sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Liga Zon Sagres, 11ª Jornada: Académica - FC Porto





Neste sábado, o FC Porto terá pela frente uma deslocação a Coimbra, defrontando a Académica, em jogo respeitante à 11ª jornada da Liga ZON Sagres, isto numa altura, onde os dragões não vencem para esta competição desde a oitava jornada.







A Académica vem de um triunfo na Liga por uma bola zero sobre o Olhanense, num encontro onde os estudantes foram superiores ao longo dos 90 minutos, essencialmente em termos de controlo e gestão dos ritmos, até porque, em termos de resolução no último terço contrário, não foram muitas as oportunidades para concretizar e por norma assim tem sido nos seus desafios, isto é, a produtividade a nível ofensivo não tem sido de todo constante e não é por acaso que a briosa é nesta altura o pior ataque do campeonato, juntamente com Olhanense e Arouca.

Em 10 jogos realizados, a equipa da Académica se encontra na 11ª posição, registando 11 pontos. Nos jogos disputados no seu reduto, a turma orientada por Sérgio Conceição possui um saldo extremamente irregular, somando uma vitória, um empate e três derrotas, apontando somente dois golos. De momento, a Académica conta com alguns jogadores lesionados e poderiam dar outro contributo e sobretudo pujança ofensiva.

Em comparação com a época passada, temos uma equipa com maior qualidade no sector defensivo e intermédio. O lateral esquerdo Djavan tem sido uma das figuras da Liga nessa posição,  assumindo uma capacidade atlética muito boa, que lhe permite fazer o corredor com relativa facilidade, procurando depois em termos defensivos ocupar bem o espaço e fechar por dentro com qualidade.
No meio-campo, Makelele e Fernando Alexandre fazem do jogo musculado as suas principais armas, dando tudo o que têm em campo, apresentando uma boa capacidade física, permitindo assim ao Cleyton - outra das figuras do clube - liberdade na criação e com pouca responsabilidade defensiva. Este médio brasileiro tem estado em evidência, faltando talvez nesta fase, outros elementos que o pudessem acompanhar, para assim criar situações de maior desequilíbrio na grande área contrária.

Defensivamente, o técnico Sérgio Conceição não deverá proceder a qualquer alteração. O Ricardo é garantia de qualidade na baliza, com a formação de Coimbra a apresentar uma dupla de centrais constituída pelo Aníbal Capela e o argelino Halliche. Nos corredores laterais, o já citado Djavan é igualmente indiscutível no seu posto, sendo que no lado contrário, o também brasileiro Marcelo Goiano, vai alternando boas com más exibições, apresentando-se algo débil nas tarefas defensivas, um ponto a ser explorado pela nossa equipa!

O sector ofensivo tem sido o elo mais fraco neste primeiro terço de Liga, sobretudo no que diz respeito ao ponta de lança. Jogadores como Edinho e Cissé (por vezes actuava sobre a esquerda do ataque) saíram e para o seu lugar, seja o Rafael Oliveira, Manoel ou Buval não têm correspondido ao esperado. As dificuldades são tantas, que até o jovem Magique foi a solução encontrada para o onze inicial no Algarve, marcando inclusive o golo que ditaram os três pontos para a Académica. 
Para as alas a conversa é outra. Abdi e Ivanildo dão irreverência ao flanco e o normal será manterem um lugar na equipa, voltando o Marinho e o Diogo Valente a sentarem-se no banco de suplentes.

Depois de dois empates inesperados (Nacional e Áustria de Viena), existem muitas dúvidas no que ao onze a ser lançado por Paulo Fonseca diz respeito. Atendendo à boa resposta do brasileiro Maicon no jogo para a Liga dos Campeões, o argentino Otamendi deverá manter o estatuto de suplente, sendo que o internacional português Silvestre Varela é forte hipótese para uma das alas.

Acima de tudo se exige...vencer e manter desta feita a liderança isolada!



Por: Dragão Orgulhoso

Crónica De Bruxelas

Deus é grande!


A vitória aos noventa!
O chouriço de Bruxelas
Esses golos, bagatelas…
A bola que sempre entra!

Só os nossos é que ficam
À distância duma nesga
Como’a Rua da Bestega
Ond’as praças se confinam!

E tanto valendo a vitória
Como o nosso triste empate
Todos os sinos a rebate
Tocam que se fez história!

Sempre ganharam aos Belgas
Pela primeira vez em Bruxelas
Que odes! Que coisas belas!
Se cantaram nessas vielas!

O Jesus afinal está salvo
O homem ressuscitou!
S’até o Grego se finou
No último minuto, no alvo!?

Mas dependendo de terceiros
Para seguirem em frente
Como se explic’a tanta gente
A euforia dos batoteiros?

Tenham calma, pois então
A vaca não dura sempre!
E o azar, tão recorrente
Mudará, em dia não!

E o Paulo só pode subir
Se não quiser descer
E nisso irá aprender
O caminho que pode vir….

E em situações idênticas
Já sabemos o qu’aí vai
A glória em todos s’esvai
Sem as vitórias autênticas!

Não aquelas de permeio
Que não conferem troféus
E só caucionam os réus
Que nesse final, eu já creio!

Qu’os deixem fazer a festa
Mandar foguetes e vivas!
Que soltem o bardo e cantigas
Qu’a contabilidade é esta:

Vão à Liga Europa, por certo
Apesar de “injustiçados”
Eram melhores, mais esforçados…
Só se lixaram p’lo Roberto!

E nas contas do Campeonato
É deixá-los encher o peito
Ganhando tudo-a-eito
Pr’a tudo perder c’o aparato!

E na festa da Taça
Vai o Jesus e o Cardoso
Jogar contra outro “colosso”
Perdendo com tod’a “raça”!




