sábado, 31 de agosto de 2013

Andebol: FC Porto 29 - 28 Elverum - Estamos na final!



Foto: modalidades.pt





Hoje à tarde, o FC Porto conquistou o acesso à final que vai decidir o apuramento para a Champions EHF. Uma vitória sofrida e saborosa, conquistada a um forte oponente como foi o caso desta equipa norueguesa. Amanhã será igual ou mais difícil ainda.






Muitas vezes, os nossos adversários não entendem o que nos distingue, porque batemos no peito e dizemos "somos Porto", porque vencemos mais que os outros. Hoje tiveram uma oportunidade de o perceber. Um pavilhão quase cheio em Agosto, as claques a dizerem presente, várias caras que nos dizem muito na perseguição de um objectivo. Presidente presente, grande parte da equipa de hóquei presente, o nosso capitão de Viena no Dragãozinho por exemplo. Todos a dizerem presente, seja qual fora a modalidade, defendemos o mesmo emblema. 

A esse espírito de união e de missão juntamos uma equipa. E que equipa! À supremacia física do adversário, respondemos com galhardia, lutamos até ao limite. Ao talento adversário respondemos com ainda mais talento. À vontade de ganhar deles, a nossa tornava-se maior, este objectivo já tem alguns anos.

Sabíamos que não seria um jogo fácil. Não o foi. Só se estivéssemos a um alto nível conseguíriamos vencer. Foi o que aconteceu.

Como esperado, apenas na ponta esquerda teríamos reforços. Para o 7 inicial entrou Mick Schubert. Nos momentos defensivos juntava-se outro reforço, o experiente David Davis. Este reforço portista entrava para um papel especifico. Na nossa defesa 5*1 ele era o jogador mais avançado, não defendia na ponta, o seu posto de origem. Uma boa opção, Davis tem uma mobilidade que soube aproveitar.

Eles marcaram primeiro, logo no ataque inicial. Foi a única vantagem que tiveram durante o jogo todo. Ao golo inaugural respondemos com golos de Wilson, Ricardo Moreira (livre de 7 metros) e Spínola. Aos 5 minutos, a primeira de muitas vantagens de 2 golos para a nossa equipa.

Em toda a primeira parte o equilíbrio foi a nota dominante. Se conseguíamos 2 golos de vantagem, eles respondiam no ataque seguido. Ninguém se distanciava. 

Eles criavam-nos muitos problemas pelas pontas e em saídas rápidas no ataque. A zona de Schubert principalmente era muito procurada. Em cada jogada, muita intensidade, disputava-se cada centímetro de terreno. No nossa defesa começavam a sobressair 2 jogadores. Quintana (3 livres de 7 metros defendidos, sendo que 2 foram nesta 1ª parte a que juntou muitas defesas a remates de 2ª linha) e Tiago Rocha. A luta que travava com o pivot adversário na defesa e com os centrais no ataque era incrível. No sentido positivo da palavra, foi um animal. Eles são altos, fortes, rápidos e organizados. O nosso pivot bateu-se com tudo. E ganhou-lhes muitas vezes nesta luta particular. Alguns blocos, muitas acções defensiva e ia encontrando espaço para receber e finalizar aos 6 metros.

A meio da primeira parte, continuava a vantagem de 2 golos (8 - 6). Ainda não tínhamos conseguido colocar em prática uma das nossas maiores armas, o contra-golpe. Em ataque organizado nem sempre conseguimos finalizar de 1ª linha, falhamos mais do que o desejado.

Começamos a partir dos 15-20 minutos a tentar colocar alguns contra-ataques.. Poucos ainda assim. A rever para amanhã.

Após uma exclusão de Daymaro, que tinha entrado para Tiago descansar, os noruegueses chegaram-se no marcador. A diferença de 1 ou 2 golos foi anulada nesses 2 minutos. Até ao apito não a conseguimos recuperar.

Por isso, ao intervalo o marcador mostrava uma igualdade a 13. Pela positiva os nossos desempenhos defensivos, sempre superiores se comparados com o adversário. De negativo apenas 1/3 dos remates de 1ª linha resultaram em golo e apenas 1 golo de contra-ataque. Estava tudo em aberto, íamos ter mais 30 minutos de sofrimento.

Para a 2ª parte Obradovic procedeu a duas alterações. A já habitual troca de guarda-redes e desta vez, a troca do ponta esquerda. Como referimos anteriormente, o adversário procurava muito essa zona para finalização. Schubert não esteve mal, mas Davis é um excelente defensor. Uma alteração com todo o propósito. 

Após uns primeiros 5 minutos em que o equilíbrio e as igualdades foram a nota dominante, disparámos no marcador. Mesmo uma exclusão de Gilberto Duarte (a começar a entrar no seu melhor ritmo) não nos travou. De um resultado parcial de 17 - 17 passamos para um 23 - 18 a meio deste segundo tempo. Excelente período, grande eficácia, boa defesa e uma enorme intensidade.

Sabíamos que uma vantagem de 5 golos não é muito em andebol, principalmente quando ainda havia 15 minutos para jogar. A equipa do Elverum também o sabia e nunca baixou os braços, um elogio à sua capacidade de luta, uma boa equipa.

Nós nem tivemos uma mudança no ataque tão acentuada. Conseguimos continuar a marcar. No entanto, tivemos um período de menor eficácia defensiva que levou a um aproximar gradual no marcador. Embora nunca tenhamos perdido a vantagem no marcador, ela chegou a ser apenas de um golo. 

A 5 minutos do fim era esse o resultado. 26 - 25. Nesse mau período algumas trocas. Quintana regressou à baliza.

Tudo se ia decidir agora. Tínhamos de manter a concentração. A vitória não nos podia fugir.

Wilson, a pouco mais de um minuto do fim teve o lance decisivo. O resultado era uma vantagem mínima para nós (28 - 27). A bola era nossa e no ataque Tiago sofreu uma falta. Livre de 9 metros. Troca de bola na 1ª linha, Wilson para Gilberto, este para João Ferraz. Não havia espaço, passes no sentido inverso. Wilson toma a iniciativa. Junto à linha dos 9 metros, sobe e remata de cima para baixo. Goooolo! Mais do que isso, foi tocado no momento do remate, exclusão de 2 minutos para o central adversário. 

