada mais errado. Apenas trocaram de internacionais. Se saía um internacional polaco como Jachlewski, entrava um internacional croata como Cupic. Ora,será algo estilo sair o Hulk e entrar o Messi, qualquer um seria figura nas melhores equipas do mundo...

A difernça mantinha-se agora nos 5 ou 6 golos. continuava assim à passagem pelos 15 minutos da etapa complementar (27 - 21).

A partir daí notou-se uma quebra nossa. talvez uma esperada quebra fisica, quiçá uma quebra anímica. Não sabemos. O certo é que desligamos e isso foi notório na marcha do marcador. Eles tinham uma enorme facilidade para finalizar aos 6 metros, nós chegávamos a falhar totalmente isolados (João Ferraz, por exemplo, falhou um contra-ataque completamente sozinho). As falhas técnicas continuaram.

Se aos 20 minutos o resultado mostrava um 30-22, no apito final era já de 35-23. Apenas um golo marcado em 10 minutos demonstra bem as dificuldades ofensivas que mostramos nesta altura.

Não se esperava outro resultado, aliás muitos esperavam uma derrota bem mais pesada. É importante realçar uma vez mais o nosso objectivo e a valia do nosso adversário. Eles são candidatos (o ano passado venceram os 10 jogos desta fase por exemplo), o nosso objectivo é apenas melhorar para dar mais luta no futuro. A verdade é que estamos a cumprir e temos tido excelentes momentos que nos mostram que temos condições para começar a bater o pé e criarmos uma ou outra surpresa. Quem sabe se não será já no dia 12 de Outubro, no 1º jogo da fase de grupo da Champions no nosso Dragãozinho...

Equipa e marcadores:

Equipa Inicial: Hugo Laurentino (g.r., 1), Gilberto Duarte (6), Wilson Davyes (2), Mick Schubert, Ricardo Moreira (2), João Ferraz (4) e Tiago Rocha (2). 
Também jogaram: Alfredo Quintana (g.r.), Belmiro Alves (1), Daymaro Salina, Vasco Santos, Nuno Carvalhais, Hugo Santos (2), Miguel Sarmento (3) e Hugo Rocha.    



Por: Paulinho Santos  



sábado, 28 de setembro de 2013

Segunda Liga; 8ª Jornada: FC Porto B 2 - 1 Santa Clara

Dragão adormeceu, mas acordou mesmo a tempo

Depois de um jogo muito mau na Madeira, era expectável uma resposta mais contundente do Porto B hoje frente ao Santa Clara.

Acabou por ser uma exibição que cumpriu os serviços mínimos, mas não correspondeu às expectativas dos adeptos.





Com Fabiano, Reys, Herrera, Ricardo e Kelvin "emprestados" pela equipa principal, o Porto B chegou à vantagem cedo num penalti convertido por Tozé (depois de uma mão na área). A partir do golo, o Porto B foi adormecendo sobre a vantagem, praticando um jogo sem velocidade e sem rasgo.






E nem a expulsão de um jogador do Santa Clara mesmo em cima do intervalo motivou os jogadores do Porto, que continuaram hipnotizados por uma lentidão que só favorecia um Santa Clara à espera do erro.

E esse erro apareceu mesmo. Um mau atraso de Ricardo deu o golo ao Santa Clara.

Foi preciso esse lance para os jogadores do Porto finalmente acordarem e voltou o domínio agressivo da equipa portista. Mais agressividade e mais velocidade deram naturalmente origem a oportunidades e finalmente ao golo de Ivo.

Acabou por ser uma vitória justa, mas ficou a ideia que era possível fazer mais e melhor.


Análise Individual:

Fabiano: Fica a ideia que é lento a reagir ao atraso de Ricardo. De resto cumpriu.

Victor Garcia: Uma boa exibição do lateral que não pára de evoluir. Bem a defender e bem a aparecer no ataque. Falhou o golo isolado depois de uma boa combinação com Ricardo.

Zé António: A serenidade habitual.

Reys: Alguns bons cortes. Perdeu apenas um lance na área.

Quino: Duas perdas de bola que deram origem a dois contra ataques e forçaram dois amarelos para o Porto. A atacar não se viu.

Pedro Moreira: Melhor em campo. A defender limpou tudo, passeou classe pelo campo e lutou até não poder mais.

Herrera: Excelente exibição na 1ª parte, com grande amplitude de movimentos. Bem nas combinações, nas aberturas e mesmo a defender. Baixou de produção na segunda parte, mesmo assim foi dele a arrancada no golo de Ivo.

Tozé: Muito apagado. Esteve sempre muito marcado e nunca se conseguiu libertar. Ainda assim marcou o penalti e assistiu Ivo para o segundo golo.