Por: Joker

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A falta de qualidade dos relvados portugueses





Se nos reportamos a alguns anos atrás, certamente que ainda estará fresca nas memórias dos amantes do desporto-rei os graves problemas de drenagem e de deficiente manutenção dos relvados portugueses.




Principalmente quando as condições climatéricas não eram as melhores, dificultando a circulação da bola nos tapetes verdes, obrigando os jogadores a um maior desgaste físico e os treinadores a utilizarem outros sistemas de jogo, e onde a diferença entre um campo pelado e um relvado era quase nula, devido a uma forte compactação dos solos que não evitavam uma drenagem adequada, originando a proliferação de raízes pouco sãs e pouco profundas, não permitindo uma melhor circulação do ar ao não criar canais de arejamento e a penetração dos fertilizantes apropriados nos solos, para além de ainda não se usarem maquinarias mais adequadas que permitissem um bom corte uniforme da relva, favorecendo assim a formação de uma espécie de almofada vegetal espessa e robusta.

Hoje em dia, para além da hipótese conservadora dos relvados naturais mais em voga pela maioria dos clubes, há também alternativas credíveis aos relvados naturais com excelente qualidade de piso, através de relvados sintéticos ou semissintéticos devidamente certificados, que permitem uma imagem quase real do relvado e uma superior qualidade televisiva da mesma em alta definição, que muito provavelmente serão uma hipótese muito forte a médio prazo, pese embora, esta alternativa trazer ainda alguns problemas de ordem física para os jogadores, por poder eventualmente provocar mais lesões devido ao tecido fibroso da sua composição artificial.

Por tudo isto, e tendo em conta as novas tecnologias nesta área e a diversificação de escolha em termos de oferta de serviços de implementação de novos relvados, e que Portugal tem tido um papel preponderante através do aparecimento de várias empresas da especialidade, já nada justifica que se pratique a modalidade sem as condições mínimas para a prática de um futebol com a qualidade que o mesmo exige, a que todos devemos ter por direito próprio enquanto espetadores e amantes da modalidade rainha em Portugal, tendo em conta o alto valor dos preços dos bilhetes em vigor e dos custos inerentes às imagens televisivas, cada vez mais onerosas para o cidadão comum num período de grave crise económica.

Neste propósito, penso que a Liga de Clubes e a FPF se deverão unir no sentido de obrigarem, pelo menos os clubes da 1ª. Liga, a terem nos seus complexos desportivos relvados com ótimas condições para a prática do futebol, em que o último Olhanense – Benfica é disso um mau exemplo, sob pena de serem objeto de sanções disciplinares, que para além da aplicação de coimas para o efeito, possam também serem punidos com a perda de pontos na tabela classificativa, para que desta forma não possam optar por realizar os seus jogos fora do seu habitual recinto de jogo, (excetuando situações de força maior), situação que por vezes já tem acontecido e que por norma também pode vir a beneficiar os clubes visitantes com maior poder económico por jogarem em campo neutro.

Por: Natachas.

Sporting 20 - 20 FC Porto - Garra conquistou empate



O FC Porto deslocou-se hoje ao pavilhão Municipal da Torre da Marinha para defrontar a equipa do Sporting em jogo relativo à 13ª jornada. Ainda temos um jogo em atraso (fora, com o Avanca) e se o ganharmos ficamos subimos ao topo da classificação.

Obradovic teve hoje um problema em decidir o 7 inicial, continuamos com muitas lesões. A situação mais preocupante hoje era a posição de pivot, Tiago e Daymaro Salina estão lesionados, Alexis não pode ser inscrito por excesso de comunitários. Teria de arranjar outras soluções e encontrou-a em Hugo Rosário que jogaria nesse posto especifico grande parte do tempo.







Iniciamos o jogo ansiosos. Precisamos de vários ataques para marcar, notava-se que estávamos desfalcados. Cometemos um par de falhas técnicas, outros tantos remates falhados até finalmente acertarmos. O cronómetro marcava já 4 minutos.






Assim, aos 5 minutos perdíamos por 3 - 1. O nosso rival tinha marcado 2 golos em livres de 7 metros.


Essa vantagem deles duraria pouco. Defensivamente estivemos sempre a bom nível. Ofensivamente fomos oscilando períodos razoáveis com falhas. Bastou melhorar o péssimo inicio na finalização para acabar com esta vantagem. Aos 10 minutos o marcador mostrava já um 3 - 4 favoravel ao nosso emblema. Mérito para Ferraz com 3 golos. O outro foi de Wilson numa penetração aos 6 metros.

Tal como se previa o jogo estava extremamente equilibrado. Os pormenores faziam a diferença. Um desses pormenores num jogo de andebol são sem dúvida as exclusões.

Com um golo de vantagem eles marcam e nós sofremos uma exclusão (Hugo Santos). Era o empate e íamos jogar 2 minutos com apenas 6 jogadores. Foi o suficiente, eles conseguiram disparar para 2 golos de vantagem como tinha acontecido aos 5 minutos. Aos 20 minutos 10 - 8.

Mais uma vez tínhamos de recuperar no marcador. Foi o que fizemos e exactamente da mesma forma que eles obtiveram esta última vantagem, através de uma exclusão. Aproveitamos uma exclusão de Carrol (a sua 2ª) para chegar ao empate.

Esta situação de igualdade durou até 1 minuto e meio do intervalo. Nesse período sofremos 2 golos seguidos.

Ao intervalo uma desvantagem de 13 - 11.

A entrada na 2ª parte foi penosa para os nossos atletas. Ofensivamente nunca conseguíamos acertar. Falhas na saída para o contra-ataque, algumas falhas técnicas e faltas atacantes e muitos, muitos remates falhados. Começamos a ver igualmente tentativas individuais em demasia. Era compreensivel, colectivamente não acertamos, tentou-se individualmente. Mas nunca é boa ideia forçar o individual por norma...

Estes terríveis 10 minutos chegaram ao fim com o resultado em 17 - 12. Um golo marcado apenas...

