sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Liga Europa, 16 Avos - 2ª Mão; Eintracht Frankfurt 3 - 3 FC Porto

Épico.

  
Foi um jogo épico. Pela emoção, pela labuta, pelo evoluir do resultado e por passearmos entre o inferno e o purgatório.

O sentido do épico é bem mais lato. Foi épico na atitude, comparando com o que se tem passado na temporada. Mas isso não é uma novidade. Qualquer portista atento à capa do O Jogo de ontem sabia que hoje outro galo cantaria. Fatal.

Foi épico também no disparate, nos erros defensivos graves, outros gravíssimos e nas recepções disparatadas de Jackson no ataque. 

Foi épico porque tivemos o pássaro na mão no 2-2 e ainda assim fugiu, para logo ser caçado no 3-3.

Foi épico porque o meio campo foi quase sempre um desastre, mas a equipa nunca se afundou.
  
Foi épico porque é um jogo que rejeitou racionalidade, controlo e competência. Foi coração, alma e uma espécie de poker de dados, onde a sorte rola sobre a mesa. 

Foi épico porque passamos sem ganhar um jogo, é épico porque continuamos sem ganhar nas competições europeias, marcando e sofrendo cinco golos.

Eintracht Frankfurt vs FC Porto (EPA) 




Um jogo louco, absurdo e apaixonante. Sim, se aqui não se ignoram as muitas fragilidades que este jogo, uma vez mais, revelou, também é daqueles jogos que se perpetuam na memória portista. Onde o coração tem mais arritmias que sangue bombeado. Onde os nervos saem em frangalhos, entre a depressão e a euforia. Onde uns minutos voam e outros não passam. Tudo isso em quase duas horas de loucura.





O jogo começa com duas alterações no onze inicial. Maicon no lugar de Abdoulaye, impedido de jogar na liga Europa, e Carlos Eduardo no lugar de Josué.

O Eintracht aborda o jogo com a táctica do caracol. Começa metido na concha. Se esta resistir ao choque, começa a esticar a cabeça para fora da hélix, para, por fim, colocar os pauzinhos ao sol. E tem sucesso.

Os primeiros minutos são do FC Porto. Sôfrego e acossado, o FC Porto atira-se ao Eintracht. Jackson, num longo rol de disparates, aniquila o que se vai criando. A organização a meio campo vive em função da capacidade de Herrera se libertar do duplo pivot. Com os extremos apostados no jogo interior, fica para os laterais o jogo flanqueado. Para lá do desperdício de Jackson, só Herrera ameaça a baliza do Eintracht.

Foi meia hora de pressão e para lá de umas lascas, a concha do caracol estava intacta. Lentamente, o gastrópode começou a esticar a cabeça. E foi pelo meio campo. Os médios do Eintracht avançam e Herrera é bloqueado atrás. O jogo vira. Até que a sete minutos do intervalo, a defesa do FC Porto assiste de camarote ao golo do Eintracht. Um sucessão épica de disparates, erros de marcação e fífias, ao qual o Eintracht juntou alguma arte e movimentos simples. E não foi por falta de aviso. Já Flum havia falhado por pouco num lance igual. Estava feito o 1-0 e o intervalo chegava pouco depois.

Eintracht Frankfurt vs FC Porto (REUTERS) 




A segunda parte traz um FC Porto ainda pior. Um minuto e já todos os portistas suavam frio. E se a sete minutos do intervalo o Eintracht ganhou vantagem, aos sete minutos depois do intervalo amplia-a. Maicon adormece no fora de jogo e os alemães fazem a festa.








Depressão. Que grande buraco. Como vamos sair disto?!

A resposta acaba por ser estranha. Se tivemos um ponta de lança que mais pareceu um central, também tivemos um central que foi ponta de lança.  Só um jogo deste tipo para tanta loucura.
  
O meio campo continuava imerso na sua capacidade e a nossa salvação acaba por vir das bolas paradas. O primeiro golo, aos 58 minutos, por Mangala, tem na sua origem um lance de bola parada que permite a fixação do central na área contrária. Aos 71 minutos, Mangala repete a dose, mas desta vez com brinde! 

 Finalmente, um lance de bola parada estudado! Aleluia!

Entre estes dois lances do nosso contentamento, não surge o terceiro do Eintracht por milagre. Carlos Eduardo falha um passe na transição ofensiva e a equipa é apanhada no contra-pé. O Eintracht é implacável e só não marca por milagre, num lance que ameaçou entrar para o anedotário!

Volta o Eintracht a comandar o jogo. Surpreendentemente! Após o 2-2 é a equipa alemã que tenta chegar ao golo da vitória. E consegue! Nova sucessão de erros de marcação e golo. Faltava ao FC Porto cerca de 15 minutos (mais compensação) para chegar ao golo. O meio campo portista era inexistente, Paulo Fonseca não opta por dar-lhe consistência, mas por juntar Licá a Ghilas e Jackson. Pontapé para a frente, jogo directo e muita fé.

Até que o lance aparece. Biqueirada de Maicon da nossa área lá para a frente. Licá ganha a bola na entrada da outra área e tabela com Ghilas. O remate é forte e o argelino acorre ao ressalto. Golo!!!! A cinco minutos dos 90, sem meio campo e num jogo de destes?! Loucura!

Restava aguentar. Paulo Fonseca retira Jackson para colocar Reyes. Mais valia reforçar o meio campo, mas o Eintracht já não tinha mais forças.

 




Continuamos a não ganhar na Europa. Mas há empates que sabem a vitória, como os há que sabem a derrota. Este sabe a vitória, mais do que algumas que o foram.






Mas o problema de base está lá. E foi evidente neste jogo. Evidente demais. Veremos se a equipa arrebita, animada pela passagem, ou se é nuvem passageira. E mais capas do O Jogo como a de ontem…só assim!



Análises Individuais:

Helton – Não foi mal batido em nenhum dos golos, mas no primeiro podia ter feito mais. De resto, o mesmo número habitual de dança na primeira parte do jogo.

Danilo – Muito assertivo no ataque, sobretudo na primeira parte. Um desastre a defender.

Alex Sandro – Se Danilo foi um desastre, Alex Sandro foi uma calamidade. Aquele terceiro golo do Eintracht é anedótico. No ataque, sofrível.

