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terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Foi um cabaz de Natal
Depois de duas derrotas consecutivas, o FCPorto B recebeu e venceu o Sporting B. Mas esta não foi uma vitória qualquer... foi antes um cabaz de Natal. Uma vitória por expressivos 4-0 aliada a uma superioridade a todos os níveis.
O onze dos dragões não teve grandes novidades. Jogaram os mais rodados. A excepção foi João Costa, que aproveitou a ausência de Gudino para somar minutos.
Mas vamos ao jogo e que jogo!
Previa-se uma partida complicada já que em campo estavam o 1º e o 3º classificados da liga. No entanto, o jogo apenas revelou uma superioridade gritante dos homens de Luis Castro.
Logo aos 5 minutos, numa jogada perfeita, Ismael abre para Rafa que cruza de primeira para André Silva. O resto foi pura classe do avançado portista.
Mas os jovens dragões não descansaram e para além de controlarem o jogo a seu belo prazer, criaram sempre as melhores oportunidades para marcar.
E aos 20 minutos marcaram mesmo. Gleison num momento de inspiração isola com um passe sublime André Silva que não perdoa. Talvez uma homenagem ao outro André, o André André...
Nada parecia abalar a avalanche ofensiva portista, que se apoiou e muito num meio campo de carregadores (Omar e Francisco) e de pianos (Graça). Rafa, o lateral que sonhou ser extremo, foi uma locomotiva e na frente o poder de Ismael abria caminho para a classe de André Silva. Um recital foi o que foi!
No Sporting B, apenas Geraldes dava um ar da sua graça. Mas João Costa negou-lhe o golo. E o Sporting ficou mesmo por aí.
O intervalo chegou com um justo 2-0.
A segunda parte foi parecida com a primeira, apenas com uma diferença... as oportunidades para o Porto foram ainda mais.
Só Ismael desperdiçou duas e Graça acertou com estrondo no ferro. Bem também o guarda redes do Sporting Pedro Silva.
Mas o terceiro golo era só mesmo uma questão de tempo. Ismael a marcar de cabeça na sequência de um canto. Golo merecido para o avançado.
O quarto veio logo a seguir. Ruben Macedo (que tinha entrado entretanto) cruza e Rafa aproveita a sobra para encher o pé. 4-0.
Por esta altura já não havia adversário e até final foi um festival de golos falhados. Ruben Macedo e Ismael falham em boa posição, Omar Govea vê Pedro Silva negar-lhe um golaço de livre e André Silva até de bicicleta marca (mas estava fora de jogo).
E assim acabou o jogo. Um daqueles dias em que tudo corre bem.
O FCPorto B segurou assim a liderança da 2ª liga.
Análise individual:
João Costa: Defesa vistosa a negar o golo a Geraldes. De resto, foi uma tarde tranquila.
Chidozie: Alguns passes errados. Sem grande trabalho.
Maurício: Eficaz.
Rafa: Uma locomotiva pela esquerda. O seu pé esquerdo colocou a bola onde quis e foi essencial para a produção ofensiva da equipa. Belo golo.
Omar Govea: A tranquilidade habitual. Limpou tudo. Podia ter marcado de livre.
Francisco Ramos: Um jogador que equilibra muito bem defesa e ataque. Sempre a pautar os ritmos de jogo.
Graça: Inspiradíssimo. Ficou na retina um passe magistral a isolar Ismael. Mas foi todo um jogo de criatividade e precisão. Podia ter marcado.
Gleison: Individualista, perdeu muitas bolas. Pela positiva, o passe que isola André Silva no 2º golo.
Ismael: Começou algo complicativo no ataque, mas logo corrigiu a mão. Esteve em várias jogadas de golo e acaba mesmo por marcar. Sempre poderoso. Surpreendente foi ver a ajuda que deu à defesa com inúmeras recuperações de bola.
André Silva: Melhor em campo. Mais dois golos, mais técnica, mais raça, mais Andrés no Porto por favor.
Ruben Macedo: Entrou bem e participou no 4º golo. Acrescentou velocidade.
Tomás: Para fazer descansar Graça.
Fede Varela: Bons pormenores.
Por: Prodígio
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Portimonense 0 - 1 FC Porto B - Na senda das vitórias!
O FC Porto B deslocou-se hoje ao apetecido Algarve para a 3ª
jornada desta II Liga. O grande realce nos convocados vai para a inexistência
de jogadores da equipa principal. Uma opção compreensível, a equipa de Paulo
Fonseca está a preparar um jogo importante e desta vez não era interessante
enviar jogadores para a formação secundária. Perda de treinos, viagem longa,
desgaste são justificações perfeitamente aceitáveis.
Avançamos assim com a miudagem com sede de crescer. O 11
titular não fugiu ao esperado. Kadu manteve-se como titular. A defesa também
foi a mesma. Victor Garcia na direita, Quino na esquerda e Tiago Ferreira a
acompanhar o xerife Zé António no centro. No meio campo, a dupla Tomas e Mikel
atrás do finalmente 10 Tozé. No ataque a opção foi pela mobilidade. Vion, André
Silva e Ivo.
Foi um início com bom nível da nossa equipa. Embora a jogar
com bloco baixo e uma aparente diminuição do habitual domínio da posse de bola,
as nossas transições ofensivas executadas com rapidez criaram problemas desde o
apito inicial. Assistimos a excelentes indicações. Um bom lateral (Victor
Garcia) seguro na defesa e com uma já assinalavel disponibilidade física para
subir e apoiar o ataque. Um meio campo bem posicionado e atento, Tozé a mostrar
pormenores de talento e um ataque que se entregava ao jogo e criava linhas de
passe.
Logo na alvorada do jogo o 1º aviso num remate de Tozé após
passe de Vion. O avançado francês mostrava-se muito activo nesta fase sobre o
flanco direito com alguns cruzamentos e pela condução da bola até ao ataque.
Este ascendente traduziu-se em resultados cedo. Aos 13
minutos, André Silva, nas já tradicionais movimentações a recuar para ajudar na
construção do ataque, partiu para a jogada individual. Beneficiou dum ressalto
no defesa de Portimão e ficou na cara do guarda-redes. Aí com muita calma e
mais classe ainda, fintou-o com o pé direito e foi só encostar para uma baliza
deserta. Excelente golo do avnçado de 17 anos na estreia a titular na equipa B.
O golo cedo não mudou a equipa. Éramos nesta altura
superiores em todos os aspectos do jogo. Muita personalidade e uma animadora
cultura táctica dos nossos jovens. Sabiam quando deviam partir para uma
transição rápida e aproveitar um desiquilibrio ou quando temporizar e iniciar
uma posse mais segura. mais uma vez, sinais encorajadores. No meio campo bem
feitas as compensações.
Foi assim a toada do jogo até aos 25 minutos. Paulatinamente
o equilibrio instalou-se.
Tornou-se um jogo mais dividido, com a equipa algarvia a
tentar alvejar a baliza de Kadu. Raramente o conseguiu em boas condições.
Grande parte dos remates eram de longe e quase nunca iam com boa direcção.
Mérito para a nossa defensiva. Tomas e sobretudo Mikel estavam a revelar acerto
nas marcações e dobras, os extremos souberam descer para fechar os caminhos na
lateral e os centrais limpavam a sua área. De facto, o Portimonense teve apenas
uma grande oportunidade, num lançamento longo para as costas da nossa defesa
que encontrou o avançado. Felizmente, a saída do guarda-redes angolano foi
rápida a fechar o ângulo e este rematou ao lado.