Faltavam 60 segundos e tínhamos agora 2 golos de vantagem. Já não fugiria. O herói da jogada anterior também foi excluído na jogada seguinte (muito duvidosa, sem rever o lance na televisão tenho a sensação que o corte não foi com o pé) pelo que já não dispúnhamos da vantagem numérica. Eles ainda marcaram. No entanto levamos o nosso ataque final até ao limite do jogo passivo. Tinham ficado a faltar apenas 3 segundos. Já não conseguiram. Vamos nós à final.

No final, palmas para o adversário. Fizeram para o merecer. Deram luta. Obviamente, muitas mais palmas para os nossos. Nos habituais cumprimentos dos nossos jogadores junto das bancadas apenas dois sentimentos. Uma alegria pela vitória de hoje e já a final de amanhã no pensamento.

Na final (amanhã, às 14h com os romenos do Constanta) nova batalha, mais dura que hoje. Tal como sempre nós adeptos lá estaremos. Lutaremos juntos para levar estes grandes jogadores ao muito ambicionado apuramento. Será este ano que vamos à Liga dos Campeões. Merecemos lá estar. 

VAMOS A ELES!





Equipa e marcadores:

Equipa Inicial: Alfredo Quintana (g.r.), Gilberto Duarte (6), Pedro Spínola (2), Tiago Rocha (4), Ricardo Moreira (4), Wilson Davyes (6), Mick Schubert (1). 
Jogaram ainda Hugo Laurentino (g.r.), João Ferraz (4), Daymaro Salina e David Davis (2).



Por: Paulinho Santos








Liga Revolução; 5ª Jornada: D. das Aves 0 - 1 FC Porto B

O FCPorto B foi hoje conquistar a 4ª vitória em 5 jogos ao terreno do Desportivo das Aves.

Num terreno difícil face a uma equipa forte e fechada, o Porto apresentou uma equipa equilibrada defensivamente, mas que teve alguma dificuldade a construir jogo e a criar perigo na baliza adversária.




Num meio campo composto por Mikel e Pedro Moreira mais recuados e Tiago Rodrigues mais avançado, só Mikel (o jogador mais débil tecnicamente) tinha espaço. Pedro Moreira (que bom vê-lo de novo) teve sempre que recuar muito para se libertar da marcação pesada e Tiago Rodrigues andou sempre perdido entre 3 jogadores do Aves.




No ataque, Kelvin e Tozé eram fortemente marcados, quase sempre por 2 jogadores do Aves, e nunca tiveram grande apoio. Caballero foi engolido pelos centrais só conseguindo fugir dessa marcação numa ocasião em que desperdiça o golo.

A defesa esteve quase sempre bem, apenas com alguns problemas quando a bola era metida nas costas de Quino.

No fundo, foi uma vitória suada. Mas nota-se que esta equipa é mais solidária, mais compacta e mais organizada do que a equipa do ano passado.

Vamos ver como continuam a evoluir estes jogadores que têm dado boas indicações. Até agora 4 vitórias e 1 empate é um levantamento claramente positivo.




Análise individual:

Fabiano: Começou bastante nervoso e teve uma exibição com altos (2 defesas a evitar golos do Aves) e baixos (más recepções e saídas inconsequentes dos postes).

Victor Garcia: Melhor em campo. A defender esteve sempre muito bem. É extremamente rápido e forte. A atacar subiu menos vezes do que Quino, mas subiu sempre com mais qualidade. Determinante no lance do golo.

Zé António: Vários cortes de grande qualidade. Sempre bem posicionado.

Reys: Bom jogo. Bons cortes, sempre concentrado a fazer bem as dobras. 
Tecnicamente é um central muito dotado.

Quino: Subiu muitas vezes, mas por vezes esqueceu-se de proteger as costas. Muito em jogo no ataque, mas sempre pouco consequente.

Mikel: Parece que não se dá bem neste sistema de duplo pivot. Foi sempre ele que começou o jogo da equipa e isso não é bom para ele nem para a equipa.

Pedro Moreira: O mais esclarecido do meio campo. Tem uma maturidade de jogo muito acima da média. Faz quase tudo bem. Foram dele as aberturas mais interessantes na 1ª parte.

Tiago Rodrigues: Pareceu um peixe fora de água. O seu jogo ganha quando recua no terreno, mas hoje jogou muito adiantado e foi engolido pela defesa do Aves.

Tozé: Inconformado e lutador. Na ala esteve sempre marcado e nunca se conseguiu libertar. Nos últimos minutos e com a entrada de Ivo, veio para dentro e o seu jogo melhorou a olhos vistos.

Kelvin: Trapalhão é a única palavra que consegue descrever a exibição do brasileiro. Para além disso foi dos mais marcados.

Caballero: Falta-lhe estampa física para combater estas defesas fortes da segunda liga. Bons pormenores, mas pouca eficácia.

Tomás: Não comprometeu, mas também não acrescentou nada ao jogo.

Ivo: Tecnicamente este rapaz é muito acima da média. Mais uma vez entrou bem no jogo.

Vion: Foi jogar na ala direita, mas o jogo já tinha "acabado" por essa altura.


Por: Prodígio 

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

COI

comité olimpico


Estava’o movimento Olímpico
Preparado pr’a ganhar
Umas medalhas, do tipo
D’ouro, e de prat’a bombar…

Quando, eis, que se lembra
Qu’a Instituição do país
Já há muito que não tenta
Uma participação desse cariz

Pois nesse sopro final
C’a meta no horizonte
Acaba sem fôlego real
E nas medalhas, s’esconde…

Porqu’a prata não lhe serve
O segundo é o último
E Instituição que se preze
Tem no pódio, o seu púlpito!

E o Presidente do COI
Relembrando esse facto
Releva a ferida que dói
Pondo a nu o aparato!

Qu’a culpa já todos sabemos
É de quem se serve da glória
Do passado, qu’estes tempos
Já revelam outra história!

E não se sentindo medalhado
O Presidente da Instituição
Tem nesse discurso lavrado
O seu sentido d’objecção!