Kelvin: Algo inconsequente. Nunca conseguiu desequilibrar.

Ricardo: O atraso para Fabiano é o principal erro do jogo. No entanto,seria redutor reduzir a exibição de Ricardo a isso. Apresentou bons pormenores, mas tal como Kelvin faltou-lhe ser mais consequente.

Kleber: Alguns bons pormenores em apoios e combinações, mas quando a conversa é com a baliza... não resulta. Falhou dois golos que um PL não deve falhar.


Ivo: Entrou muito bem com o jogo. Roubou várias bolas, uma delas deu origem à jogada que ele próprio finalizou.

Caballero: Nada a registar.

Leandro: Para queimar tempo.




FICHA DE JOGO

FC Porto B-Santa Clara, 2-1
Segunda Liga, oitava jornada
28 de Setembro de 2013
Estádio do Pedroso, em Vila Nova de Gaia
Assistência: 307 espectadores

Árbitro: Manuel Mota (Braga)


FC PORTO: Fabiano, Victor Garcia, Reyes, Tiago Ferreira, Quiño, Pedro Moreira, Herrera, Ricardo, Tozé, Kelvin e Kléber
Substituições: Vítor Garcia por Ivo (66m), Kléber por Caballero (79m) e Pedro Moreira por Leandro (87m)
Não utilizados: Kadu, David, Tiago Ferreira e Bruno Silva
Treinador: Luís Castro

SANTA CLARA: Serginho, Paulo Arantes, Miguel Lourenço, Accioly, Igor, Seddiki, Cervantes (Ruizinho, 52), Pacheco, Hugo Santos (João Pedro, 79), Tiago Leonço (João Ventura, 64) e Minhoca
Substituições: Cervantes por Ruizinho (52m), Tiago Leonço por João Ventura (64m) e Hugo Santos por João Pedro (79m)
Não utilizados: João Botelho e Mike
Treinador: Carlos Condeço

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Tozé (7m, pen.); Tiago Leonço (63m) e Ivo (77m)

Cartões amarelos: Paulo Arantes (06), Seddiki (28), Quiño (55), Reyes (62), Igor (72), Herrera (80), Ruizinho (89) e Tozé (90+2) e Miguel Lourenço (90+4)
Cartão vermelho: Seddiki (45+1).


Por: Prodígio 

Liga Zon/Sagres 6ª J.: FC Porto 1 - 0 Guimarães: Árdua construção



Este FC Porto é uma árdua construção, demasiadamente faseada e com muitos recuos para alguns avanços. 

Este jogo foi mais uma fase num plano de construção que já devia estar bem mais avançado e mecanizado.







Primeiro, parece ter sido colocado, em definitivo, travão à ideia do “duplo-pivot” a meio campo. Seja devido à permanência de Fernando no plantel, ou à conclusão óbvia dos problemas tácticos que nos causaria. Ou até por ambas, quem sabe. Muitas alternativas se tentaram e entre avanços e recuos, nenhuma pegou. Até ver, parece um projecto abandonado. Ainda bem.





Segundo, parece assente que o FC Porto precisa de criatividade na zona 10. Precisa de um gerador de jogo, um homem que invente futebol. Já vai longa discussão, e para abono da verdade, já nem é só desta temporada. Finalmente, Quintero aproxima-se do onze, mesmo que seja o primeiro a saltar fora na altura das substituições. É claro, precisa-se de tempo para que tudo encaixe e se crie o entrosamento necessário. Muito do que ainda anda aos solavancos naquele meio campo precisa de correr sem atrito algum. Perdeu-se tempo na pré-época e mesmo já no decorrer da mesma, só agora se reconhece em campo a necessidade de um criativo, em especial, quando o nosso jogo exterior é exasperante.

Terceiro, ainda falta resolver este último ponto. O jogo exterior do FC Porto é quase inócuo. As soluções que existem no plantel são limitadas, é verdade, mas cabe ao treinador abrir horizontes e não cerrar ainda mais o firmamento. Esta é a maior ameaça à continuação do sistema de jogo em 4-3-3. Ou começa a existir velocidade, capacidade de drible e acutilância pelos flancos, ou o FC Porto começa logo o jogo a limitar a sua capacidade ofensiva.






O jogo de hoje valeu pelos primeiros 30 minutos. Tão só. Fase em que o FC Porto tem 3 oportunidades claras de golo, a que se soma mais uma bola no ferro, logo aos 4 minutos de jogo. Com Quintero a imprimir criatividade na zona 10 e Lucho a dar dinâmica no transporte de bola, o FC Porto cavalgou o meio campo adversário. O Vitória entra em jogo fechado, mas é ultrapassado pela circulação de bola do FC Porto.