No aspecto ofensivo já não revelávamos o mesmo acerto no
inicio da nossa transição ofensiva. Alguns passes mal medidos e até um certo
isolamento da nossa linha avançada. Sendo assim, dependia sobretudo de lances
individuais conseguir colocar em sentido a defensiva da casa. Foi o que fez Ivo
já no final desta etapa. Em progressão pela esquerda com bola, diagonal para o
meio e perto da linha de grande área remate em arco. Foi uma boa iniciativa que
só não resultou em golo porque o guarda-redes fez uma grande defesa.
Ao intervalo vantagem justa para nós.
Embora a 2ª parte tenha sido mais dificil para nós, começou
logo com uma enorme oportunidade nossa. Combinação ofensiva de Ivo e Tozé com
este a rematar uns centímetros acima da barra já dentro da área. Foi pena, uma
bela jogada e que nos daria uma maior tranquilidade. Fica apenas o registo de
mais uma boa combinação entre estes dois jovens talentos...
O Portimonense é uma equipa organizada e consistente como
Luís Castro o referiu bem na flash. Ainda não tinha perdido neste campeonato,
jogava em casa e foi à procura do empate. Tivemos de manter a concentração e
saber sofrer.
A nossa equipa ainda baixou mais as linhas. Manteve contudo
um bom posicionamento defensivo. Mikel estava no seu jogo. Destruir jogo.
Muitos cortes, muita disponibilidade física, muita luta.
Eles remataram muito, é inegável. Algumas vezes sem perigo,
outras que exigiram mais do nosso jovem angolano. Foi o que aconteceu aos 55
minutos. Já dentro da área, um remate de primeira para o lado esquerdo a que
Kadu respondeu com uma linda defesa para canto.
Começava a "guerra" das substituições. A equipa
adversária mudou o seu esquema táctico. Fez duas substituições ao mesmo tempo,
arriscou e passou a jogar com 2 avançados na nossa área. Resultou a alteração.
De rajada dois lances deles que só pecaram na finalização, foram ambos ao lado.
Entretanto o nosso treinador tinha respondido com a saída de
Tomas e a entrada de Pedro Moreira, um regresso após lesão prolongada. É um
retorno que tem de se saudar. É um jogador que transmite outra experiência e
classe ao nosso meio campo. Bem a equilibrar a equipa nos aspectos defensivos,
com um estilo mais sóbrio que faz do posicionamento irrepreensível a maior arma.
Fez algumas boas intercepções em virtude da sua maior capacidade de leitura de
jogo, Nos aspectos ofensivos, resultou imediatamente, transmite outra segurança
ao início da nossa transição. Fez ainda entrar um par de minutos depois Leandro
para o lugar de um desaparecido Vion neste segundo tempo. Também aqui a ideia
era clara. Maior poder físico, frescura com alguém que sabe defender e revela à
vontade em questões técnicas.
As duas trocas efectuadas resultaram num reequilíbrio da
equipa que se estava a perder. O perigo vinha na grande maioria das vezes pelo
lado esquerdo da nossa defesa, onde Quino não conseguia controlar as investidas
do seu adversário. Talvez por isso a entrada de Rafa. Era previsível a sua
entrada. Não tão previsivel foi quem saiu, Ivo. Pensava-se que Rafa fosse para
a sua posição de origem, lateral esquerdo, onde, como referimos, passávamos por
dificuldades. O nosso treinador manteve Quino e Rafa foi para a esquerda sim,
mas para o meio-campo e encarregou-se das subidas de Ricardo Pessoa.
Sofremos. Mostrámos capacidade para isso. Beneficiamos
também do acerto de quase todos. Um meio campo que soube cortar as entradas
para a nossa área e trabalhar em conjunto, uns defesas centrais hoje imperiais
pelo chão ou no jogo aéreo.
Este espírito garantiu-nos mais uma vitória. A 3ª em outras
tantas jornadas. Novamente com boas indicações e mais uma demonstração que
temos jovens com muito valor. Alguns ainda muito novos, com idade de júniores.
Tomás, Ivo, André Silva foram titulares hoje e podem ser opção nos sub-19
sempre que se entender necessário. Tirando o caso de Zé António, um porto
seguro de experiência e Pedro Moreira (um jovem ainda, 24 anos), o jogador mais
velho da nossa equipa tinha 21 anos. Bateram-se arduamente contra uma equipa
experiente, mostraram melhorias tácticas e deram mais um passo rumo ao futuro.
Bom trabalho!
Segue-se na próxima 2ª feira o Penafiel, outras das equipas
que conta por vitórias os jogos efectuados. O jogo será em pedroso e contará
provavelmente com jogadores que não foram opção no plantel principal.
Análises individuais:
Kadu - A defesa aos 55m foi o ponto alto, um voo
espectacular. Igualmente bem no jogo com os pés. Tem uma caracteristica no seu
posicionamento que pode ser limado. É usual vê-lo a posicionado em cima da
linha de golo. Um passo à frente seria mais benéfico em grande parte das
situações.
Victor Garcia - Um excelente jogo. Tem revelado
segurança defensiva, bem no 1x1 e quando tem de fechar por dentro. Mostrou
ainda disponibilidade para fazer inúmeras vezes o seu corredor e melhorias nos
seus centros.
Tiago Ferreira - A melhor exibição da época. Tinha
cometido alguns erros graves antes mas hoje não. Imperial no jogo aéreo e
concentrado na marcação.
Zé António - Nunca é de mais referir as vantagens que
nos traz. Experiência, posicionamento e capacidade de liderança. Hoje tivemos
mais 90 minutos disto.
Quino - Mau jogo. Foi inúmeras vezes ultrapassado
pelo seu adversário e raramente ganhou um lance ou impediu um cruzamento. Não
foi por acaso que a equipa algarvia quase só atacava pelo seu flanco.
Mikel - Um jogo à sua medida. Perdemos a conta ao
número de desarmes e cortes que efectuou. Concentrado, mostrou melhorias
enormes no seu posicionamento quando comparado com a época anterior.
Tomás - Um 6 totalmente diferente de Mikel mas
igualmente eficaz. Não tem o fulgor físico mas consegue ser mais eficaz na
transição ofensiva. No inicio fê-lo algumas vezes com eficácia, tendo até
chegado a ensaiar o remate. Tem futuro.
Tozé - Uma boa exibição. Hoje no seu lugar de
eleição, teve pormenores deliciosos. Muito dinâmico, conseguiu criar muito
perigo. Ensaiou o remate algumas vezes. A defender mostrou disponibilidade.
Ivo - Mais pela esquerda no inicio mas com liberdade
para deambular pelo corredor central. Criou problemas a Ricardo Pessoa, um
lateral com experiência de 1ª divisão. Quase marcou num lance individual.
André Silva - Titular no centro de ataque em
detrimento de Caballero, teve movimentações interessantes. Recuou com acerto
para ter jogo. marcou o único golo com uma boa execução técnica.
Vion - Uma entrada a todo o vapor com boas
arrancadas. Desapareceu na 2ª parte e foi bem substituído.
Pedro Moreira - Tem capacidades para organizar o meio
campo superiores aos seus parceiros. Um regresso após largos meses de estaleiro
a um nível já muito aceitável. Destacar apenas um lance, o seu 1º. Entrou e a
sua intervenção inicial foi um carrinho, como que a mostrar que não há receios,
está preparado.
