sábado, 28 de fevereiro de 2015

Fazer chorar o calimero




Domingo teremos clássico no Dragão! Depois de um triunfo complicado no Estádio do Bessa, segue-se o Sporting, num encontro a contar para a 23ªjornada do campeonato.

O Sporting nesta altura já se encontra um pouco afastado no que ao título diz respeito, encontrando-se na terceira posição com 47 pontos, contando com um saldo de 13 vitórias, oito empates e apenas uma derrota.

Após dois jogos consecutivos sem vencer para a Liga, a equipa do Sporting regressou aos triunfos na 22ªjornada, vencendo no seu reduto o Gil Vicente por 2-0, com golos de autoria de Tanaka e Nani.

Depois de uma temporada surpreendente sob as ordens de Leonardo Jardim, a equipa leonina partiu para a nova época carregada de ambição, desta feita contando com Marco Silva no comando técnico, ele que rubricou um trabalho excepcional ao serviço do Estoril, tendo agora oportunidade de trabalhar num dos principais clubes nacionais.
Para o clássico, Marco Silva não deverá mexer muito na equipa que entrou de início na Liga Europa diante do Wolfsburg, sendo expectável a permanência no lado esquerdo da defesa o argentino Jonathan Silva – Jefferson está castigado pelo clube –  mantendo-se na direita o português Cédric Soares.

No centro da defesa e jogando à frente do intocável e capitão Rui Patrício, a dupla Paulo Oliveira e Tobias Figueiredo vem permanecendo de pedra cal, registando boas actuações até ao momento, no entanto, a pouca experiência e rodagem de Tobias nesse tipo de desafios poderá ser explorada de outra forma. William Carvalho, depois de uma primeira volta algo cinzenta vem surgindo em grande nível, sendo ele um jogador que assume uma importância tremenda no momento de equilíbrio, surgindo igualmente na zona intermédia Adrien Silva e João Mário.

Nos corredores laterais, Nani e Carrillo serão dois atletas a ter em conta, até pela capacidade técnica que apresentam, podendo causar estragos a qualquer momento e no caso do internacional português, é verdade que antes do encontro com o Gil Vicente andava arredado das boas exibições, no entanto, jogadores da sua qualidade podem resolver qualquer embaraço quando menos se espera e claramente em termos de ataque, este Sporting vive e muito dos seus extremos.

Na posição “9”, nos últimos dois jogos oficiais realizados pelo Sporting, a aposta recaiu em Tanaka, contudo, o nipónico desta feita deverá ser relegado para o banco de suplentes, numa altura onde o argelino Slimani encontra-se recuperado dos problemas físicos que o abalaram desde a CAN, surgindo como alternativa o colombiano Montero. Jogando com Slimani, irá possibilitar maior verticalidade aos alas e outro tipo de profundidade no jogo lateralizado na procura de uma referência na área, algo que não é possível efectuar de forma sistemática quando Montero ou mesmo Tanaka actuam como principais referências ofensivas.

No FC Porto, registar o regresso dos castigados Danilo, Alex Sandro e Casemiro, jogadores que estiveram indisponíveis frente ao Boavista, mas agora estão aptos ao onze, que terá assim algumas alterações em comparação com o duelo registado no Bessas, numa partida onde o médio criativo Óliver Torres será baixa, uma vez que ainda recupera da lesão contraída no ombro.

Na primeira volta, os dragões foram a Alvalade empatar a uma bola, onde na altura, o Sporting colocou-se na frente através de Jonathan Silva logo a abrir o encontro, com o FC Porto a igualar a partida no segundo tempo, graças a um auto-golo do central Naby Sarr, que hoje em dia é apenas terceira opção para o centro da defesa leonina.
Acima de tudo…VENCER!!!


Por: Dragão Orgulhoso

De colinho em colinho se faz um campeão


Acabei de ler nos vários órgãos da comunicação social uma declaração de José Eduardo Moniz, administrador da SAD do Benfica, abordando a expulsão de André Simões na partida entre o Moreirense e o Benfica, tendo o dirigente encarnado, na sequência dum comentário do jogador nas redes sociais, colocado em causa o comportamento do mesmo quando defrontou o F C Porto, deixando algumas possíveis dúvidas quanto ao empenho do jogador nos encontros com os dragões.

No início, como não estamos assim tão longe da última época carnavalesca, ainda pensei que o mesmo teor da notícia pudesse ter ainda alguns resquícios de qualquer paródia folclórica ou humorística para aqueles lados da segunda circular, mas depois de ler a notícia com mais cuidado percebi que o assunto era mesmo sério, e tinha na minha ótica mais uma vez, como principal missão desviar atenções para outros quadrantes, já que ao contrário do que a pretensa notícia poderia indiciar, e tendo em conta o que realmente aconteceu naquele jogo, o SLB só poderá estar agradecido ao propalado jogador, o tal intitulado de portista pela SAD benfiquista e que tanto preocupa o citado dirigente, pois na prática quem saiu prejudicado neste imbróglio todo, foi como tem acontecido ao longo de toda esta época o FCP, em detrimento do SLB pelas arbitragens habilidosas a seu favor, já que até aquele momento a equipa encarnada estava a ter enormes dificuldades de entrar na área adversária.

A verdade pura e crua que preocupa na realidade o citado dirigente do SLB, é de facto o arquivo ou portefólio de títulos que o FCP patenteou durante os últimos 25 anos, que se cifram em 47 títulos ao nível interno e externo, o que faz do clube azul e branco em Portugal o grande e único travão ou obstáculo de mais conquistas encarnadas, e esta é a principal razão pela qual este senhor e outros tantos que por aí vegetam esgotam o stock de “Gurosan”, já para não falar do que está a ser conjeturado este ano em termos de arbitragens, e iremos ver já no próximo confronto com o Estoril na Luz, se não iremos ter mais uma célebre arbitragem de "Capelinha" para benefício do SLB, ou se, como aconteceu no jogo da primeira volta do campeonato se mantêm todos os jogadores em campo, para além da coincidência ou não, de os dois principais centrais do Estoril estarem de fora por castigo.

Mudando agora um pouco a orientação dos ponteiros do meu artigo, soube-se também que a Câmara Municipal de Lisboa se prepara para conceder ao Benfica a isenção das taxas urbanísticas no projeto de requalificação da área circundante ao Estádio da Luz, no valor de 1,8 milhões de euros, situação que se nos recordarmos bem não é única em termos de perdões fiscais para aquelas bandas, pois já em 2002 em que Manuela Ferreira Leite era Ministra das Finanças, também curiosamente, as acções da SAD encarnada foram aceites como garantia para impugnação da sua dívida fiscal, quando o SLB estava em risco de insolvência por incumprimento de impostos ao fisco.