Um jogo que sabíamos que ia ser dificil, a perder por 5 já na 2ª parte, fortemente desfalcados e com os substitutos adaptados ou em má noite. Conseguiríamos recuperar nestas condições?

O nosso técnico decide mudar. Retira Hugo Santos e entra o jovem Miguel Martins para ponta. Hugo Santos iniciou o jogo em virtude da lesão de Schubert. Nos jogos passados esteve muito bem. Hoje nem sempre, falhou algums finalizações a partir do seu posto. Acontece, todos têm estas noites, tem de continuar a trabalhar afincadamente para corrigir.

Antes do jogo Ricardo Moreira falou a um jornal desportivo da importância do contra-ataque. Não se limitou a falar, mostrou como o fazer. Em 5 minutos 2 golos desta forma, ambos do nosso capitão. Ainda tínhamos 3 golos para recuperar, o resultado era agora de 17 - 14.

Ricardo ainda marcaria outro e colocava o resultado em 17 - 15. Foi assim que atingimos os 50 minutos de jogo. Faltavam 10 minutos...

Destaque agora para a figura do encontro, Quintana. Ele manteve-nos na luta, já que não estava fácil marcar. Foram defesas atrás de defesas que efectuou. Nós quase não marcávamos, eles não marcavam mesmo. Foram quase 15 minutos sem sofrer. Enorme Quintana!

A 5 minutos do fim já só perdíamos por 1 (18 - 17). Todas as jogadas assumiam agora uma importância enorme. Cada posse de bola era valiosa.

Começamos este período como muitas vezes ao longo desta 2ª parte, com uma defesa de Quintana, mais uma. Tínhas oportunidade de empatar. A bola chega a Ferraz, ele pentra aos 6 metros e marca... Golo!

No ataque seguinte eles falhavam de novo. Spínola não falhou (bom jogo, foi o mais acertado no ataque) e o impensavel há uns minutos acontecia. Estávamos à frente no marcador.

A 1 minuto do fim eles voltaram a empatar (19 - 19). Bola para nós e Spínola estava de mão quente, marcou novamente. Era o 20 - 19 e faltavam cerca de 30 segundos. Era hora de defender. Com alguma sorte (Quintana quase chegou) e de muito longe Rui Silva marca num remate em suspensão. Obradovic ainda solicitou um desconto de tempo para tentar ganhar nos 13 segundos que faltavam. Não resultou.

No final um empate a 20. Normalmente um empate é um mau resultado, seja em que campo for. Quem ostenta o nosso emblema joga para ganhar. Hoje, devido às limitações e às circunstâncias do jogo saímos com um sorriso. A alma e garra desta equipa garantiu o empate e os respectivos 2 pontos... Foram uns bravos!


Equipa e jogadores:

Hugo Laurentino (gr), Gilberto Duarte (3), Wilson Davyes (1), Hugo Rosário, Hugo Santos, Ricardo Moreira (4) e João Ferraz (4). 
Jogaram ainda: Alfredo Quintana (gr), Ricardo Mourão, Miguel Martins, Pedro Spínola (8) e Miguel Sarmento.


Por: Paulinho Santos

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O Hábito faz o Monge



Confesso que m’esqueci
Desse tempo d’outrora
Ond’a vitória duradoura
Er’a tão simples por si…

Nesse Dragão ou nas Antas
Ganhar era natural
Numa cadência habitual
Qu’hoje m’estranho, às tantas!?

E empatar é um feito
Contr’o Austria de Viena!?
Depois da hipótese pequena…
Doutro resultado de jeito?

E apesar dessas “abébias”
Dadas pela Gazprom!
Er’o Austria , o bombom 
Duma passagem com médias!?

Foste chumbado mais uma vez
E reprovado sem notas!
Um empate, duas derrotas…
Um ponto, no jogo três!?

E quando podíamos chegar
Por nossa decisão
A um jogo de galvanização!?
Acabamos a empatar!?

Sempre a táctica do “pirilau”
Quatro, três, três, sem extremos
C’o Licá, pr’a podermos
Cruzar c’uma perna-de-pau?

E o Josué como ala!?
O Alecsandro como interior
Que sendo o maior armador
É essa pobreza que rala!?

É certo que não temos sorte
Mas tudo é feito em esforço
C’o uma táctica do alvoroço
Ond’o golo é coisa torpe?

Se nem um grande craque
Consegue ter bolas úteis
Porquê tantas corridas inúteis
Nessa espécie d’ataque?

É certo que desaprendemos
A montar a estratégia
Numa equipa alérgica
À solidariedade dos membros

Onde o bloco não existe
E cada corpo é estanque
Os médios sem arranque
E uma defesa de kitsh?

Uma correria infernal
Desse Fernando no meio
Onde o seu grande esteio
Joga fora de Portugal?

A maçã faz muita falta
O pêndulo do nosso jogo
Da ligação, do arrojo
Da conjunção desta malta!?

Qu’agora vestem de azul e branco
Sem envergarem a camisola
Ond’o Lucho jog’a bola
Mas num desgaste sacro-santo!?

E o nosso homem do leme
Nesse discurso bacoco 
Tem-se por poeta ou louco?
Nesse seu lugar que já treme!?

Não tenho soluções
Como adepto da bola (mas)
Imaginam o que me desconsola 
Ver este futebol aos repelões!?

Não sei s’o Paulo vai ter tempo
De galvanizar outra equipa
Mas esta época está perdida
Na escolha do jovem “portento”

S’até sonho c’o Vitó!
Qu’ao menos havia harmonia 
Que nessa posse se sentia
Sem golos, mas c’o rocócó! 

Hoje não temos nada
Nem futebol, nem resultados
Nem golos, nem rendilhados!
Só uma equipa “estoirada”!