A meia hora passa, as oportunidades perdem-se e o Vitória muda a forma como encara o jogo. André André e Olímpio recuam mais e caem sobre Quintero. Sem jogo exterior, o FC Porto afunilou-se sobre si mesmo, incapaz de contornar o adversário e desafogar Quintero.

A segunda parte seria uma versão mais lenta dos últimos 15 minutos da primeira parte. O colapso total do jogo exterior portista e o sufoco na zona central.

Lá caiu do céu aos trambolhões (quase que o digo de forma literal) um penalti redentor. Conferiu justiça ao marcador pelas oportunidades já desperdiçadas, mas premiava o pior período da equipa.

E se as coisas já não estavam suficientemente aborrecidas, o jogo nos bancos provou ser ainda mais prejudicial. O plano de Rui Vitória é simples. Esticar os flancos, em sub-rendimento, para tentar acompanhar Maazou. Depois, dar lucidez ao meio campo. E cumpre. Primeiro tira o inútil Plange e coloca Matias. Repete o feito no flanco contrário, com a saída de Malonga e a entrada de Ricardo Gomes. Por fim, retira um carregador de piano (André André) e coloca um violinista (o nosso Tiago Rodrigues). O Vitória estica e começa a soltar-se, mas para ter alguma hipótese de reentrar no jogo, só com ajuda do FC Porto. E teve.

A primeira substituição de Paulo Fonseca é boa. Licá já há muito se havia perdido no jogo, restava ver se Varela se afundaria a igual velocidade. Infelizmente, sim.




A segunda substituição é muito má. Sai Quintero e entra Defour. O FC Porto perde o jogador que pode causar um calafrio no jogo, desliga-se de Jackson e entrega o meio campo ao crescimento Vitoriano. Ou seja, jogo flanqueado não existia, Jackson perde a sua última linha de apoio e o meio campo fica acantonado à espera do crescimento do adversário. A última substituição, forçada pela lesão de Fernando, agrava a segunda. Defour recua para 6 e entra Carlos Eduardo para 8. O meio campo esfrangalhou-se e o Vitória cresceu no jogo. É uma substituição que mostra o que ainda falta a Paulo Fonseca crescer no banco. Incapaz de corrigir o seu erro ao tirar Quintero, pelo contrário, agrava-a. Altera, por completo, o meio campo. Destrutura-o e abandona-o a uma espécie de anarquia.




Bem sei que, depois, todos acertam na taluda. Mas sejamos francos, faltou-lhe rasgo. Se entrasse Ghilas para o flanco e Josué assumisse a sua posição a 10, com Lucho a 8 e Defour a 6, não só poderíamos ganhar um jogador perigoso na ala (ou pelo menos tentava-se!), mas sobretudo, o meio campo não sofreria uma destruturação tão dramática.

Valeu que este Vitória é forte em vontade mas curto em talento. Houvesse mais qualidade e a história poderia ser outra.

Chegou-se ao fim a ver o Vitória por cima e a rondar a baliza de Hélton. Escusado.

As declarações pós jogo de Paulo Fonseca deixam-me preocupado, confesso.

Águas passadas. O que interessa agora é o jogo importantíssimo para a Champions. E, se calhar, para o resto da temporada, digo eu.



Análises Individuais:

Helton – Sai de campo como um mero espectador. Sem qualquer defesa importante para amostra.

Danilo – Seguro a defender, tentou atacar quando podia. Bateu vezes sem contas naquela barreira que o impedia de progredir, chamada “falso extremo”. A ligação com Josué foi fraca.

Alex Sandro – A mesma avaliação que Danilo. Seguro a defender, embora estes extremos do Vitória nem cócegas façam. A atacar, lá subia, mas a ligação com Licá foi muito deficiente. Mais culpa do extremo que sua.

Otamendi – Deixou Maazou para Mangala e com as mãos nos bolsos lá foi limpando o que sobrava.

Mangala – Luta titânica com Maazou e amplamente ganha. Superior ao avançado maliano na qualidade do seu futebol e no apoio dos colegas de sector. Ainda se “divertiu” a assistir Jackson!

Fernando – Fez uma boa primeira parte, sempre em cima do transportador de bola do Vitória (André Santos). Desceu de produção na segunda parte e quando a equipa mais precisava dele, sai por lesão (precaução?).

Lucho – Finalmente! De volta à sua casa, sentiu-se que nem peixe na água. Jogou e fez jogar e emprestou muita dinâmica no transporte de bola. Ainda apareceu amiúde no ataque para matar saudades. Precisa de tempo para estabelecer uma rotina com Quintero a 10. Quando ele próprio foi para 10, desapareceu do jogo.