Por fim, só mais uma referência à multa aplicada após o jogo com o Moreirense ao JJ de 37 euros por ter entrado no terreno de jogo, (repito 37 euros!), que se for avante e tendo em conta os paupérrimos honorários do referido técnico, irá ser necessário fazer uma subscrição de angariação de fundos para liquidar tal importância junto da massa associativa benfiquista ou afim, ou então a partir de agora, iremos ver JJ a entrar em campo quando entender ou for benéfico para a sua equipa.

É por isso e outras razões que eu sempre advoguei que nestas situações de incumprimento disciplinar de treinadores, dirigentes, adeptos ou qualquer outra, na forma e na regra como as coisas se passam, estamos inteiramente no âmbito e na presença de uma autêntica hipocrisia na aplicação das coimas, pois, mesmo que as mesmas se cifrem em quantias muito mais avultadas que não esta, o “crime” vai sempre compensar os infratores, pelo menos aqueles que têm mais capacidade financeira, e é por isso que sempre fui apologista para os casos de iteração disciplinar, se proceda no sentido de retirar aos clubes infratores, para além das coimas previstas no regulamento de disciplina, também pontos à classificação geral, pois só assim se passará a resolver de facto todas estas trapalhadas, e ao mesmo tempo deixarmos definitivamente de agir de uma forma hipócrita e inócua, bem ao estilo do citado dirigente benfiquista se não tiver a memória curta e se quiser ser sério nas apreciações que faz.
 

Por: Natachas.



sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Anatomia dum grito

#Joker #Benfica #FCPorto

  
Já foi divulgado
O tal relatório
Que d’acusatório
Teve um só culpado!

Qu’o outro inocente
Pagou alguns euros
Pelos demais erros
Por reincidente!!?

E nist’o grito
“Escutado” no campo
É que causa espanto
No qu’está lá escrito:

“Marc’a falta…
Ó Filho da P***!”
É grav’a conduta
No jogo d’o empata…

E ainda sabendo
Que vinha massacre
Na segunda parte…
O grito é estupendo!!

Que nisto foi forte
E escutado a léguas
E fora das regras
Ouviu-se a norte…

E até o Jorge
Que pouco escuta…
Do “Filho da P***”
Escutou-o ao longe…

“Foi muito feio
O que lá foi dito…”
Por isso esse grito
Resultou em cheio!!

Pois foi o único
Que deu encarnado!!
O qu’é bem jogado
Num campeonato púdico…

Pois tal não s’ouve
Nunca em qualquer campo
E daí esse espanto!!
No bem que nos soube…

Se fosse expulso
Um jogador contrário
P’lo mesmo vocabulário…
Qual o grito de recurso?

O que diri’o papagaio
Vindo da Televisão
Nessa sua (re)criação
De programa sem ensaio?

Inventaria o sistema
Depois do vangloriar?
Quando estav’a preparar
O programa por antena?

Lembraria as conquistas
Do seu adversário
Já não como corolário
De vitórias nunca vistas?

Ou por lá chamaria
O papagaio de recurso
Pr’a gritar por esse abuso
Nas vitórias qu’ele queria?

Há pois, uma conclusão
N’anatomia deste grito
O benfica está aflito
E já grita sem razão…

Ao voarem os papagaios
Tem-se a casa em alvoroço!
Não s’é um “glorioso”
Sem se grasnar estes ensaios…

Eles estão preocupados
Pois o roubo é descarado!
E s’o benfica é roubado
Já lá ficam depenados…

Pois que s’aproxima
Esse jogo fatídico
E s’o Porto elev’o grito
Baix’a voz de quem “opina”…

Por: Joker

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Alegoria da caverna

#Joker #Benfica #Sporting #FCPorto


   Façamos um esforço
De reflexão…
Quando sem televisão
O mundo era um poço.

E tudo lá caía
Nessa escuridão!
Valendo, então
A noite por dia…

O poço era fundo
Negro e viscoso
De fundo lodoso
Na orla do mundo…

Não podias ver
Além da tua sombra
Pois tod’a penumbra
Cobria o teu ser…

E a realidade
Escrita por Platão
No mundo d’então
Cobria a verdade…

A branco e preto
Podia-se ver!
Mas não entender
O resto do espectro!

E ainda hoje
Num mundo de cor
O poço é o andor
Que nunca lhes foge!!

Pois é o desígnio
Da perda de vergonha!
Na queda medonha
Do poço ao abismo!!

(Qu’a memória escuta
O golo fatídico!!
No momento trágico
De quem já não luta…)

Daí ao ardil
Imper’a cautela
Não vá o Capela
Apitar o Estoril?

Não basta vencer
É preciso provar
Que quem vai nomear
Tem vontade e poder!

E na desfaçatez
De quem assim ganha
Mais nisso s’estranha
O Capela, outra vez?

Depois do Ferreira
Vindo de Fafe
Não há na APAF
Árbitros de primeira?

Qual é o critério
Destas nomeações?
De cujas actuações
Não há registo sério?

É est’a engenharia
Da era moderna…
Nos tempos da “caverna”
Tinha-se por alegoria!

Pois por lá então
Sem registos de Tv…
Quem é que não crê
Na verdade de Platão?

Qu’o mundo é real
Na luz que nos cega…
E a sombra, por negra
Tem forma igual!

Por isso é vigente
A luz de presença!
Marcando a diferença
Na sombra da gente…

Pois com muita luz
Dá muito nas vistas…
E nas entrevistas
O que diri’o Moniz?

Senão lamentar-se
Dos anos dourados
Ond’os encarnados
Teimavam esconder-se?

Era da claridade
Dos tempos modernos
Mudando-s’os termos
P’la Liberdade!

E da escuridão
Do Estado caduco
Mudava-s’o foco
Pr’a luz de Platão…

Pois no encadeamento
Forçámos a vista!!
A sombra então vista
No poço, faz tempo

Era franca ilusão!!
Não a realidade…
Sem materialidade…
Na sombra d’então!


