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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Liga Zon Sagres, 26ª Jornada; FC Porto 3 - 1 Académica

#FCPorto #Portugal #Gestão #Académica



Gestão

Resta esfregar as mãos para sacudir o pó. Está feito o trabalho de casa. Ganhamos, com folga embora algo sofrido e sofrível na segunda parte. Mantivemos a distância para quem já está a fazer um campeonato excepcional e parece ter apetite para mais e continuamos na perseguição por um segundo lugar, cada vez mais inalcançável, mas que é nossa obrigação espernear até ao fim.




Estes jogos entre disputas europeias a eliminar são muito traiçoeiros, sobretudo para uma equipa que está longe de estar estável e confiante nas suas capacidades. É incomparável este FC Porto de Luís Castro ao de Paulo Fonseca. Demos um salto imenso na consistência da equipa, sobretudo em termos tácticos e mentais (direi até que em atitude competitiva a evolução é tremenda), mas este FC Porto ainda tem sequelas profundas do anterior legado.

Nem tudo correu bem, houve sempre espaço a mais para a Académica sair a jogar. O nosso meio campo hoje estruturou-se de forma conveniente, mas na sua essência só existiu a atacar. Fernando, suspenso para Sevilha, aproveitou e deu uma descansada, como dizem os brasileiros. Já Herrera e Quintero são jogadores ainda muito pouco formatados no plano defensivo. A atacar dão logo nas vistas, mas a defender ainda não estão nem calibrados. Muito amorfos, só correm para trás se a bola passar perto, ainda não procuram cortar linhas de passe, quanto mais ocupar espaços e criarem uma teia de pressão alta. Impossível naquelas cabeças, nesta fase. Perdemos muito tempo esta época e só agora dão os primeiros passos nesta aprendizagem.

Quanto ao jogo, valeu pela primeira parte, onde o FC Porto constrói o resultado que lhe permite entrar em regime poupança para a segunda.

Luís Castro introduz algumas alterações na equipa, pensando na batalha na Andaluzia que se aproxima. Ricardo entra para lateral direito. Abdoulaye assume o lugar de Mangala. No meio campo, Herrera dá descanso a Defour e Quintero assume a criatividade. No ataque, Ghilas é a novidade e Quaresma é poupado.

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O FC Porto entra muito forte, tomando conta do jogo e encostando a Académica às cordas. Inaugura o marcador ao quarto minuto de jogo, por Jackson e com assistência de Ghilas, o que facilita o comando de jogo por parte do FC Porto. É um FC Porto dominador, mas macio na hora de defender a meio campo, pelas razões já indicadas. E assim a Académica vai espreitando o contra-ataque nas vagas de domínio portista.




É assim que a Académica assusta, por duas vezes, com Fabiano a defender para os postes. A estes dois momentos de empertigamento, o FC Porto responde com o segundo golo, numa execução sublime.
A Académica deprime e o FC Porto mantém-se no comando do jogo. Pouco depois, penalti claro sobre Quintero e Jackson faz o seu segundo golo da noite. O intervalo daria descanso aos da Briosa.

A segunda parte é deprimente, é certo. O FC Porto parou de jogar. Mas a gestão do esforço impunha-se. 

Poder-se-ia congelar a posse de bola, não permitindo a Académica ter tanto acesso a esta. É uma das sequelas de que sofre esta equipa. Se fosse mais autoconfiante, escondia a bola e só se desgastava quando a Académica tentasse a transição ofensiva. Mas o adormecimento foi mais profundo e o piloto automático ligou-se logo. A Académica reduz para 3-1 pouco depois do reinício e ameaça o 3-2 só parado por uma defesa assombrosa de Fabiano.

Luís Castro mantém-se decidido a dar o máximo de rotação à equipa, mas foi pena que não tenha dado uma oportunidade a Kelvin. Era um bom jogo para o testar.

A Académica acaba por perder gás e é o FC Porto que ameaça o 4-1 por Danilo, já no fim do jogo.

Segue-se a batalha de Andaluzia. Sem Fernando e Jackson, mas suficientemente competentes para passarmos.



Análises Individuais:

Fabiano – Duas defesas estrondosas na primeira parte a desviar remates para os postes. Na segunda parte, faz uma defesa assombrosa ao defender um remate a queima-roupa e sobre a linha de golo, primeiro com uma cabeçada e depois com uma palmada. Percebo agora porque a sua primeira alcunha foi “Sobrenatural”. Tem limitações e espero bem que quem trabalhe com ele todos os dias as tente superar. Vale a pena.

Ricardo – Grande jogo do miúdo. Teve erros, precisa de ler um manual sobre como ser um lateral ou alguém que lhe dê umas dicas, mas das boas. Mas tem um coração enorme e não se esconde. Está aqui um excelente projecto de lateral direito. Safou-se bem a lateral esquerdo.

Alex Sandro – Jogo muito amorfo. Inoperante no aspecto defensivo e pouco participativo no ataque.

Reyes – Continua a sua curva de crescimento. Está muito mais senhor de si e aborda os lances já com alguma autoridade. Ainda abusa do seu bom futebol, mas esta recta final de temporada está a fazê-lo crescer de forma desmesurada.

Abdoulaye – É radioactivo e prova-o a cada jogo. Passado, ultrapassado e até humilhado. Vai dando para o gasto.

Fernando – Uma soneca no serviço. Jogo bem fraquinho. Poupou-se bem.

Herrera – É um craque quando se aproxima da área contrária. É um susto quando se aproxima da nossa área. Está mais que visto o que tem que trabalhar. Para ser um 8 de topo, tem que trabalhar e muito o aspecto defensivo do seu jogo. A atacar pouco há a aprender. A defender, quase tudo. Um bom começo é tornar-se menos errático no passe. Trabalhar até ao vómito o passe curto. Fez uma primeira parte de grande nível no aspecto ofensivo, mas cai a pique na segunda.

Quintero – A análise é muito igual à de Herrera. Excepto no aspecto técnico do passe. É um jogador que dá muita qualidade ao jogo ofensivo, embora tenha que aprender a jogar mais simples, não digo ao primeiro toque, mas a não agarrar-se tanto à bola. Se aumentar a sua velocidade de execução, é logo ainda amais perigoso. Não pode ser tão ausente defensivamente. Por fim, que se acabe com a ideia que pode ser chutado para falso extremo. Não pode. É assassinar o seu potencial.