A culpa não é do Fonseca
Mas sim dessa aposta por alto
Onde vencer é um hábito
E qualquer um vence, de letra!

Hoj’o Dragão estava às moscas
E os assobios foram transversais
Não há mais desculpas, ou sais…
Ou vences, fazendo orelhas moucas!!

Falta d'hábito!



Por: Joker

Liga dos Campeões: FC Porto 1 - 1 FK Austria Wien; Fim de linha!.


Fim de linha!


foto1





Boa malta! O Zenit empatou com os suplentes do Atlético de Madrid em casa. Já estávamos todos prontos para cascar no Simeone por colocar em causa a verdade desportiva, e o tipo saca de lá um empate com os jogadores do banco. Chega a nossa hora!!! Chega a nossa hora!!!

Chega a nossa hora e, onze minutos depois, já estávamos a perder.

Já pouco mais há a escrever. O FC Porto teve um imenso azar que se mistura com uma imensa incompetência. É que se a sorte premeia quem a merece, o azar é igualmente justo. Mas sim, foi um jogo em que se falharam golos, onde jogadores do FC Porto tiraram golos a outros, onde a bola só entrou num lance de bola parada e depois da única saída em falso de Lindner. Digno sucessor de Neuer e Malafeev na montra dos guarda-redes que tudo defendem no Dragão.

Mas se isso é verdade, também é verdade que a primeira parte é execrável, não condizente com uma equipa que precisa de ganhar o jogo e que já sabe que tem uma janela de oportunidade pelo resultado do outro jogo. Somos cabeças de série deste grupo e perante um estreante na prova e que acabara de marcar o seu primeiro golo na Champions é incapaz de massacrar. Incapaz!

Qualquer “Nacional da Madeira” chega. Seja cá dentro ou lá fora.


Porto vs Austria Vienna (LUSA)





E será assim, porque quem comanda não sabe para mais. Estamos a chegar a Dezembro e o meio campo ainda anda em obras. Aliás, todos os sectores estão em obras, sejam os centrais ou os extremos.






Continuamos a depender dos laterais para o jogo flanqueado. Pior, já dependemos deles para termos criatividade no ataque!

Continuamos com um meio campo sem qualquer estrutura, fruto de um pensamento errático, até algo alucinado. O 6 vira 8, às vezes 10. O 8 não quer ser mais que 6. O 10 que é 8, mas passa a vida a 9,5. Quem vai? Vais tu? Quem marca aquele? Quem compensa no flanco? Quem transporta a bola? Quem é o primeiro a recuar? Tanta pergunta. Poucas respostas.


Fizemos uma primeira parte execrável, repito, mas a segunda parte é bem melhor. Atentem nas “coincidências”. Sai Defour e entra Varela. É verdade que sai o melhor elemento do meio campo, e também é verdade que Paulo Fonseca volta a meter os pés pelas mãos ao meter o Josué a 8 e a manter Lucho a 10. Mas mesmo assim melhoramos. Dois extremos e um meio campo com alguma estrutura. Fomos logo mais pressionantes e mais amplos. Chegamos ao 1-1.






Que faz Paulo Fonseca? Ajuda a equipa a vir para a frente? Dá-lhe gás? Acaba de corrigir o seu meio campo? Não, deixa o marfim. Pelo meio tira Licá e mete Ricardo. Podia ser que o rapaz estivesse mais inspirado.





Só com o último quarto de hora a aparecer no relógio é que Paulo Fonseca desata o nó. Só aí percebe que perante o tenebroso Áustria Viena, talvez (sublinho o talvez!!!) fosse útil dar um 10 à equipa. Sai Josué na enésima posição em que Paulo Fonseca o martela, recua Lucho (ufa!) e entra Quintero. São os nossos melhores 15 minutos. Extremos abertos e meio campo estruturado. Valeu Lindner e o azar que não nos deixou escapar sem pagar factura. A mesma que já anda há muito para ser paga por alguém!

Era um jogo para vencer e não foi vencido. Era o único resultado que interessava. Falhamos. Mais grave, falhamos depois de nos ser aberta uma porta (e não janela) com o resultado do outro jogo. Falhamos contra um Áustria, estreante e que jogou como todas as equipas do nosso campeonatozinho fazem. Falhamos porque os jogadores do Áustria tiveram sempre mais vontade, mais uma ponta de esforço e muito mais coesão táctica. Eles alma, n´so desespero.
Saímos desta fase de grupo sem uma vitória em casa. Até agora, só com uma vitória, suada e arrancada a ferros lá em Viena.
Nos últimos 5 jogos, vencemos um.

Segundo Paulo Fonseca, neste jogo só a vitória interessava e estávamos mais fortes após a paragem para os jogos da Selecção. Bluff?
Não é bluff. Já aqui me alonguei. Bluff obedece a uma estratégia e a um raciocínio. Isto que Paulo Fonseca faz é uma fuga para a frente. Tão só isso. Umas frases sem sustentação. Toda a gente já percebeu. Acabou. Fim de linha.





Análises Individuais:

Helton – De volta à Champions, lá temos o Helton a fazer figura. Para lá da cena de sapateado, o golo deles era defensável. O Lindner ia buscar aquela bola. O Helton da Champions, não.

Danilo – Hoje sou eu, amanhã és tu. Deve ser tipo rifa para ver quem dá brinde no jogo seguinte. Uma mancha muito negra, numa pano imaculado. Fez uma boa exibição, não fosse a oferta para o golo adversário e era o melhor em campo. Foi ele a alma do flanco direito.

Alex Sandro – Depois de uma exibições desastrosas, ei-lo de volta. Para durar? Veremos. Muito activo no ataque, sempre à procura de fazer aquilo que o meio campo não conseguia: levar a bola para a frente. O melhor em campo.

Maicon – Exibição sóbria e competente. Por fim, um central a comandar!