Por: Joker

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Deixem jogar os miúdos portugueses


Com o período de mercado de transferências já fechado, será tempo de fazermos uma reflexão mais cuidada sobre potenciais aquisições, que por razões de vária ordem, não foram objeto de compra pelos três principais clubes portugueses, tendo em conta alguns bons negócios e alternativas que se podiam perfilar no mercado português.

Começo por afirmar, que na minha opinião e a breve trecho, os nossos clubes portugueses terão que se consciencializar que, quer queiram quer não, não terão outra alternativa senão reforçarem os seus plantéis com jogadores formados nas suas academias, sendo estes de origem portuguesa, ou mesmo provenientes de outros países de outros continentes mas com alguma formação de base realizada em Portugal.

Assim a meu ver, existem preferencialmente nas academias dos três grandes clubes, e não só, a que acrescento aqui a qualidade e o bom trabalho da formação do Guimarães, que ainda há bem pouco tempo foi campeão nos Sub-19, estando já a dar frutos na 1ª equipa o seu projeto desportivo, e principalmente nas equipas B, jogadores de inegável talento e com larga margem de progressão dada a sua juventude e raça, se bem orientados e aproveitados devidamente, como comprova, por exemplo, o caso do Rúben Neves no FCP e o João Mário no SCP, em que só foi preciso dar-lhes a tal oportunidade para eles passarem de uma situação de promessas para uma certeza absoluta, se bem que, e cá está a tal oportunidade, no caso do jogador do FCP se deveu a uma lesão prolongada do Mikel, e também se de uma forma definitiva se entender que a habitual apetência para contratar jogadores fora deste contexto, só enche os bolsos de empresários e dirigentes desportivos.

Nestas circunstâncias, passo a indicar alguns jogadores que militam no campeonato português ou nas equipas B, e que na minha ótica, se lhes derem a tal oportunidade que eles tanto precisam, poderão ser a breve trecho potenciais jogadores para os seus clubes fazerem as necessárias mais-valias nas transações dos seus principais ativos, que como sabemos, por razões económicas e financeiras não se podem negar em concretizar.

FCPorto – Gudiño; Ivo Rodrigues, Gonçalo Paciência, André Silva; Lichenovky, Rafa, Kaembé, Francisco Ramos; Leandro; Vitor Garcia, Otávio e Hernâni, contratado ao Guimarães no período aberto de transferências. 

Benfica - Gonçalo Guedes, João Teixeira, Bruno Gaspar; Rúben Pinto, Helder Costa e Rui Fonte.

Sporting – Paulo Oliveira, ex. Guimarães e Tobias Figueiredo, já a atuar como titular; Nuno Reis; Yuri  Medeiros; Cristian Ponde e Zezinho.

Guimarães – João Afonso, Josué, André André, Hernâni, Bernard; Alex; Tomané.

Braga – Matheus, Aderlan Santos, André Pinto, Danilo, Rafa, Pedro Tiba.

P. Ferreira – Seri; Sérgio Oliveira, já com vínculo para o ano com o FCP.

Rio Ave – Marcelo; Del Valle; Diego Lopes.

Estoril – A. Esiti; Tozé; Sebá. 

Marítimo – Danilo Pereira.

Belenenses – Pelé; Dálcio.

Nacional – Ali Ghazal.

Matéria e talento puro não falta em Portugal, por isso começo pelo princípio que faz título a este meu artigo, apostem e deixem jogar os miúdos portugueses.

Por: Natachas.



O crime (quase) perfeito

#Joker #Benfica #Sporting #FCPorto


Era galego, Diogo
E emigrara bem cedo…
Lisboa, o seu “degredo”
Onde se queria lá morto…

Nessa corda do verdugo
Por sentença judicial!
A última de Portugal
Ao nascido em Lugo!

No capricho da ciência
O rosto do assassino…
A sua cara de menino
Ficou exposta à audiência…

Nesse frasco de formol
Ficou a réstia do tempo
Em cuja cabeça, o exemplo
É o rosto dum espanhol…

O assassino do Aqueduto
“Legou” a sua cabeça
À prova da subtileza
A qu’a ciência deu fruto!?

E legada à descoberta
O propósito criminoso
No intuito que doloso
É o crime, coisa certa…

Ficamos pois, a aguardar
Que “roladas as cabeças”
Se tenham tantas certezas
Com’o benfica ir ganhar!!

E ter-se nesse propósito
Mumificar as cabeças
Que neste momento, ilesas
Vão balançar no patíbulo!

Existem crimes perfeitos
Na cabeça qu’os engendra
Como Diogo Alves, por lenda
Deu exemplos de tais feitos..

Ao funcionar em quadrilha
Andava na rota do fado
Roubava por tod’o lado
A sua fama de cabecilha!

Mas “só” pecou por excesso
Quand’o crime foi grotesco
E na agudeza do gesto
Foi o galego então preso!!

Só ao fim desse delito
Foi o galego a ferros
E do Limoeiro, os berros
Nã’o confessaram no dito!

Era um homem com dureza
E não lhe saiu a confissão
Pois em tal vida d’acção
Actuava com “nobreza”!

Se roubava ou matava
Era por força da vida…
E a sentença foi lida
Sem perceber qu’escapava!

Não à morte por decreto
Mas sim a outro desterro
Pois o roubar não é erro…
Só o matar não está certo!!

E da justiça portuguesa
Foi o galego, exemplo!
Tem-se a prova desse tempo
Na sua própria cabeça!!

E duas centenas volvidas
D’anos sobre essa data
Tod’a jurisprudência é farta
Noutras sentenças conhecidas…

Que roubar não é errado!
Depende com que intenção
Não s’é sequer um ladrão
Se se roubar com cuidado…

E se roubares p’la causa
Podes ainda ser honrado!
Um novo herói aclamado
Cuja cabeça… se salva!!

Por: Joker

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Merda

#Joker #Benfica #Benficaémerda

Estou convencido
Que foi por merda
Que s’aplicou a regra
Do bom ouvido!

Pois o gritar
“benfica é merda”…
Viol’a regra
Mais elementar!

Do falar
Bom Português!
E mais uma vez
Pass’a explicar:

É redundante
Juntar sinónimos
Qu’os dois são próximos
Em si o bastante!

Merda e benfica
No mesmo texto
É um despejo
Na verve lírica!

E nisso é correcto
O tal cartão!
Vermelho na mão
Em discurso directo!

Pr’a qu’um aluno
Do jogo da bola
Tenha qu’ir à escola
No curso nocturno!