Varela – Deu seguimento ao seu último jogo. Nem tão profundamente mau como consegue ser. Nem tão surpreendentemente bom como muito raramente é.

Ghilas – É o melhor em campo. Se calhar, Fabiano merecia mais. Mas este jogo de Ghilas, para mim, é mais significativo. Primeiro, porque demonstrou ser um jogador com muito potencial e vai ser uma fera em Sevilha. Segundo, porque ficou provado que pode ocupar aquela posição e que a desempenha com muita qualidade, desde que a equipa procure o seu jogo interior. Terceiro, que foi um crime a utilização que teve na maior parte desta temporada. Não é jogador para os últimos dois minutos. É titular!

Jackson – Entendeu-se às mil maravilhas com Ghilas. Sai do jogo com dois golos, um deles de penalti, para aplacar antigos fantasmas. Faltou mais jogo na segunda parte. Que aproveite a “folga”.


Danilo – Entrou apático. Picou o ponto e falhou um golo certo.

Quaresma – Entrou com vontade, mas com muitas perdas de bola. Tem que ser mais efectivo e desperdiçar menos jogo.

Josué – Entrou bem, com vontade, mas acabou afundado num meio campo que já não funcionava. Fernando de férias e Herrera bem distante do nível da primeira parte.

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Ficha de Jogo:


FC Porto: Fabiano, Ricardo, Diego Reyes, Abdoulaye, Alex Sandro (Danilo), Fernando, Herrera, Quintero, Varela (Quaresma), Ghilas (Josué), Jackson
Suplentes: Kadu, Danilo, Josué, Carlos Eduardo, Licá, Kelvin e Quaresma
Treinador: Luis Castro

Académica: Ricardo, Marcelo, João Real, Halliche, Grilo (Marinho), Fernando Alexandre, Makelele, Marcos Paulo (Ogu), Salvador Agra (Diogo Valente), Rafael Lopes, Ivanildo
Suplentes: Peiser, Aníbal Capela, Marinho, Manoel, Diogo Valente, Nuno Piloto, Ogu.
Treinador: Sérgio Conceição



Árbitro: Manuel Mota, substituído por Ricardo Coimbra 


Por: Breogán

segunda-feira, 24 de março de 2014

Deus nos acuda!

#FCPorto #Portugal #UEFA #Champions #Nápoles #Itália 


Que feito, que vitória!
Em pleno “San Paolo”
Onde Quaresma deu solo
Numa jogada pr’a história

Pois já crucificados
Nessa avalanche de jogo
Foi uma jogada d’arrojo
Colocar mais avançados!

E nessa surpresa, o golo
De Ghillas, em contragolpe!
E Nápoles sentiu a “morte”
Na casa do seu apóstolo!

Que convertido ficou
Nessa estrada de Damasco
Onde um clarão, um fogacho
Cego então o deixou!

E sentindo-se impotente 
Perant’a manifestação divina
A sua conduta assassina 
Torna-o no santo insurgente!

E por uma fé desabrida
O perseguidor dos cristãos
Toma-os por seus irmãos
E a sua vista é benzida!

E é sob esse olhar crente
Qu’outro milagre se dá!
Num golo, outro Maná
Cai do céu em torrente!

E quando tudo parecia 
Perdido, na nossa cegueira 
No meio de tanta asneira
A nossa fé, florescia!

Agora somos convictos
Nesse exemplo de Paulo!
Podemos perder um título
Mas ainda estamos vivos!

E muito há pr’a ganhar
Nessa renovada epístola!
Quarta há nova partida
E a nossa fé é lutar!

Convictos que tudo muda
Num ápice, com’o destino!
Um santo ou assassino?
Que Deus nos acuda!…


Por: Joker

segunda-feira, 3 de março de 2014

Liga Zon Sagres, 21ª Jornada; Vit. Guimarães 2 - 2 FC Porto

#FCPorto #Portugal #PauloFonseca #PintodaCosta #Guimarães

Desastre.

 Consumado o desastre, o que fazer? 

 Começar já acautelar os objectivos ainda não perdidos? 

 Começar já a construir o futuro? 

 Começar a unificar os adeptos em torno de um novo projecto?

Não. Braço armado sobre quem contesta, quem já não aguenta. Mais, já ultrapassada a fronteira entre a persistência e a teimosia, o que é o mesmo que dizer entre a inteligência e a burrice mais obtusa, mantém-se o problema adiado no leme da equipa. Problema adiado?! Erro meu. Já consumado, isso sim.

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Lembram-se há quanto tempo o FC Porto estava a 9 pontos da liderança com 9 jogos para o fim?







Deixando de lado o “politicamente correcto” de que o FC Porto nunca deita a toalha ao chão, lembram-se de o FC Porto estar fora da corrida para o título a 9 jornadas do fim?

 E sublinho eu, o 4º classificado está a 4 pontos e tem vantagem no confronto directo!

Há quatro jogos que o FC Porto não ganha e tem uma média de 2 golos sofridos por jogo.

Fomos os últimos a entrar em campo. Já sabíamos que tínhamos que ganhar. Nem assim.

Bárbaro.

Indo ao jogo, Paulo Fonseca é forçado a mexer no onze titular. O castigo de Mangala permite a manutenção de Maicon no onze inicial, com Abdoulaye a reassumir a titularidade. No ataque, Jackson e Varela, com problemas físicos, dão lugar a Ghilas e Licá.

Há algum equilíbrio inicial, mas o FC Porto toma conta do jogo. A “moral” do último jogo europeu faz-se sentir e os jogadores tentam funcionar como equipa. Há ânimo, mas não consistência táctica. Ainda assim, o golo chega, num penalti claro.

 E começa a degradação do FC Porto. Incapaz de controlar o jogo, o FC Porto permite ao Vitória de Guimarães entrar numa parada e resposta. É claro, o FC Porto é mais perigoso e tem em Ghilas oportunidades de sobra para aumentar a vantagem. Mas o Vitória mantém-se sempre agarrado ao jogo e com possibilidades de controlar o jogo a meio campo.

 Chega o 0-2 a cinco minutos do intervalo e, paradoxalmente, o FC Porto piora abruptamente. A urgência do Vitória em voltar à discussão do resultado, varre o meio campo portista e começa a fazer tremer a nossa defesa. Cinco minutos bastaram para o Vitória cozinhar um golo. O intervalo traz esperança à equipa de casa e velhos fantasmas ao FC Porto.