Mangala – Algumas dificuldades perante a mobilidade de Hosiner, mas manteve sempre o controlo. Soube aproveitar o comando de Maicon.

Fernando – Mau jogo. Desinspirado e fora da sua obrigação. É um 6 e ponto final. Chega de tentar fazer dele um jogador de área a área! Tentou na segunda parte meter empenho onde faltava inspiração.

Defour – Tentou ser rotativo, mas num meio campo onde ninguém se entende é difícil. Ninguém sabe ao certo o que o outro faz, não há estruturação, logo é cada um por si. Saiu ao intervalo, sem muita justiça, mas a equipa melhorou.

Lucho – Um dia Lucho vai ser um 10. Quando decidir jogar pela equipa lá do seu bairro na Argentina na 4ª divisão. No FC Porto, nem quando aterrou cá aos 25 anos. Não sei mais o que diga!

Josué – Esteve mal. Sem segurança no passe e sempre com a língua de fora. Mas continuo sem perceber porque se experimenta por toda a parte, menos a 10, a sua posição. Foi extremo esquerdo. Foi extremo direito. Foi médio de transição. Só não foi o criativo que a equipa tanto precisava. O Paulo não deixa! O FC Porto sofre!

Licá – Anedótico. Duas boas arrancadas e o resto foi mau demais. O que terá o Kelvin feito para nem entrar nestas contas, logo por decisão de não inscrição?!

Jackson – Voltou a falhar no último suspiro. Mas também é quem evita a derrota, de novo. É neste antagonismo bipolar em que vivemos. Não há melhor maneira de avaliar este FC Porto de Paulo Fonseca olhando para Jackson. Surge aqui um avançado que disputa as marcas deixadas por Jardel e Falcão. Hoje, quase que parece mentira.


Varela – Fez-lhe bem o banco. Entrou animado, embora sem clarividência. Rouba um golo a Jackson e não faz a diferença.

Ricardo – Não é fácil para um menino entrar neste vespeiro. Faltou-lhe acutilância. 

Quintero – Titular. A 10. Ponto final.



FICHA DE JOGO

FC Porto 1-1 Austria Wien

Liga dos Campeões, grupo G, quinta jornada
26 de Novembro de 2013
Estádio do Dragão

Árbitro: Ovidiu Haţegan (Roménia)
Assistentes: Cristian Nica e Octavian Sovre
Quarto árbitro: Radu Ghinguleac
Assistentes adicionais: Alexandru Dan Tudor e Sebastian Coltescu

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Defour e Lucho (cap.); Josué, Jackson Martínez e Licá
Substituições: Defour por Varela (46m), Licá por Ricardo (65m) e Josué por Quintero (72m)
Não utilizados: Fabiano, Otamendi, Reyes e Herrera
Treinador: Paulo Fonseca


Austria WienHeinz Lindner, Kaja Rogulj, Manuel Ortlechner, Markus Suttner, Fabian Koch, Thomas Murg, James Holland, Emir Dilaver, Daniel Royer, Philipp Hosiner e Roman Kienast

Substituições: Murg por Leovac (64m), Dilaver por Mader (70m) e Sttuner por Okotie (82m)
Não utilizados: Kardum, Ramsebner, Šimkovič e Jun
Treinador: Nenad Bjelica


Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Kienast (11m) e Jackson Martinez (48m)
Cartões amarelos: Suttner (55m), Rogulj (90+1m) e Leovac (90+3m)




Por: Breogán

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Revista de Imprensa - 26 de Novembro 2013

" É obrigatório vencer este jogo"


 Em dia de jogo para a Liga dos Campeões, entre FCPorto e Áustria de Viena, o treinador Portista, na antevisão ao jogo, assumiu o objectivo, vitória, e nada mais interessa aos Dragões, caso queiram manter acesa a chama da qualificação para a próxima fase.


O Jogo:

O Jogo


- FC Porto: "FC Porto - Áustria de Viena às 19h45: "Estamos onde outros queriam estar", Paulo Fonseca lembrou que o campeão continua líder no campeonato e envolvido em todas as frentes; "É obrigatório vencer este jogo"; Linz recorda o dia em que foi Dragão."


- "Carvalho queria mais; melhores números na era dos três pontos por vitória são motivo de orgulho, mas..."
- "Cardozo não joga? Bom para nós!"



Record:

Record


- FC Porto: "FC Porto - Áustria de Viena às 19h45: Pinto da Costa de volta ao relvado; "É obrigatório vencer", Paulo Fonseca."


- "Slimani inspira-se em Muhammad Ali."
- "luta a dois pela vaga de Cardozo"


A Bola:

A Bola


- FC Porto: "FC Porto - Áustria de Viena às 19h45: "É imperativo vencer", Paulo Fonseca acredita que os dragões podem discutir a qualificação em Madrid; "As coisas não estão mal mas podem melhorar", Jackson Martínez."

- "Voo como uma borboleta e pico como uma abelha"
- "Lima com o peso dos golos nos ombros"




Notícias sobre o FC Porto:


Margem de erro: zero

O FC Porto recebe o Austria Wien com uma necessidade urgente, que passa por vencer. Mais do que uma grande exibição, os portistas têm que realizar um bom resultado, que permita à equipa recuperar a confiança, acalentar a esperança do apuramento e, porque não, encaixar uma verba considerável na liga milionária.

As contas do grupo estão muito dificultadas graças às derrotas caseiras e a equipa de Paulo Fonseca está dependente de um desaire do Zenit para, vencendo os seus jogos, ainda poder seguir em frente na competição.

Num grupo onde o Atlético de Madrid já garantiu o apuramento e o primeiro lugar, portugueses e russos tentam chegar à outra vaga que permite continuar na Champions, mas não descurando que o terceiro posto se trata de um 'mal menor', dando acesso à Liga Europa.

Ora, os dragões, que apenas pensam em vencer, sabem também que essa atenuante será alcançada com um simples ponto, ainda que essa não seja, de todo, a preocupação de uma equipa que tem tido resultados abaixo do esperado.