E ir aprender
Qu’o nome benfica
Em si significa
O verbo “feder”!

E associar expressões
Que dizem o mesmo
É um pleonasmo
Pr’a novas lições!…



Por: Joker

DISCO RISCADO.

Imagine o leitor que procura uma visão do jogo do Bessa, que o cronista entrava em curto-circuito e para além de não escrever nada de jeito repetia frases umas atrás das outras até passar à ideia seguinte.

Imagine o leitor que procura uma visão do jogo do Bessa, que o cronista entrava em curto-circuito e para além de não escrever nada de jeito repetia frases umas atrás das outras até passar à ideia seguinte.

Imagine o leitor que procura uma visão do jogo do Bessa, que o cronista entrava em curto-circuito e para além de não escrever nada de jeito repetia frases umas atrás das outras até passar à ideia seguinte.

Imagine o leitor que procura uma visão do jogo do Bessa, que o cronista entrava em curto-circuito e para além de não escrever nada de jeito repetia frases umas atrás das outras até passar à ideia seguinte.

Imagine o leitor que procura uma visão do jogo do Bessa, que o cronista entrava em curto-circuito e para além de não escrever nada de jeito repetia frases umas atrás das outras até passar à ideia seguinte.

Quem não tiver visto a 2ª parte do jogo mas tiver lido os cinco primeiros parágrafos da crónica entenderá na perfeição como foi a exibição do Porto.

Como um gago que não consegue dizer a palavra VI-TÓ-RIA porque nunca sai do VI.
VI-VI-VI-VI-VI-VI.

O TÓ é o jogo no meio-campo adversário. A RIA é o jogo na grande área adversária.
VI-VI-VI-VI-VI-VI-VI-VI-VI-VI-VI......................

Vou tentar explicar a minha visão do jogo de forma mais tradicional. Sem repetições nem gaguez literária.
Voltamos a casa, fomos jogar ao vizinho e demos de caras com o esperado e com o inesperado.

O esperado era um Boavista acampado em bloco baixo e um Porto a procurar furar a muralha com paciência e muita posse.

Com mais Brahimi ou menos Hernâni ou mais Evandro e menos Quintero o Porto que todos esperávamos era o que tortura a atenção do adversário e procura com o pingar da torneira encher um balde de água.

Essa foi a toada da 1ª parte que começa com um maestro aos comandos (Quintero) e uma equipa a procurar seguir a cartilha de sempre com atitude e noção da importância do jogo.

A resposta do Boavista é boa. Envergadura fisica no miolo, conforto no sofrimento e vamos ver no que dá.
Aí tudo parecia conduzir para um jogo intenso com 2 equipas a aplicarem a sua receita em busca do sucesso.

Entra em campo o factor rendimento que começa por minar o desempenho do Porto.

Não se pode tocar a mesma música da mesma maneira quando faltam músicos importantes na orquestra.
Danilo e Alex Sandro não se limitam a ser importantes a defender o seu homem, a tabelar com o extremo e cruzar bolas para Jackson.

Essa é a vida de 80% dos laterais. A vida de Danilo é ser um jogador que troca tantos passes com Herrera como com Maicon ou Quaresma. É um jogador que participa muito na fase de construção e é forte no comando da equipa no momento de pressão.

A vida de Alex é empurrar a equipa para a frente pelo transporte individual de bola em velocidade e/ou técnica sempre com segurança.

Se essas componentes desaparecem tinha que sobrar para alguém esse trabalho se se pretendia replicar não só o fio mas também o rendimento do jogo.

Sobravam para quem? Oliver?

O jogador do Porto com mais critério de passe e que melhor gere os momentos na construção de jogo não podia dar uma mão por causa do ombro.

Passava a faltar o tipo de soluções em que Alex e Danilo se diferenciam do mundo dos laterais e ao qual se somava a falta de quem põe a equipa a mexer com alegria, responsabilidade e intensidade.

Dos 5 jogadores mais importantes na construção do Porto 2014/15 tinhamos Brahimi no banco, Herrera em campo e Danilo, Alex e Oliver em casa.

Como tocar a mesma música com outros interpretes?

Na 1ª parte deu para enganar porque Lopetegui sacou da aspirina Quintero que se empenhou, envolveu e se foi entusiasmando com o poder e a responsabilidade de pegar na batuta.

Herrera desgastadissimo, Ruben a fazer o seu, Quaresma apagadissimo e Hernâni ponteapeadissimo foram vivendo à conta do Maestro de ocasião e tudo parecia correr num patamar não muito longinquo ao tradicional.

Na realidade, essa bitola daria para fazer a diferença se Hugo Miguel primeiro e Jackson depois fizessem o seu trabalho.

Como tal não ocorreu o inicio da 2ª parte começa com Quaresma a sacodir a poeira e a tentar fazer alguma coisa que o tirasse da pole position dos jogadores a substituir e metesse o Porto no jogo.

Essa melhoria disfarçou o facto do Porto estar a jogar com 10 desde que regressou dos balneários. O maestro da 1ª parte tinha virado fantasma a arrastar-se pelo sintético e durante esses 5/6 minutos de efeito Quaresma pelo menos ficou a imagem de que o ritmo da 1ª parte não tinha abrandado.

Quem tinha apanhado com as sobras de Danilo, Alex e Oliver no processo de construção era a aspirina Quintero. Esgotado o efeito ficou a orquestra sem maestro, sem os principais músicos mas a tentar tocar a música de sempre. Autismo em estado puro.

Aí foi inesperado e degradante. Deu pena.

Imagino eu que o Porto tem a fase 1,2,3, 4 do processo ofensivo. A fase 1 é o inicio de construção pela defesa em que há uma troca de passes seguros em busca da melhor solução para a passagem à fase 2.
Na fase 2 entram os interpretes que decidem que rumo vai tomar a criação. 
 
 Arrancamos pela direita com uma combinação lateral/médio/extremo, tentamos um passe interior entre o médio e o avançado, arrancamos pela esquerda com transporte individual?

A decisão do que se vai tentar fazer é tão importante como a acção que é sequencial à decisão.
Assumir, pôr em prática.

A fase 3 será a altura em que a equipa depois de tentar a criação procura o desequilibrio.

A 4 será a da assistência/finalização.

Tudo isto dentro do processo de ataque organizado.

Este tipo de jogo de posse quando encontra dificuldades numa das fases não tem qualquer pejo em dar um passo atrás para voltar ao processo prévio.