 O que se assistiu após o intervalo, para além de um atestado de incompetência de Paulo Fonseca, é a demonstração cabal que neste FC Porto nem uma ideia de equipa há!

O FC Porto volta assustado e o Vitória empenhado. Logo chegaria o empate e é então que entramos no jogo dos bancos. Paulo Fonseca, no seu típico desespero, tratou de desmantelar o meio campo. Meteu um jogador lesionado, algo escabroso e patético, criou um molhinho na frente e um vácuo a meio campo. A Rui Vitória faltou coragem. Tratou de defender, por respeito e consideração, mas manteve sempre o controlo da situação. Aos poucos começou a acordar para o facto do Vitória poder ganhar o jogo. E só não o ganhou já no fim porque o poste e Danilo sobre a linha de golo evitaram o avolumar da vergonha.





Pensava eu que a desgraça havia chegado ao fim. Que este desastre já não podia causar maior dano. Eis que surge Paulo Fonseca na entrevista rápida. Atira-se aos jogadores. Diz ele que estes já deveriam ter aprendido com os erros defensivos e com a sua recorrência. Sem dúvida, e tu Paulo?! Que responsabilidade tens nisto? Quem é o líder?! Logo tu, que até colocas um jogador com limitações físicas em campo!





Por fim, diz que não entende como na segunda parte deixamos de controlar o jogo a meio campo e nos limitamos a fazer futebol directo para a frente. O treinador desmantela o meio campo, acaba o jogo com um duo a meio campo composto por Fernando e Quintero e não percebe como acabamos a jogar com futebol directo. Admito incompetência. Gozo, não!



Agora que o principal objectivo anda na rua da amargura. Agora que o Arouca no Dragão se aproxima, vai a SAD continuar a persistir no erro e ficar à espera que esse jogo sirva para enganar um pouco mais os incautos e pobres de espírito?

Queremos salvar algo desta época, ou é para a desgraça total. Um armagedão no que nos propusemos no inicio da temporada.

Vitória Guimarães vs FC Porto (LUSA)







Paulo Fonseca não é o único culpado, nem o mais culpado. Os que se escondem atrás dele levam grande parte das culpas.






Mas é um homem finito, acabado, arrasado. Não é líder, não tem orientação táctica e no desespero em que anda atira-se ao absurdo. Rebenta com o meio campo e depois vem dizer que não percebe o que se passou. Pior, o que hoje vimos Jackson fazer é algo que embaraça o clube.





Análises Individuais:

Helton – Sem hipóteses nos golos, deu segurança em algumas defesas.


Danilo – Bom critério ofensivo, revelou alguma fragilidade defensiva. Na segunda parte, o Vitória tapou bem as suas incursões e o futebol ofensivo do FC Porto ressentiu-se muito.

Alex Sandro – É rever o segundo golo do Vitória. O espaço que dá entre si o central para Marco Matias correr desenfreado é inaceitável. A dada altura, perdeu o norte a defender e limitou-se a distribuir pancada. A atacar revelou mais acerto.

Abdoulaye – Não sei se foi o regresso. Não sei se foram os assobios. Uma exibição miserável do princípio ao fim. Estático, mais reactivo que activo, foi comido por todos os seus ex-companheiros. Pavoroso.

Maicon – O menos mau a defender, mas mesmo assim, muito longo do que já mostrou. É verdade que o meio campo portista expõe a sua defesa em demasia. Mas mesmo assim, não há solidez neste sector.

Fernando – Uma boa exibição, embora distante do Fernando imperial. Perde muito tempo a tentar empurrar os restantes médios do FC Porto, que teimam em vir ocupar o seu espaço.

Herrera – Bom jogo, embora ainda passe muito tempo agarrado a Fernando. Tem que se libertar mais, mesmo que Paulo Fonseca o tente amarrar. Tem que ser mais fiável do ponto de vista técnico. Não pode fazer tantos erros primários.

Carlos Eduardo – Boa meia hora e depois decai muito de produção. À medida que o meio campo do Vitória crescia, Carlos Eduardo desaparecia. Herrera precisa de jogar mais próximo de si para crescer no jogo.

Licá – Um golo, algumas jogadas de generosidade e pouco mais. O FC Porto precisa de rasgo no flanco. Licá não dá isso. Não ganha no um para um. Não ameaça, sequer.

Quaresma – Muito agarrado à bola, perde leitura colectiva e emperra a equipa. É verdade, não se esconde. Assume e não tem medo de errar. Mas emperra a equipa porque teima resolver. Teima o difícil e rejeita o fácil, o mais conveniente e o mais correcto.

Ghilas – A boa notícia desta noite. Em quatro dias, Abdoulaye era titular. Ghilas coleccionou 2 finais em não sei quantos jogos. Mostrou que é um jogador que muito nos teria dado jeito. Que poderia ter tido outro rendimento se a utilização tivesse sido a correcta. Voltou a revelar explosão e uma diagonal demolidora. Teria sido a nossa solução para os flancos? É possível. Mas o Paulo Fonseca assim quis.



Varela – Ligeiramente melhor que Licá. Não é um elogio.

Jackson – O que Paulo Fonseca lhe fez é vergonhoso. Ponto. Colocar um jogador limitado fisicamente em campo para tentar salvar-lhe o pescoço é aberrante. Não trouxe nenhuma vantagem, como é óbvio. Simplesmente tornou mais miserável este resultado e, sobretudo, este status quo.

Quintero – Mesmo acabando o jogo na mesma linha que Fernando, mostrou à evidência que é uma mais-valia no plantel e que não pode andar a ser ostracizado por tanto tempo. E como ele, outro. Espaço K.




Ficha de Jogo:

Vitória Guimarães: Douglas; Pedro Correia, Moreno, Paulo Oliveira e Addy; André Santos, André André e Crivellaro; Malonga, Maazou e Marco Matias
Suplentes: Assis, Josué, Tomané, Nii Plange, Hernâni, Leonel Olímpio e Tiago Rodrigues
Treinador: Rui Vitória

FC Porto: Helton; Danilo, Maicon, Abdoulaye e Alex Sandro; Fernando e Herrera; Quaresma, Carlos Eduardo e Licá; Ghilas
Suplentes: Fabiano, Josué, Jackson, Quintero, Reyes, Varela e Defour
Treinador: Paulo Fonseca

Árbitro: Marco Ferreira

Golos:  Quaresma (18), Licá (41), Maazou (45+1) e Marco Matias (52)


Por: Breogán

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Liga Europa, 16 Avos - 2ª Mão; Eintracht Frankfurt 3 - 3 FC Porto

Épico.