Quintero – Quase tudo de bom que o FC Porto fez saiu dos seus pés. Foram 30 minutos intensos, embora ainda pouco constantes em termos de produção ofensiva. Precisa de tempo para se adaptar à equipa e para se entrosar num ritmo mais conveniente. Enfim, todo um trabalho que já deveria estar pronto. Revelou espírito de equipa e tratou de desmentir quem tanto jura que não sabe, nem quer, defender. Saiu cedo demais e o FC Porto pagou à factura. O melhor em campo.

Josué – É um ratinho de laboratório. Ora é o 8 da equipa, ora é um quase 6, ora é um falso extremo. Parece que só não conta para a posição onde deve jogar. Não sei que urticária causa meter o Josué a 10. Enquanto anda chutado por qualquer outra posição a meio campo ou arredores, joga muito abaixo das suas potencialidades. Ao menos nos penaltis, vai mostrando confiança.

Licá – Demonstrou não ser capaz de ganhar um lance ao lateral contrário. Nem por uma vez ousou passar em drible ou velocidade. Só apareceu, em movimento interior, a ameaçar, com um bom remate, a baliza contrária.  Muito pouca produção ofensiva.

Jackson – Anda muito desinspirado. A equipa também pouco o ajuda, é verdade. Mas falta alegria a este matador. Nos flancos, nada há para si. No centro, Quintero ainda dura pouco para Paulo Fonseca. E ele próprio anda sem vontade de remar sozinho. Fica difícil.


Varela – Saiu Licá e entrou Varela. Ficou tudo na mesma. Ao menos, tentou-se! Mas voltamos ao Varela que passa a maior parte do ano no lado oculto da lua. Fraco.

Defour – A 8 voltou a ser banal. Comido com facilidade pelo meio campo adversário. Subiu de rendimento quando recua para 6.


Carlos Eduardo – Rica estreia. Presente envenenado. Com o meio campo do Vitória a subir de produção, ia ser o Carlos Eduardo, a estrear-se na equipa a juntar os cacos do nosso meio campo?!




FICHA DE JOGO:

FC Porto-Vitória de Guimarães, 1-0
Liga portuguesa, sexta jornada
27 de Setembro de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 32.209 espectadores

Árbitro: Pedro Proença (Lisboa)
Assistentes: Tiago Trigo e Bertino Miranda
Quarto árbitro: Daniel Cardoso

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Lucho (cap.) e Quintero; Josué, Jackson Martínez e Licá
Substituições: Licá por Varela (61m), Quintero por Defour (68m) e Fernando por Carlos Eduardo (77m)
Não utilizados: Fabiano, Fucile, Ghilas e Reyes
Treinador: Paulo Fonseca

VITÓRIA DE GUIMARÃES: Douglas; Pedro Correia, Paulo Oliveira, Moreno e Luís Rocha; Leonel Olímpio (cap.), André Santos e André André; Nii Plange, Maazou e Malonga
Substituições: Nii Plange por Marco Matias (58m), André André por Tiago Rodrigues (75m) e Malonga por Ricardo (75m)
Não utilizados: Assis, Freire, Barrientos e Kanú
Treinador: Rui Vitória

Ao intervalo: 0-0
Marcador: Josué (51m, pen.)
Cartões amarelos: Fernando (28m), Lucho (32m), Douglas (50m), Danilo (55m), leonel Olímpio (65m) e Otamendi (70m)









Análise do Treinador:

"Fizemos uma excelente primeira parte"

 O técnico azul e branco afirmou que espera que haja “continuidade no futuro” dos primeiros 45 minutos da equipa e defendeu que o adversário “não criou nenhuma situação de perigo” durante a partida.

“Criámos inúmeras situações de golo e podíamos ter saído para o intervalo com uma margem de dois ou três golos. Fizemos uns primeiros 45 minutos muito bons. Após o golo, já na segunda parte, o Guimarães fez uma construção longa, obrigou-nos a baixar as linhas e temos de admitir que houve aqui um desgaste por o FC Porto ter feito uma primeira parte de intensidade alta”.

“Não estivemos bem na saída para o ataque, pois estávamos a perder a posse da bola facilmente e isso ajudou o adversário. Mas o facto é que o Vitória de Guimarães não criou nenhuma situação de perigo em frente à nossa baliza, mesmo após a lesão do Fernando”, referiu.

“A verdade é que em casa já fizemos bons jogos e na Supertaça também realizámos uma boa exibição. Esperemos que seja para dar continuidade no futuro”. O treinador do FC Porto foi ainda assertivo em relação ao penálti que decidiu a partida: “De longe, parece-me que é dentro da área. Mas ainda não consegui ver bem o lance”.