Não dá para finalizar? Recua a bola e vamos procurar novo desequilibrio.

Não dá para desequilibrar por aqui? Recua e vamos procurar arrancar pelo lado oposto.

Isto faz sentido para um futebol seguro na defesa e torturador no ataque. Temos muita bola, somos pacientes e somos persistentes.

Esta ditadura do processo é terraplanada pela realidade quando a equipa não é capaz de sair da fase 1.

Como faltava quem assumisse a fase 2 e decidisse como começar o ataque, de que forma e por que faixa a equipa fazia o costumeiro recuo para a fase anterior.

Se não dá para finalizar tentamos desequilibrar de novo.

Se não dá para desequilibrar tentemos criar de novo.

Se não dá para criar tentemos passar a bola na defesa com segurança.

Como depois da morte da Lebre Quintero não havia ninguém que tomasse a decisão do que fazer em ataque organizado e porque os assumidores por natureza não estavam (Danilo, Alex e Oliver) a equipa entrou em curto-circuito.

Entrou Brahimi para o lugar de Quintero mas ele ficou à espera do testemunho lá na fase 3.

Na fase 1 Rúben, Ricardo, Angel, Marcano e Maicon tratavam do assunto.
E a fase 1 repetiu-se uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes, cinco vezes.
E a fase 1 repetiu-se uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes, cinco vezes.
E a fase 1 repetiu-se uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes, cinco vezes.
E a fase 1 repetiu-se uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes, cinco vezes.
E a fase 1 repetiu-se uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes, cinco vezes.

O Mister diz-nos sempre para não stressar. Se uma fase não funciona recuamos à anterior e começamos do inicio.”

Enquanto ninguém definir como começar o processo manda trocar a bola cá atrás. Nunca cair na tentação de jogar excessivamente directo (palavras de Lopetegui na Flash).

VI-VI-VI-VI-VI-VI-VI-VI-VI..................................................

Quem assiste ao triste espéctaculo duma equipa a gastar uns bons 10 minutos da 2ª parte a trocar passes inuteis na fase 1 tem tendência a concluir que não tem atitude, não quer ganhar e está ali por estar.

Eu esforço-me por pensar que o problema não pode ser esse. Não se admite esse Rame-rame, esse deixa andar e o não te importes, que cada passe entre Marcano, Ruben e Maicon nos mostravam.

É um problema conceptual e de ditadura de processo que quando confrontado com a falta dos protagonistas do modelo entra em claro curto-circuito e não consegue sair do sitio.

O fusível que ficou mais queimado neste período degradante até ao lance em que um golo cai do céu é o de Maicon.

Acabou sempre por ser ele a entrar em parafuso e perder a bola depois de 2 minutos de tédio da Fase 1.

O disco riscado da Fase 1 fez descansar a defesa do Boavista e não permitiu que o Porto pusesse em prática a arma que mais causa perigo imediato nos adversários. A pressão alta.

Se a construção é toda atrás e a bola não chega à frente não há como pressionar.
Não se sai de trás, não se pressiona à frente e ganhar é quase impossivel.

Lopetegui tem que fazer uma séria introspecção ao que se passou na 2ª parte do Bessa.
Foi suficientemente sério e grave para nos assustar a todos.


Análises Individuais

Fabiano -  Pouco trabalho mas atento no remate de Brito que podia ter acabado com o campeonato.

Ricardo – Fez um bom papel de lateral comum. Numa equipa como o Benfica ou o Sporting isso bastaria para uma nota positiva mas no Porto não basta que o defesa direito passe, corte, lute e se tente desmarcar.
Ricardo perde no preenchimento dos espaços interiores e na movimentação sem bola que dá linhas de passe e desequilibra equipas confortáveis.
A prova que esta equipa tem essa necessidade vem do lance do golo. No único overlap de Ricardo na 2ª parte foi feita a diferença depois do passe de Quaresma.

José Angel – Um jogo normal para uma equipa num estilo de jogo que não exija tanto dos laterais. Na 1ª parte ainda tentou fazer de Alex conduzindo e empurrando a equipa do Porto.
Na 2ª depois de Petit lhe plantar Uchebo em cima Angel foi obrigado a renunciar ao estilo Alex Sandro que a equipa precisava e apenas se enquadrou no passe, para e recua que foi a base da 2ª parte do Porto.

Maicon – Uma 1ª parte imaculada à Basileia. Duro, agressivo nos duelos e a impor o fisico.
2ª parte foi caindo à medida que a equipa do Porto desesperava e ninguém no meio-campo tinha grande vontade de assumir. Depois de 250 passes completamente inconsequentes entre a zona central da defesa e do meio-campo quem tinha a responsabilidade de destruir o ataque iniciado com a troca de passes inuteis há 1 minuto atrás era Maicon.
O ónus da destruição começou a pesar-lhe tanto nos ombros que o destempero defensivo começou a ser a marca dominante.

Marcano -  Uma 1ª parte imaculada à Basileia. Duro, agressivo nos duelos e a impor o fisico.
Uma 2ª parte segura à Marcano. Com olho em Uchebo que massacrava Angel e um olho em Brito que começava a infernizar Ricardo e Maicon.
A segurança que transmite na expressão facial foi replicada no relvado.

Rúben Neves – Ao vê-lo na posição 6 nota-se a diferença de cultura europeia face à sul americana. Tem escola e sabe onde estar.
Na 1ª parte enquanto houve Quintero, Ruben fez valer a sua cultura e a sua qualidade de passe para se exibir a bom nivel.
Na 2ª parte afundou-se na inutilidade da construção de jogo em que o objectivo único de cada jogador era garantir que entregava a bola em bom estado ao que estivesse mais perto.
Na 2ª parte quando a construção de jogo à Manuel de Oliveira imperava só a capacidade de destruição alta nos podia salvar. Aí, com Herrera desgastado, Quintero morto e Brahimi mais interessado em apenas construir teria sido necessário que Rúben tivesse um papel mais agressivo e menos cerebral.

Herrera – Na velocidade de reacção, na capacidade de mudar de direcção quando o lance o pedia ou no fôlego para pressionar alto ficou claro que o mexicano era o jogador do 11 que não estava com os indices fisicos habituais.
Enquanto o Porto foi uma equipa com vontade de chegar à baliza e Quintero o herói principal deu para Herrera esconder essas fragilidades fisicas e ir com a corrente.
Os laterais não eram os jogadores protagonistas do costume. O protagonismo mede-se nas bolas que tocam, na capacidade de construir jogo de trás e na interacção que eles têm com os médios.
Herrera foi o naufrago. Sozinho, com poucas forças deixou-se vencer pela toada do jogo e esteve abaixo do exigivel.
Com o jogo partido ainda deu para mostrar a classe que também sabe ter ao lançar Tello para o lance do 2.º golo.