Maicon – Ganha o título de “mais pior mau” da defesa. Totalmente perdido, fora de tempo, fora de contexto, fora da marcação. Fora de tudo. Valeu pelo chutão lá para a frente a acabar.

Mangala – Há dois Mangalas. O central foi tão nabo como os outros defesas. Menos culpado que Maicon, mas tão sofrível como os restantes. O ponta de lança esteve implacável na área do adversário.

Fernando – Joga muito pior com um jogador ao seu lado, mas Paulo Fonseca insiste em arranjar-lhe companhia. Não foi tão sólido como costuma ser, nem tão influente no jogo. Grande cruzamento para o segundo golo.

Herrera – Boa primeira parte, soltando-se sempre que podia. Foi por ele que passou o nosso melhor futebol, sobretudo na primeira parte. Aos poucos desligou-se da frente, mas não foi por sua culpa. Sai na segunda parte, imerecidamente, e o meio campo do FC Porto eclipsa-se. O que vale é que era o Eintracht.

Carlos Eduardo – Exibição muito fraca. Pouco intenso no processo ofensivo, ainda deu barraca nas transições! Quase nos custava o 3-1, num lance que mete medo!

Varela – Não fez mossa e pouco se notou. De volta à sua fase lunar? Bem substituído.

Quaresma – Perdeu muito lances, sobretudo na primeira parte, chamando a si o protagonismo. Mas já sabemos o que a casa gasta. Mas a recompensa veio depois. Assistência para o primeiro golo (bom cruzamento). Felizmente, no segundo golo, optou por surpreender ao colocar em Fernando.

Jackson – Jogo medonho. Um assassino de lances ofensivos. Um autêntico central, pé de chumbo, a ponta de lança. O que foi aquilo?! Armado em otário?! Espero que tenha sido só um daqueles dias para os quais não há explicação. Só isso, espero.



Ghilas – É o melhor em campo. Entra para o molhinho na frente, mas já percebeu que não se pode entregar só a isso. Procurou jogo e caiu nos flancos. Trouxe alegria e força ao ataque. Marca o golo da “vitória-empate” e não merece voltar a jogar 3 minutos nos jogos seguintes.

Licá – Boa entrada, desta vez sim, para a sua posição. Aproveitando o balanceamento do Eintracht, sempre na diagonal e a escapar para segundo avançado. Excelente movimento no último golo, com um remate forte que colocou Trapp em dificuldades.

Reyes – Para segurar e queimar tempo.


Ficha de Jogo:

Eintracht Frankfurt: Trapp; Jung, Zambrano, Madlung e Oczipka; Schwegler e Flum; Aigner (Rosenthal, 69), Meier e Barnetta; Joselu (Lanig, 85).
Suplentes: Wiedwald, Djakpa, Rosenthal, Inui, Lanig, Weis e Kadlec.
Treinador: Armin Veh

FC Porto: Helton; Danilo, Maicon, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Carlos Eduardo e Herrera (Ghilas, 54); Varela (Licá,78), Jackson (Reyes, 90) e Quaresma.
Suplentes: Fabiano, Reyes, Josué, Licá, Defour, Ghilas e Ricardo.
Treinador: Paulo Fonseca

Árbitro: Björn Kuipers (Holanda)
Assistentes: Angelo Boonman e Erwin Zeinstra; Richard Liesveld e Ed Janssen
4º Árbitro: Charles Schaap

Golos:  Aigner (37), Meier (52, 76), Mangala (58,71) e Ghilas (86)





Por: Breogán

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Hóquei em Patins: OC Barcelos 3 - 3 FC Porto

Má fase

O FC Porto visitou hoje sempre dificil pavilhão do Barcelos em jogo a contar para a 17ª jornada do campeonato nacional. Estivemos lá em Junho e trouxemos a Taça de Portugal. Hoje queríamos "apenas" uma vitória. Não se esperava que fosse fácil, este é um pavilhão sempre complicado, mesmo este barcelos não sendo o Barcelos de outros tempos. Não ganhamos e vimos o Valongo afastar-se mais um pouco, já que ganhou em Braga. Nada está perdido, dependemos exclusivamente de nós, mas esta fase má tem de terminar já.

Cerca de 100/150 adeptos nossos deslocaram-se a Barcelos dispostos a lutar pelo emblema. Mesmo em minoria fizeram-se ouvir durante todo o tempo.

Tó Neves ainda não arriscou Reinaldo no 5 inicial. A forma ainda não será a melhor pelo que começar no banco não foi uma surpresa.

Entramos a dominar mas sem dispor de claras ocasiões de golo. Muitos remates mas sobretudo de meia distância ou com pressão defensiva. A primeira clara chance de golo surgiu apenas perto dos 7 minutos. Jorge Silva inicia e conclui um contra-ataque de 3 para 2. Contudo atira ao poste.





A partir desta jogada o jogo abriu. Nós íamos acumulando remates atrás de remates, alguns em posição privilegiada. Apenas nos faltava eficácia na finalização. Para ser o mais isento possível convém referir que o Barcelos nesta altura também teve as suas oportunidades. Esteve bem Edo nesta fase, sempre muito atento.





O ansiado golo surgiu aos 14 minutos. Saída rápida para o ataque por jorge Silva, bem ao seu estilo, tabela com Caio e já perto da baliza desvia para golo. 0 - 1 finalmente. Já era merecido.

Logo após o golo, entra Hélder Nunes para o lugar de Caio. Uma troca habitual.


O Barcelos tentava sair em ataques rápidos e apanhar a equipa de Tó Neves desprotegida. Não estavam a marcar mas o perigo rondava, tivemos algumas falhas nas compensações defensivas depois de bloqueios.

A 5 minutos do intervalo quase o nosso 2º. Pedro Moreira, sobre a direita e já dentro da área, remata e o guardião da equipa minhota defende. A bola sobra para Caio que remata. Nova defesa. Algum azar e alguma intranquilidade.

Por esta altura já Vitor Hugo e Reinaldo tinham entrado em ringue.

Até ao intervalo mais nenhuma nota de registo. Íamos para o balneário com uma vantagem miníma.

O recomeço da 2ª parte foi desastrosa para o nosso emblema. cerca de 30 segundos jogados nesta etapa complementar e já sofríamos o empate. Um golo estranho, Edo parece mal batido, a bola passou por baixo do nosso guarda-redes.