Por: Breogán

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Liga Zon/Sagres; 6ª Jornada: FC Porto V. Guimarães (Antevisão)









O empate contra o Estoril já lá vai e agora o momento é de pensar exclusivamente no Vitória de Guimarães. Apesar da perca de dois pontos na Amoreira, os dragões continuam na liderança da Liga, enquanto os comandados de Rui Vitória ocupam de momento a sexta posição, contabilizando sete pontos, fruto de duas vitórias, um empate e duas derrotas, a última das quais em casa perante o Benfica, num triunfo bastante sofrido por parte dos encarnados.







Face às limitações financeiras, o Vitória teve novamente de reestruturar o seu plantel, vendo sair algumas peças basilares da época transacta, no entanto, apesar de ter iniciado a temporada a "meio gás", os últimos dias de mercado vieram dar boas novas à equipa técnica, entre os quais, as cedências por parte do FC Porto, do central Abdoulaye e o médio Tiago Rodrigues, jogador recrutado pelos tricampeões ao Vitória de Guimarães no final da época anterior.

Apesar de existir qualidade nesta equipa, é de acreditar que apresente no Dragão uma postura mais defensiva, isto é, sectores solidários entre si, bloco baixo e apostando a nível ofensivo nas transições e também no futebol directo, sobretudo pelo facto de contarem como ponto de referência, o possante Maazou, jogador com uma capacidade atlética tremenda e segura bem a bola, dando uso e bem do seu físico.

Em termos estruturais, o 4-2-3-1 é o sistema por norma utilizado pelo conjunto do Vitória, pontificando um quarteto defensivo formado pelos laterais Pedro Correia e Luís Rocha - em virtude da expulsão de Addy no encontro frente ao Benfica, passa a ser a opção mais natural, se bem que Pedro Correia poderá ser adaptado ao lado esquerdo da defesa, dando possibilidades de utilização de Kanu.

No centro da defesa, com o ingresso de Abdoulaye, o experiente Moreno perdeu o seu espaço, jogando o senegalês ao lado do também jovem Paulo Oliveira - excelente central - estando a baliza ocupada pelo indiscutível Douglas, um dos melhores guarda-redes do campeonato que garante estabilidade e segurança entre os postes.

Na zona intermédia, existem algumas dúvidas no trio a ser utilizado. No último encontro a opção recaiu num duplo-pivot formado por André André e Leonel Olímpio, conferindo maior músculo e agressividade,libertando de tarefas mais defensivas André Santos, se bem que o mesmo foi "obrigado" ao recuo em auxílio dos médios mais defensivos, essencialmente através de coberturas. Quanto ao ataque, Maazou será o elemento mais adiantado, com Marco Matias e Malonga a actuarem sobre os corredores, se bem que Nii Plange será sempre uma alternativa a um destes jogadores. 

Para o regresso dos jogos ao Estádio do Dragão, as principais novidades na equipa azul e branca prendem-se com os regressos à convocatória por parte de Fucile e do brasileiro Carlos Eduardo, saindo das opções, o mexicano Herrera e o jovem Ricardo, jogadores que possivelmente serão opção para o embate da equipa "B" diante do Santa Clara.

Comparativamente ao onze apresentado no jogo frente ao Estoril, provavelmente o técnico Paulo Fonseca fará algumas mudanças na equipa inicial, seja pelo facto da exibição menos conseguida alcançada no Estádio António Coimbra da Mota, bem como, na terça-feira o FC Porto ter pela frente mais um compromisso europeu.


Por: Dragão Orgulhoso

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Eu vi, eu vi!

Olhando a capa do Jornal "O Jogo" de hoje, e dando de barato que o que lá vem é verdade, ponho-me a pensar sobre os valores morais reinantes nesta sociedade Portuguesa de hoje em dia.








O que tenho como um país livre, democrático, por vezes aos meus olhos não passa de uma ditadura,  tamanha a hipocrisia intelectual que reina aos olhos de quem quer ver, onde nos branqueiam o que vemos, chamando-nos descaradamente de palhaços. E onde em termos desportivos vai manobrando uma equipa de Regime que tudo pode, tudo faz. 






Eu e mais pessoas via TV vimos o treinador da equipa benfiquista a agredir em pelo estádio do Vitória de Guimarães um agente da autoridade, e quem estava lá, quem se envolveu, não relatou um crime, não viu e aparentemente passa incólume por querer pôr uns óculos de Penafiel em quem sem querer e de longe até viu.  

Todos crescemos a ouvir (bem) que a sinceridade, a honra, a verdade, são valores a preservar e depois quotidianamente, vemos de quem deve dar o exemplo, sejam políticos, figuras públicas das mais diversas áreas, desportistas, dirigentes desportivos, etc., a violentar valores cívicos aos nossos olhos e aos olhos de quem os segue e admira de uma forma vergonhosa, do mais absurda possível.