Leandro - Entrou e cumpriu. Ofensivamente não teve
grandes chances de brilhar devido ao cerco à nossa área. Sendo assim ajudou a
defender o seu espaço e fê-lo com acerto.
Rafa - Entrou para apoiar o flanco esquerdo e ajudar
Quino. Após a sua entrada conseguiu que as subidas do lateral contrário não
causassem incómodos.
FICHA DE JOGO
Portimonense-FC Porto B, 0-1
Segunda Liga, 3.ª jornada
21 de Agosto de 2013
Estádio Municipal de Portimão
Árbitro: Jorge Tavares (Aveiro)
PORTIMONENSE: Márcio Ramos; Ricardo Pessoa (cap.), Ivo Nicolau, Rui
Correia e Nelsinho; Semedo, Vítor Moreno e Mica; Zambujo, Dyego Souza e Quinaz
Substituições: Vitor Moreno por Fabrício (59m); Quinaz por Anselmo (59m);
Zambujo por Zé Miguel (85m)
Não utilizados: Ricardo Ferreira, Bruno Gonzalez, Luís Pedro e Hugo Gomes
Treinador: Lázaro Oliveira
FC PORTO B: Kadú; Victor Garcia, José António, Tiago Ferreira e
Quiño; Mikel, Tomás Podstawski e Tozé (cap.); Ivo, Vion e André Silva
Substituições: Tomás Podstawski por Pedro Moreira (63m); Vion por Leandro
(67m); Ivo por Rafa (79m)
Não utilizados: Matos, Bruno Silva, Mata e Caballero
Treinador: Luís Castro
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: André Silva (18m)
Cartões amarelos: Nelsinho (45m), Quiño (53m), Kadú (60m), Rui Correia (74m)
Por: Paulinho Santos
domingo, 12 de maio de 2013
Juniores A: O jogo que o Porto não quis ganhar
Penúltima jornada do campeonato de juniores. Para o Porto
a vitória era crucial, de forma a depender apenas de si próprio.
A equipa portista entrou mal no jogo, a permitir
transições rápidas à equipa adversária. Dessas transições nasceu o golo
benfiquista, com o veterano Sancidino a fugir à marcação dos centrais portistas
e a marcar.
A partir dos 20/25 minutos o Porto equilibra o jogo e
demonstra alguma superioridade. Com André Silva a baixar mais no terreno e a
transportar a bola, libertando depois os colegas. Até ao intervalo o Porto foi
melhor e conseguiu 3 oportunidades claras de golo, não aproveitadas.
No segundo tempo a formação portista volta a entral mal,
o jogo torna-se ainda mais violento e partido. A qualidade de jogo do Porto
agrava-se com as substituições feitas por Capucho. O Porto precisava de
velocidade pelas alas, mas quem entrou para o lugar do extremo Ivo foi Belinha,
um médio que tem deixado muito a desejar esta época.
Raul, um extremo rápido entrou demasiado tarde, ainda a
tempo de assistir Rafa para o golo do empate.
Fica a sensação que hoje foi um dia infeliz para o
técnico portista, que não toma as melhores opções. Resta agora esperar que o
adversário de hoje escorregue na última jornada.
Nota ainda para a vergonhosa transmissão do canal da
palhaçada. Só repetiram os lances que seriam favoráveis à equipa da casa e
teceram comentários facciosos durante todo o jogo.
Nota também para uma arbitragem desastrosa, que embora
não tivesse favorecido nenhuma das equipas, promoveu o jogo violento, não
mostrando os cartões necessários nem assinalando faltas evidentes.
Finalmente, foram absolutamente lamentáveis os confrontos
e agressões no final do jogo. Uma vergonha para as duas instituições.
Análise Individual:
Kadu - Tem culpas no 1º golo ao hesitar na saída da
baliza. De resto, esteve seguro. É expulso já no final do jogo depois de
confrontos entre as 2 equipas.
Victor Garcia - Ganhou e perdeu lances junto à linha. É
um jogador limitado tecnicamente, mas "compensa" com agressividade e
disponibilidade para o jogo.
André Ribeiro e Bruno - A dupla de centrais mostrou
grande insegurança face à velocidade dos atacantes adversários. Várias vezes
foram ultrapassados e mostraram debilidades de posicionamento.
Rafa - Um jogo seguro a defender. Não mostrou a mesma
disponibilidade a atacar, embora tenha sido dele o golo do empate.
Tomás - O jogador mais consistente do meio campo. Cobriu
a sua zona com classe.
Leandro - Foi esforçado e tentou sempre colocar o seu
forte remate. Um jogo de nível suficiente.
Francisco - Sempre ausente do jogo. Não foi eficaz na
pressão e com bola complicou em demasia.
Ivo - Muito ausente do jogo e com pouca intensidade. No
entanto, nos poucos momentos em que teve a bola defeniu sempre bem, como no
lance em que vem para dentro e remata colocado aos 25 minutos.
Gonçalo Paciência - Uma sombra. Deslocado do seu lugar e
remetido para uma ala, nunca foi capaz de fazer a diferença.
André Silva - MVP. Não, não fez tudo bem. Perdeu bolas,
defeniu mal algumas jogadas, mas foi sempre ele que TENTOU, mostrou garra e
determinação, caiu e levantou-se, esteve em todo o lado. Deu a sensação que só
ele percebeu a importância deste jogo.
Belinha - Não acrescentou nada.
Graça - Não acrescentou nada.
Raul - Acrescentou velocidade e deu profundidade ao jogo.
É dele a assistência para o golo do empate e mais uma série de cruzamentos
perigosos. Começa a ser um mistério a sua pouca utilização.
sábado, 13 de abril de 2013
Juniores A: Rio Ave 1 - 0 FC Porto (Crónica de Eddie the Head)
Na 2ª jornada da 2ª volta desta fase final de Juniores A, a equipa do F.C. Porto comprometeu seriamente o objectivo do título, com uma derrota em casa do Rio Ave, ficando agora a 4 pontos do líder Sporting e a 1 do Benfica.
Capucho apostou pela primeira vez no venezuelano Victor Garcia para o lado direito da defesa, promovendo também a entrada de Ivo no onze, por troca com Graça. Com esta troca tentou dar alguma largura à equipa, colocando Francisco Ramos não sua posição de origem no meio campo.
Contudo, parte do problema manteve-se devido à manutenção de André Silva no lado direito do ataque. Sendo um jogador móvel, André está longe de ser um jogador de linha e Gonçalo, que ia a espaços rodando com o companheiro, ainda menos o é.
Na 1ª metade o Rio Ave teve as melhores ocasiões, apesar do domínio territorial portista. O golo nasceu a meio do primeiro tempo por Lord, depois de uma excelente arrancada do próprio, a deixar André Ribeiro para trás, num lance onde parece ter havido mão do avançado. Mas já antes o Rio Ave podia ter inaugurado o marcador por duas vezes, ambas por Nuno, mas Kadu conseguiu adiar o nulo.
Os jovens portistas partem em seguido em busca da reviravolta e apesar de algumas boas jogadas de entendimento, o futebol foi sempre curto, com falta de largura. Isto tem sido um problema comum a quase todas as equipas portistas esta época, a falta de verticalidade do seu jogo tem sido gritante.
Ivo era o único jogador capaz de dar largura ao jogo, mas apenas apareceu a espaços no 1º tempo.