Qu’isto não pode ser
Onde está a imparcialidade?
Do COI vir-se meter
C’a nossa mediocridade?

E os adeptos dispersos
Não podem emitir opinião
Mesmo benfiquistas confessos
São forçados à demissão!

Um Comité Olímpico?
O qu’é isso junto da Instituição?
Somos  os maiores, isso é limpo
Que Portugal por Nação!

E sozinhos podemos ter
Uma bandeira nesses jogos
O benfica é o Poder
E vence medalhas a rodos!

Sejam Americanos ou Russos
Chineses, Alemães… o que fôra!
Conseguem vencer-nos nos usos
Dos tempos da outra senhora!

A nossa bandeira ondula
Em proeminência nacional
E o benfiquismo postula
A grandiosidade de Portugal!

Não temos movimento Olímpico
Enquant’a Instituição não vencer
Medalhas? É indistinto…
De qualquer liga se not’o mau-perder!




Por: Joker

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Prospecção de talentos: Leandro Moura

Finalmente, a janela de transferência ameaça fechar-se. Pelo menos, no toca a entradas, pois quanto a saídas, ainda haverá alguns paraísos de rublos que ainda terão algum tempo para rapinar. Em parte, e sendo franco, ainda bem. É mais espaço temporal para o nosso modelo de negócio funcionar.

Um leitor, Bruno Filipe, propôs-nos um desafio. Após a novela Bernard, com viagens turísticas em poltronas e outros luxos pelo meio, quem poderia ocupar a vaga?

Primeiro, convém perceber se há necessidade de ter mais um extremo ou se a possível aquisição de Bernard não seria mais que uma oportunidade de negócio “by BMG”.

Segundo, se realmente houver carência, que tipo de jogador vem fazer a diferença para essa posição?

Parece-me claro que, na novela Bernard, a fome juntou-se à vontade de comer. Precisamos de um extremo capaz de virar jogos e o Bernard era uma alvo só possível de atingir com a mira telescópica da BMG.
Lá virão os jogos onde as equipas se fechem muito atrás e precisaremos de um jogador capaz de causar pânico no flanco. Lá virão os jogos muito amarrados, sobretudo numa Champions cada vez mais competitiva, onde um lance de génio pode desbloquear um jogo. É esse jogador que o FC Porto procurava e é esse o extremo que nos falta.

Bernard preferiu o calor da torrente de hryvnias, que aquecem qualquer inverno gélido em Donetsk. Legítimo. Mais vale ser rei por um dia!

Mas o mercado é elástico. Há sempre solução. Eis a nossa proposta:




Weverson Leandro Moura é um anjo caído que tenta a sua redenção para retomar o caminho do panteão celestial. De craque precoce do Grêmio a um jogador quase perdido, atolado com problemas fora de campo. A gota de água é ser preso por conduzir sem habilitação válida e a saída do Grêmio seria uma questão de tempo.

Para trás fica a ilusão do menino que, saltando da formação do Grêmio, marca ao rival Internacional na final do Gauchão 2011 e uma carreira no clube de Porto Alegre marcada por inconstância, problemas e pressão.
Em 2013 Leandro recebe guia de marcha para o São Paulo, mas o Grêmio sabe o seu valor e só permite a transferência por empréstimo. No Palmeiras, que havia sido despromovido, Leandro escapa aos holofotes e amadurece. Mais centrado no seu jogo, mais alheio a tudo o que o distrai, Leandro ganha espaço no Palmeiras, torna-se o jogador Palmeirense mais decisivo e ídolo da torcida. O Palmeiras voa na série B brasileira e sempre que Leandro não joga o verdão do Palestra Itália treme. Até a Canarinha se (re)lembrou do menino que um dia jogava muito à bola lá em Porto Alegre.

Leandro é um jogador com uma técnica individual assombrosa. Poderoso no um para um, potente fisicamente, rápido e sem medo de dividir uma bola. Capaz de rasgar pelo flanco, tem um jogo interior perigoso e elevada capacidade de finalização.
Bernard era mais sólido. Leandro é mais selvagem. Atrevo-me: mais potencial.

Com uma situação repartida entre o Grêmio e o Palmeiras, o clube da Palestra Itália vive dias complicados na tesouraria. O maior problema reside mais a Sul. O Grêmio é duro.





Por: Breogán

O benfica não é de ninguém!

luisão


O benfica não é de ninguém!
Diz o capitão n’entrevista
É desses sim, cuja mãe
Na sua boca, é “corista”!

Nada que não se saiba
Nessa casa ond’o respeito
É o valor que se paga
Pela soma desse despeito!

Com bocas e empurrões
Se faz a Justiça em campo
Os árbitros ou as multidões
Levam na conta do santo!

Por isso não é de ninguém
A instituição popular
É de Portugal e mais além (e)
Ninguém a pode comprar!

A não ser a repartição das Finanças
Por emissão da certidão, (pois)
Na falta de boas cobranças
Vale a sua menção!

Mas isso era no tempo
Do Presidente-Ladrão
Agora é outro advento
Este não conhece sanção!

Nist’o exemplo vem de cima
Na revolta do Luisão!
Na vitória tudo s’arrima
E as putas, são o que são!

E nada se passa demais
Tudo é normal no insulto
O Capitão vem pr’os anais
Promover-se no indulto!?

Acham qu’isto sucedia
Noutro clube a norte?
Um Capitão, por essa via
Deixar-nos c’o epíteto torpe?

Não tinha grande futuro
Qu’aqui o respeito é d’ouro
Experiente ou imaturo
O seu destino era mouro!

E o outro teri’a ousadia
D’empurrar um treinador?
E acusar por essa via
Um seu colega jogador?

Assim se vêem diferenças
Entr´o clube que não é de ninguém
E aquele a quem as pertenças
Se tomam por gente de bem!




Por: Joker

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O Gongo!



E o gongo por bem soou
Ao minuto noventa e três
E o Orelhas adornou
A efeméride, por sua vez!

Também sabemos ganhar
Nos descontos, a preceito
Contr’o Gil, a dobrar
Pr’o Luisão encher o peito!