Quintero – Nos grandes meetings internacionais de atletismo as organizações costumam contratar atletas para as provas de meio-fundo em busca de recordes ou máximos do ano.
Esses atletas são as lebres. Toda a gente sabe que uma lebre é incapaz de vencer uma corrida e toda a gente duvida que ele vá ser capa de jornal no futuro. Cumpre um propósito de impor um ritmo forte desde inicio até à altura em que encosta para o lado e deixa o trabalho para os reais potenciais vencedores.
Quintero não é jogador de futebol de 90 minutos. Se o colocamos a jogar na 2ª parte consegue partir a louça se o jogo estiver de feição e virar adeptos contra o burro do treinador que não aproveita na plenitude a mais-valia que é ter um jogador assim.
Se o colocamos a jogar de inicio começa a todo o gás, dá certezas na guerra adepto/treinador até ao momento em que o balão esvazia e até o mais indefectivel Quinterista se apercebe que ele não passa de uma lebre.
Na 1ª parte foi o jogador do Porto. Quem vê o jogo fica sem perceber como um talento daqueles fica tanto tempo escondido.
Na 2ª parte o Porto entrou como se estivesse a jogar 10 contra 11 e Quintero tivesse sido expulso por palavras no balneário (eis uma sugestão para o Benfica-Estoril). Quem vê o jogo percebe que não vale a pena e cada minuto em que Quintero se arrasta é um suplicio.

Hernâni – Saudável dessintonia com o ritmo tranquilo e vagaroso da construção ofensiva da equipa. Hernâni procurou acelerar, dar vida e mexer com o jogo na 1ª parte.
Aí o Boavista foi Boavista e o árbitro foi o costume. Pancada de criar bicho e tolerância até à Lua de quem pensa que está a apitar um partida de kickboxing.
Face aos seus parceiros do ataque ganhou aos pontos na atitude e na rebeldia perante o jogo.
Na 2ª parte a equipa desistiu de assumir, a lebre arrastou-se pela Pista 1 quando a Pista 9 pedia a gritos a sua presença e Hernâni ficou sem perceber que equipa grande era aquela em que o processo parece tudo determinar.
“Ai não é para arrancar, correr e tentar marcar?” “Basta receber, temporizar, passar, respirar e parar?”
Saiu com naturalidade quando estava melhor que Quaresma. Dadas as caracteristicas similares a dupla de extremos mais improvável é a de Hernâni + Tello.

Quaresma – Esteve fraco no melhor período da equipa (1ª parte) e subiu de rendimento quando a equipa nem rendia nem parecia querer render.
Acabou por ser o jogador mais determinante na escassa pressão alta da 2ª parte roubando bolas importantes.
O lance em que dribla João Dias e provoca o amarelo a Idris deu vontade de viver ao coração dos portistas , mortos após assistirem a sua equipa a trocar 304 passes entre Marcano, Ruben e Maicon a menos de 15 minutos do fim de forma calma, ponderada e tranquila.
Está ainda no passe para Ricardo que está na origem do golo de Jackson.
Fez um jogo mediano mas dada a pasmaceira de toda a equipa acaba por não se sentar no banco dos réus.

Jackson – Falhou um golo cantado em Basileia e outro dado por Quintero no Bessa. Trabalha muito, segura muitas bolas e não é fácil para nenhum dos centrais mas para o Porto ter aspirações com este futebol de posse muito quantitativo e pouco qualitativo precisa de um n.º 9 que seja um terror para os guarda-redes e mate à 1ª oportunidade.
Por paradoxal que seja, acaba por marcar (ou parecer que marcou) o golo que decide o jogo por sorte. A sorte protege quem trabalha.


Tello – MVP. Hernâni já tinha desistido daquele bando de doidos que joga com a tranquilidade e paciência de quem assiste a um interminável discurso de Fidel Castro.
Tello entra com a bateria carregada nas pernas e a ingenuidade de quem não queria entrar naquele ram-ram pastoso de gente que joga a bola como se não houvesse relógio nem resultado.
Vou correr, vou tentar driblar e o sentido é a baliza.
Valeu Tello. Hoje salvaste-nos e disfarçaste uma das piores exibições do Porto do ano.

Brahimi – Quando entrou para o lugar do Quintero a equipa melhorou ligeiramente o que não é um elogio para o argelino.
Teve dificuldades em entrar no jogo porque a malta lá de trás estava noutra. Se os da frente não vinham cá abaixo ajudar na construção os de trás ficavam calmamente na troca de cromos.
Teve pouco jogo e quando por sorte a bola lhe chegou entreteve-se nos dribles habituais em vez de acelerar o que estava em ponto morto.
Depois do golo, o Boavista saiu da toca e o melhor Brahimi pode aparecer com mais espaço.
Aí a qualidade técnica vem ao de cima tendo como corolário o remate à futsal para o 2.º golo.

Evandro – Evandro é um jogador que se move tanto no momento em que procura a bola e dá uma linha de passe como no momento imediatamente posterior em que passa a bola a um companheiro.

Evandro passa e arranca em busca de uma nova linha, de uma desmarcação. É incrivel como Lopetegui não valoriza estas qualidades únicas de um jogador talhado para ter bola, procurar bola e procurar espaço.


Ficha de Jogo:

Boavista FC 0 - 2 FC Porto

Primeira Liga, 22ª jornada
Segunda-feira, 23 Fevereiro 2015 - 20:00
Estádio: Bessa Séc. XXI, Porto

Árbitro: Hugo Miguel (Lisboa)
Assistentes: Ricardo Santos e Hernâni Fernandes
4º Árbitro: Rui Oliveira

BOAVISTA: Mika, João Dias, Carlos Santos, Philipe Sampaio, Afonso Figueiredo, Anderson Carvalho, Idris, Reuben Gabriel, Brito, Zé Manuel, Leozinho.
Suplentes: Mamadou Ba, Fábio Ervões, Pouga (82' Anderson Carvalho), Julian Montenegro, Marek Cech (71' Reuben Gabriel), Beckeles, Michael Uchebo (55' Leozinho).
Treinador: Petit.