  
Foi um jogo épico. Pela emoção, pela labuta, pelo evoluir do resultado e por passearmos entre o inferno e o purgatório.

O sentido do épico é bem mais lato. Foi épico na atitude, comparando com o que se tem passado na temporada. Mas isso não é uma novidade. Qualquer portista atento à capa do O Jogo de ontem sabia que hoje outro galo cantaria. Fatal.

Foi épico também no disparate, nos erros defensivos graves, outros gravíssimos e nas recepções disparatadas de Jackson no ataque. 

Foi épico porque tivemos o pássaro na mão no 2-2 e ainda assim fugiu, para logo ser caçado no 3-3.

Foi épico porque o meio campo foi quase sempre um desastre, mas a equipa nunca se afundou.
  
Foi épico porque é um jogo que rejeitou racionalidade, controlo e competência. Foi coração, alma e uma espécie de poker de dados, onde a sorte rola sobre a mesa. 

Foi épico porque passamos sem ganhar um jogo, é épico porque continuamos sem ganhar nas competições europeias, marcando e sofrendo cinco golos.

Eintracht Frankfurt vs FC Porto (EPA) 




Um jogo louco, absurdo e apaixonante. Sim, se aqui não se ignoram as muitas fragilidades que este jogo, uma vez mais, revelou, também é daqueles jogos que se perpetuam na memória portista. Onde o coração tem mais arritmias que sangue bombeado. Onde os nervos saem em frangalhos, entre a depressão e a euforia. Onde uns minutos voam e outros não passam. Tudo isso em quase duas horas de loucura.





O jogo começa com duas alterações no onze inicial. Maicon no lugar de Abdoulaye, impedido de jogar na liga Europa, e Carlos Eduardo no lugar de Josué.

O Eintracht aborda o jogo com a táctica do caracol. Começa metido na concha. Se esta resistir ao choque, começa a esticar a cabeça para fora da hélix, para, por fim, colocar os pauzinhos ao sol. E tem sucesso.

Os primeiros minutos são do FC Porto. Sôfrego e acossado, o FC Porto atira-se ao Eintracht. Jackson, num longo rol de disparates, aniquila o que se vai criando. A organização a meio campo vive em função da capacidade de Herrera se libertar do duplo pivot. Com os extremos apostados no jogo interior, fica para os laterais o jogo flanqueado. Para lá do desperdício de Jackson, só Herrera ameaça a baliza do Eintracht.

Foi meia hora de pressão e para lá de umas lascas, a concha do caracol estava intacta. Lentamente, o gastrópode começou a esticar a cabeça. E foi pelo meio campo. Os médios do Eintracht avançam e Herrera é bloqueado atrás. O jogo vira. Até que a sete minutos do intervalo, a defesa do FC Porto assiste de camarote ao golo do Eintracht. Um sucessão épica de disparates, erros de marcação e fífias, ao qual o Eintracht juntou alguma arte e movimentos simples. E não foi por falta de aviso. Já Flum havia falhado por pouco num lance igual. Estava feito o 1-0 e o intervalo chegava pouco depois.

Eintracht Frankfurt vs FC Porto (REUTERS) 




A segunda parte traz um FC Porto ainda pior. Um minuto e já todos os portistas suavam frio. E se a sete minutos do intervalo o Eintracht ganhou vantagem, aos sete minutos depois do intervalo amplia-a. Maicon adormece no fora de jogo e os alemães fazem a festa.








Depressão. Que grande buraco. Como vamos sair disto?!

A resposta acaba por ser estranha. Se tivemos um ponta de lança que mais pareceu um central, também tivemos um central que foi ponta de lança.  Só um jogo deste tipo para tanta loucura.
  
O meio campo continuava imerso na sua capacidade e a nossa salvação acaba por vir das bolas paradas. O primeiro golo, aos 58 minutos, por Mangala, tem na sua origem um lance de bola parada que permite a fixação do central na área contrária. Aos 71 minutos, Mangala repete a dose, mas desta vez com brinde! 

 Finalmente, um lance de bola parada estudado! Aleluia!

Entre estes dois lances do nosso contentamento, não surge o terceiro do Eintracht por milagre. Carlos Eduardo falha um passe na transição ofensiva e a equipa é apanhada no contra-pé. O Eintracht é implacável e só não marca por milagre, num lance que ameaçou entrar para o anedotário!

Volta o Eintracht a comandar o jogo. Surpreendentemente! Após o 2-2 é a equipa alemã que tenta chegar ao golo da vitória. E consegue! Nova sucessão de erros de marcação e golo. Faltava ao FC Porto cerca de 15 minutos (mais compensação) para chegar ao golo. O meio campo portista era inexistente, Paulo Fonseca não opta por dar-lhe consistência, mas por juntar Licá a Ghilas e Jackson. Pontapé para a frente, jogo directo e muita fé.

Até que o lance aparece. Biqueirada de Maicon da nossa área lá para a frente. Licá ganha a bola na entrada da outra área e tabela com Ghilas. O remate é forte e o argelino acorre ao ressalto. Golo!!!! A cinco minutos dos 90, sem meio campo e num jogo de destes?! Loucura!

Restava aguentar. Paulo Fonseca retira Jackson para colocar Reyes. Mais valia reforçar o meio campo, mas o Eintracht já não tinha mais forças.

 




Continuamos a não ganhar na Europa. Mas há empates que sabem a vitória, como os há que sabem a derrota. Este sabe a vitória, mais do que algumas que o foram.






Mas o problema de base está lá. E foi evidente neste jogo. Evidente demais. Veremos se a equipa arrebita, animada pela passagem, ou se é nuvem passageira. E mais capas do O Jogo como a de ontem…só assim!



Análises Individuais:

Helton – Não foi mal batido em nenhum dos golos, mas no primeiro podia ter feito mais. De resto, o mesmo número habitual de dança na primeira parte do jogo.