O intervalo chegou com o Rio Ave na frente e sem mudanças, mas logo aos 5 minutos da 2ª parte Capucho mexeu: entrou Graça para o lugar de Vitor Andrade. Abro aqui um parenteses para voltar a afirmar o meu desacordo com a opção de um jogador como Vitor para a posição de trinco, onde o jovem não se sente claramente à vontade. Com esta alteração Francisco desceu para a posição 6, passando Graça a assumir o jogo portista a partir da posição 10. O criativo trouxa alguns bons momentos ao jogo, rematando ao poste na 1ª vez que tocou na bola e jogando mais entre as linhas defensivas do Rio Ave, mas a verdade é que pouco depois da sua entrada o jogo voltou ao mesmo. Ivo tinha desaparecido completamente do jogo e o futebol portista tinha cada vez menos largura. Os visitados estavam com as linhas mais baixas na 2ª parte, mas permitiram poucas oportunidades de golo, justificando o porquê de serem, à entrada para esta jornada, a 2ª melhor defesa do campeonato. Mas sempre que saiam para o contra ataque criavam lances de perigo, com a velocidade de Lord (que grande jogo que fez!) em destaque, mas também Nuno Santos criou vários desequilíbrios.
Dado o rumo do jogo, Capucho fez entrar Raul para o último quarto de hora do jogo, com o objectivo de tentar dar largura a um jogo muito afunilado (sempre o mesmo problema), mas o risco assumido não foi grande: saiu Gonçalo, passando André para a sua posição natural de ponta de lança. Logo de seguida Leandro entrou para o lugar do esgotado Belinha.
Estas alterações pouco mexeram com o jogo, visto que as oportunidades reais de golo não apareceram.
O resultado acaba por não ser de todo injusto pela excelente 1ª parte do Rio Ave. Apesar do maior caudal ofensivo portista, os visitados controlaram bem o jogo.
Com esta derrota o objetivo do titulo fica difícil, mas com a recepção ao Sporting ainda no calendário é possível acreditar. Contudo, a equipa tem de corrigir problemas já crónicos para que a recuperação não passe de uma miragem.
Análises individuas:
Kadu: Bom jogo, com boas intervenções a remates de Nuno na 1ª parte e muito atento aos contra-ataques vila condenses na 2ª, saindo sempre bem da área;
Victor: Estreia onde deixou bons sinais defensivamente. É difícil de bater no um para um e tem velocidade. Ofensivamente pouco acrescentou;
Rafa: Esteve pouco em jogo ofensivamente, e com isso tornou o problema da largura de jogo da equipa ainda mais evidente. Não teve tão certeiro como de costume quando chamado a usar o seu pé esquerdo;
André Ribeiro: Batido em velocidade por Lord no lance do golo, teve outros lances semelhantes ao longo do jogo. Não tem velocidade para o avançado do Rio Ave e a equipa expôs o central a esses problemas;
Tomás: Mais certeiro que o colega de sector, mas ainda assim com uma noite pouco descansada. Sempre que Lord lhe apareceu pela frente sentiu dificuldades. Na fase final do jogo mostrou qualidade técnica em algumas saídas com a bola e mostrou à vontade para cobrir defensivamente o meio campo, mostrando que devia ser o 6 desta equipa;
Vitor Andrade: É cada vez mais evidente que não é um trinco e a equipa ressente-se disso. Fisicamente não dá o que a equipa precisa e tacticamente também tem falhas. Hoje, a juntar a isso, também falhou muito na saída de bola;
Belinha: Muita vontade, muita capacidade de luta e boa capacidade de passe longo. Mas com Francisco em campo na posição 8, pede-se um jogador mais criativo a seu lado.Saiu esgotado;
Francisco: O melhor do meio campo, mesmo não tendo feito um grande jogo. Recuperou muitas bolas na 1ª parte e deu-lhes quase sempre boa sequência. No 2º tempo recuou para trinco, posição que não sendo sua de origem, cumpre melhor que Vítor Andrade;
Ivo: Primeira parte muito intermitente, segunda parte completamente apagada. Perdeu-se várias vezes com toques excessivos na bola, não dando a largura que a equipa esperava que desse;
André Silva: Não é extremo, nem tem características para tal. Enquanto esteve na posição deu sempre tudo, tentando juntar-se a Gonçalo em algumas ocasiões. Percebe-se que Capucho não consiga deixar um talento como este ou Gonçalo no banco, mas se optar pelos dois tem de fazer reajustes tácticos;
Gonçalo: Tem uma capacidade técnica brutal, o seu jogo de costas é fantástico. Mostrou o seu talento mas não foi consequente no seu jogo. Sacrificado na fase final do jogo;
Graça: Foi importante para jogar entre linhas, era o médio que faltava ao jogo portista, mas a verdade é que acabou por se perder num jogo demasiado afunilado;
Raúl: Entrou para dar verticalidade ao jogo, mas poucas vezes tocou na bola. Teve um remate na área, mas que saiu muito longe;
Leandro: Entrou com a mesma vontade de Belinha, dando capacidade física ao meio campo.
Por: Eddie the Head
domingo, 7 de abril de 2013
Juniores A: FC Porto 3 - 1 SC Braga (Crónica de Breogán)
Há uma epidemia que alastra no
Olival e a equipa júnior não escapou. É uma epidemia que ataca os extremos e
que os fazem desaparecer do onze inicial das equipas portistas. O FC Porto
perde capacidade de gerar perigo, de mandar no jogo, mas esta nova abordagem
táctica parece consolidar-se nas principais equipas do FC Porto. E alastra sem
parar.
Se temos dificuldade em arranjar
extremos produtivos em outras equipas, nesta equipa júnior, mesmo com Fred
lesionado, não há essa dificuldade. No entanto, a opção técnica passa,
invariavelmente, pelo abdicar dos extremos para permitir a convivência na
frente de ataque de André Silva e Gonçalo Paciência.
Ontem, uma vez mais, a equipa júnior
do FC Porto entra em campo sem nenhum extremo no onze inicial. Com um meio
campo reforçado com quatro elementos e com dois avançados centro no onze
inicial, o FC Porto sofreu para dar profundidade e velocidade ao seu jogo. O
Braga, fechado e solidário, fiava a teia que já tantas vezes vimos a ser
utilizada frente a equipas do FC Porto que abdicam de flanquear. Linha
defensiva coesa e em bloco baixo, com os laterais bem fechados sobre os
centrais. Linha média bem junta à linha defensiva e com muito coração para
tapar todas as linhas de passe (destaque para Reko e Bouças). Finalmente, uma
linha ofensiva com 3 ciclistas, prontos para sprintar para a baliza portista
pelos três corredores, assim que se libertassem das suas tarefas defensivas.
O Braga espreitava o erro
portista e prometia cavalgar sobre ele, já o FC Porto debatia-se com o muro
bracarense, sem velocidade para o furar pelo centro e sem amplitude para o
contornar.
O jogo arrasta-se e desde cedo o
FC Porto revela enormes dificuldades em criar perigo. Só aos 22 minutos, surge
a primeira ocasião de perigo. Jogada desenvolvida pelo flanco direito, com
Belinha a cruzar largo para André Silva. O avançado portista domina bem e
remata com precisão, mas Tiago Sá defende. Quatro minutos depois, e sem construir
um lance de ataque, o Braga adianta-se no marcador. Penetração na área portista
e cruzamento para a zona de pequena área, onde surge Vítor Andrade, sem
qualquer jogador a pressioná-lo, a desviar para a própria baliza. Momento de
infelicidade que premiava a coesão defensiva do Braga. Não só premiava, como
reforçava, pois após o golo, mais o Braga apostou na sua teia defensiva.
