segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Taça da Liga: Estoril Praia 2 - 2 FC Porto (Crónica de Breogán)


Tudo aconteceu e não perdemos.





Hoje quase tudo aconteceu e, ainda assim, não perdemos. É obra. Mas mais que isso, temos tudo na mão para seguir em frente. Incrível!
Mas fica dado o aviso às portas de Janeiro. Cabe perceber por onde esta equipa treme e treme bem! E actuar.





Quem lê estas crónicas já sabe bem a “tabuada”. 

Primeiro, sem James, mesmo que atado ao flanco, não há criatividade no jogo interior. É uma coisa nula, inexistente, uma total abstracção. O FC Porto tem uma cratera imensa entre Jackson e o seu meio campo e limita-se ao chuto para a frente na zona central.

Segundo, já se experimentaram todos os extremos e mais alguns e nenhum deles é melhor que um 10 a fugir do flanco, como James é. O que por si só é significativo, chocante e alarmante. Assim, não temos criatividade no jogo interior e o jogo flanqueado vive de momentos de inspiração individuais, esparsos e muitas vezes só sustentado pelos laterais, em vez de ser um processo sistematizado e dinâmico da equipa.

Terceiro, quando falha Jackson o nosso jogo esboroa-se. Fica em pó. Menos que pó, até! É que Jackson não é só o matador da equipa. É muito mais que isso. Tenta ser o médio criativo que não o serve e que não existe a tempo inteiro, o extremo que não lhe faz chegar bolas nem que arrasta marcações. É o primeiro recuperador de bolas da equipa e aquele que abre espaços para finalizar, àqueles que raramente chegam lá à frente.

Hoje aconteceu tudo ao mesmo tempo e não perdemos. Incrível!

Mas aconteceu mais que isso. Tivemos jogadores a jogar com peneiras e com erros individuais que resultam de total falta de empenho na partida. Para cúmulo, um técnico que, perante a calamidade, ainda baralhou mais a equipa, ao ponto de esta ser incapaz de desatar o seu próprio nó. Só quando volta ao plano racional é que a equipa respirou e reagiu.

Tudo isto aconteceu. Tudo. E não perdemos. Incrível!

Sem Maicon e James lesionados, o FC Porto apresentou o seu melhor onze. Mangala assume a dupla de centrais com Otamendi e Kelvin entra para o flanco, com Atsu a despedir-se a caminho da CAN.





O FC Porto entra forte, aproveitando a expectativa e o recuo do meio campo do Estoril. Aos 8 minutos, Jackson cabeceia com perigo para as mãos do guarda redes do Estoril, após canto cobrado por Moutinho. Aos 10 minutos de jogo, já o Estoril equilibrava a partida. O meio campo do clube da linha assentava o seu jogo e aproveitava a total apatia de Fernando para ganhar metros. O FC Porto, ainda por cima sem James, não conseguia fazer chegar jogo ao seu avançado. Sem ameaçar o meio campo defensivo do Estoril, mais este avança no terreno e começa a esticar a sua acção em apoio aos laterais. 




O FC Porto tinha posse de bola, mas limitava-se a trocar a mesma em frente dos centrais e a fazer lançamentos directos para a linha ofensiva. O Estoril com total domínio da situação a meio campo, avança para a “fase 2” do seu plano. Abre a linha de ataque, engatilha os extremos e começa a lançar bolas em profundidade para as costas da linha defensiva portista. 

E aqui o problema não é ter uma linha defensiva demasiado alta, embora contribua para o mesmo, mas sim, ter uma linha de meio campo demasiado baixa. Quase estavam sobrepostas, às vezes. O Estoril, primeiro, empurra a linha de meio campo do FC Porto para trás e, depois, aproveita o bloco defensivo alto do FC Porto para lançar raides atrás de raides. Ameaçou, primeiro, e cumpriu, depois. Aos 13 minutos, o Estoril marca em contra-ataque, mas o lance é bem anulado. Aos 15 minutos, Carlitos ganha uma falta inexistente à entrada da área, em sequência de mais um contra-ataque. Na transformação do livre, Steven Vitória não dá hipóteses a Helton e dá vantagem aos canários.

Injusto? Não. Merecido, até!

Aos 21 minutos, Licá volta a ameaçar em lance vistoso, mas o corpo de Alex Sandro evita o pior. Sempre em contra-ataque e sempre por sufoco da linha média do FC Porto.

É com o Estoril a ameaçar o 2-0 que o FC Porto é bafejado pela sorte. Aos 32 minutos de jogo, em mais um despejo para área, Jackson ganha a frente a Steven Vitória e aproveita a má saída do guarda redes do Estoril para fazer o empate. Só o poder alquímico de Jackson para transformar mais um lance de “futebol calhau” num golo que soube a ouro e caído do céu!