Desta vez não foi o árbitro
Foi a massa associativa
Pr’a não se perder o hábito
Duma entrada sem saída!

São filhos de sua mãe!!!
Diz o Capitão dessa nau
Onde não falta ninguém
Nem o perneta-de-pau!

Esse cara d’Emplastro
O caceteiro do bando
Que fez figura de casto
Depois de ter-se nefando!

E nisso estava Jesus
Nesse suspiro de boca
Que, desprendido da cruz
S’aligeirou nessa troca!

Toma lá um beijinho
Pr’o sedimento do espírito
Ainda qu’este grupinho
Só alcance vitórias de Pirro!

E rufando tambores
S’anunciou a vitória
Uma conquista, com dores
Vale mais qu’a escapatória!

Assim é que se ganha moral
Na beira do precipício
Um passo mais e, tal e qual
Tudo volt’ao início!

Lá se inicia outro ciclo
Qu’este se dá por finado…
Que nisto se mont’o circo
C’o leão bem esfaimado…

E o gongo vai soar
De novo, pr’o anúncio
O Jesus? A’ndar!
Qu’o Tacuara é trunfo!




Por: Joker

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Lenda!






Há 14 anos atrás ia dando os meus primeiros passos de Portismo, evoluindo naturalmente e formando a minha consciência enquanto portista e adepto de futebol. A confusão do golo do Porto já não fazia impressão e a fase já era a de conseguir fazer parte daquele momento. A semente plantada crescia, as sensações do estádio eram familiares e obrigatórias, o ambiente consecutivamente mais atraente.




Uma tarde solarenga nas Antas, mais uma, em que pela mão do meu Avô salto o torniquete e me sento no cativo ao lado dele, sempre com a almofada ou a capa da cadeira. O Porto recebia o Braga, não faço ideia em que jornada. O jogo não estava fácil, e ainda durante o 1º tempo o Jardigol, que até um chavalito percebia qual era a sua quota-parte no que lhe interessava, as vitórias do FC Porto, era expulso. Os senhores na bancada estavam intranquilos, e o miúdo também.

Ao intervalo, sai alguém para o aquecimento. Um rapaz de colete bate umas bolas com alguém de fato-de-treino do Porto, Kappa. Era o rapaz novo, o baixinho que parecia meio chinês e tinha dado confusão nos programas dos senhores que falam de futebol, vinha do vizinho Salgueiros. 

Tinha o 29 nas costas, e era o Deco.

A ânsia pelo barulho, pela confusão, e pela barba do meu Avô a raspar-me na cara intensificava-se. A certa altura há um livre indirecto dentro da área do Braga. Um toque para o lado, o Deco remata e abana a rede. Foi o primeiro golo do 10 que eu festejei.

A bola não entrou. Foi ao lado.

Sinceramente, sem recorrer a cábulas, não me recordo do resultado final desse jogo. Lembro-me bem do Porto - Estrela da Amadora, (depois de pela televisão testemunhar a comunhão duma equipa no relvado com uma bancada repleta de azul em delírio no meio de tanto verde, antes de começar o jogo) desta vez na maratona com o meu Pai, uma festarola do carago com bailarinas, voltas em carrinhos de maca e um balão de S. João que dizia "Rumo ao Hexa". Então era assim que se dizia o a seguir ao Penta.

Não vou referir os tantos pontos altos, apenas e só o imenso prazer que um génio conseguia transmitir a um miúdo, à medida que ia acompanhando a sua maturação no fenómeno do apoio ao seu clube e do entendimento do jogo. Que gosto dá ver este gajo jogar à bola. Primeiro pelo que ele faz com a bola nos pés. Parece Magia. Não parece, aquilo só pode ser Magia.



Mas no que ele é mesmo genial, pensa o miúdo a querer ser graúdo uns anos mais tarde, é que parece que antes de receber a bola já sabe o que vai fazer com ela.

Os Génios são isto. Estão um passo à frente.

Este, com um grande e cada vez mais raro valor (imensurável) acrescentado. Respeito, dedicação, e reconhecimento pelo Clube que o levou ao topo, que fez dele uma figura do futebol Mundial e uma Lenda de Azul e Branco. Guardo, com muito carinho e ainda exposto num quadro de cortiça, um recorte do jornal O'Jogo. A fotografia tem Pinto da Costa ao lado de Deco, a segurar numa camisola emoldurada que não ficaria nada bem ao Mágico, e o brasileiro com um cartão azul, igual ao meu. O título é Juntos Para Sempre.

Talvez por isso ainda hoje quando se ouve a pergunta "Quem é o 10?", a resposta salta "O 10 é o Deco". O Mágico - foda-se - nem se pergunta.

Obrigado. Pela Magia, pelo Génio, pelos Delírios, pelo Extâse, pela Classe, pelo Respeito, pela Dedicação, pelo Teu Sentimento sempre demonstrado.

Obrigado e até sempre, Mágico Deco.




PS: Depois de confirmação, a estreia de Deco com a camisola do Futebol Clube do Porto é no dia 10/04/1999, 1-0 golo do Zahovic aos 82'. Caralho, a barba até deve ter feito ferida.






Por: Tribunal

Revista de Imprensa - 27 de Agosto 2013

" Renovação avança"


 O jornal OJogo dá destaque à renovação do goleador dos Dragões Jackson Martinez, sendo que se trata do assunto com maior prioridade na agenda da SAD Portista.
O Mágico Deco, aos 36 anos, resolveu pendurar as botas e é um dos temas abordado pelos três diários desportivos nacionais, nesta terça feira.




O Jogo:

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- FC Porto: "Renovação avança: Jackson é a grande prioridade na agenda da SAD portista para os próximos dias; empresário do colombiano chega hoje ao Porto; "FC Porto tem sob controlo os outros 50% de Quintero", agente do médio diz que os dragões se acautelaram; Reyes estreou-se, Ricardo brilhou.


- "O Mágico despediu-se."
- "Bruma volta a mudar de ideias; prometeu apresentar-se, mas "sentiu-se mal" quando ouviu falar na equipa B."
- "Não serei emprestado, vou lutar por um lugar"



Record:

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- FC Porto: "Jackson Martínez pronto a renovar."