O FC Porto só consegue responder
ao golo sofrido aos 39 minutos. Nem de propósito, nova jogada lateralizada,
mesmo que na sua origem esteja um lançamento lateral. Marcelo cobra o
lançamento lateral e coloca em Belinha que, no imediato, centra a bola para
área. Francisco Ramos aparece na zona de finalização, mas o remate sai ao lado.
A assim se chega ao intervalo, com um Braga sentado lá atrás, mas com um golo
no marcador e um FC Porto amarrado e tolhido pelo seu próprio sistema táctico.
O intervalo é bom conselheiro
para Capucho. Saiu Belinha para a entrada de Ivo. O FC Porto ganha um extremo e
recoloca Francisco Ramos no meio campo, deixando a função híbrida de falso
extremo.
A alteração produz logo efeitos.
É um FC Porto alegre e positivo que reentra no jogo. O flanco esquerdo ganha
nova vida e Rafa aproveita a presença de Ivo para começar a produzir o futebol
ofensivo. Algo que não conseguia fazer na primeira parte, por estar sozinho a
tomar conta de todo o flanco esquerdo.
O Braga, matreiro e bem montado,
aproveita o novo entusiasmo azul e branco. Com os seus ciclistas sempre prontos
a disparar para a baliza de Kadú, o Braga espreitava a subida no terreno do FC
Porto. É o Braga quem tem as três melhores oportunidades na abertura da segunda
parte. A todas elas, Kadú responde a grande nível, mantendo a sua equipa na
busca da vitória. Aos 52 minutos, defende um desvio perigoso, após livre de
Bruno Mendonça e, aos 56 minutos, opõe-se grandiosamente ao duelo com Erivaldo
e Bouças. Duas grandes defesas no mesmo lance.
O Braga criava perigo no
contra-ataque, mas o FC Porto estava bem mais saudável. A nova amplitude do
ataque portista obrigava os laterais bracarenses a duelos no um para um e em
velocidade. Núrio foi o primeiro a ceder e é expulso, por duplo amarelo, ao
minuto 57.
Capucho aproveita a oportunidade
para abrir mais a equipa. Até aí, para abrir mais a equipa ou teria que abdicar
de um avançado centro ou de alguém do meio campo. Mas com a expulsão de Núrio,
o Braga já não teria tanta presença no meio campo. Nesse mesmo minuto, entra
Raúl, saindo Graça, e a equipa do FC Porto expande-se por toda a frente de
ataque.
O FC Porto carrila jogo por ambos
os flancos e os avançados centro do FC Porto são alimentados com muitas bolas
de perigo, até que, aos 69 minutos, mais um defesa do Braga que cede à pressão
ofensiva do FC Porto e é expulso.
Capucho volta a responder de
forma positiva. Se o flanco esquerdo já estava plenamente carburante, com Rafa
a produzir muito futebol e bem auxiliado por Ivo, o flanco direito vivia só das
investidas de Raúl. Capucho retira Marcelo e introduz Leandro a lateral direito
e a capacidade desequilibrante do flanco direito sobe muito de produção. Daqui
até ao empate seria uma questão de tempo e…sorte.
E lá veio o golo redentor. Aos 77
minutos, jogada flanqueada por Ivo na esquerda e cruzamento tenso para área do
Braga. Gera-se a confusão, com os jogadores do Braga a não serem capazes de
tirar a bola da área. Esta acaba por sobrar para Rafa e o lateral esquerdo não
perdoa.
O empate desorienta a equipa do
Braga e o FC Porto aproveita a vantagem numérica. Aos 78 minutos, Raúl cruza da
direita e Gonçalo, de cabeça, atira ao poste. Mas o empate viria no minuto
seguinte. Raúl volta a ganhar a linha de fundo e cruza rasteiro e recuado.
Gonçalo, na marca de penalti, trabalha bem e remate com êxito. Reviravolta em
dois minutos.
Estranhamente, o FC Porto não
domina a vantagem e perde consistência a meio campo. O Braga, por Bruno
Mendonça, tenta um último assalto à baliza de Kadú, mas Tomás, no último
momento, com um corte arriscado, afasta o perigo.
Após uns minutos de apatia, o FC Porto volta ao ataque. Primeiro, é Raúl a descobrir, uma vez mais, Gonçalo na
área bracarense. O remate sai de pronto, mas Tiago Sé defende. Até que, ao
minuto 90, Ivo centra com critério para André Silva que luta no ar com Tiago
Sá. A bola sobra para Gonçalo, que se impõe na área e faz o terceiro. O jogo
acaba pouco depois, com resultado muito engana. O FC Porto safou-se de boa.
Capucho foi apostando na segunda parte, como deveria ter apostado de início, e
teve a sorte dos jogadores do Braga irem cedendo, infantilmente, ao segundo
cartão amarelo. Fica a lição e que se acabe, de vez, com a epidemia do Olival!
Capucho faz bem em apostar nos
dois aríetes ofensivos que possui. São os dois melhores avançados deste
escalão, sem sombra de dúvida. Não pode abdicar de extremos, pois o futebol da
sua equipa torna-se inócuo. Seria bem mais interessante consolidar o meio campo
com Tomás e Francisco Ramos, manter dois extremos abertos e colocar André Silva
nas costas de Gonçalo e não no flanco. Para isso, precisa de arranjar uma nova
solução a central: Lima Pereira. Estranhamente, desaparecido.
Análises Individuais:
Kadú – Hoje foi guarda-redes de
equipa grande. Na primeira parte, foi um espectador e sofre um golo em que nada
podia fazer. Na segunda parte, manteve a equipa no jogo com três excelentes
defesas. Transmitiu confiança à equipa e matou a reacção bracarense.
Marcelo – Colocou todo o seu
altruísmo em campo. Lutou bravamente contra Erivaldo, mas saiu quando a equipa
precisava de mais talento pelo flanco.
Rafa – Uma primeira parte onde
lhe faltou ajuda para ser fonte de perigo. Aliás, Aldair foi mais seu defesa,
que Rafa foi de Aldair. Na segunda parte, aproveitou a entrada de Ivo para
carburar muito jogo pelo seu flanco. Inicia a reviravolta no marcador, com toda
a justiça.
André Ribeiro – Tal como Marcelo,
total dedicação à equipa. Falta-lhe capacidade física para se impor até neste
escalão, mas dá tudo o que tem. Perdeu-se, algumas vezes, na marcação frente
aos ciclistas bracarenses mas nunca virou a cara à luta.
Tomás – Tenta jogar onde não
pode. Tem esse hábito, mas não se pode esquecer que é central e não médio
defensivo. Subiu de produção no segundo tempo, quando subia mais no terreno.
Grande corte no final do jogo.
Vítor Andrade – Saiu-lhe a fava,
mas nem estava a ser pressionado. Algo errático no passe e sem capacidade para
se impor na batalha a meio campo. Nunca se encontrou e quando o Braga sofre o
2-1, foi o primeiro a ceder à pressão do meio campo do Braga, formado por dois
jogadores!
Belinha – Fez dois bons centros
na primeira parte, mas foi muito macio na disputa de bola. O meio campo do
Braga tinha espaço e tempo para respirar.
Graça – Com o meio campo
defensivo com tantos problemas, nunca teve jogo suficiente para alimentar o
ataque. Foi engolido pela tenacidade de Reko e pela ajuda de Bouças. Não deu o
apoio que a dupla ofensiva precisava e foi bem substituído.