O Estoril sente o golo e perde a sua capacidade de sair para o contra-ataque. O FC Porto não melhora, mas pelo menos o golo de Jackson impôs o respeito e deixou a equipa menos pressionada pelo resultado.

Nova oportunidade só aos 40 minutos. E de bola parada, claro. Danilo cobra um livre a 30 metros da baliza, mas faz a bola a passar a rasar a trave da baliza do Estoril. Aos 43 minutos, Moutinho ensaia um remate na passada, mas o seu intento sai frouxo e é defendido.

Chega-se ao intervalo com um empate no marcador. 

No banco as soluções não abundam e ideias escasseiam.

Do intervalo vêm más notícias. Jackson sai por lesão o que causa um embaraço táctico de difícil resolução. A passagem de Varela para avançado centro é inatacável. Tirando a possibilidade de algum central com alma de avançado centro, Varela é o extremo que melhor características físicas tem para a posição. O que se estranha é a opção pela entrada de Defour. Se a ideia era soltar mais Danilo, estava condenada à partida. Jamais Danilo conseguiria carrilar jogo pelo flanco com a constante ameaça de um velocista a correr pelo seu flanco abaixo. O Estoril, ainda por cima, tinha logo três à escolha! O que resultou foi um meio campo ainda mais coxo, com Defour e Lucho a dividirem a olho responsabilidades no jogo interior e no flanco direito.

Se o jogo do FC Porto já era engasgado, com a ausência de Jackson e este embaraço táctico, deu um nó cego. Kelvin ainda tenta fazer uma gracinha na abertura do encontro, mas o jogo vira de vez para o lado Estorilista. Ao minuto 53, Luís Leal deixa dois sérios avisos e seguidos. Salva Helton.

O Estoril aperta o sufoco do meio campo defensivo do FC Porto e chega à vantagem num lance que tem tanto de caricato como de displicente. Bola bombeada para a área portista e, de frente para a bola e sem pressão alguma, Otamendi corta a bola com o braço na área. Surreal. Steven Vitória aproveita para recolocar o Estoril em vantagem no marcador.

Ainda demorou 5 minutos até chegar a reacção de Vítor Pereira. Apercebe-se, finalmente, do sarilho táctico que criou e resolve desfazer o que havia sido mal feito. Tira Fernando, completamente abstraído do jogo, e coloca Atsu no flanco. Recua Defour para 6 e volta a dar à equipa a sua configuração normal. É verdade que Atsu não trouxe nada ao jogo. Mais uma contribuição nula. Mas a sua entrada permitiu à equipa fluir no seu esquema táctico habitual e explanar de forma mais conveniente o seu jogo.





O meio campo do Estoril já acusa desgaste físico e o treinador vê-se forçado a mexer. O FC Porto aproveita para crescer no jogo. Aos 70 minutos, Lucho centra com critério e Moutinho, no segundo poste, desvia para a baliza, mas o guarda redes do Estoril defende para canto. Aos 74 minutos, Lucho e Danilo não atiram à baliza em boa posição. Aos 80 minutos, Alex Sandro cruza com qualidade, mas Lucho desperdiça atirando de cabeça ao lado. É o melhor período do FC Porto no jogo. Apesar de todas as vicissitudes, a equipa luta.




O prémio viria aos 85 minutos com um golaço de Moutinho! Do meio da rua, Moutinho enche o pé e premeia a alma da equipa. Do mal, o menos. O jogo termina pouco depois com um 2-2 retemperante.

O que fica deste jogo é um sério aviso à direcção da SAD e ao técnico. 

À direcção da SAD fica o recado de que as carências do plantel são evidentes e indisfarçáveis. 

A Vítor Pereira, se não consegue ajudar, ao menos que não (….).


Análises Individuais:

Helton – Valeu pelas duas defesas ao minuto 53 sobre Luís Leal. Se alguma daquelas duas bolas entrasse era o fim do jogo.

Danilo – Bom jogo ofensivo e algo titubeante a defender. Passou por dificuldades frente aos velocistas do clube da linha, mas é normal que assim fosse. A linha média portista em nada facilitou a vida aos seus defesas.

Alex Sandro – Boa recta final de partida que disfarça o mau arranque de jogo que teve. Viu-se que vinha de férias. Não foi o dínamo que costuma ser.

Mangala – O melhor do sector recuado. Autoritário e soberano, mesmo perante a velocidade de Luís Leal. Mais um bom jogo do Francês.

Otamendi – Tanta borrada parece impossível. Passou o jogo a dar balda atrás de balda. O penalti é só a cereja em cima do bolo. Um verdadeiro desastre. Nunca se entendeu com Luís Leal e a forma como se deixa antecipar na área aos 53 minutos por Luís Leal fazer a recarga ao seu próprio remate é inacreditável. O pior em campo e por longa margem.