Analisando os últimos 11 jogos, não se poderá considerar pouco importante o facto de a equipa de Paulo Fonseca registar menos de 50% de vitórias. Nesse número de jogos, os azuis e brancos têm cinco triunfos, quatro empates e dois desaires, ambos em casa para a Liga dos Campeões.


Inverter a má fase de resultados

O FC Porto vai ter, independentemente do resultado deste desafio com os austríacos, o pior desempenho da sua história na fase de grupos da Liga dos Campeões, o que atesta bem o rendimento baixo da formação azul e branca.

Mesmo com uma vitória relevante frente ao Sporting pelo meio e de uma evolução qualitativa da performance de jogo da equipa desde o jogo na Rússia, os adeptos do clube do dragão já tiveram bem mais razões para sorrir e, mesmo não se podendo falar de uma crise de resultados, os números não são satisfatórios.

A equipa não tem mostrado solidez defensiva e acumula oito golos sofridos nos últimos nove desafios, sendo que em apenas dois deles manteve a baliza inviolada (curiosamente em dois jogos para a Taça de Portugal, contra Trofense e Vitória SC). Avaliando o início de época portista (um golo sofrido em seis jogos), as diferenças são evidentes.

Por outro lado, a equipa, que tem criado mais oportunidades de golo nos últimos jogos, tem também revelado um menor acerto na rede. Como disse Paulo Fonseca no final do desafio contra o Nacional, o caudal ofensivo é grande, mas muitas vezes inconsequente.

Aspetos a rever por parte do treinador, que tem também algumas dúvidas em relação à equipa a apresentar. Herrera tarda em convencer os adeptos, apesar de ter estado bem contra o Nacional, Varela está muito abaixo do seu melhor rendimento, a defesa continua a ter falhas comprometedoras quando nada o faz prever.

Desta forma, fica em aberto a possibilidade de Paulo Fonseca poder operar algumas alterações no onze para um jogo em que o favoritismo recai claramente nos portistas e onde a necessidade de vitória é vital.

Mangala deve regressar ao centro da defesa, ele que foi substituído por Maicon por estar castigado (fica a dúvida se Otamendi mantém a confiança ou se será ele o sacrificado); Steven Defour combate com Herrera para estar ao lado de Fernando, mas Paulo Fonseca até pode apostar numa inversão do meio-campo, jogando Lucho e Quintero à frente do brasileiro; Licá ou Ricardo poderão vir a ter nova oportunidade no onze titular, espreitando a má forma de Varela.

Esperança austríaca

O Austria Wien, que tem argumentos inferiores aos dragões, até pela história na competição, procurará no Estádio do Dragão repetir a gracinha feita na Rússia, onde empatou sem golos com o Zenit.


Os austríacos ainda têm hipóteses matemáticas de continuarem nas competições europeias e, mesmo sabendo que são poucos os que acreditam na equipa, tentarão alcançar um resultado positivo.

Por: Cubillas

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Kharma

Pois...


Fonseca, porque esperas?
Não vês os teus resultados
Que nesses jogos, somados
T’exigem respostas sinceras?

Um futebol sempre igual
Demasiado previsível
Num rendilhado sofrível
De resultado tão frugal

Uma equipa sem extremos
Foi-se o Kelvin e o Iturbe
Ficámos c’o medíocre
Sem desequilíbrios, ao menos?

Um Lucho sempre cansado
Que quase s’arrasta em campo
E ainda assim é o decano
O abono do nosso enfado?

Um Jackson sempre sozinho
Sem municiamento de classe
Onde somente uma obra d’arte
Nos pode valer um golinho?

Um meio campo desgarrado
Sem compensações defensivas
Ond’as adversárias investidas
Nos deixam de peito arfado?

E o que dizer da defesa
Ond’o Otamendi enterra?
Há sempre um passe qu’erra!?
Deixand’o empate em proeza!?

S’até o Nacional
Depois do grande Belenenses!?
E nós absortos, indolentes…
Nesta postura boçal?

Há que dar um murro na mesa
Ou sais ou mudas o disco!
O nosso futebol não é isto!?
Um golo e pões-te à defesa?

E bem podes queixar-te da sorte
Pois a mesma protege os audazes
E se não a mereces, que fazes?
Prometes tornar-te mais forte?

Não… Dizes que foi esse desígnio
Qu´é uma injustiça o placar
Mereceste por certo, ganhar…
E nesse discurso és um génio!

Achas que com palavras te safas?
Ao ver o chiclas da bancada
Somar aos dois por jornada
E que sem resultados, disfarças?

O tetra é o nosso destino!
Que mesmo c’o Vitinho no banco
Contigo a seguir, que desplante!
Conseguimos vencer de fininho!?

O que mais precisamos provar
Que com amostras de treinador
Somos o maior benfeitor
Do futebol, sempre a “renovar”!…

Pois se vencemos com estes
Imaginem com treinadores a sério!?
Até onde iria o nosso critério
Um espanto, até para os chineses!

Qu’é pr’a lá que vamos exportar
O Fonseca depois de ser campeão
Um feito, daqui até ao Butão!
Que Buda nos irá ofertar!

Pois só por oferta lá vamos subir
Ao monte da nossa conquista
Qu’o feito o ponha longe da vista
E o mundo continue a evoluir…

E nesse seu desiderato
Faça mais um nível de treinador
Um campeão! E que lev’o tradutor!
Nem que seja pr’o sultanato!

E que paremos com os ensaios
Provado está que ganhamos
Com qualquer um, convenhamos…
Só falta treinar com um malaio!?

Que kharma este do vencedor
Que nesta evolução da terra
O Porto se fragilize em perda
Pr’a dar oportunidade a outro vencedor!?