Francisco Ramos – Sempre muito
disponível, andou como peixe fora da água na primeira parte. Ainda assim,
aparece bem entre os centrais do Braga no último lance de perigo do FC Porto na
primeira parte. No segundo tempo, recua para médio e tem um trabalho de
formiguinha de bom nível. Bouças e Reko deixaram de ter tanto tempo e espaço.
André Silva – Lutou muito, foi
sempre até ao limite, mas já não é um jogador de corredor lateral. É um aríete
virado à baliza contrária. Tem mais mobilidade que Gonçalo e deve ser
aproveitado nas suas costas e não jogado no flanco. Determinante na luta dentro
da área, na segunda parte.
Gonçalo – Trata bola por tu e é
exímio na arte de a proteger. É um jogador puro de área. Decresce muito de
produção se é obrigado a jogar fora longe dela, embora tenha técnica para se
aguentar no jogo fora da área. É um 9 com faro de golo. Foi o melhor em campo e
liderou a equipa com toda a alma.
Ivo – Trouxe muita qualidade ao
jogo flanqueado. É um artista da bola, embora algo depressivo. Tecnicamente é
dos melhores jogadores deste plantel, mas joga triste, como que acabrunhado por
algum problema. Se conseguir transformar o seu futebol para algo mais positivo,
quase que um catarse para o seu estado de alma, é um jogador de elevado nível.
Fica ligado a dois golos. Mesmo tristonho, foi decisivo.
Raúl – Tem a alegria e vigor que
falta a Ivo, embora lhe faltem os mesmos recursos técnicos. Entrou meio
trapalhão, como é, por vezes, seu timbre, mas rapidamente ficou confortável no
jogo. Com a entrada de Leandro, explodiu no flanco direito.
Leandro – Cometeu alguns erros,
mas é sempre um jogador positivo. Meio em força, meio em jeito, lá levou o jogo
pelo flanco abaixo. Capucho, se quiser, ganhou ontem um lateral direito para
dar maior dinâmica ao flanco.
Por: Breogán
sábado, 23 de março de 2013
Juniores A: FC Porto 2 - 1 SL Benfica (Crónica de Breogán)
Água mole.
Foi um jogo de água mole até
furar. Perante um adversário que se limitou a contra-atacar e a explorar o erro
do FC Porto. Ainda por cima, e imerecidamente, o FC Porto fica a perder aos 30
minutos de jogo. Maiores as dificuldades, mas a equipa respondeu com ainda mais
coração.
Capucho decide abordar o jogo com
as suas melhores armas. Para isso, monta um esquema que acomode os seus dois
aríetes ofensivos: Gonçalo e André Silva. É uma opção lógica, num jogo que pode
ser decisivo na caminhada para o título, sobretudo pelas outras dificuldades de
na hora de montar a equipa. Graça, o habitual 10, estava castigado e Fred e
Raúl lesionados. Com menos soluções nas extremas e sem o criativo, a abordagem
ao jogo passou pelo reforço do “peso” no ataque, suportado por um meio campo
mais virado para o labor.
O FC Porto entra dominante, mas o
adversário espreita o contra-ataque e o erro portista. As oportunidades vão-se
somando para o lado portista, embora faltassem situações flagrantes.
Ao minuto 29, o adversário
adianta-se no marcador, num lance de contra-ataque e contra a corrente do jogo.
Erro de marcação a meio campo, passividade de reacção na defesa e péssima saída
de Kadú. Após o golo, o FC Porto passa por maiores dificuldades de construção,
mas, nos últimos cinco minutos da primeira parte, consegue obter um período de
forte pressão sobre a defensiva adversária. A dois minutos do intervalo, o FC
Porto chega ao empate. Canto cobrado por Vítor Andrade e Tomás, na pequena
área, a desviar para o golo.
Para a segunda parte, Capucho
aposta na mesma fórmula, mas o adversário vai conseguindo equilibrar a luta a
meio campo. Nem o FC Porto conseguia criar perigo, nem o adversário se
aproximava da baliza de Kadú.
Perante o impasse, Capucho
percebe o que tem de dar à equipa para esta se estender e desmultiplicar no
ataque. Primeiro, dá-lhe um criativo que permite à equipa ser mais perigosa no
último passe e mais fluida na distribuição de jogo. Depois, abre a frente de
ataque com a entrada de Ricardinho. A equipa estende-se melhor no campo e
obriga o adversário a abrir. André Silva começa a aproveitar todas essas
brechas e o golo da reviravolta começou a ser uma questão de tempo. Viria ainda
a tempo ou não?
Veio, felizmente! Aos 84 minutos,
Rafa rompe pelo flanco e mete mais um centro venenoso. Ricardinho corresponde
ao segundo poste, mas o seu desvio é bloqueado. A bola sobra para André Silva,
que com calma e na raça, materializa a reviravolta.
Pouco depois, André Ribeiro é
expulso, mas a pedra já estava furada e a vitória já não escaparia.
O FC Porto segue na liderança,
com dois pontos de vantagem sobre o segundo. Falta ainda muito campeonato, mas
o povo lá diz: candeia que vai à frente…
Temos boas soluções, temos bons
talentos e temos um treinador sagaz. O campeonato seria um bom prémio. Há que
ganhá-lo!
Análises Individuais:
Kadú – Mais um jogo em que mostra
as suas qualidades e fragilidades. Tanto faz uma enorme defesa, onde mostra
arrojo e muita potência física, como logo depois tem um lapso que quase deita
tudo a perder. Assim é no golo do adversário, onde sai tarde e totalmente
desenquadrado com a baliza. Na segunda parte, tem uma enorme defesa em resposta
a um livre directo.
Marcelo – É um jogador com um
coração enorme e de uma entrega total. Não se aventurou muito no ataque,
sobretudo na segunda parte, mas foi competente a fechar o flanco a Hélder
Costa. Não tem a qualidade técnica de Rafa, mas foi determinante a matar alguns contra-golpes do adversário.
Rafa – É um lateral com um futuro
risonho, mas para isso precisa de ter maior tenacidade. De resto, tem tudo.
Possui uma qualidade técnica muito acima da média, que lhe permite ser perigoso
a cada cruzamento e bola parada. Possui, também, uma boa capacidade física que
lhe permite fazer o “vaivém” pelo flanco esquerdo e sagacidade táctica que lhe
permite perceber quando deve arriscar. Falta-lhe mais tenacidade e mais fibra,
para ser um jogador de eleição. Sai do jogo como o melhor em campo.
André Ribeiro – Foi o
pronto-socorro da defesa, sempre atento às dobras e sacrificando-se em prol da
equipa. É um jogador certinho, que sabe as suas limitações e que procura não
arriscar. Deu à equipa a segurança e consistência defensiva necessária para
controlar o ataque físico e musculado do adversário.
Tomás – É um jogador refinado,
que por vezes cai na tentação de sair a jogar numa zona onde o erro é proibido.
Ainda assim, soube não cair em tentação em demasia. Forte no choque e rápido
sobre a bola, nunca deu demasiado espaço na marcação. Marca um golo que
tranquilizou a equipa, onde se impõe com classe na área contrária.