FC PORTO: Fabiano, Ricardo, Maicon, Marcano, José Ángel, Rúben Neves, Herrera, Quintero, Ricardo Quaresma, Jackson Martínez, Hernâni.
Suplentes: Helton, Martins Indi, Diego Reyes, Evandro (83' Quaresma), Brahimi (64' Quintero), Tello (55' Hernâni), Gonçalo Paciência.
Treinador: Julen Lopetegui.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Jackson Martínez (79'), Brahimi (87').
Disciplina: cartão amarelo a Ricardo Quaresma (45'), Herrera (72'), Idris (77'), Philipe Sampaio (85')



Por: Walter Casagrande

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Justiça de Fafe

#Joker #Benfica #Arbitragens #Corrupção

  Não de Moreira de Cónegos
Mas de Moreira de Rei
Um tal Visconde fez Lei
Nessa “Justiça dos homens”

E inventou a expressão
Dessa Justiça de Fafe
Por manejar nessa arte
O varapau, por lição!

E num Marquês, lhe deu uso
O varapau p’la ofensa
Qu’equivaleu a sentença…
Do tribunal por seu escuso!

E desse duelo qu’insólito
Tod’a Justiça recorda
Nessa cidade há obra
Que lá alude ao conflito…

É uma justiça pois fera
Que não admit’o ultraje!
E no reparo, se age
Na prontidão de tal terra!

Er’o costume, a vivência
Nessa justiça da época
No qu’hoje a réplica
É a sua ausência…

Que não há Direito
Que por cá se tenha!
E que de Fafe venha
Tal justiça por feito!!

Pois o que de lá vem
Não é de Moreira…
Mas Jorge Ferreira
É “justo” também!

E por justiceiro
É o que mais expulsa!
E do “varapau” abusa
No golpe certeiro!!

Não admite “bocas”
E dá encarnado!!
Que no futebol jogado
As garantias são poucas…

Estav’o benfica
Num momento mau…
E c’o “varapau”
Fafe já vos explica!

Queriam os Cónegos
Bater-se c’o Papa?
C’a Justiça escapa…
Mas não de Fafe, os modos!?

Que não é da terra
Mas dos próprios hábitos
Que por cá são trágicos
Na “justiça cega”…

Pois já se justifica
A sanção por “justa”!
Se vencer nos custa
Porque não s’a aplica?

E se for de Fafe
Está a condizer!
Porque não “bater”
Pr’a que não nos escape?

S’a justiça é cega
Para ser certeira
Porque vai a Moreira
E a isso se nega?

Porqu’é o sintoma
Da nossa doença…
Que não há sentença
Nem Justiça alguma!

A não ser a de Fafe
Por ser justiceira!
P’lo Juiz Ferreira
Carrasco d’APAF!

Por: Joker

Enjaular a pantera na alcatifa





Segunda é dia de derby! Volvidos seis anos o duelo entre dragões e axadrezados está de volta ao Bessa, com o FC Porto a defrontar o Boavista, num encontro respeitante à 22ªjornada, isto quando o FC Porto procura manter a senda de triunfos na Liga, enquanto a equipa do Boavista luta para evitar a descida.

Devido a questões administrativas, o Boavista carimbou o regresso à Primeira Liga, passando do terceiro para o primeiro escalão. Uma subida demasiado grande, fazendo com que o plantel tivesse sido totalmente remodelado, registando mais de 20 entradas, onde grande parte desses reforços não possuem qualquer experiência a este nível.
Volvidos 21 jogos, o Boavista contabiliza seis vitórias, três empates e 12 derrotas, sendo que nos desafios realizados no Estádio do Bessa, o conjunto boavisteiro apresenta um saldo de cinco vitórias, um empate e quatro derrotas.

Atendendo às boas respostas dadas nestes últimos jogos, poucas mexidas deverão existir. O português Mika vai conferindo segurança entre os postes, jogando à sua frente a dupla constituída pelo Carlos Santos e o jovem brasileiro Philipe Sampaio – atenção a este central! Nas laterais, o João Dias é um dos poucos atletas que apresentam já alguma rodagem no escalão principal, ele que em último caso poderá ser opção no centro da defesa, destacando-se essencialmente nas tarefas defensivas, enquanto o lateral esquerdo Afonso Figueiredo tem sido uma das boas surpresas da Liga, aproveitando a ausência por lesão do brasileiro Anderson Correia.

 Sobre o meio-campo, a formação axadrezada terá uma baixa de peso, neste caso Tengarrinha – expulso no desafio diante da Académica – promovendo desta feita o regresso do nigeriano Reuben Gabriel ao onze, jogador que tem sido indiscutível na equipa orientada por Petit, contudo, uma lesão fez com que tivesse estado indisponível da competição algumas semanas, regressando às convocatórias no último fim-de-semana, não estando ainda de todo no seu melhor em termos físicos. Ao seu lado irá surgir, Idris para a luta do meio-campo, um atleta que não é propriamente muito dotado no plano técnico, fazendo da luta e combatividade as suas principais armas.

Com um meio-campo mais propício ao jogo musculado, o terceiro elemento que preenche a zona intermédia deverá dar outro tipo de toque no momento da construção ofensiva, sendo expectável a utilização do experiente Marek Cech. Numa primeira instância podia-se pensar que o eslovaco viria para ocupar um lugar no lado esquerdo da defesa, no entanto, tem jogado em terrenos mais adiantados, algo que não é propriamente um jogador para ele, que assim reencontrará a sua ex-equipa, ele que esteve três épocas ligadas ao FC Porto, sagrando-se campeão em todas elas.

Ofensivamente o Boavista é uma das equipas que maiores limitações vem apresentando nesta Liga, tendo dificuldades em chegar às zonas de decisão com movimentações colectivas através de futebol apoiado, optando sistematicamente pelo recurso ao jogo directo, aproveitando a estampa física do nigeriano Uchebo (trabalha imenso sem bola), surgindo como principal referência ofensiva da equipa, que deverá ter nas alas os velocistas Brito e Zé Manuel, se bem que o ganês Quincy surge como alternativa.
No jogo realizado entre estas duas equipas na primeira volta do campeonato, o marcador registou um surpreendente 0-0. Diga-se que foi um encontro bastante atípico a todos os níveis, começando pelo estado do terreno que esteve por momentos impraticável, uma expulsão precoce e desacerto na hora de finalizar.
Apesar de ter estado maioritariamente em superioridade numérica, o Boavista limitou-se a defender, apresentando ao longo dos 90 minutos um bloco baixo, com linhas muitas juntas, dificultando sobretudo o jogo interior da nossa equipa.