Danilo – Muito assertivo no ataque, sobretudo na primeira parte. Um desastre a defender.

Alex Sandro – Se Danilo foi um desastre, Alex Sandro foi uma calamidade. Aquele terceiro golo do Eintracht é anedótico. No ataque, sofrível.

Maicon – Ganha o título de “mais pior mau” da defesa. Totalmente perdido, fora de tempo, fora de contexto, fora da marcação. Fora de tudo. Valeu pelo chutão lá para a frente a acabar.

Mangala – Há dois Mangalas. O central foi tão nabo como os outros defesas. Menos culpado que Maicon, mas tão sofrível como os restantes. O ponta de lança esteve implacável na área do adversário.

Fernando – Joga muito pior com um jogador ao seu lado, mas Paulo Fonseca insiste em arranjar-lhe companhia. Não foi tão sólido como costuma ser, nem tão influente no jogo. Grande cruzamento para o segundo golo.

Herrera – Boa primeira parte, soltando-se sempre que podia. Foi por ele que passou o nosso melhor futebol, sobretudo na primeira parte. Aos poucos desligou-se da frente, mas não foi por sua culpa. Sai na segunda parte, imerecidamente, e o meio campo do FC Porto eclipsa-se. O que vale é que era o Eintracht.

Carlos Eduardo – Exibição muito fraca. Pouco intenso no processo ofensivo, ainda deu barraca nas transições! Quase nos custava o 3-1, num lance que mete medo!

Varela – Não fez mossa e pouco se notou. De volta à sua fase lunar? Bem substituído.

Quaresma – Perdeu muito lances, sobretudo na primeira parte, chamando a si o protagonismo. Mas já sabemos o que a casa gasta. Mas a recompensa veio depois. Assistência para o primeiro golo (bom cruzamento). Felizmente, no segundo golo, optou por surpreender ao colocar em Fernando.

Jackson – Jogo medonho. Um assassino de lances ofensivos. Um autêntico central, pé de chumbo, a ponta de lança. O que foi aquilo?! Armado em otário?! Espero que tenha sido só um daqueles dias para os quais não há explicação. Só isso, espero.



Ghilas – É o melhor em campo. Entra para o molhinho na frente, mas já percebeu que não se pode entregar só a isso. Procurou jogo e caiu nos flancos. Trouxe alegria e força ao ataque. Marca o golo da “vitória-empate” e não merece voltar a jogar 3 minutos nos jogos seguintes.

Licá – Boa entrada, desta vez sim, para a sua posição. Aproveitando o balanceamento do Eintracht, sempre na diagonal e a escapar para segundo avançado. Excelente movimento no último golo, com um remate forte que colocou Trapp em dificuldades.

Reyes – Para segurar e queimar tempo.


Ficha de Jogo:

Eintracht Frankfurt: Trapp; Jung, Zambrano, Madlung e Oczipka; Schwegler e Flum; Aigner (Rosenthal, 69), Meier e Barnetta; Joselu (Lanig, 85).
Suplentes: Wiedwald, Djakpa, Rosenthal, Inui, Lanig, Weis e Kadlec.
Treinador: Armin Veh

FC Porto: Helton; Danilo, Maicon, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Carlos Eduardo e Herrera (Ghilas, 54); Varela (Licá,78), Jackson (Reyes, 90) e Quaresma.
Suplentes: Fabiano, Reyes, Josué, Licá, Defour, Ghilas e Ricardo.
Treinador: Paulo Fonseca

Árbitro: Björn Kuipers (Holanda)
Assistentes: Angelo Boonman e Erwin Zeinstra; Richard Liesveld e Ed Janssen
4º Árbitro: Charles Schaap

Golos:  Aigner (37), Meier (52, 76), Mangala (58,71) e Ghilas (86)





Por: Breogán

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Taça de Portugal 1/4 Final: FC Porto 2 - 1 Estoril

Passou-se.

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Sim, é isso mesmo. Passou-se por um susto, passou-se por uma primeira parte medonha. Passou-se por um milagre no final dessa parte. Passou-se por uma segunda parte bem melhor e passou-se à próxima eliminatória.






Continuamos sobre tensão. Continuamos sobre uma paz podre. Continuamos a adiar um problema até ele já não ter adiamento.


  
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A primeira parte é um buraco negro. Nem vale a pena alongar muito sobre este período de jogo. As suas causas são evidentes. Para além desta equipa ter uma atitude competitiva digna de uma lesma, há dedo de Paulo Fonseca.






Mais uma vez, a forçar Herrera a jogar demasiado recuado (o meio campo do Estoril punha e dispunha de espaço) e, mais uma vez, Licá titular porque sim. 

Jackson nem se viu e o FC Porto só remata pela primeira vez quase a chegar ao minuto 40! Até lá, já havia um golo na baliza de Fabiano e outro passou ao lado. Salvou-nos Vítor Pereira. Quem? Esse mesmo. Não tivesse vindo buscar o avançado do Estoril, perante tanta macieza de Reyes e companhia, não sei com que números teríamos chegado ao intervalo.



O intervalo que chega pouco depois de um milagre. Herrera vai lá frente, fura o plano táctico e por entre uma boa tabela, ressalto e fífia de Vagner, Quaresma leva um empate para o descanso. Um santo empate.

A segunda parte é outra música. Embora a entrada do Estoril tivesse sido boa, o FC Porto cresceu.

Primeiro, a meio campo. Ou encantado com o que Herrera havia feito antes do intervalo, ou meramente assistindo ao seu plano táctico a ser ultrapassado, o que é certo é que o Mexicano fura o plano inicial de Paulo Fonseca e assume o ataque à área contrária, ao invés de defender a sua.

O FC Porto ganha a maior parte das segundas bolas e o ataque do Estoril deixa de conseguir manter o esférico. O FC Porto sobe no terreno e o Estoril vai encostando atrás. Bastou Herrera jogar três passos à frente, incrível.

Depois foi dar mais um cheirinho de talento nos flancos. Primeiro, com Varela, retirando Licá. Depois com Ghilas e colocando um jogador fresco sobre um Emídio ainda sem andamento.

O FC Porto faz uma segunda parte em crescendo, chegando a encostar o Estoril às cordas.

A três minutos do fim, a eliminatória resolve-se. Alex Sandro mostra o que sabe, quando já praticamente nos havíamos esquecido, e Ghilas, oportuníssimo, factura no segundo poste. Jogo flanqueado a resolver.