E nem assim lá chegam os Mouros
Que depois do Vitó, ou o Fonseca
Nem c’o uma peregrinação a Meca!
Se vejam campeões duradouros?…






Por: Joker

domingo, 24 de novembro de 2013

Segunda Liga, 16.ª jornada: FC Porto B 1- 1 Farense

O Porto B consentiu um empate na recepção ao Farense.

Foi um jogo muito dividido aquele a que se assistiu com o Porto B a nunca conseguir dominar o jogo de uma forma consistente.

Começa a distinguir-se um padrão neste Porto de Luis Castro. O meio campo compacto reforçado com a presença de Tozé na ala traz à equipa combatividade, mas limita-a em termos de criatividade.





É uma equipa pragmática à imagem do seu treinador. Sacrifica-se as características dos jogadores em prol de uma ideia duvidosa para a equipa. Tozé que só aparece verdadeiramente quando sai da ala, Pedro Moreira que funcionaria como o pêndulo perfeito não houvesse uma aposta cega em Mikel, Carlos Eduardo que já mostrou que é mais recuado que o seu futebol ganha vida e depois vemos um Ivo no banco quando a equipa tem uma falta brutal de profundidade.




Neste jogo em particular, a equipa portista entrou forte conseguindo criar oportunidades de golo, sobretudo por Tozé. No entanto, o jogo rapidamente ficou equilibrado com o Farense sempre a aproveitar o espaço nas costas de Victor Garcia e Quinones.

O golo de Kleber surgiu em boa altura, mas a equipa não conseguiu segurar o resultado até ao intervalo. Num lance de contra ataque o Farense chega ao empate.

Na segunda parte, o jogo continua muito dividido, partido. Pedro Moreira funcionava como um verdadeiro relógio suiço, mas infelizmente a dinâmica da equipa não acompanhava a classe do médio portista. E nem o esforço assinalável de Kleber ou os remates perigosos de Tozé conseguiram dar a vitória à equipa.

No fim, fica um sabor amargo e uma miragem do que um Pavlovski podia trazer ao jogo.

Análise individual:

Bolat: Seguro. Uma defesa decisiva a tirar o golo a Rambé.

Victor Garcia: Mau jogo do lateral portista. A deixar sempre muito espaço nas costas. Culpas no lance do golo.

Reys: Bem globalmente, mas perdeu uma bola em zona proibida.

Tiago Ferreira: Uma exibição ao seu nível. Para quem tem seguido o percurso sabe que isso não é um elogio.

Quino: Forte no ataque, mal na defesa. A sua passividade a cobrir o homem que cruza cheirou a displicência.

Mikel: Um jogo regular. Quando baixou para central tremeu um pouco.

Pedro Moreira: Melhor em campo. Acaba contrato no final do ano e eu não vejo ninguém que mereça mais continuar. A classe do Pedro já merecia outra consideração.

Carlos Eduardo: Um jogo irregular. Longe do seu melhor.

Tozé: Na ala foi esforçado. Sempre que conseguiu espaço no meio causou calafrios ao Farense. 3 remates com selo de golo. Falhou depois o golo isolado.

Kelvin: Muito apagado na 1ª parte, renasceu na segunda com alguns lances interessantes.

Kleber: Um dos melhores. Luta até cair para o lado. É de realçar o profissionalismo que tem demonstrado. Bom golo.

Ivo: Mexeu com o jogo. Rápido sobre a ala. Pena o remate ao lado que quase deu a vitória.

Leandro: O tampão que Luis Castro inventou para segurar o empate.

André Silva: Não teve tempo.



FICHA DE JOGO

FC Porto B-Farense, 1-1
Segunda Liga, 16.ª jornada
24 de Novembro de 2013
Estádio de Pedroso, em Vila Nova de Gaia

Árbitro: Pedro Ferreira (Braga)

FC PORTO B: Bolat; Víctor García, Reyes, Tiago Ferreira e Quiño; Mikel, Pedro Moreira e Carlos Eduardo; Kelvin, Kléber e Tozé
Substituições: Tiago Ferreira por Ivo Rodrigues (66m), Tozé por Leandro (81m) e Kelvin por André Silva (85m)
Não utilizados: Kadú, David Bruno, Tomás e Frederic
Treinador: Luís Castro
 
FARENSE: Ivo Gonçalves; Carlitos, Lameirão, Luzardo e Hugo Luz; Bilro, João Reis e Ibukun; Fábio Felício, Rambé e Hernâni
Substituições: João Reis por André Matias (59m), Fábio Felicio por Adelaja (70m) e Hernâni por Atabu (81m)
Não utilizados: Ricardo, Diogo Silva, Juan e Fausto
Treinador: Jorge Paixão

Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Kléber (38m) e Rambé (44m)
Cartão amarelo a Hugo Luz (73m) 

Por: Prodígio

Liga portuguesa, 10ª J.: FC Porto 1 - 1 Nacional

Começarei pelo pré-jogo. Classificando o adversário de “besta-negra” e jurando claras melhoras após a paragem competitiva, colocou sobre si próprio e sobre o resultado, um ónus dispensável.




O jogo mostrou algumas mudanças, de facto. A primeira parte do FC Porto é boa. Sendo até mais específico, os primeiros 20 minutos do FC Porto são muito bons. Pressão alta, velocidade de execução e mobilidade no ataque. Mas também há respeito do Nacional perante o emblema portista e campeão nacional. Há aquela tentativa de sobreviver aos primeiros 15 minutos sem sofrer golos. São muitos os golos falhados.





Passa essa fase do jogo e começa o mesmo de sempre. O Nacional vai subindo de rendimento, tornando inócua a posse do FC Porto, a afastar o perigo para mais longe da sua área e a ganhar confiança no contra-ataque.

A primeira parte acaba com um FC Porto dominante, mas já soçobrando às suas fragilidades, que para não ser repetitivo, vou abster-me de as enumerar uma vez mais.