Fomos atrás de outro golo, encostamos o Barcelos para o seu campo. Eles estavam a defender muito atrás, quase enfiados na sua área. Nós, pelo contrário, tentávamos cada vez cedo a recuperação.

Aos 4 minutos esta superioridade deu resultado. Penalti sobre Caio por toque no patim direito. Reinaldo é chamado a cobrar. remata e golo. 1 - 2, novamente em vantagem.

Era a nossa melhor fase e 2 minutos depois festejamos novo golo. Uma boa jogada de Caio, a passar por trás da baliza e a passar atrasado para Barreiros. Este remata de primeira, cruzado e em força. Golo!!! 1 - 3.





O jogo estava mais vivo, os nossos atletas jogavam com mais velocidade e começavam a acertar mais frequentemente a saída para o ataque, o que nem sempre tinha acontecido até aí.





Um pouco contra a corrente de jogo o barcelos reduz. Mais um golo consentido. Remate cruzado, não muito forte e a bola entra no canto inferior direito da baliza de Edo.

Tó neves apostou em Hélder logo após o golo sofrido. Uma boa alteração, Hélder Nunes é um excelente defensor, trouxe qualidade nesta área. prova disso são os inúmeros cortes que foi colecionando.

O golpe de teatro para a nossa equipa deu-se a 7 minutos do fim. Foi a nossa 10ª falta. Pessoalmente fiquei com dúvidas mesmo após a repetição por isso benefício da dúvida para a dupla madeirense. Na cobrança o empate. 3 - 3.

Ainda tínhamos tempo para ganhar. Boa atitude dos nossos atletas, deram tudo. Procuraram (e mereciam) ser felizes. Foram para cima do barcelos. No minuto seguinte outra bola ao poste.

Faltavam 5 minutos e Reinaldo entra. Vamos lá capitão, mais um esforço.

A pressão sobre a bola era intensa, o barcelos mal conseguia sair. Ricardo Silva fazia uma grande exibição (nem nas bolas paradas tremeu como habitual). O Porto tentava ataques mais curtos, chegar rápido à baliza do barcelos.

A 1 minuto e meio do fim azul para um jogador do Barcelos. Decisão acertada. Reinaldo é chamado a converter o respectivo livre directo mas falha, o guardião adversário defendeu. Jogávamos em power play e tentamos. Uma, duas, três vezes. A bola não queria entrar. Tivemos uma ocasião soberana mesmo em cima do apito final.

A 14 segundos do fim penalti para nós. Uma tensão incrivel. O coração a bater rápido em todos os portistas. Era a última chance. Reinaldo novamente. Falhou de forma clara, a bola saiu a meia altura e directa ao corpo de Ricardo Silva.

Já não havia tempo para mais nada.

Podíamos e devíamos ter vencido. Nota-se alguma intranquilidade, não estamos habituados a estar em 2º e não estamos numa boa fase. Dependemos de nós. Queremos vencer, faremos tudo para tal. Venceremos. A começar já no próximo fim de semana na recepção aos Carvalhos. É proibido escorregar. Vitória obrigatória...



FICHA DE JOGO


Óquei de Barcelos-FC Porto Fidelidade, 3-3
Campeonato Nacional, 17.ª jornada
26 de Fevereiro de 2014
Pavilhão Municipal de Barcelos

Árbitros: Paulo Almeida e António Santos (Aveiro)

ÓQUEI DE BARCELOS: Ricardo Silva (g.r.), Luís Querido (cap.), Hugo Costa, José Pedro e João Marques
Jogaram ainda: José Braga, Pedro Mendes
Treinador: Paulo Freitas

FC PORTO FIDELIDADE: Edo Bosch (g.r.), Pedro Moreira, Ricardo Barreiros, Caio e Jorge Silva
Jogaram ainda: Hélder Nunes, Reinaldo Ventura (cap.), Vítor Hugo e Tiago Losna
Treinador: Tó Neves

Ao intervalo: 0-1

Marcadores: Jorge Silva (14m), José Braga (26m), Reinaldo Ventura (29m), Ricardo Barreiros (31m), Luís Querido (36m) e José Pedro (43m)


Por: Paulinho Santos

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Confiança cega

#FCPORTO #PauloFonseca #PintodaCosta


Tenho uma confiança cega
Qu’este barco não s’entrega
E ond’os ratos possam urdir
Acabarão por fugir…

Pois o exemplo sobressai
Nesse homem do leme
Que navegando, se teme
Nos longos anos que vai!

Mas o marinheiro descrente
Por uma viagem incerta
Já s’amotina na coberta!
Quer o imediato presente!

Pr’o despedir na insensatez
De ter mudado o sistema
Quando outrora, o tema
Era a falta d’ intrepidez!

Pois bem vencendo ‘aventura
Não se bastava na arte
Faltando arrojo, combate!
Que na conquista s’atura!

E mudado o comando
Por uma visão mais ousada
A tripulação está formada
Num pretenso bando!

É o desconcerto, o arreio 
A desventura, o grotesco
O insucesso, o burlesco!
C’o processo a meio…

E o timoneiro faz prova
Perant’o declarado motim
Qu’a guerra se vence no fim
Em coragem e manobra!

Pois claudicar é render-se
A essas hostes totalitárias
Que nessas provas “catilinárias”
Podem já ler-se!

É o fim de ciclo, de “nobre gente”
É a derrocada de tal insígnia
É o homem velho, a ignomínia 
É o dealbar do dirigente!…

E os escrivães Serpas
Velhos do Restelo!
Folgam em sê-lo
Sem as descobertas!

Por isso a nau vai navegar
D’encontro à glória!
Fazendo a história
Que s’irá contar!

E mesmo no rochedo 
Em que nos encontramos 
Náufragos não estamos!
E não temos medo!

Não nos intimida
O Adamastor!
Pois além da dor
Está a nossa vida!

E bem o sabemos
Qu’os ratos vão sair
Quand’a comporta abrir
Para os novos remos!

E ainda que suspeite
Qu’o imediato é inseguro
O timoneiro é duro!
A rendição não é aceite!

Por isso é navegar
Por essa europa acima
Até ao Reno, qu’o clima
Vai melhorar!

E tomaremos Francoforte
Como lança de mudança
Até ond’a vista alcança
Será tudo norte!