FC Porto vs Estoril Praia (LUSA)





Já não havia tempo para mais, nem o Estoril teria capacidade para reagir. Já com a equipa da linha espremida ao máximo, restava aguardar o escoar dos minutos finais.







Boa vitória, que nos abre uma meia-final disputada a duas mãos. Mais dois clássicos.


Ainda assim, pouco mais é que um paliativo.






Análises Individuais:

Fabiano – Uma primeira parte algo trabalhosa. A segunda foi bem mais descansada.

Danilo – Luta árdua frente a Carlitos, nunca deixou que lhe ganhasse vantagem. No ataque, anda francamente desinspirado.

Alex Sandro – Finalmente encontrou-se no ataque. Algo frágil a defender, mas no ataque fez a diferença que levou de vencida a eliminatória.

Reyes – Um jogo para ver e rever. Sebá nem é avançado centro. Nem tem a ratice, nem sabe usar o corpo. Fosse um Luís Leal e era um 31 dos diabos! Tem que largar o cadeirão. Deste lado do Atlântico, um espaço é um latifúndio para o avançado. Péssima primeira parte.

Mangala – Acabou sendo o amparo de Reyes, embora aqui e ali tenha feito asneira. Forte nos lances aéreos ofensivos, incomodou o Estoril.

Defour – Mais um jogo de risco zero. Não assumiu o risco. Nem jogou bem, nem mal. Ainda assim, subiu de rendimento com a segunda parte de Herrera.

Herrera – Acaba por ser a boa nova do jogo. A primeira parte é muito má. Até que surge o minuto 43. Vai para a sua posição e força um golo. Na segunda parte, é muito por ele que o FC Porto ganha a luta a meio campo. Que fique claro. Herrera melhora à medida de que se aproxima da área contrária e piora quando se aproxima da nossa. Continuar a fazer dele um “segundo trinco” é assassinar o seu potencial. O melhor em campo.

Carlos Eduardo – Ainda foi o único que tentou meter alguma lógica naquele meio campo inicial. Saiu lesionado.

Licá – Mais uma vez, incapaz de fazer a diferença. Nem as diagonais, o seu ponto forte, já lhe saem bem. Duas bolas açucaradas desperdiçadas pela linha de fundo. Por onde andas Kelvin? Que mal fizeste tu?

Quaresma – Marcou um golo, aproveitando o ressalto em Vagner. Teve alguns lances de génio, desaproveitados, e muito vácuo pelo meio. Já sabíamos o que ia ser Quaresma. Com outra liderança, poderia ser mais espremido.

Jackson – Mais um jogo onde a equipa andou muito longe de si. E se mais fosse preciso para revelar as nossas dificuldades ofensivas, basta dizer que Jackson passou mais tempo fora da área do Estoril, que dentro dela.


Josué – Não fez um bom jogo, embora tenha deixado bons momentos. Mais uma vez, mostra que só sabe jogar naquela posição. Precisa de ser muito mais intenso, constante e produtivo para ser titular.

Varela – Entrou para o lugar de Licá e a equipa ganhou o flanco esquerdo. Mano passou a ter mais que fazer e o FC Porto passou a atacar por esse flanco.

Ghilas – Estreia a marcar. Um golo oportuno. Mostrou que é melhor solução partindo de um flanco que fazendo monte com Jackson.



Ficha de jogo:

Competição: Taça de Portugal
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 10.507 espectadores
Árbitro: Rui Costa (Porto)
Assistentes: Bruno Rodrigues e Miguel Aguilar
4º Árbitro: Pedro Miguel Campos

FC PORTO: Fabiano; Danilo, Reyes, Mangala e Alex Sandro; Defour e Herrera; Ricardo Quaresma (Ghilas, 83), Carlos Eduardo (Josué, 21) e Licá (Varela, 58); Jackson.

Suplentes: Helton, Maicon, Josue, Quintero, Ghilas, Varela e Mikel
Treinador: Paulo Fonseca

ESTORIL: Vagner; Mano, Yohan Tavares, Ruben Fernandes e Tiago Gomes (Emídio Rafael, 52); Gonçalo e Diogo Amado; Carlitos, Balboa (Gerso Fernandes, 65) e Babanco (João Pedro Fernandes, 89); Sebá.

Suplentes: Ricardo Ribeiro, Bruno Miguel, Filipe Gonçalves, Gerso, João Pedro Galvão, Emídio Rafael e Ricardo Vaz
Treinador: Marco Silva


Por: Breogán

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Revista de Imprensa - 31 de Janeiro 2014

" City aperta o cerco"


 Com o mercado de inverno a poucas horas do encerramento, tentam-se concluir vários negócios de última hora. O diário O Jogo faz precisamente capa com o cerco que o Manchester City faz a dois titulares do plantel dos Dragões, Mangala e Fernando, num negócio de cerca de 56 Milhões de euros.


O Jogo:



- FC Porto: "City aperta o cerco; ingleses pressionam até à última para levar a dupla Mangala/Fernando; Man. United também fez proposta por Otamendi."


- "Champions seduziu Shikabala; Matías Pérez nos bês a pensar em 2014/15"
- "Newcastle na pista de Djuricic; Jesus não sabe se o Sporting "é mais difícil que o Gil"
- "Futsal: Ricardinho liderou massacre à Holanda."



Record:



- FC Porto: "Kléber deve ser emprestado pelo FC Porto, Manchester City oferece 56 milhões por Fernando e Mangala"


- "Shikabala paga para jogar no Sporting"
- "Benfica rejeita primeira abordagem do Newcastle por Djuricic"


A Bola:



- FC Porto: "Mangala e Otamendi com pé fora; Izmailov vai jogar no Azerbaijão até final da temporada."

- "Montero é leão até 2018; "forcing" final para assegurar Heldon; Matías Pérez chega cedido por ano e meio."
- "Tenho a certeza de que o Benfica será campeão!", Matic agradecido às águias"



Notícias sobre o FC Porto:


Citizens às compras no Dragão

É o rumor do dia: Mangala e Fernando poderão estar a horas de deixar o FC Porto, adianta a generalidade da imprensa inglesa. Central e médio são alvo do Manchester City, que terá oferecido aos dragões uma verba entre os 46 e os 56 milhões de euros pela compra imediata da dupla.