A segunda parte, traz um FC Porto já bem mais amorfo, com crescentes dificuldades em controlar o adversário. Não só isso, mas com dificuldades crescentes em criar perigo. Ainda assim, chega ao golo, num lance construído pelos dois jogadores com melhor rendimento.

Após o golo, Manuel Machado desmultiplica a equipa. Mete um criativo em campo, um ponta-de-lança posicional para incomodar os centrais portistas e já havia trazido Mateus para as diagonais.

O FC Porto degrada-se de segundo em segundo. Esboroando-se, mas mantendo, estatisticamente, um falso domínio no jogo. O Nacional cheira o sangue portista e entusiasma-se. O FC Porto desaparece dos flancos, onde só Danilo estica jogo. Jackson torna-se um elemento isolado no ataque e o meio campo portista já não filtra o ataque nacionalista.

E pronto. Golo do Nacional.

Mesmo ensaiando o 4-4-2 a espaços, o problema não é do sistema. É falta liderança e de qualidade no seu comando.

Se o pré jogo havia sido sofrível, o pós jogo foi desgraçado. Há uma besta-negra que assombra o FC Porto. Muitos jogos do FC Porto. O Nacional está ilibado, pois para quem debita estatística para explicar o desaparecimento do FC Porto do jogo, há uma a que não escapa: nos últimos 6 jogos, ganhamos 2. A liderança de 5 pontos esvai-se.

Uma análise curta, bem sei, mas resultado de saturação. Acontece sempre o mesmo. Sempre.
Iremos chegar a Janeiro para tudo mudar, excepto que atormenta a equipa? Resta ver se quando lá chegarmos algo haverá para lutar.

Vem aí o Austria Viena. A vitória é incondicional.


Análises Individuais:

Helton – Um espectador, embora tenha tido trabalho em alguns lances, sobretudo como libero.

Danilo – Tentou ser tudo no flanco direito, mas não chega para tudo. Tenta esticar tanto o jogo que chega a perigar a sua acção defensiva. Mas se só ele leva a carta a Garcia pelo flanco…e faz uma grande assistência para golo.

Alex Sandro – Voltou a falhar, sobretudo, na hora de defender. No ataque, já pareceu mais solto.

Maicon – Um bom regresso. Não fez uma exibição de encher o olho, mas num sector onde andam ao despique para ver quem faz a maior calinada, alguém que as tente evitar, já é bom. Titular!

Otamendi – Estava a fazer um bom jogo. Entrega e loucura, como é seu timbre. Até que borra a pintura e o Nacional aproveita. Acabou o crédito.

Fernando – É o paradigma da equipa. Eis um jogador que muitos jogadores desejariam ter na sua equipa. Porque naquilo em que é bom, poucos fazem melhor que ele. Infelizmente, é cada vez menos um 6 como deveria ser e cada vez mais um jogador de área a área. Quem compensa os laterais? Quem carrega sobre o criativo contrário? Quem leva o meio campo para frente? Não importa!

Herrera – Esteve melhor, mas ainda muito distante do desejado. Não falhou tantos passes, mas também veio muito mais conservador nesse capítulo. Simplesmente, não arriscou quase nada. Verticalizou três jogadas, procurou algumas tabelas, mas tentou sempre manter o seu jogo simples e sem risco. Não critico a opção, acho-a até inteligente. Infelizmente, não estamos numa fase que aguente essa opção.

Lucho – Mete carácter e alma no jogo. Voltou a não ser o criativo que a equipa precisa. Mas dá tudo pela equipa. Tudo. Como se vê na assistência perfeita que faz para Jackson tentar o 2-1 redentor. Imperdoável é o que fez aos 56 minutos. Isolado, bolinha a saltar, à entrada na área e a baliza à sua mercê. Remate ao lado. Inacreditável. Vergonhoso.

Josué – Enquanto jogou pelo meio, mostrou que é ali que tem que jogar. Já sei que Paulo Fonseca nem valoriza isso. Mas é ali. No flanco, não fez nada de jeito.

Varela – Bons primeiros minutos. Quinze minutos onde muito desperdiçou, mas mostrou vontade e velocidade. O resto do jogo é tão fraco, mas tão fraco, que já há qualificativo.

Jackson – Perdeu o duelo com Gottardi no lance final. É justo dizer que lhe faltou classe, nível ou estofo. É justo! Já nem ele consegue fazer a diferença e sucumbe a esta praga de erros e mais erros. Mas jogou muito tempo sozinho, tentou fazer tudo no ataque e marca um bom golo. A equipa distancia-se dele e não foi o abono de família no fim.


Quintero – Entrou para uma posição híbrida. Sendo ele um criativo puro e vindo de lesão, seria previsível que não teria pernas para esse vaivém. Não foi influente no jogo e padeceu do mesmo problema que Josué. Enquanto esteve no centro, fez jogar. Quando caiu no flanco, desapareceu.

Licá – Mais uma entrada sem qualquer aporte qualitativo. Um constante em Licá. Quando o FC Porto precisava de controlo a meio campo, entra um extremo que não é rompedor.

Ricardo – Tarde demais. O extremo que a equipa precisava entra tarde demais. É assim o nosso comando. Só depois de estarmos empatados.


Ficha de Jogo:

FC Porto: Helton, Danilo, Maicon, Otamendi, Alex Sandro, Héctor Herrera (Ricardo Pereira, 87), Fernando, Lucho González, Jackson Martinez, Josué (Juan Quintero, 65), Varela (Licá, 76)

Nacional: Gottardi, Miguel Rodrigues, Nuno Sequeira, Mexer, Zainadine, João Aurélio, Rafa Sousa (Diego Barcelos, 54), Claudemir, Mario Rondón, Djaniny (Mateus, 50), Candeias (Lucas João, 57)

Árbitro: Carlos Xistra

                     

Por: Breogán
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