Pois no caminho pr’o sul
Somaremos sete pontos!
E no tempo dos descontos
Sobrevirá o azul!

Só precisamos d’entrega
No combate a tempo inteiro!
Que na liderança do timoneiro…
Há confiança cega!
Confiança cega!


Por: Joker

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Experiência

#FCPorto #benfica Sporting #Portugal


O qu’é a experiência
Na vida como no futebol?
Co-nhe-cimento! Qu’em espanhol
Diz-se ciência!

Muitas pessoas falam:
Experiência!
O qu’é a experiência?
É a ciência qu’exalam!

É dentro disso “par(a)tantos” 
Quanto mais experientes 
Estejamos as gentes!
Mais conhecimento tamos!

E melhor também estamos!
Neste caso do treinador
E de qualquer jogador
Que no benfica aprendamos!

Porque esta escola
É sobretudo experiência
Em turco, sapiência!
É producto da bola!

Que não existindo
Tinha de ser inventado!
Por Jesus, o letrado
Que nos vai instruindo!

Depois da “sanção”
Que diz ter aceite
Na conferência, o deleite!
Que experiente lição!

E prontos, já tamos
Com maior conhecimento!
Pelo experiente momento
A qu’então assistamos!

E neste belo exemplo
De conduta, saber!
O país está a crescer
Das pontas par’o centro!

Que tudo concêntrico
Na capital do co-nhe-cimento
Em experiência por dentro
Num percurso idêntico

Cresçam nesta ciência
Neste culto de vitória!
Que por experiência, ou glória!
Que melhor referência?

E o saber é bem pago
Como o é a cultura!
4 milhões, e perdura….
A falar como um parvo!?

Em que mundo vivemos
Onde esta experiência
É tomada como ciência
No conhecimento que vemos?

E tudo isto é tolerável
Num país de promessas
Onde conferências como estas
São a imagem condestável!?

E sem a bolinha vermelha
Par’a educação destas massas
Que julgando qu’as nossas taças
A esta imagem s’assemelha!?

Pensando que por “experientes”
Neste “saber e saudade”
Têm total liberalidade 
Pr’a se dizerem docentes!

Conhecimento, diz ele!
É a experiência da vida
Que na proposição invertida
É o qu’a vida fez dele!

Por isso se faz convencido
Qu’o “conhecimento” é tudo
Que sem a experiência, contudo
Não se saberia…vencido!



Por: Joker

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Liga Zon Sagres, 20ª Jornada; FC Porto 0 - 1 Estoril

Tiro na cabeça.

Já com os pés todos esfacelados de tanto furo de bala, eis que a dita, desta vez, perfura o crânio, metendo o FC Porto num estado vegetativo. Já com massa encefálica espalhada pelo chão, uma hemorragia perene, um pulso periclitante e uma paragem respiratória eminente, este FC Porto agarra-se ao milagre. Valeu-nos já no passado. Será que os vermelhos passam em Guimarães? Se calhar não! E se formos a Leverkusen ganhar? Ou a Frankfurt? A equipa anima?!

O ridículo aconteceu. Este FC Porto, que já não perdia em casa há mais de cinco anos para o campeonato, sem margem de manobra e após mais um mau resultado europeu em casa, perde frente ao Estoril!

foto1 





Mas isso é ridículo? Este Estoril é a surpresa do campeonato! É a equipa que iniciou a derrocada lampiónica da época passada!







Pois é. Não foi por falta de aviso. Na primeira volta não ganhamos lá. Sim, a arbitragem foi terrível, eu sei, mas foi taco a taco. Para a taça, ainda levamos um susto e só aos 87 minutos a coisa lá se resolveu. Suado, suadinho!


Mas sejamos honestos. Este Estoril é uma equipa espremida até mais não. Perdeu 6 titulares do ano passado. Neste jogo não contou com o seu melhor avançado (Sebá) e com o seu esteio defensivo (Gonçalo). Até jogou 30 minutos sem o seu treinador no banco! Que mais podíamos pedir?!


Ainda assim, perdemos!!!!

Entrando no jogo, começamos bem e pressionantes. Havia que ganhar alento após mais um desaire caseiro para as competições europeias e o 3º classificado havia ganho ontem.

O meio campo estruturava-se bem, com Herrera a assumir a transição. Dois extremos abertos, davam amplitude ao ataque e criavam dificuldades defensivas ao Estoril. Claro, este FC Porto ainda gatinha. Não tem entrosamento, não tem dinâmica, não tem velocidade de execução. Já tem um bom desenho, algo que até há bem pouco tempo nem isso tinha.

Fomos criando algumas, mas o Estoril soube morder a língua e aguentar. À passagem da meia hora, Herrera deixa de transportar jogo. É certo que o meio campo estorilista já havia percebido a origem do perigo, mas o recuo de Herrera corta a alimentação do ataque portista. Qual a origem deste recúo?!

 






O intervalo traz um FC Porto acossado. Até assustado pela perspectiva de perder mais pontos. A entrada é forte, mas desconexa. Mais alma que engenho. Mais vontade que qualidade. O Estoril volta a baixar a cabeça e a morder a língua. É preciso dobrar a tormenta para chegar à boa esperança.









Até que o jogo se decide entre o minuto 60 e 70. Onde o Estoril mais queria: no jogo dos bancos.


Começa Paulo Fonseca que, na sua cartilha particular, ao minuto 60 faz a primeira substituição. Entra Carlos Eduardo. Muito bem. O problema é quem sai. Herrera já não era 8 e Carlos Eduardo poderia ressuscitar as nossas transições. Se era para imprimir outra criatividade na posição 10, mais valia Quintero. Mas não, sai Josué (até fez um bom jogo) e entra Carlos Eduardo. Pouco ou nada mudou no FC Porto.

 Responde Marco Silva, ao retirar Babanco para colocar Bruno Lopes. O Estoril muda. Ganha velocidade nos flancos, Evandro assume a comando criativo e o Estoril ganha presença à frente dos centrais.


 Resposta de Paulo Fonseca? Tira Herrera e coloca Ghilas. Carlos Eduardo e Fernando na mesma linha a meio campo. Ghilas e Jackson lá na frente à espera das bolas que nunca haveriam de chegar. Marco Silva só não se riu porque já não estava no banco.