As informações são muitas e algumas contraditórias, mas no fundo e no fim o que aqui se noticia é uma cobiça real dos citizens por duas das figuras do tricampeão nacional.
Em Inglaterra diz-se que o clube do Etihad Stadium já avançou e que as conversações com a direção azul e branca para a transferência de ambos estão muito adiantadas, enquanto em Portugal a imprensa desportiva dá o devido eco à situação e o Record afirma mesmo que é certo que Fernando se mudará para a equipa do xeque Mansour, agora ou no final da temporada.

Mas vamos por partes: o The Guardian garante que em cima da mesa está uma discussão de 46 milhões de euros pelos dois jogadores, enquanto o Independent e a BBC apontam para os 43 milhões por Mangala mais um valor de compensação não divulgado por Fernando; já o Daily Mirror sobe as contas para os 56 milhões de euros, que o Record sublinha.

Certo é que o interesse é verdadeiro e um possível negócio tem 'pernas para andar', faltando somente saber qual a abertura da SAD portista para deixar sair os camisolas 22 e 25 neste último dia de mercado de inverno. O Manchester City, por seu lado, vai forçar ao máximo junto de Pinto da Costa e seus pares para conseguir satisfazer os desejos do técnico Manuel Pellegrini, que pretende juntar Mangala a Kompany no centro da defesa e Fernando a Yaya Touré no meio-campo dos sky blues.


Nantes tentou empréstimo de Ghilas, FC Porto recusou

O Nantes tentou o empréstimo de Nabil Ghilas junto da SAD do FC Porto mas a proposta foi prontamente recusada. O argelino fica no Dragão até ao fim da época.

A ideia do oitavo classificado da liga francesa era garantir a cedência do ponta-de-lança mas a direção dos portistas não quis, sequer, analisar essa possibilidade.

Ghilas é o único nome alternativo a Jackson Martínez e os dragões não querem, de forma alguma, ficar com opções limitadas no ataque.


Até ao momento, esta temporada, Ghilas, que chegou ao Dragão no verão proveniente do Moreirense, soma 15 jogos cumpridos de azul e branco, quatro como titular (um na Taça de Portugal, dois na Taça da Liga e um pela equipa B na II Liga), não tendo ainda marcado qualquer golo.


Titulares costumam hibernar, saídas de elementos base no inverno, são muito raras

O FC Porto tem por hábito manter inalterado o núcleo duro do seu plantel ao longo da temporada, optando até por reforçar-se no mercado de inverno e prescindindo, apenas, de jogadores de segunda linha. A regra conheceu já uma das suas exceções com a saída de Lucho González e pode ser ainda mais reforçada nesta época se Fernando viajar hoje para Inglaterra.

Para se encontrarem casos minimamente semelhantes neste milénio, é necessário recuar às temporadas de 2011/12 e de 2004/05. No primeiro ano de Vítor Pereira, Belluschi e Guarín saíram por empréstimo em janeiro, com a cedência do argentino ao Génova a ser colmatada com o regresso de El Comandante – Guarín era uma figura relativamente secundária da equipa. Já em 2004/05, Derlei, titular claro da equipa de Víctor Fernández até na final da Taça Intercontinental, saiu para o Dínamo Moscovo, a 12 de janeiro de 2005, por 8 milhões de euros.



Por: Cubillas

domingo, 26 de janeiro de 2014

Taça da Liga: FC Porto 3 - 2 Marítimo; À rasquinha!


O FC Porto é um desastre eminente. Tão eminente, que até um Marítimo quase  B no Dragão, frente a um FC Porto muito próximo se onze ideal, quase consegue fazer história e vencer pela primeira vez na nossa casa.






É tal a mediocridade na liderança deste FC Porto, que mesmo apanhando-se a vencer, o FC Porto não consegue segurar a vantagem e sai para o intervalo a perder. Tudo isto num jogo onde se decidiu dar o tudo por tudo não só por ganhar, mas tentar ganhar pelo máximo possível!





É a taça da liga? Não interessa, nem nunca interessou muito, é verdade! Mas este ano, ai não! É para vencer por muitos! Lançar jogadores? Paciência! Fica para o ano, é para vencer por muitos! Tentar fortalecer outros sistemas? Nem o principal está consolidado! E Fevereiro já espreita. É dar tudo por tudo, meter os melhores e ganhar por muito, muito!

Concordo inteiramente com a decisão de atacar esta taça da liga. Não se podia dar mais um milímetro aos calimeros do campo grande. Tínhamos que ser nós a dar-lhes um merecido chuto no traseiro e não o contrário. Por isso, como isto nem com a melhor equipa anda direito e o desastre ameaça a cada jogo, era óbvio que se tinha que enfrentar este jogo com o melhor que havia.

Quanto ao jogo, nem há forças para continuar este martírio. Simplesmente, afirmar que o FC Porto de Paulo Fonseca é uma equipa a roçar o ridículo, que se limita a si mesma e que não tem qualquer consistência táctica. Vivemos de lances individuais errantes, fruto de uma liderança técnica medíocre que pouco mais faz que tentar incentivar os jogadores a irem para a frente ou para trás.

Somos uma equipa muito à rasquinha. Ganhamos à rasquinha. O espelho da liderança que a desorienta.

O jogo é fácil de descrever. Entramos bem, porque este Marítimo quase B entrou com todo o respeito. Sabiam as limitações de serem uma equipa com 6 alterações e eram sabedores da estratégia portista de ganhar por muitos. Mas logo levantaram garimpa, com um remate de Ruben Ferreira.

Quem não levanta garimpa contra o duplo pivot do Paulo Fonseca?!

Ainda assim, FC Porto ganha a dianteira no marcador. Jackson aproveita uma das raras bolas que lhe chegaram com jeito. Num lance de génio, transforma Defour numa tabela e finaliza o lance que havia iniciado com um toque de brilhantismo.

Passa um minuto e os quase B do Marítimo empatam. Aproveitando o duplo pivot de Paulo Fonseca para fazerem miséria e passearem a belo prazer por entre o nosso meio campo defensivo e a defesa.

O jogo arrasta-se. Neste FC Porto não há alma. Não há mão. É tudo à rasquinha, para não dizer rasca. Nem a necessidade obriga. Começam-se a ouvir os tambores do desastre. Defour falha, mas Artur não. O primeiro, isolado, atira por cima. O segundo, num lance em que toda a linha defensiva portista é comida e o meio campo defensivo azul e branco nem foi tido ou achado, mesmo com uma finalização difícil, tem a arte de a meter para lá de Fabiano.