Vítor Andrade – Teve um jogo
difícil, perante a exigência física dos adversários e a qualidade técnica de
Bernardo Silva. Revelou dificuldades em equilibrar a equipa e a ajuda de
Francisco Ramos foi preciosa nesse desígnio. Demonstrou que é um jogador de
muita qualidade técnica, mas que precisa de aprender a responder ao confronto
físico. Pode ser baixo, mas não pode fugir do choque. Assiste de Tomás para o
primeiro golo, num canto bem cobrado.
Leandro – Foi o médio que mais se
libertou para o ataque. Sempre mais em força que em qualidade. Foi importante
no equilibrar do confronto físico a meio campo, mas percebeu-se que para o FC
Porto abafar o jogo alheio precisaria de um jogador que trouxesse melhor
distribuição de bola. Sai de campo com o dever cumprido e com um falhanço
incrível no lance anterior ao empate.
Francisco Ramos – Um jogo sempre
na sombra, mas determinante para a dominância do FC Porto a meio campo. Foi o primeiro
auxílio de Vítor Andrade e assegurou uma boa saída de bola, por vezes, até em
posse e num movimento vertical. Permitiu as subidas de Rafa, estando sempre
disponível para fechar o seu flanco. Um jogo de muito suor, mas com qualidade e
inteligência.
Ivo – Foi o jogador que mais
passou ao lado do jogo. É um talento, que pode virar um jogo com a sua técnica
e velocidade, mas nunca conseguiu ser o desequilibrador que a equipa precisava.
Tirando um ou outro lance, onde mostrou que pode ser um jogador muito influente
no processo ofensivo, passou a maior parte do jogo numa batalha perdida com os
laterais contrários. Ainda assim, foi importante a dar amplitude ao ataque do
FC Porto na fase de maior pressão ofensiva.
André Silva – Jogo ingrato que
acaba por o premiar. Formou uma dupla ofensiva com Gonçalo, sendo que lhe cabia
mais a tarefa de fechar no flanco que ao seu companheiro de ataque. Já foi extremo
durante a formação, mas a transformação física e de jogo que já sofreu, fazem
com que hoje não esteja não confortável neste papel híbrido. Tentou muitas
vezes o lance individual e perdeu sempre no último fôlego ou na sofreguidão.
Capucho confiou que ainda podia dar alma à equipa na sua posição e André Silva
fez-lhe justiça. Raça, atitude e qualidade técnica a garantirem a vitória.
Gonçalo – Tem um requinte técnico
e uma calma no jogo, dignas de um jogador sénior. Batalhou com a defesa
contrária e demonstrou todas as suas fragilidades. Nunca se escondeu e foi o
primeiro a pressionar a saída de bola, numa atitude de capitão. Passaram pelos
seus pés os melhores lances da equipa na primeira parte e sai já desgastado
fisicamente. Capucho optou por abrir a frente de ataque e tendo regressado à
competição recentemente, foi o escolhido para sair.
Belinha – Deu à equipa a
qualidade técnica na zona de criação que vinha faltando. O FC Porto ganhou o
meio campo, tornou-se mais perigoso e o adversário não mais se viu em zonas de
perigo. Muito se deveu à qualidade de circulação de bola que Belinha trouxe à
equipa.
Ricardinho – Abriu a frente de
ataque e permitiu à equipa respirar melhor. Deu trabalho ao defesa esquerdo
contrário e ajudou ao período de maior pressão do FC Porto.
Sagna – Entrou para central, após
a expulsão de André Ribeiro. Deu músculo quando mais era preciso.
Análise de Capucho:
"Muitos deles podem chegar aos grandes palcos"
"Estou contente com o resultado. Estes jovens estão no último patamar da formação e têm de se habituar a estes ambientes, à dificuldades dos jogos e à adrenalina que eles criam. Perante um adversário difícil, com jogadores talentosos e rápidos que nos criaram dificuldades, a equipa soube crescer e lidar com os problemas. Estes jovens estão de parabéns".
Análise de Capucho:
"Muitos deles podem chegar aos grandes palcos"
"Estou contente com o resultado. Estes jovens estão no último patamar da formação e têm de se habituar a estes ambientes, à dificuldades dos jogos e à adrenalina que eles criam. Perante um adversário difícil, com jogadores talentosos e rápidos que nos criaram dificuldades, a equipa soube crescer e lidar com os problemas. Estes jovens estão de parabéns".
Por: Breogán
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Juniores A: FC Porto 1 - 1 Rio Ave
Na 2ª jornada da fase final do
campeonato nacional de Juniores A, a equipa do F.C. Porto voltou a ceder
pontos, depois da derrota na 1ª jornada. Desta vez o resultado foi um empate a
um golo em casa contra o Rio Ave.
A equipa portista apresentou-se
com um sistema entre o 4-4-2 e o 4-3-3 onde Francisco Ramos derivava entre o
meio campo e a ala esquerda. O Rio Ave apresentou-se no seu 4-4-2 losango
habitual, com destaque para a dupla avançada Nuno Santos e o estreante Lord.
O jogo começou com a habitual
troca de bola portista, sempre a assumir o jogo mas sem impor um elevado ritmo
ao jogo. O Rio Ave assumia-se como um equipa expectante, mas sem nunca abdicar
de tentar lançar o ataque rápido sempre que tinha oportunidade, tendo em Lord
uma referência em velocidade na frente de ataque.
A equipa portista apresentou
sempre problemas em flanquear o jogo, devido à falta de um extremo esquerdo de
raiz, sendo que quem conduzia o ataque pelo lado esquerdo era o lateral Rafa.
Na direita Fred assumia as despesas, saindo do centro do ataque para a ala,
onde se sente mais à vontade.
Aos 20 minutos de jogo nasceu a
primeira jogada de grande perigo, com Francisco a falhar um golo feito, já na
pequena área, depois de boa jogada envolvente da equipa portista, concluída com
um bom cruzamento de Marcelo. Aos 33 foi a vez de Rafa ter um excelente remate
à entrada da área, que embateu na trave. Aos 38 minutos, nova bola no ferro,
desta vez por intermédio de Fred, num bom cabeceamento na sequência de um
cruzamento de Graça. Contudo, no fim da primeira parte a equipa do Rio Ave
adiantou-se no marcador, por intermédio de Lord. Tomás perdeu a bola numa
reposição à entrada da área e em 3 momentos o Rio Ave fez a diferença:
excelente passe de Ruben para Nuno Santos, a romper a defesa portista, e este
assiste com muita classe Lord, que só tem de encostar. O intervalo chega logo
de seguida, com algum sentimento de injustiça pelo maior caudal ofensivo dos
dragões, mas a verdade é que faltava
velocidade e largura ao jogo portista.
A 2ª parte iniciou quase com o
golo do empate, uma verdadeira obra prima por parte de Fred. Depois de uma
jogada pela esquerda conduzida por Rafa (quem mais?), a bola sobra para Graça
que remata contra a oposição vila-condense mas quando ninguém esperava Fred faz
o golo numa acrobacia brilhante.
O 2º tempo seguiu a toada do 1º,
mas o domínio portista foi mais evidente e o seu jogo um pouco mais rápido.
Capucho tentou mexer com o jogo mas a única alteração que mudou o figurino da
equipa foi efectuada apenas aos 73 minutos, quando Ivo entrou para o lugar de
Vitor Andrade, fazendo a equipa jogar, finalmente, num 4-3-3 declarado.
Durante este período viu-se uma
equipa algo partida, apresentando algumas dificuldades na transição defensiva.