 De repente, o treinador do FC Porto oferece superioridade numérica a meio campo ao Estoril e expõe a sua equipa as raides de Carlitos e Balboa, pois os laterais portistas, até aí os principais alimentadores do ataque portista, ficaram amarrados atrás.









O resultado desta calamidade táctica chegaria 8 minutos depois. E a derrota era uma certeza. Burrice!

Marco Silva ganha de goleada. Em campo na táctica e na conferência de imprensa.







Paulo Fonseca deu o tiro na cabeça. Este FC Porto está vegetativo. Cabe à SAD, que sempre se escondeu atrás da incompetência alheia, solucionar o que adiou. Este caminho é finito.




Análises Individuais:

Helton – Algumas reposições patéticas. Muito preocupado em pedir desculpa para as bancadas. Duas boas saídas a evitar males maiores.

Danilo – Ofensivamente competente. Defensivamente, esteve em bom nível.

Alex Sandro – Melhorou substancialmente em relação ao último jogo. Ainda permeável a nível defensivo, mostrou-se muito mais capaz a nível ofensivo. Paulo Fonseca não gostou e cortou-lhe as asas.

Abdoulaye – Nem bom, nem mau. Balboa nada percebe da posição e é presa fácil. Bruno Lopes foi mais complicado. Não errou, mas também não ditou lei.

Mangala – Anda parvinho de todo. É lance para dar penalti?! Tal como Abdoulaye, nem ditou lei, nem foi testado. Quando foi, deu um brinde.

Fernando – Na primeira meia hora de jogo jogou ao seu nível. Herrera desceu e nunca voltou ao mesmo nível exibicional. A dupla com Carlos Eduardo foi um desastre.

Herrera – Ordens de Paulo Fonseca? Incapacidade sua de se impor ao meio campo do Estoril? Há dois Herreras. Até ao minuto 30 foi poderoso, após isso foi desastroso.

Josué – Boas aberturas e boa visão de jogo. Faltou-lhe vivacidade. Dinâmica. Mas foi o melhor elemento do meio campo e, ainda assim, é o primeiro a ser substituído. Cartilha. Não sabe para mais o Paulo Fonseca. O melhor em campo.

Varela – Muito apagado, Mano meteu-o no bolso, de onde raramente saiu.

Quaresma – Numa equipa sem rei nem roque. Sem treinador, táctica e ideia de jogo. Até percebo que queira chamar tudo a si. Que queira assumir. Que não se esconda. Mas peca por demasia. Abafa ainda mais a equipa. Não percebo porque continua a marcar todas as bolas paradas.

Jackson – Um desastre neste jogo. Más recepções em barda. Remates pífios. Fartou. Não é desculpa. Pelo contrário. Responsabiliza-o ainda mais. Não pode encolher os ombros e que se lixe.



Carlos Eduardo – Afundou-se naquele meio campo congeminado por Paulo Fonseca. Então quando passa para a dupla com Fernando, esfuma-se!

Ghilas – Pela enésima vez!!! A partir de um flanco!!!! Não é para o molinho na frente com Jackson, à espera da bola que nunca há-de vir! É  para carrilar jogo a partir do flanco!!!




Ficha de Jogo:

FC Porto: Helton; Danilo, Abdoulaye, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Herrera (Ghilas, 70 e Josué (Carlos Eduardo, 62); Quaresma, Varela e Jackson.
Suplentes: Fabiano, Maicon, Carlos Eduardo, Quintero, Ricardo, Licá e Ghilas.
Treinador: Paulo Fonseca

Estoril: Vagner; Mano, Yohann Tavares, Ruben e Tiago Gomes; Diogo Amado e Babanco; Carlitos, Evandro e Filipe Gonçalves; Balboa.
Suplentes: Ricardo Ribeiro, Bruno Miguel, Anderson, Gerso, João Pedro Galvão, Emídio Rafael e Bruno Lopes.
Treinador: Marco Silva

Árbitro: Vasco Santos

Golos:  Evandro (78m)


Por: Breogán

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Segunda Liga, 31.ª jornada: SP. COVILHÃ 0 - 1 FC PORTO B

#FCPortoB #FCPorto #Segunda Liga #IvoRodrigues 

O Porto B foi este Domingo ganhar ao campo do Covilhã por 1 bola a zero.

Diego Reys voltou a ser "emprestado" pela equipa principal, Quinones e Mikel regressaram à titularidade.







Num campo muito mal tratado (que mais parecia um batatal) a equipa portista entrou muito forte. Apesar de um susto que Kadu resolveu com uma grande defesa logo a abrir, o Porto B não se deixou amedrontar e partiu para 45 minutos iniciais de excelente futebol.





A equipa apresentou-se sempre superior ao adversário quer fisicamente quer tecnicamente. Com Mikel e Pedro Moreira a taparem todos os caminhos para a sua baliza e Tozé a servir de bandeja os extremos Kayembe e Ivo e o ponta de lança Gonçalo.

Foi assim naturalmente que aos 10 minutos Ivo Rodrigues, depois de flectir da ala esquerda para o meio, remata de forma fantástica para um grande golo.

Larry David: www.magicoporto.com


Após o golo, o Porto continua a criar oportunidades sucessivas para aumentar a vantagem. Gonçalo, Tozé, Kayembe, Ivo e mesmo Mikel ficam perto do golo, mas o guarda redes do Covilhã, Haghighi, estava num grande dia.

O jogo foi assim para intervalo com um resultado lisonjeiro para o Covilhã.

Na segunda parte, o jogo muda. O Porto B parece acusar algum cansaço e o Covilhã cresce. O jogo torna-se mais equilibrado e passa-se a lutar mais no meio campo.

As oportunidades de golo tornam-se mais raras e divididas com Kadu a voltar ao jogo com 2 excelentes defesas e, do lado contrário, com Kayembe e Tozé com a mira desafinada.

Leandro, Fred e Tomás (que entram já na segunda parte) não mudam em muito o jogo que se arrasta assim até ao final.

No fundo, uma vitória justa do Porto B sobretudo pela excelente primeira parte.

De realçar que com esta vitória a equipa portista sobe à liderança isolada do campeonato da segunda divisão.

 
Análise individual:


Kadu: A voltar às boas exibições. 3 defesas muito boas a segurar o resultado.

David Bruno: Ultrapassado num lance. De resto não comprometeu.