- "Valeu Mágico, obrigado"
- "Acórdão Bruma põe FIFA em cheque"
- "Beijo conquista balneário"



A Bola:

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- FC Porto: "Portugueses e dragões; Josué e Licá, os dois jogadores nacionais do onze, partilham a paixão pelo clube e o brilho intenso neste arranque de época"


- "Deco: fim de carreira do "mágico" que o Benfica não quis e o FC Porto aproveitou."
- "Leões acreditam no regresso de Bruma"
- "Markovic ganhou o lugar"



Notícias sobre o FC Porto:


Deco anuncia fim de carreira

Vítima de mais uma lesão muscular, Deco anunciou, esta segunda-feira, o fim da sua vitoriosa carreira. O médio luso-brasileiro tem 24 títulos oficiais conquistados no seu palmarés.

Deco fez história em todos os clubes por onde passou. Revelado na formação do Corinthians, deixou o Brasil muito cedo e rapidamente conquistou o seu espaço no futebol português. No FC Porto é um dos maiores ídolos de sempre, tendo vencido a Taça UEFA e a Liga dos Campeões sob as ordens de José Mourinho. Naturalizou-se português e defendeu também a seleção das quinas, participando em dois Campeonatos da Europa e outros tantos Mundiais.
O luso-brasileiro foi peça-chave também no Barcelona campeão da Europa em 2005/2006, numa equipa que contava com Ronaldinho Gaúcho como grande craque, no auge da sua forma. Passou também pelo Chelsea, onde não teve o mesmo destaque, mas mesmo assim ainda conseguiu ser campeão inglês.

Deco -23 títulos oficiais

2 Liga dos Campeões 2003/04, 2005/06
1 Europa League 2002/03
3 Liga Portuguesa 1998/99, 2002/03, 2003/04
3 Taça de Portugal 1999/00, 2000/01, 2002/03
3 Supertaça Cândido de Oliveira 1999, 2001, 2003
2 Liga Espanhola 2004/05, 2005/06
2 Supercopa de España 2005, 2006
1 Liga Inglesa 2009/10
2 The FA Cup 2008/09, 2009/10
1 Supertaça - Inglaterra 2009
2 Campeonato Brasileiro 2010, 2012
1 Campeonato Carioca 2012

No Fluminense assumiu um papel de coadjuvante. Brilhou em diversos momentos, mas foi acompanhado, na maior parte do tempo, pelas lesões. Deco teve sempre estrela, além de talento, e foi importante nas conquistas de 2010 e 2012 do clube brasileiro, que representou nos últimos quatro anos. Os problemas físicos tornaram-se insuportáveis para o médio, que decidiu antecipar o fim da sua carreira.

«É com muita tristeza e pesar que comunico o fim da minha carreira como atleta profissional. Os últimos minutos na quarta-feira pelo Fluminense foram os últimos dos 17 anos dentro de campo como jogador de futebol. Gostaria muito de continuar até ao final deste Campeonato Brasileiro e ajudar a colocar a equipa novamente na [Taça] Libertadores, mas não estou a conseguir», lamentou o jogador, num comunicado oficial.

Apesar de não esconder a deceção por não conseguir encerrar a época dentro dos relvados, Deco recordou os títulos conquistados no Tricolor e afirmou ter tido um fim de carreira «feliz» no clube.


«Quero agradecer ao Fluminense, ao Celso Barros [presidente da Unimed, patrocinadora do Fluminense] e a todos os que trabalharam comigo nestes três anos e me deram a oportunidade de jogar no futebol brasileiro. Mais do que isso, pude participar e ajudar a conquistar dois títulos brasileiros e o Campeonato Carioca. Fui muito feliz neste período no clube. Gostaria muito de ter ajudado muito mais o Fluminense, mas o meu corpo não me permitiu. Deixo claro que me dediquei, esforcei e muitos me apoiaram para que eu seguisse até ao final de ano. Fisicamente poderia jogar, mas os meus músculos não suportam mais. Obrigado a todos e pela confiança e carinho», despediu-se Deco.


Pinto da Costa: «Deco será uma das lendas do FC Porto»

No dia em que Deco anunciou o adeus ao futebol, Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, deixou palavras de elogio ao antigo médio dos dragões e da seleção nacional.

«Quando um jogador como o Deco termina a carreira, num reconhecimento que se chegou a hora, não se fica triste. Mais uma vez, ele mostrou a sua inteligência e o poder de decisão», disse Pinto da Costa em declarações ao Porto Canal.

«Ficou na história do FC Porto. Será uma das lendas do FC Porto. Foi um jogador fantástico. Deco foi uma pessoa que se adaptou ao clube. Sente o FC Porto no coração como se fosse nosso atleta», prosseguiu o líder dos dragões.

Por fim, Pinto da Costa sublinhou a amizade que o une ao luso-brasileiro: «Deve sentir-se feliz ao olhar para trás e saber, como ele sabe, que no FC Porto só tem amigos. Desejo-lhe muitas felicidades. Somos amigos desde que nos conhecemos. Onde quer que continue a sua vida profissional, desejo-lhe o melhor.»


Jackson enaltece trabalho da equipa azul e branca

Jackson Martínez marcou o primeiro golo do FC Porto, ontem, frente ao Marítimo, e mostra-se satisfeito com o tento apontado mas também com a exibição da equipa azul e branca.

«Estivemos muito bem desde o primeiro minuto e conseguimos a vitória. Tivemos muitas oportunidades para fazer mais golos mas o importante foi a equipa ter sido sempre agressiva e não ter dado espaço ao rival», analisou, após o triunfo sobre a equipa insular, o avançado colombiano.

Para Jackson, os três pontos têm ainda mais importância por terem sido conquistados frente a uma equipa que estava «motivada com a vitória frente ao Benfica», na jornada anterior.

O colombiano, mais do que se mostrar feliz com o golo marcado, sublinha o trabalho da equipa.

«Sinto-me sempre feliz quando a equipa ganha e quando saímos todos contentes porque demos tudo. Essa é a minha maior motivação e os golos chegam como consequência do bom trabalho. Necessito de todos os companheiros para marcar golos», enalteceu.