O estilo de posse é evidente, assim como na equipa senior, com o jogo a ser
construído desde trás com muito critério, devido a 2 centrais com grande
capacidade técnica e a um trinco que é mais 8 que 6. Este último ponto também
justifica alguma dificuldade nas transições defensivas, pois Vitor Andrade sai
muito de posição e não tem características físicas para ser um 6 no futuro.
Uma palavra também para a equipa
do Rio Ave, que apesar do domínio total da equipa portista, consentiu poucas
oportunidades de golo e tentou sempre sair à procura do segundo golo, pensando
apenas no empate nos últimos 10 minutos de jogo.
Com este empate a equipa portista
soma 1 ponto em 2 jornadas, vendo ainda mais dificultada a luta pelo título
nacional, que ainda vai no início. No entanto, convém lembrar que estamos
perante uma equipa jovem, com grande parte dos jogadores a serem juniores de 1º
ano, e como tal ainda haver muita margem de progressão.
Análises individuais:
Kadu: sofreu um golo no qual nada podia fazer e pouco mais trabalho
teve, limitando-se a controlar os contra ataques do Rio Ave.
Marcelo: não comprometeu a defender, sendo algo irregular no apoio
ao ataque. Destaque para o cruzamento aos 20 minutos, onde ofereceu o golo a
Francisco.
Rafa: excelente jogo a defender e a atacar. O jogo passou todo por
ele na primeira parte, tendo criado vários lances de perigo, quer através de
remates de média distância, quer através dos seus cruzamentos milimétricos.
Bruno Silva: controlou bem a dupla ofensiva do Rio Ave e deu
qualidade à posse de bola da equipa, devido à boa capacidade técnica que
possui.
Tomás: tal como o seu colega de sector, tem excelente capacidade
técnica, mas foi num lance de saída de bola que borrou a pintura, oferecendo o
golo aos visitantes. O resto da partida correu-lhe sem problemas, apoiando diversas
vezes o meio campo, como já é seu timbre.
Vitor Andrade: excelente com a bola nos pés, por vezes
desposiciona-se nos momentos de transição defensiva, algo que não pode
acontecer num trinco. Continua a dar claramente a ideia que renderia mais a
jogar na posição 8. Acabou sacrificado no assalto final à baliza do Rio Ave.
Belinha: jogo de muito esforço defensivo, tendo sido muito
importante na pressão da equipa. Em termos ofensivos não foi decisivo.
Graça: mostrou bons pormenores técnicos, é um jogador muito
rotativo, mas nunca conseguiu dar sequência a esses lances. Foi o primeiro a
ser substituído.
Francisco Ramos: não tem as características de ala, mas tem de cair
na posição muitas vezes. Quando jogou em zonas interiores, deu qualidade na
posse de bola da equipa. Falhou um golo feito aos 20 minutos e acabou o
encontro a trinco.
Fred: o mais inspirado e irrequieto da frente, marcou um grande
golo e agitou o jogo portista. Na ala ou no meio, foi sempre um quebra-cabeças
para a defesa do Rio Ave. Pecou apenas por se prender demasiado à bola em
alguns lances.
André Silva: esteve desinspirado, não conseguindo nenhum lance
claro de golo. Nota-se a sua qualidade física e ténica, mas não era a sua
tarde.
Leandro: entrou para o lugar de Graça, talvez com a ideia de dar
mais poder físico ao meio campo. Se é verdade que a equipa foi mais
pressionante consigo em campo, também é verdade que pouco se viu no jogo.
Ivo: foi opção para abrir o jogo nas alas, mas não foi factor no
jogo, perdendo muitas bolas e não ganhando a linha uma única vez.
Gonçalo Paciência: último a entrar, teve apenas tempo para marcar
um livre que não passou da barreira.
Por: Eddie the Head
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
O Futebol Jovem e os Resultados Desnivelados.
Os comandados de Capucho venceram no passado sábado o rival de sempre Boavista por 9-2, o que acham os nossos leitores desse resultado?
Olhando para o resultado o comum
do adepto Azul e Branco enche o peito de ar e pensa "ei pá enfiamos 9 nos
remendados, o clube representativo de uma rotunda”.
O que à partida é uma vitória
monstruosa no terreno de jogo por parte da nossa equipa júnior, é também uma grande
derrota para a formação e em toda a largura para o Futebol
Português, ainda para mais sendo o Boavista um clube importante e com tradição na formação em Portugal.
Nos escalões de base o que faz
falta a estes jovens é competição, jogos equilibrados para elevarem o espírito competitivo de forma a ajudar a maturação do jogador jovem.
O que vamos encontrando nas fases iniciais dos escalões de formação?
Quadros competitivos mal
organizados em que os clubes maiores passeiam literalmente, sem necessidade de
se esforçarem para levarem de vencida os seus adversários, impedindo desta
forma que os níveis competitivos se desenvolvam numa altura crucial da formação
do jovem jogador.
Olhamos para o caso concreto da
Zona Norte, o FC Porto é líder isolado com mais seis pontos que o segundo SC
Braga e sete que o Rio Ave que para
cúmulo é uma equipa constituída maioritariamente por jogadores dispensados ou
cedidos pelo FC Porto, isto à 15ª jornada.
Clubes como o FC Porto que desde
as bases procuram captar para si os maiores talentos que vão aparecendo no
panorama regional e até nacional, numa tarefa cada vez mais complicada, porque os talentos acima da média por
diversos fatores, como o desaparecimento do futebol de rua que propiciava o
desenvolvimento do talento natural, e uma má formulação e conceito de desporto
escolar, etc., etc.
Juntando a esses fatores
conjunturais, este desregrado quadro competitivo que não obriga os jovens a
jogar nos limites, que não força o seu crescimento futebolístico, que não os
obriga a jogar mais e mais, só vem atrapalhar um mais rápido maturar dos jovens
jogadores, empatando durante grande parte da época o seu real desenvolvimento.
Fatores como estes só atrasam ou
inibem mesmo o desenvolvimento do futebol em Portugal, onde depois se cria o
lugar-comum da crítica na aposta dos maiores clubes em mercados onde jovens
talentos atingem um grau de desenvolvimento bastante mais cedo, não sendo raro
ver-mos jovens com 19 anos com mais de 100 jogos nos principais escalões dos
seus países, como é o exemplo dos mercados sul-Americanos.
Repensar é obrigatório e urge.
Cada vez mais mediante esta
tristeza competitiva que se vê por cá se torna importante os clubes procurarem
torneios particulares no estrangeiro, como forma de dar aos seus jovens atletas
contacto com futebóis mais exigentes e mais competitivos.
Seria em minha opinião mesmo
contra a vontade da lagartagem, forçar e mover influências com vista à
participação em eventos como por exemplo o NextGen, onde passeiam talentos
desde os 17 aos 19 anos, originários de vários países, com ritmos completamente
superiores e mais exigentes do que o do jovem e definhado futebol português.
Com uma ENORME ressalva, que merece ser estudada e analizada com muita atenção, o nosso talento ficaria sobremaneira
exposto aos olhos dos tubarões (se é que eles não o conhecem de sobeja já…), e
teríamos que arranjar maneira de evitar que os tubarões poderosos nos
“assaltassem a casa”.
Salvaguardado esse ponto seria uma competição que nos traria
uma enorme tarimba, mas lá está, poderia ser uma BELA com um SENÃO
enorme.
Por: Rabah Madjer
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André Silva,
Camadas Jovens,
Campeonato Nacional de Juniores.,
Crónicas de Rabah Madjer,
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FC Porto,
FC Porto Camadas Jovens
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