Este caso das agressões do treinador do Benfica, Jorge Jesus, a um agente de autoridade, vulgo Polícia,  é das coisas mais imbecis, mais pateta e sem sentido que se possam ou devam passar numa sociedade evoluída e democrática, em que todos têm por obrigação ter a consciência das funções de cada um .

Como é possível que alguém, com idade e inteligência por menor que seja o seu QI querer imiscuir-se no trabalho do agente da autoridade que está ali pago pelo bolso dos contribuintes portugueses precisamente para o defender e proteger de qualquer ataque dito selvagem? Como é que de repente o sujeito que merece honras de protecção vira ele próprio por não ter dois dedos de testa agressor da autoridade, não apenas agredindo mas pondo em causa o trabalho e a sua presença ali?

Já tanta coisa foi dita, re-dita, escrita, mostrada e factualmente demonstrada que pouco há para dizer. Mas quando penso que o caso será pelo menos julgado com base no que toda a gente viu, de forma mais ou menos honesta (que nisto metendo regime já toda a gente sabe que a honestidade é uma coisa difícil...), até com pedidos de desculpa e arrependimento, eis que mais podres se vão descobrindo.

Desta feita por energúmenos, uns vestidos de preto com a função de arbitrar o jogo ou relatar o que de estranho se tenha passado enquanto todos os elementos não tivessem recolhido aos balneários, mais  uns senhores, entre os quais um de camisola amarela amplamente filmado também pelas câmaras de televisão, de nome Emídio Fidalgo (que passeou e tentou serenar (?) os ânimos durante o crime perpetrado pelo treinador do benfica) nada escrevem sobre a gravidade do que se passou no relvado minhoto!!!

Como é possível, e não acredito em ingenuidade, que as pessoas envolvidas e obrigadas a relatar os factos, sabendo que só não viu o que se passou em pleno relvado, a invasão de campo, as agressões do treinado do benfica a um agente de autoridade, nada tenham escrito e descriminado em relatório de jogo?

Como é possível? Viverei eu num país de nome Portugal, integro mesmo que falido ou andarei de olhos em bico numa qualquer Coreia do Norte onde a verdade é agressivamente lavada?

Será este país uma democracia ou ainda viveremos num REGIME?



Por: Rabah Madjer


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Quem tem medo do lobo mau?



Quem tem medo do lobo mau?
Vestido em pele de cordeiro
Que levou muito tau-tau
Na tribuna, o paineleiro!?

Um Lobo do facebook
Com trejeitos pr’ó xenófobo
Não desvirtua o seu look, de
Desportista e Ginófobo!

Sempre bem aprumado
O Lobinho leva-a bem
De corte bem alinhado
Escrev’a mando de quem?

E gosta de bananeiras
Espalhadas pelo seu campo
Bananas, toma-as vezeiras
Usas-as de mote e encanto!

E grita o seu gozo na rede
Em guinchos, lavra Uh!Uh!Uh!
Perdeu, mas nunca se perde
Bananas? Mete-as no….

Por isso se sente ofendido
É Presidente de Direito
Caldeira, toma sentido
Ele não está satisfeito!?

Por isso, vai a pleito
Foi agredido sem querer
Ainda se pôs a jeito…
E o Caldeira foi-lhe bater?!

Ele só queria bananas!
Bananas pr’a dar e vender!
Pr’a tanto ficou de pantanas
E ainda lhe deram de comer?

E saciado que ficou
C’a bananice a seu gosto
No Penalti quase abortou
No gozo que teve no rosto!

E pr’arrematar o desfecho
Comeu mais uma banana!
O fora-de-jogo, é desleixo!?
Também tem direito à mama!



Por: Joker

FC Porto 24 - 25 Águas Santas - Após 4 anos, a derrota em casa








O FC Porto recebeu hoje à noite o Águas Santas para a 4ª jornada do campeonato nacional. Teve um mau dia e perdeu, após 4 anos e 60 encontros invictos. Perdeu não só o jogo como a liderança para o rival desta noite. Sem alarmismos, um dia iria acontecer. Foi hoje. Felizmente estamos muito a tempo de rectificar este resultado, foi numa fase numa prematuera da época.





Perante pouco público (o que para outros emblemas é uma boa casa, no nosso Dragãozinho já é pouco) a equipa penta-campeã entrou em campo com o 7 esperado. Não haveria muito por onde escolher, este 7 tem sido sempre o inicial.

Desde cedo se percebeu que não seria fácil, o Águas Santas tem uma boa equipa, vinha motivada e disposta a aproveitar o nosso notório cansaço.