Mangala em risco para o Paços de Ferreira

Paulo Fonseca tem por estes dias uma grande dúvida para o jogo do fim de semana em Felgueiras, frente ao FC Paços de Ferreira, da 3ª jornada da Liga portuguesa.

Eliaquim Mangala saiu lesionado ao intervalo da partida frente ao Marítimo, no domingo, e só esta terça-feira será reavaliado pelo departamento clínico dos dragões.
O defesa central francês sofreu uma lesão muscular na face anterior da coxa esquerda e é muito provável que não entre nas opções de Paulo Fonseca para o jogo frente aos «castores».


Génova aponta a Iturbe, Quagliarella à frente de Varela para West Ham

Há dois novos fatores a ter em conta na definição dos futuros de Iturbe e Varela. De acordo com a imprensa italiana, o argentino tem mais uma equipa interessada nos seus serviços, no caso, o Génova. A equipa transalpina ter-se-á juntado ao Inter e ao Espanyol no lote de emblemas dispostos a contratar o extremo.

Já no caso de Varela, o jornal “Daily Mail” avançou ontem com a notícia de que o extremo não é a primeira, mas sim a segunda opção para o West Ham, que prefere contratar Quagliarella à Juventus. Somente se a contratação falhar é que Sam Allardyce, técnico dos ingleses, tentará levar o internacional português do Dragão.

Testes

Noutro âmbito, o FC Porto vai receber à experiência dois internacionais egípcios que marcaram presença no recente Mundial Sub-20. Saleh Gomaa e Ahmed Refaat, médios do Enppi, de 20 e 19 anos, respetivamente, vão chegar ao Olival já no início da próxima semana.


FC Porto B e FC Penafiel empatam 0x0

No fecho da 4ª jornada da Liga 2 de Portugal, FC Porto e FC Penafiel empataram sem golos, em Pedroso, Vila Nova de Gaia.

As duas equipas partilham a liderança do segundo escalão do futebol português, com 10 pontos, na companhia do Moreirense, que também soma 10 pontos em quatro jogos.


Por: Cubillas

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Liga Revolução; 4ª Jornada: FC Porto B 0 - 0 Penafiel (Crónica).

O FCPorto B encontrou hoje algumas dificuldades ao enfrentar um Penafiel fechado a sete chaves.



Mesmo com 7 jogadores provenientes da equipa principal no onze, a equipa nunca conseguiu ultrapassar a muralha adversária.

Essas dificuldades deveram-se em parte ao esquema táctico apresentado. 






Num meio campo com Herrera e Carlos Eduardo muito recuados não houve problemas defensivos, mas houve dificuldade em construir. Tiago Rodrigues, o médio mais avançado não é um médio criativo. Organiza bem o jogo, mas falta-lhe a capacidade para fazer o último passe.




O jogador que tem essa capacidade (Carlos Eduardo) estava a jogar tão recuado que nunca conseguiu ser determinante em zonas avançadas. O próprio Herrera que é um médio com capacidade no último terço ficou também ele muito preso a tarefas defensivas.

No ataque, Kelvin, Ricardo e Tozé formaram um ataque móvel, talvez demasiado móvel. Tozé passou o jogo a procurar zonas interiores (o que afunilava ainda mais o jogo da equipa). Kelvin e Ricardo eram normalmente marcados por 2 jogadores do Penafiel (com outro sempre há espera para fazer a dobra).

Nas poucas situações em que conseguiram fugir à marcação, não estava ninguém na área. Na ausência de um avançado centro deve surgir 1 ou mais médios nessa zona o que nunca aconteceu.

As substituições não alteraram de forma significativa o jogo que terminou de forma natural num nulo. Um resultado que se aceita pelo futebol praticado pelas duas equipas.

Uma referência especial para uma péssima arbitragem, que não assinalou uma grande penalidade a favor do FC Porto, apenas marcou faltas "a pedido" e apresentou um critério disciplinar sem sentido.




Avaliação individual:

Kadu: Bem entre os postes, mal nas reposições de bola.

Fucile: Bom jogo. Roubou imensas bolas, subiu bem pelo lado direito e não comprometeu quando passou para o lado esquerdo.

Reys: Começou nervoso com 2 cortes falhados, mas acabou por fazer uma exibição positiva. Bem a subir e a desiquilibrar na frente.

Tiago Ferreira: A companhia de Reys fez-lhe bem. Foi o jogo mais seguro que fez esta época.

Rafa: Um dos jogadores ainda com idade junior. Foi apenas ultrapassado num lance pela esquerda. No ataque esteve discreto.

Herrera: Muito recuado no terreno não comprometeu, mas também não brilhou. Esta posição não o favorece de todo.

Carlos Eduardo: Também a jogar muito recuado. Trabalhou imenso, recuperou muitas bolas, mas a magia perde-se naquela zona do terreno.

Tiago Rodrigues: Melhor em campo. Foi o jogador mais esclarecido do meio campo. Trabalhou muito, organizou bem o jogo e apareceu bem a rematar em zonas avançadas.

Tozé: A jogar na ala, não foi capaz de dar profundidade. A sua tendência natural (como médio)  é vir para dentro. A muralha era demasiado densa e hoje nem o Tozé a conseguiu abrir.

Kelvin: Muito activo, mas nem sempre bem. Falhou passes, perdeu muitas bolas, enfrentou uma marcação pesada e agressiva. Valeu pelo esforço. 
Teve nos pés a melhor oportunidade de golo e falhou.

Ricardo: Enfrentou os mesmos problemas do Kelvin como extremo, melhorou quando desceu para lateral.


André Silva: Entrou para dar à equipa uma referência, mas nunca conseguiu ser essa mesma referência. Foi engolido pelos centrais do Penafiel.

Ivo: Entrou muito bem, mas foi ocupar uma zona central do terreno. Bons cruzamentos, infelizmente não aproveitados.

Vion: 2 bons pormenores. Não houve tempo para mais.