Reys: Parece ter algumas culpas num lance de bola parada. De resto um jogo regular.

Tiago Ferreira: Bom jogo do central com alguns bons cortes.

Quinones: O pior em campo do lado portista. Sempre a complicar em demasia. Um corte mal efectuado que ia trazendo dissabores.

Mikel: Importante a sua capacidade física num péssimo relvado.

Pedro Moreira: Talvez o jogador mais importante para os equilíbrios da equipa quer em processo ofensivo como defensivo.

Tozé: Um belo jogo do baixinho criativo. Sempre a destribuir jogo, a tabelar, a rematar. Ficou na retina o passe magistral que isolou Kayembe.

Kayembe: Mais um excelente jogo do belga. Tem uma força e potência rara para um jovem de 19 anos. Falhou um golo feito, mas o que fez no resto do jogo acaba por relativizar esse momento.

Gonçalo Paciência: Não sabe jogar mal. Tecnicamente muito dotado, com uma lucidez e uma visão de jogo notáveis. Esteve perto do golo de cabeça.

Ivo Rodrigues: Melhor em campo. Esteve endiabrado. Fez gato sapato dos defesas do Covilhã e foi decisivo pelo golo que marcou. E que golo!

Leandro: Entrou para dar mais força ao meio campo.

Fred: Uma boa combinação com Gonçalo. Não houve tempo para mais.


Tomás: Para queimar tempo.


Ficha de jogo:

SP. COVILHÃ-FC PORTO B, 0-1
Segunda Liga, 31.ª jornada
23 de Fevereiro de 2014
Complexo Desportivo da Covilhã

Árbitro: Rui Costa (Porto)
Assistentes: Nuno Manso e Miguel Aguilar

SP. COVILHÃ: Haghighi; Janício, Edgar (cap.), Joel e Alex; Victor Massaia, Tiago Martins, Gilberto e Carlos Manuel; Gui e Kizito
Substituições: Gui por Bata (23m), Janício por Forbes (33m) e Alex por Samuel (74m)
Não utilizados: Igor, Rocha, Amian, Diogo Gaspar e Samuel
Treinador: Francisco Chaló

FC PORTO B: Kadú; David Bruno, Reyes, Tiago Ferreira e Quiño; Mikel, Pedro Moreira (cap.) e Tozé; Ivo Rodrigues, Kayembe e Gonçalo Paciência
Substituições: Tozé por Leandro (78m), Ivo por Frederic (84m) e Gonçalo Paciência por Tomás Podstawski (90+2m)
Não utilizados: Stefanovic, Rafa, Zé António e André Silva
Treinador: Luís Castro

Ao intervalo: 0-1
Marcador: Ivo Rodrigues (11m)
Disciplina: cartão amarelo a Pedro Moreira (51m), Alex (64m), Carlos Manuel (68m), Forbes (76m), Kizito (85m), Gonçalo Paciência (90m) e Joel (90+3m)


Por: Prodígio 


sábado, 22 de fevereiro de 2014

Dolo ou consequência?

#Sporting #FCPorto #Portugal #TaçadaLiga #Palhaçada


Levo saudade e tempo
Desd’o estudo do Direito
Onde tod’a causa e efeito
Só no nexo causa assento!

E na destrinça desse acto
Juridicamente lavrado 
Só o momento declarado
Tem relevância por facto!

Nesses estados de espírito
Em vários níveis d’intenção
Conscientes ou por inação 
Se tinham por juízo crítico!

E na conduta do ser
Nesse querer psicológico!
Eram o corolário lógico
Qu’essa sanção possa ter!

Pois todos podemos agir
Fora dos contornos da lei!
E se por um momento tentei
O meu acto corrigir?

Com que intenção sou julgado
Nesse acto intencional
Se por um momento infinitesimal 
Sou nesse facto ilibado?

Imagine-se que queria
Executar esse crime!
Mas o momento define
Não a intenção com que agia?

E que não sabendo a lei
Ajo sem ter consciência
E nesse acto, por coincidência 
O dano é maior do que sei?

Isto é só um relance
Do complexo jogo da vida
Ond’a lei é investida
Pra determinar o seu alcance!

Por isso gosto d’ouvir
Tantas certezas jurídicas!
Em tantas cabeças curtidas
Que nessa razão a convir

Os deixou sem tento na língua
Porque a decisão final
Desmontou a acusação formal
Na sanção que corre tinta!

E tod’a comunicação-social
Os chama ao comentário 
Querendo só um corolário:
A impunidade (desse clube) é real?

Pergunta o “jornalista”
Ao comentador de serviço
O médico dá conta disso
No seu comentário trocista:

O Porto recebe os árbitros
E só ganha com fruta!
Esta decisão só ilustra 
Qu’o Porto mantém os hábitos!

E perguntado ao causídico 
Ex-comentador de serviço
O Dolo não é preciso
Nesse atraso jurídico?

Sim, foram três minutos fatais
Em que perdemos a meia
O que no último minuto, norteia
Todos os minutos a mais!

E há uma intenção declarada
Em atrasar a partida!
Qu’em dois minutos, a vida!
Se pode dar por finada!

Por isso o tempo é precioso
E não sendo apenas dinheiro
Tem um valor por inteiro
Em cada minuto “doloso”!

E é fácil de se provar
Essa intenção da marosca:
O árbitro fez vista grossa
Quando devia apitar!

Pois essa lesão do Fernando
Não se veio a comprovar!
O Jogador não saiu a coxear
Quando s’ausentou do campo!?

E mesmo que tenha sido
Substituído na primeira parte
Isso foi engenho e arte!
Para o resto do sucedido!

E aqui se prova o nexo
Desta real causalidade!
Só o sporting fala verdade
E o Porto vive no complexo!

Pois ainda que vença muito
Não passa dum clube d’aldeia
Pois o dolo é uma coisa feia
Se praticado ao minuto!

Por isso esta consequência
De terem que pagar a multa
Por este atraso, é nula!
Qu’o direito é uma ciência!

E todos sabemos qu’existe
Duas justiças no país!
No sul tem outro cariz
No norte é coisa de chiste!

E ainda qu’a decisão 
Se tenha tomado em Lisboa
Por unanimidade, é boa!?
Teve no norte o condão!

Pois o seu Presidente
Ainda que sem voto decisório
Teve um acto persecutório
Contr’o clube inocente!