Como é?! Marítimo quase B a ganhar no Dagrão?! Num jogo onde tínhamos que ganhar e por muitos?! Haveria resposta?! Revolta?!

Não. Até a intervalo, mais 10 minutos de puro desnorte, mediocridade e paupérrima capacidade de resposta.

Saídos do intervalo o FC Porto entra mais desperto. Continuou a não jogar a ponta de um corno. Mas isso, neste FC Porto à rasquinha em desastre eminente, que se lixe! Nem interessa! Já nem se discute! Trouxe um pouco mais de vontade. Pelos jogadores, claro. Com semelhante vergonha eminente, ninguém queria ficar na história como figurante.

A segunda parte divide-se em dois períodos. Antes e após Paulo Fonseca. Antes, um FC Porto ainda com alguma consistência mas com dificuldades em chegar à frente. Neste período, o único lance de registo é um penalti sonegado ao FC Porto. Não há dúvida, o carniceiro de Vila Verde tem mais jeito para moer carne que para apitar.

Mas o FC Porto foi só isto. E foi quase sempre Carlos Eduardo. O único que leva a carta a Garcia (Jackson).





Depois entra em cena Paulo Fonseca. Como sabe que está no FC Porto à rasquinha, por um fio ou colado com cuspo, fez o que qualquer treinador medíocre faz. Desmantelar a sua equipa e tentar meter tudo o que é avançado, médio ofensivo, rapaz que chuta bem de longe, que tem bom jogo aéreo, o que for! Tudo o que tiver à mão. Tudo vale menos ser acusado de não meter sicrano ou beltrano na luta pela vitória. Tentar agarrar o jogo a meio campo? Nada disso! Salvem-me o pescoço!!!





E foi a loucura. Nunca tivemos tanto à mercê. Só num minuto, Danilo Dias tem dois lances de golo. Um vai ao lado e o outro Fabiano defende.

Podem até acusar-me de implicância. Mas estou convencido que não fosse Pedro Martins neste período tirar dois jogadores da “A” da frente de ataque (Fidélis e Danilo Dias, e sobretudo este último) para meter mais dois miúdos e teríamos ido de vela.

Entramos no minuto 85 sem orientação ou consistência, até que num canto, Carlos Eduardo empata. Abria-se o horizonte do milagre. E lá viria ele, no finzinho. Para azia calimera!

Paulo Fonseca diz que foi uma vitória à Porto. Numa conferência de imprensa agressiva e cada vez mais agressiva. Até a alucinação tem limite. Foi um FC Porto à rasquinha. Isso sim.

O desastre está eminente.

Espero que o presidente actue enquanto há algo para salvar.




Análises Individuais:


Fabiano – Salvou o 1-3. Manteve-nos no limite do milagre. De resto, sem culpa nos golos.

Danilo – Exibição pavorosa, muito frágil frente a Artur e errático no passe.

Alex Sandro – Tentou esticar o jogo pelo seu flanco, mas nunca criou perigo. A defender, os dois golos são pelo seu flanco.

Maicon – Comido por Fidélis, bem longe de ser um “artista”, no primeiro golo e pateticamente atrasado no segundo. O pior da defesa. Só com Edivânio descansou.

Mangala – O melhor desta linha defensiva. Teve erros crassos, mas ainda assim, salvou alguma coisa.

Fernando – Sai por lesão (?). Até porque me recuso a pensar que saiu por decisão técnica. Espero que recupere. Sem ele na Madeira, será ainda mais difícil.

Defour – Grande chumbo. Oportunidade de ouro. Um desastre. Falhou golos cantados, falhou passes e nem fez esquecer Fernando. Fala mais o empresário do que aquilo que o Defour joga. A diferença é abissal.

Carlos Eduardo – O abono de família neste meio campo. É dos poucos que sabe que a bola é redonda. Que tem intensidade e que não se limita a fazer o que lhe mandam. Procura os flancos, tenta chegar a Jackson, arrisca. Foi ele que abriu a porta do milagre.

Varela – De volta à miséria exibicional. Um carrossel eterno.

Quaresma – Ficou longe do jogo, embora tudo tenha feito para tentar dar-lhe a volta. Nunca se escondeu, mas raramente teve magia.

Jackson – O pouco que lhe chega, factura. É impressionante a média de golos que leva num futebol tão rasca.


Josué – É no meio e só no meio. Está a crescer, após o periodo em que aquele que melhor o devia conhecer o ter chafurdado no flanco. Falta-lhe intensidade. Falta-lhe consistência. Nervos de aço. Valeu rapaz!

Ghilas – Entrou para o centro do ataque. O “montinho” não beneficia ninguém! Gostava de o ver a partir de um flanco. Aí sim, seria um perigo. Valeu a alma para ganhar aquele penalti. Um guerreiro!

Quintero – Já não havia táctica, já não havia nada. Entrou para o meio, num meio campo sem consistência. Sem nada. Só loucura. Só desespero! Entrou para o salvem-me o pescoço. Como é óbvio, nada fez de relevante.




Ficha de Jogo

Jogo no Estádio do Dragão, no Porto.

Assistência 20.109 espectadores

FC Porto: Fabiano, Danilo, Maicon (Quintero, 74’), Mangala, Alex Sandro, Fernando (Josué, 42’), Carlos Eduardo, Defour (Ghilas, 59), Quaresma, Jackson Martinez e Varela. 
Treinador: Paulo Fonseca.

Marítimo: Welligton, João Diogo, Igor Rossi, Bauer, Rúben Ferreira, Marakis, Nuno Rocha, Weeks (João Luíz, 67’) Artur, Fidelis (Edivândio, 76’) e Danilo Dias (Rúben Brígido, 88’). 
Treinador: Pedro Martins.

Árbitro: Manuel Mota (Braga)

Amarelos: Weeks (65'), Danilo(82'), Igor Rossi (90'+5')

Golos 1-0 por Jackson Martínez (20'), 1-1 por João Diogo (21'), 1-2 por Artur (34'), 2-2 por Carlos Eduardo (86'), 3-2 por Josué (90'+5') grande penalidade


Por: Breogán


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