FICHA DE JOGO

FC Porto B-Penafiel, 0-0
Segunda Liga, 4.ª jornada
26 de Agosto de 2013
Estádio de Pedroso, em Vila Nova de Gaia

Árbitro: Fábio Veríssimo (Leiria)
Assistentes: Gracindo Vieira, Pedro Martins
4.º árbitro: Jorge Tavares

FC PORTO B: Kadu, Fucile, Reyes, Tiago Ferreira, Rafa; Herrera, Carlos Eduardo, Tiago Rodrigues; Ricardo, Kelvin e Tozé
Substituições: André Silva por Rafa (55m), Ivo por Tiago Rodrigues (69m) e Thibaut Vion por Tozé (79m)
Não utilizados: Caio, Quiño, Mikel e Pedro Moreira
Treinador: Luís Castro

PENAFIEL: Coelho, Dani, Fábio Ervões, Pedro Ribeiro, João Pedro; Ferreira (cap.), Gabi, Vítor Bruno, Ivan Santos e Rafael Lopes
Substituições: Guedes por Ivan Santos (60m), Pedro Santos por Vítor Bruno e Paulo Roberto por Rafael Lopes (90m).
Não utilizados: Tiago, José Coelho, Romeu e Mota
Treinador: Miguel Leal

Ao intervalo: 0-0
Cartões amarelos: Fucile (16m), André Fontes (43m), Pedro Ribeiro (52m) e Ferreira (78m).



Por: Prodígio 




Liga Zon/Sagres; 2a Jornada: FC Porto 3 - 0 Marítimo


Sempre superiores



O FC Porto fez esta noite a sua estreia em jogos oficiais este ano no Dragão. Foi uma estreia segura, de bom futebol e enorme superioridade a presentear o muito publico que se deslocou ao nosso estádio.







O nosso treinador optou por fazer entrar os mesmos jogadores que iniciaram o jogo em Setúbal. Sinal de confiança, que existe optimismo no que está a ser trabalhado. De destacar apenas a semi-adaptação de Josué a uma ala. Não é a sua posição de origem mas está muito longe de ser uma posição desconhecida ao nosso pequeno grande jogador.








Desde o início um domínio nosso. Queríamos mandar no jogo, queríamos a bola. Foi o que fizemos. Equipa personalizada, já muito à vontade com as alterações de esquema, uma troca de bola que foi em crescendo de qualidade nesta 1ª parte. As oportunidades iam começando a surgir e na defesa tudo tranquilo, não passava nada. Era uma questão de tempo para entrar o primeiro...

Ainda falhámos antes de acertar. Lucho aos 9 rematou por alto após jogada de Licá. Josué quase marcava após uma falha do guardião insular aos 12 minutos. Danilo também não conseguiu desviar com acerto um par de minutos depois. Jackson também falhou uma chance na jogada anterior ao nosso golo.

O golo surgiu aos 24 minutos. Licá recebe a bola pelo lado esquerdo e procura a linha de fundo. A marcá-lo 2 defesas do marítimo. Em velocidade um já tinha ficado para trás e após uma simulação o outro estava no chão. O nosso extremo, dentro da grande área e junto à linha final levanta a cabeça e encontra Jackson. Passe atrasado e o colombiano a fazer o mais fácil. Golo! Grande jogada de Licá.





Dez minutos depois, todo o estádio de pé a aplaudir. Desta vez pela direita (o tal jogo mais flanqueado), Josué no seu movimento tradicional de flectir para o centro e arrastando a marcação. A sua visão de jogo encontra Danilo num sprint enorme. Passe em profundidade perfeito para a corrida do nosso lateral. Danilo cruza rasteiro e encontra Licá no já famoso movimento diagonal (lembram-se da Supertaça? Movimento igual) a concluir facilmente. Golo. Mais justo assim o resultado.





Ainda tivemos um golo anulado no minuto a seguir. Decisão correcta, Jackson estava ligeiramente adiantado. 

O intervalo chegava com uma vantagem de 2 golos e bom futebol da nossa equipa.

Falemos agora do nosso esquema nesta primeira . Em Setúbal, vimos um ou outro período com desposicionamentos. Hoje não. Uma boa 1ª linha de pressão dos avançado e 10, extremos que tiveram sempre a preocupação de fechar logo à perca de bola e aquele falado duplo pivot a começar a carburar. Fernando no seu velho e eficaz estilo. Apenas uma preocupação, equilibrio defensivo e limpar a zona dele. Defour a complementá-lo e a perceber quando pode sair e pressionar que Fernando cobre e quando tem de ser mais posicional. Muito do nosso bom jogo passou por aqui. Na defesa, Mangala e Otamendi a resolver as bolas perdidas e as bolas longas a que os jogadores maritimistas eram obrigados a fazer.





No ataque, um maior equilibrio entre o nosso já muito forte jogo interior e do jogo pelas alas. Os laterais vão fazer mais "piscinas". Podem-no fazer com mais frequência, quem o dobra está mais perto. Danilo e Alex Sandro puderam assim dar profundidade às alas, o que resultou no 2º golo e mais um par de ocasiões de golo. Os extremos muito diferentes mas igualmente eficazes. Josué mais técnico e Licá um jogador de rupturas, menos técnico e mais rápido a chegar a zonas de finalização. Não há um estilo melhor que outro, ambos dão o que de melhor as suas características proporcionam e precisamos das duas.




Destaque também para as bolas paradas. O golo bem anulado foi uma das chances. mas já se nota trabalho. Um exemplo de um canto. tentou-se um canto curto, tentativa de desposicionar e confundir marcações. Estava pensado. Além de quem marcou, não um mas 2 jogadores no espaço de 10, 15 metros. Um recebe a bola, o outro desmarca-se. Há espaço? Josué tentou mas o passe saiu um pouco longo. Se não houvesse espaço ainda estava o lateral uns metros atrás de prevenção. Não foi preciso. O lance não resultou em nada mas foi bom de ver que há trabalho efectuado. Iremos ver mais certamente.


Reinício do jogo. Uma alteração. Sai Mangala tocado (?) entra Maicon. De resto tudo igual.

Terminámos a 1ª parte em alta e mantivemo-nos com a mesma qualidade e com resultados positivos.