Mesmo assim, entramos bem, com intensidade na nossa defesa 6*0, sempre atentos às tentativas de jogo para os 6 metros e a reagir a tempo a remates da 1ª linha. Aliás, logo no º ataque do encontro realizámos 2 blocos. Outros se seguiriam.

Ofensivamente a equipa entrou cansada e com muito azar. As bolas ao poste iam-se sucedendo. Gilberto Duarte, Schubert, ferraz e Tiago Rocha viram remates seus serem devolvidos pela madeira da baliza durante o 1º tempo. Sem nenhum exagero, no minímo foram uma meia dúzia de remates a terem esse destino.

Aos 5 minutos, uma vanntagem minima por 2-1. João Ferraz mostrava-se bem neste momento, tem estado de mão quente. Evolui a cada jogo e da forma que joga muitas vezes esquecemo-nos da sua juventude. Melhorou muito quer defensiva, quer ofensivamente. 

A equipa maiata apostava em ataques longos embora com rápidas trocas de bola. Foi uma boa estratégia, obrigou-nos a muito trabalho defensivo.  Ofensivamente começava-se a notar o que temíamos, o cansaço. Muitas falhas técnicas devido a erros no passe, lentidão de processos e poucos víamos as já famosas saídas rápidas para o ataque. Era notório que estavam a surgir os efeitos de 4 jogos de alta dificuldade em 9 dias com uma viagem à Dinamarca pelo meio com todas as condicionantes de lesões já conhecidas.

Obradovic começou cedo a rotação da equipa cedo. Além do já habitual Salina, o jovem Belmiro também entrou nestas trocas. É importante que apareçam. Além de manter o nível de jogo proporcionou alguns minutos à intensamente sacrificada 1ª linha. 

A meio da 1ª parte ainda mantinha-mos a vantagem minima (7 - 6). Além do já citado João Ferraz é de destacar também as grandes defesas que Laurentino fez neste período. Apenas a 5 minutos do intervalo nos vimos em desvantagem (na altura 9 - 10).

Ao intervalo ainda um golo atrás, 10 - 11 no marcador.




Os primeiros minutos após o regresso dos balneários não foram os mais felizes. O exemplo das primeiras jogadas do reinício mostra isso mesmo. Uma falha na finalização de Gilberto Duarte. Na resposta eles marcaram após um livre de 7 metros. Bola ao meio e novo ataque nosso. O resultado foi o mesmo: remate de Gilberto para fora. Foi de facto uma noite infeliz do nosso nº 5. Ele que tantas e tantas vitórias já nos deu, o MVP de muitos jogos e campeonatos hoje esteve desastrado no remate...

Obradovic conhece bem o seu atleta e chamou-o ao banco para descansar e reencontrar o seu jogo habitual. Aproveitou e alterou o sistema. Em alguns ataques Salina juntou-se a Tiago Rocha, tendo assim 2 pivots.

Resultou, estávamos melhor ofensivamente. Aos 5 minutos desta etapa complementar chegamos ao empate num contra-ataque finalizado por Ricardo Moreira, após acção defensiva de Tiago Rocha (mais um bom jogo, talento e dedicação em todos os momentos).

Mesmo com a nossa melhoria exibicional o equilibrio continuava. Apenas já depois dos 12 minutos uma vantagem nossa por 18 - 17.

Seguiu-se o nosso meljhor período. Não ficamos pela vantagem miníma. Boas acções defensivas e o acerto de Schubert, 1º de livre de 7 metros e depois de contra-ataque (finalmente saíam) deu-nos uma vantagem de 3 golos.

Contudo desperdiçamos esta segurança na última metade deste 2º tempo. A 10 minutos do fim era apenas 1 golo de vantagem (22-21). 

Continuamos a falhar muito no nosso ataque. Nos 5 minutos seguintes, apenas 1 golo nosso e um empate a 23 golos. valeu-nos Quintana que com excelente defesas nos mantinha na luta pelo resultado.

O caso do jogo surgiu já nos 3 minutos finais. Um livre de 7 metros mal marcado, muito mal marcado, não havia motivo para tal deu-mos uma desvantagem de 2 golos. A arbitragem que até então tinha sido muito boa, borrou a pintura. 

Tínhamos já pouco tempo mas como sempre fomos à luta. Tiago Rocha marcou e era agora apenas um golo de diferença. Não podíamos falhar na defesa agora. Não marcaram, Quintana mais uma vez defendeu. 

Faltava um minuto e a bola era nossa, dependia do nosso ataque. Desconto de tempo pedido pelo nosso técnico. Ricardo Moreira a guarda-redes avançado para o último ataque.