Para este desafio frente ao Boavista, é de prever algumas mexidas na equipa inicial, até porque quatro dos habituais titulares estarão indisponíveis. Assim sendo, Ricardo Pereira, José Ángel, Rúben Neves e Evandro/Quintero deverão entrar de início, existindo igualmente expectativa no regresso à titularidade de Ricardo Quaresma, ele que entrou muito bem no desafio perante os suíços do Basileia.

Por: Dragão Orgulhoso

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Segunda Liga, 29.ª jornada: FC PORTO B 2 - 1 FARENSE

 
O Porto B recebeu e venceu, na tarde deste Domingo, o Farense por 2 bolas a 1.

O onze do Porto registou algumas alterações. Diego Carlos regressou ao centro da defesa para suprir a vaga do castigado Lichnovsky, Rafa voltou a ser titular no lado esquerdo, mas a grande novidade foi mesmo a titularidade de Pité como médio mais ofensivo, que se juntou no meio campo a Leandro e Pavlovski.

O jogo esse foi de sentido único. Talvez mesmo a melhor exibição do Porto B esta época, sendo o resultado muito escasso para as inúmeras oportunidades de golo que a equipa portista criou.

O golo do Farense apareceu muito cedo no jogo, depois de um erro defensivo do lateral Rafa, combinado com a passividade do central Diego Carlos. Mas esse golo foi mesmo uma excepção à regra e não impediu o Porto B de partir para uma exibição de grande qualidade.

O meio campo funcionou na perfeição com Leandro a ser o carregador de dois pianos, Pavlovski (mais cerebral) e Pité (mais criativo). Com estes dois homens soltos, foi fácil para o Porto criar desiquilibrios e furar a muralha do Farense. Nas alas o endiabrado André Silva fazia a cabeça em água aos defesas do Farense e Fred aparecia muito bem em diagonais.

O Porto contou com várias ocasiões para marcar, das quais se destacam um remate de Fred isolado, um grande remate de André Silva à barra, um cabeceamento de Gonçalo e um remate à boca da baliza de Rafa.

No entanto, o Farense aguentou-se muito por culpa do seu guarda redes e o Porto foi para o intervalo a perder de forma injusta.

A segunda parte abriu com uma mexida de Luis Castro, com a saída de Pité para a entrada do jovem, ainda junior, Ruben Macedo. E pode dizer-se que o treinador portista acertou na mouche.

O jovem Ruben Macedo acrescentou ainda mais pimenta ao ataque portista e acaba por estar directamente ligado aos dois golos do Porto.

Primeiro ao fazer um cruzamento que Fred desperdiça, mas na recarga Gonçalo não perdoa. E depois ao voltar a cruzar para a cabeça de Gonçalo, que com muito mérito marca um belo golo.

A velocidade de Ruben Macedo causou pânico e libertou André Silva na frente de ataque. As oportunidades sucediam-se.

E o jogo só acalmou quando Luis Castro faz entrar o médio defensivo Tomás para o lugar de Gonçalo.

O jogo acaba por se arrastar até final e o Porto confirma uma vitória muito meritória.


Análise individual:

Gudino: Uma boa parada a abrir. De resto não teve grande trabalho.

Victor Garcia: Muito mexido no ataque e bem na defesa.

Zé António: Um erro pouco habitual, mas sem consequências.

Diego Carlos: Fica mal na fotografia no lance do golo. No resto, fez um jogo regular.

Rafa: Mal no lance do golo ao ser batido. No ataque esteve fortíssimo epoderia ter marcado.

Leandro: Uma máquina. Segurou o meio campo e deu asas aos criativos.

Pavlovski: Muito cerebral, sempre a pautar o jogo da equipa. Um jogo de mão cheia.

Pité: A unidade de menor rendimento a meio campo. No entanto, teve alguns bons pormenores e ocupou uma área do campo que precisa de um jogador como ele.

Fred: Muito bom jogo. Sempre vertical e a confirmar que tem muito sentido de baliza.

André Silva: Melhor em campo. Diabólico. Na ala, no meio, atrás e à  frente. Esteve em todo o lado e sempre com qualidade. Só faltou mesmo o golo.

Gonçalo: Com mais criatividade no meio campo pôde estar mais dentro da área e os golos surgiram naturalmente. Foram 2, podiam ter sido mais.


Ruben Macedo: O futuro está aí... Entrou e conquistou o Olival. Temvelocidade de ponta, cruza muito bem e não se deixa intimidar. Tem pêlo na venta e um dragão ao peito.

Tomás: Entrou e o jogo adormeceu.

Graça: Pouco tempo.



FICHA DE JOGO

FC PORTO B-FARENSE, 2-1

Segunda Liga, 29.ª jornada
22 de Fevereiro de 2015
Mini-estádio do Centro de Treinos e Formação Desportiva Porto/Gaia, no Olival

Árbitro: Paulo Baptista (Portalegre)
Assistentes: José Braga e Valter Rufo
Quarto árbitro: Renato Mendes

FC PORTO B: Raul Gudiño; Víctor García, Diego Carlos, Zé António e Rafa; Leandro Silva, Pité e Pavlovski; Frédéric, Gonçalo Paciência (cap.) e André Silva
Substituições: Pité por Ruben Macedo (46m), Gonçalo Paciência por Tomás Podstawski (78m) e Pavlovski por Graça (90m)
Não utilizados: Kadú, David Bruno, Roniel e Anderson
Treinador: Luís Castro

FARENSE: Bento; Hugo Ventosa, Diogo Silva, Lameirão e Califo; Bilro (cap.) e Carlos Rodrigues; Bruno Carvalho, Edinho Júnior e Harramiz; Irobiso
Substituições: Diogo Silva por Karamatic (29m), Mailó por Mailó (62m) e Bruno Carvalho por Alan (68m)
Não utilizados: Ricardo, Kiki, Alan, González e Rui Duarte
Treinador: Abel Xavier

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Irobiso (9m) e Gonçalo Paciência (59m e 66m)
Disciplina: cartão amarelo a Bruno Carvalho (14m), Pité (33m), André Silva (48m), Califo (48m) e Carlos Rodrigues (86m)


Por: Prodígio
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