Aos 48 minutos, penalti sobre Otamendi. Josué, que na última jornada já tinha tido sucesso, como marcador. Mais uma vez golo. Bola para um lado e guarda-redes para o outro. Mais festejos no campo e na bancada. O marcador do golo a celebrar como é hábito. A bater no peito, junto ao emblema, como que a dizer pelo que todos lutamos.






Com uma vantagem tão alargada o intenso ritmo diminuiu. Sinal de maturidade e inteligência. O jogo estava inteiramente sob controlo. Nem um lance de perigo deles (e assim continuaram até ao fim). Não nos interessava forçar, é uma época longa. Por vezes este baixar do ritmo resulta numa quebra da qualidade. Não tem de ser assim e hoje mostrámos. Bola sempre nossa, tudo seguro. Apenas já não era necessário correr riscos. Com calma o espaço ia surgir. 






Ainda falhamos uma mão cheia de golos, é importante referir. A mais flagrante por Jackson após assistência de Fernando (!). Ainda conseguiu ultrapassar o guarda-redes mas o defesa cortou o remate.

Quintero, que tinha entrado para o lugar de Josué, ainda teve tempo para se destacar igualmente. Uma ou outra abertura com qualidade (Lucho começou também a abrir o livro), 2 remates de fora da área, um deles com muito perigo. 

No final, só lugar para saudar a equipa. Bom jogo, boa atitude e mais um jogo ganho. Cumprimos a nossa obrigação.



Análises individuais: 

Helton - Um quase total espectador. Não precisou de fazer uma defesa e manteve-se atento no comando da sua defesa.

Danilo - Subiu muito e sempre a propósito. Criou várias jogadas e ainda fez uma assistência. Sem problemas a defender.

Otamendi - Seguro defensivamente, tal e qual se exige a um central de eleição. Mais nas dobras, que foram poucas. Eficácia total. Um reparo. O argentino tem mais responsabilidades agora quando saímos a jogar. Hoje não esteve acertado no passe longo. Foi sobre ele o penalti.

Mangala - Apenas 45 minutos, mas em bom nivel. Rápido, forte, duro quando era preciso. O atacante insular não lhe ganhou um lance. Saiu tocado.

Alex Sandro - Uma boa exibição. Tem pormenores técnicos que fazem corar muitos artistas da bola. Conseguiu apoiar o ataque, visto que pouco trabalho defensivo teve.

Fernando - Uma 1ª parte à Polvo. Concentrado, sempre no sitio certo e a cortar tudo que aparecia na sua área. O entendimento com o seu colega de sector está a subir muito. Na 2ª parte, ainda teve uma ou outra arrancada para o ataque e numa delas assistiu Jackson. Nem sempre o vai poder fazer e sabe isso.

Defour - Terminou o jogo de rastos. Trabalhou muito e bem. Ajudou Fernando e fê-lo com acerto e inteligência. Saiu a jogar e tentar criar desiquilibrios. Falhou na definição de um contra-ataque que estávamos em vantagem numérica que não mancha uma exibição positiva.

Lucho - Uma 1ª parte em que nem sempre acertou no inicio. Alguns passes errados. Foi uma exibição em crescendo. No final ainda sprintava para a defesa e com o jogo partido teve espaço para aberturas fenomenais.

Josué - Continua a crescer e está a ganhar justamente o seu espaço. Nem que seja na ala, o nome dele tem de aparecer no 11. Um pé esquerdo que "tem olhos" e a acertar sempre quando flectir ou estar na linha. A defender deu tudo.

Licá - O MVP. Um golo, uma assistência. Pelo meio ainda brilhou com detalhes técnicos. Objectivo e rápido. A reacção a uma perda de bola é também de elogiar. A mesma vontade com que faz uma diagonal para rematar, recua no terreno para ajudar a equipa. Grande jogo.

Jackson - Se este fosse o 1º jogo de Jackson teríamos dito "acertamos, bom jogador". Como já o conhecemos só podemos dizer que marcou um golo e ajudou ao volume de jogo imenso, mas que já o vimos fazer bem melhor. 

Maicon - Sorte da equipa que tem um 3º central desta qualidade. Não passou nada por ele, sempre muito seguro e confiante na abordagem aos lances. Não poderá ser esquecido na luta pela titularidade.

Quintero - É um desiquilibrador. A bola chega aos pés dele e quase sempre sai dali um lance de perigo. Ainda está longe de ser um jogador no auge das suas capacidades. Tem tempo para aprender e notou-se que o quer fazer. Até na pressão colectiva ajudou.

Iturbe - Quando entra em campo espera-se um sprint com a bola, um remate forte, uma finta de fazer cair o adversário. Hoje não tivemos isso de Iturbe, também pelo pouco tempo de jogo. Mas vimos algo muito importante, o pensamento colectivo. Era preciso fechar e ir defender junto ao lateral? Iturbe fazia-o. Defour ou Fernando caíam na sua zona, Iturbe sabia o que fazer. Com este pensamento, terá muitas oportunidades para brilhar onde se destaca.





FICHA DE JOGO

FC Porto-Marítimo, 3-0
Liga – 2.ª jornada
25 de Agosto de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
41.009 espectadores

Árbitro: Jorge Ferreira (Braga)
Assistentes: Cristóvão Moniz e Nuno Eiras

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Defour e Lucho (cap.); Josué, Jackson Martínez e Licá
Substituições: Maicon por Mangala (46m), Quintero por Josué (66m) e Iturbe por Licá (77m)
Não utilizados: Fabiano, Fucile, Herrera e Ghilas
Treinador: Paulo Fonseca

MARÍTIMO: José Sá, Márcio, Igor Rossi, Rúben Ferreira, Briguel (cap.); Sami, João Luiz, Artur, Alex Soares, Danilo Pereira, Derley
Substituições: Heldon por Alex Soares (46m), Brígido por Sami (61m) e Marakis por Danilo Pereira (79m)
Não utilizados: Wellington, Fidelis, Gégé e Luiz Olim
Treinador: Pedro Martins

Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Jackson (27m), Licá (37m) e Josué (pen., 50m)
Disciplina: Cartão amarelo a Márcio (39m), Josué (44m), Danilo Pereira (50m), João Luiz (69m) e Iturbe (86m).




Por: Paulinho Santos
        






  

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