Então lá perguntou
Em qu’é que dois minutos
Tivera a ver com os muitos
Golos qu’o clube não marcou?

E ainda que lá jogara
Contr’o clube da segunda!
Porquê uma volta d’honra
S’o jogo ainda não acabara?

Há dolo, há dolo sim senhor!
Nesse festejo antecipado!
O crime por facto provado:
Usurpação, senhor doutor!
Toma!



Por: Joker

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Tradutor precisa-se!

#PauloFonseca #Miséria #FCPorto #AndasaDormir!




Conhece Hamburgo e Estugarda
Dortmund e Leverkusen!
Confunde-se com Gelsenkirchen
Frankfurt? Santa bujarda!?

Este germanófilo de cepa
Não sabe a que terra virar!
E pôr essa equipa a jogar
Se nem no adversário acerta?

Confundiu-o com o Milão
Nessas cores rubras e negras!
E por essas bancadas repletas
Ouviu-se cantar em alemão!

E vai tamanh’o crime
Neste assassínio de massas
Onde um Dragão já sem asas
Emite um canto de cisne!

E é tão forte o declínio
No jogo como na palavra
Ond’o timoneiro s’engasga
Na senda do seu próprio fascínio!

E por essa “Germânia” discorre
Não sabe da terra do Meno 
Na encruzilhada do Reno
Na fronteira desse franco forte!

Como última fronteira romana
Do mundo antes “civilizado”
Quiçá por nunca ter estudado
Confunde com tod’a terra ariana!

Mas se fosse só a confusão
Que reina na sua geopolítica 
Eu ria-me só do benfica
E do Jesus na sua prelecção!

Assim tenho que confessar
Qu’é preferível conviver c’um esperto
Que não sendo politicamente correcto
Sabe qu’adversário derrotar!

E não se confundido na língua
Só nas palavras em que filosofa 
É homem pr’a ser “poliglota”
Falando em alemão da pinga!

Mas escolhe a cidade correcta
E sabe as cores do adversário 
Transcorrendo tod’o abecedário
Acerta, em posição incorrecta!

Mas nós c’o este treinador
Não temos uma ponta de sorte!
E sabemos que pr’a Francoforte
Não levamos sequer tradutor!



Por: Joker

Liga Europa, 16 Avos - 1ª Mão; FC Porto 2 - 2 Eintracht Frankfurt

Gatinhar

O FC Porto gatinha. Já se tenta pôr de pé, mas logo vai com o rabo ao chão. Mas já gatinha. Ao menos já tem uma ideia de locomoção. Eu que pensava que iríamos passar a época toda na fase de sentado.

Este Eintracht de Frankfurt é um bom exemplo de uma equipa que já caminha pelo seu próprio pé. Ideias claras, linhas sempre juntas, saber sofrer sem nunca perder de vista o ataque, bons princípios de jogo flanqueado. Podem não ter um andar muito adulto ou que dê para altos voos, mas sabem andar e sabem colocar um pé à frente do outro.


foto1





O FC Porto, não! O FC Porto está na sua pré-época. Finalmente, percebeu para que servem as pernas. Ainda só gatinha. E a liga Europa não se compadece.







Só agora, temos uma ideia clara de como se deve montar o meio campo do FC Porto. Ainda assim, na segunda parte, foi massivamente assassinada. Mas já lá vamos.

Finalmente, começamos com um meio campo estruturado. Fernando já respira, temos um 8 forte e poderoso nas transições e um criativo. Só ainda não sabem jogar em conjunto. “Só”. O Fernando andou a jogar em duplo pivot. O Herrera desterrado na B. E o Josué um pouco por toda a parte do meio campo e até a falso extremo. A questão é simples, o ponto onde estamos hoje deveria ter sido vivido na fase final da pré-época. Passamos meio ano em experiências alucinadas e isso tem um preço. Enquanto outras equipas estão em velocidade cruzeiro, nós ainda estamos com os soluços do arranque.

  
O jogo deixa aquele amargo de boca. Caramba, já fomos brutalmente mais incompetentes esta época e safamo-nos. Neste jogo, até fizemos uma boa primeira parte, bom ritmo, boa amplitude e dominadores a meio campo. A segunda, mesmo em perda acentuada, com dedinho de mestre da mula russa, também não foi tão execrável como tantas outras nesta época. Oferecemos golos, falhamos alguns e já estamos condenados a ter que ir ganhar a Frankfurt. Mesmo que Paulo Fonseca teime em ir para Leverkusen.

 Começamos muito bem. Fortes e rápidos. Somamos oportunidades de golo, com Jackson em destaque na hora de somar golos falhados. O nosso meio campo impunha-se, com Herrera avassalador sobre a transição do adversário. A bola circulava rápido, embora o ataque ao espaço fosse deficiente. Ainda só estamos a começar! O Eintracht de Frankfurt, sempre que podia, esticava a manta. Mas as investidas eram travadas com relativa facilidade.







O FC Porto nunca conseguiu ser avassalador, mas manteve sempre o controlo da partida. O golo tardava, até que o remate genial de Quaresma traz justiça ao marcador, já em cima do intervalo.






A vantagem era escassa, até demasiado escassa para o domínio portista. Restava tentar ampliar a vantagem na segunda parte e ganhar conforto para a visita à Alemanha. Mas não. O problema adiado do FC Porto ressurge. Herrera recua, Fernando ganha um parceiro indesejado e o Eintracht de Frankfurt começa a ganhar o domínio a meio campo.

Logo no reinício dispõe de duas oportunidades. Nem assim, o FC Porto corrige. O jogo vai caindo nas mãos alemãs e o FC Porto cada vez mais refugiado no contra-ataque. Jackson volta a ameaçar por duas vezes, até que Varela eleva para 2-0.


Estava ganho, julgávamos nós. Em cinco minutos, o Eintracht de Frankfurt empata, em dois lances que nos penalizam por erros individuais, com destaque para o segundo, verdadeiramente caricato. Mas mais que isso, fomos penalizados por abdicarmos do controlo do jogo, por abdicarmos de sermos os mais fortes na transição ofensiva. O lance que dá origem ao canto do segundo golo do Eintracht de Frankfurt é sintomático. Havíamos perdido o controlo a meio campo.