Neste último ataque, conseguimos uma boa troca de bola, conseguimos criar uma boa situação de remate. Infelizmente neste aspecto falhámos, Schubert permitiu a defesa do guarda-redes. Acontece, tem de levantar a cabeça agora e continuar a trabalhar no duro. Notou-se o seu desânimo. É normal, nós todos ficamos tristes. Não tem é de achar que é o único culpado. Ganhamos juntos, perdemos juntos. Todos, público incluído.

Uma nota final de apreço para João Ferraz. Terminou o jogo com dores num pé, claramente em dificuldades. Não foi impedimento para não ir agradecer de perto o apoio dos que foram ao Dragãozinho. É de facto um ambiente à Porto. 

Segue-se novo jogo fora para a Champions. Continua o ciclo dificil. Agora com uma das melhores equipas europeias, o Kielce que na época passada ficaram em 3º na Champions. Mais um teste enorme neste ciclo terrível de jogos. Sem medo, vamos a eles, eles é que são os candidatos, nós nada temos a perder...

Para terminar, uma certeza. No próximo jogo em casa lá estaremos a apoiar como sempre esta equipa. Ainda com mais força, é agora que temos de nos unir ainda mais no apoio. 


Equipa e marcadores:

Equipa Inicial: Hugo Laurentino (gr), Gilberto Duarte (1), Wilson Davyes (5), Tiago Rocha (4), Mick Schubert (2), Ricardo Moreira (4) e João Ferraz (6). 
Jogaram ainda: Alfredo Quintana (gr), Nuno Carvalhais, Belmiro Alves (1) e Daymaro Salina (1).





terça-feira, 24 de setembro de 2013

Lobo com pele de Cordeiro!




Na vida, e quem diz na vida diz na comunicação social, sempre nos fomos deparando com variados tipos de situações e de pessoas. Algumas que basta as vermos pela primeira vez e conseguimos logo pela "pinta" tirar-lhes o perfil. Quem não se lembra de um tal de Ricardo Costa por exemplo, que cumpriu a sua tarefa exemplarmente que passará impune, mesmo que isso vá custar ao estado ou aos contribuintes portugueses  milhares de euros de indemnização e assumir das dividas do Boavista?




Mas falemos hoje de outro personagem, do Sr.Lobo, um senhor que com pele de Cordeiro resolveu aparecer em cena, como um Cordeiro rico com direito a Tribuna Presidencial lá para os lados do Estoril. O Sr Cordeiro, perdão Lobo, é um "animal" que até à poucos dias nunca ninguém tinha ouvido falar, não na espécie, mas neste em particular.

Só que como nas histórias, um dia o Sr Cordeiro qual personagem da banda desenhada com uma voz do dono decidiu aparecer e falar, o Sr Cordeiro não à policia nem a qualquer organismo defensor dos animais decidiu dizer-se vítima de maus tratos. Ninguém o tosquiou, mas o Sr Cordeiro diz-se agredido ao murro pelas costas. E assim nasceu  a personagem.

O Sr Cordeiro decidiu ser vítima mas que reparássemos também que é um "animal" moderno, que tem direito a dizer o que lhe apetece que não uns simples méees mées, este Cordeiro é racista, desbocado, e fala barato.Ao contrário do sitio onde apareceu (Estoril) este "animal" no seu passado "animalesco" deu provas de ser um bicho muito mal educado, além de racista.

Diz o "animal":



Até os animais antes de se expressarem deviam ter cautelas para que numa qualquer Arca de Noé, os seus podres não lhes caiam em cima de forma a os comprometerem perante a sociedade em que habitam, e deveriam por dignidade ter aprendido regras de boa educação e convívio com o próximo. 

Este "animal" diz ele que levou um murro, eu diria que esse murro a ser verdadeiro teve outro mérito, é que tornou claro que pessoas destas não têm lugar em cargos desportivos de relevo país (este animal é presidente da Associação de futebol de Lisboa), como com comportamentos como o revelado na sua rede social, devem ser proibidos de frequentar qualquer recinto onde se pratique desporto, tal a sua ira, xenofobia e racismo demonstradas.

Este Sr Animal Lobo está a mais no futebol Português, e o mínimo exigível após lhe cair a máscara seria perder o direito ao exercício a todos os cargos que possui, já que a vergonha, se a tiver, o acompanhará para sempre na figura da imagem das suas declarações, ou seja em vez de Lobo, será para sempre Urso!!

Já agora e a talho de foice não esqueçamos outro caso mais grave em que num recinto publico os canais de televisão nos mostraram uma "distinta" figura a agredir um Agente de Autoridade, assunto que em breve daremos realce.



Por: Rabah Madjer
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