Abdicamos de ser o FC Porto frente a um “Bayern” para sermos o FC Paços de Ferreira frente ao Eintracht de Frankfurt. O problema adiado ataca sem apelo ou agravo!

Depois, veio o desespero. Se dúvida houvesse da qualidade táctica de Paulo Fonseca, a substituição aos 83 minutos acaba com ela. Ávidos para (re)ganhar o controlo a meio campo para atacar a baliza alemã, num assalto final para tentar ganhar alguma vantagem para a segunda mão, Paulo Fonseca retira Fernando e coloca Ghilas. Nada contra a entrada do avançado, como é óbvio, mas abdicar do nosso melhor recuperador de bolas e o jogador que equilibra o meio campo, não lembra ao careca! É a típica substituição do treinador fraquinho em desespero. Tirar Varela ou Quaresma? Nada disso. Molhinho lá na frente!

Já se nota que nem os jogadores percebem o que ele quer. Nem eles acreditam na sua liderança. É uma equipa à deriva à espera do desastre.

Nada estaria perdido. Temos mais que equipa para ir a Frankfurt ganhar. Só não temos treinador.
Mero detalhe!

Na entrevista pós-jogo, Paulo Fonseca afirma: “Temos feito bons jogos, tanto na Liga dos campeões como agora na Liga Europa. Com certeza que os adeptos saberão reconhecer o bom jogo que fizemos perante uma equipa difícil.”

Só uma breve nota de rodapé: sete jogos Europeus esta época, uma só vitória e zero jogos ganhos em casa.

Bem sei que Paulo Fonseca não diz isto por despeito, nem desrespeito a nós. Diz porque não sabe mais o que há-de dizer. Diz porque quer acreditar no que diz. Diz porque é a primeira coisa que lhe vem à cabeça, porque não tem discurso nem mensagem. Diz porque mais vale uma ilusão que a dureza da realidade. E sim, até tem um pingo de verdade. Hoje não fomos medonhamente maus, pelo contrário, tivemos uma primeira parte bem boa, mas deitada a perder pelas suas limitações.







A culpa não é dele. A culpa é quem o adia. A culpa é de quem se esconde atrás dele. Por isso, e por um mínimo de decoro, ao menos que o Rui Cerqueira, de uma vez por todas, arrume a questão. Paulo Fonseca, até ao dia que sair do FC Porto, não deveria ir muito além do “sim” ou “não” como resposta às perguntas que lhe são colocadas. E ainda assim, sabe Deus!




Análises Individuais:

Helton – Seguro no assalto inicial da segunda parte. No primeiro golo não tem hipótese, mas no segundo fica-me aquela sensação que deveria fazer mais. Não é frango, nada disso, mas uma coisa meia atrapalhada.

Danilo – Seguro a defender e disponível para atacar, na primeira parte. Após o intervalo desaparece do ataque. Ordens?!

Alex Sandro – Anda a precisar de dar com os dentes no banco. Amorfo a defender, algo que já vem a agravar-se há algum tempo. A atacar, sai a preceito mas define mal.

Maicon – Boa primeira parte, mostrando que só lhe fez bem o tratamento de banco após aquela vergonha frente ao Marítimo. Na segunda, erra no momento mais crítico.

Mangala – Anda demasiado intranquilo. Parece que não lhe assenta bem o papel de líder da defesa. Pavorosa a forma como é batido no segundo golo.

Fernando – Boa primeira parte, onde aniquila quase toda a criação de jogo do Eintracht de Frankfurt. Na segunda parte, Paulo Fonseca resolve voltar a Paços. A linha criativa dos alemães agita-se logo. Herrera é mais estorvo que ajuda e no píncaro da loucura, para não dizer burrice, Paulo Fonseca abre mão de Fernando.

Herrera – Grande primeira parte, pelo que fez neste período, merece ser o melhor em campo. Solto, agressivo e muito forte na transição ofensiva. Ganha imensa qualidade quando ataca. Como prenda, Paulo Fonseca, mete-o no duplo pivot na segunda parte. Danke Paulo Fonseca!

Josué – Depois de ter sido saco de pancada por todo o lado, começa uma nova etapa no seu lugar. Primeiro, está muito aquém da dinâmica que um 10 precisa. Tem que ser mais rápido, mais esperto e mais eficiente. Esse é um choque táctico que não vai ser dado por este treinador! Segundo, precisa de ter outra capacidade física.

Varela – Marcou um golo e pouco mais. Pouco influente no jogo, deveria ser ele a dar o lugar a Ghilas.

Quaresma – Tal como Varela, pouco influente no jogo. Salva-se o seu momento de génio, com um golo brutal a dar o 1-0. Espero que não lhe suba à cabeça.

Jackson – Anda azedo com os golos. Falhou demais. Nunca virou a cara à luta, mas a equipa precisa que volte a encontrar o caminho do golo. Para isso, seria preciso que o conjunto funcionasse e que Jackson recebesse mais jogo. O que não me parece que vá acontecer neste consolado.



Carlos Eduardo – Entrou numa fase onde o FC Porto já não tinha controlo sobre o meio campo. Meio a frio, ainda tentou dar alguma magia, mas rapidamente foi varrido pelo meio campo defensivo alemão.

Ghilas – Ainda a tempo de falhar um golo cantado, não teve grande impacto no jogo, pois foi para a “molhada”, quando o meio campo do FC Porto nem conseguia ter domínio


Ficha de Jogo:

FC Porto: Helton; Danilo, Maicon, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Herrera e Josué; Quaresma, Varela e Jackson.
Suplentes: Fabiano, Reyes, Licá, Carlos Eduardo, Quintero, Ghilas e Ricardo.
Treinador: Paulo Fonseca

Eintracht Frankfurt: Trapp; Jung, Zambrano, Madlung e Oczipka; Schwegler e Russ; Rode, Meier e Flum; Joselu.
Suplentes: Wiedwald; Djakpa, Lanig, Aigner, Schrock, Barnetta e Kadlec.
Treinador: Armin Veh

Árbitro: Matej Jug (Eslovénia)
Assistentes: Matej Zunic e Roland Brandner; Dragoslav Peric e Dejan Balazic

4º Árbitro: Robert Vukan

Golos:  Quaresma (44), Varela (68), Joselu (72) e Alex Sandro (auto-golo, 77)

Assistência: 25.107 espectadores



Por: Breogán






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