Fernando – O único que fez Otamendi esforçar-se por ser o pior em campo. De que me lembre, foi o pior jogo que fez a 6. Recuou tanto para a linha dos centrais que mais parecia um libero que um 6. Muito errático no passe e sem vontade alguma de dar cobertura aos laterais. Parecia apostado em não correr mais que um metro e a gastar todas as suas energias a discutir com os árbitros.

Moutinho – Massacrado por um Fernando que se recusou a fazer o seu papel e por um Lucho incapaz de levar a equipa para frente. Tentou acorrer a tudo, como sempre, e até tentou ajudar Atsu a flanquear! Foi muito importante no período de maior acerto do FC Porto. Levou a equipa ao colo e marcou um golaço.

Lucho – Lucho já não é um grande médio ofensivo. Já não é um criativo de mão cheia. Já não desequilibra em todos os jogos, já não é plenamente mortífero ao pé da área. É cada vez mais um ser pensante que gere o futebol da equipa desde cá detrás. Nunca foi um 10, nem nos seus tempos áureos, muito menos é hoje. O FC Porto precisa de repensar o seu meio campo e a dinâmica que consegue gerar no jogo interior. Temos, cada vez, mais tracção atrás (Moutinho) e menos tracção à frente (Lucho). O que facilita muito a vida de quem defende.

Kelvin – Não fez um bom jogo, mas teve detalhes interessantes. Tem que mostrar o que sabe nos lances em que pode ganhar vantagem para equipa e não em todos os lances que disputa. Misturar mais o seu futebol. Centrar mais e melhor, passar mais e melhor e não abusar constantemente da finta. Tem talento.

Varela – A extremo foi mais que sofrível, com tantos passes errados que meteu dó. A avançado centro valeu pelo esforço e ganhou uma boa desculpa para continuar a não sair do sofrível.

Jackson – Atiram-lhe calhaus e devolve ouro. A equipa não lhe dá bolas, atira calhaus. O que vale é que o rapaz é tão bom jogador, que até assim marca. Para o serviço que tem, até mete pena o avançado centro que é!


Defour – Entrada absurdamente patética. Falhou passes de palmatória em transições em catadupa! Depois corre como um desvairado para trás, ao menos isso, mas não apaga a borrada. Atenua, quanto muito. A 6, tal a apatia de Fernando, fez um pouco melhor.

Atsu – Mais um jogo em que não ganhou um lance. Nada de proveitoso saiu do seu flanco. Nem uma finta conseguiu meter. Valeu abrir caminho para Alex Sandro e devolver a equipa à sua estrutura habitual.

Sebá – Voltou a mostrar que o seu valor não tem qualquer correspondência com o preço que o Cruzeiro lhe colou.


FICHA DE JOGO:



Estoril-FC Porto, 2-2

Taça da Liga, grupo A, segunda jornada

30 de Dezembro de 2012

Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril
Assistência: 3.287 espectadores

Árbitro: Paulo Batista (Portalegre)
Assistentes: Inácio Pereira e João Loureiro Dias
Quarto árbitro: Manuel Oliveira

ESTORIL: Mário Matos; Anderson, Bruno Miguel, Steven Vitória e Tiago Gomes; Gonçalo, João Coimbra (cap.) e Evandro; Carlitos, Luís Leal e Licá
Substituições: João Coimbra por Elizeu (69m), Luís Leal por Carlos Eduardo (85m) e Evandro por Pedro Henrique (90m)
Não utilizados: Vagner, Bruno Nascimento, Jefferson e Dieguinho
Treinador: Marco Silva

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Kelvin, Jackson e Varela
Substituições: Jackson por Defour (46m), Fernando por Atsu (67m) e Kelvin por Sebá (79m)
Não utilizados: Fabiano, Quiño, Castro e Abdoulaye
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Steven Vitória, Jackson  e Moutinho.
Cartões amarelos: Danilo (14m), João Coimbra (21m), Lucho (26m), Steven Vitória (58m) e João Moutinho (90m+2)



Análise do treinador Vítor Pereira:


«Foi um jogo complicado, com uma boa equipa, bem organizada, com bons jogadores, competitivo, em que tivemos que ir buscá-lo ao nosso caráter como equipa. A qualidade neste relvado não é possível, são ressaltos e mais ressaltos. Não estou totalmente satisfeito porque queríamos a vitória, mas muito satisfeito com o comportamento da equipa e com o resultado, dependemos só de nos próprios para seguir em frente.»

Quando questionado sobre as dificuldades que o F Porto voltou a ter na Amoreira (na Liga também esteve a perder e venceu por 2-1, o treinador respondeu assim: «Quero ver uma equipa que chegue aqui e tenha facilidades. Em primeiro lugar porque o Estoril tem mérito na forma como está organizado. E depois porque é um terreno que têm que lá andar para perceberem como está. Uma equipa que queira jogar a um toque, dois toques, com ritmo, não consegue.»

O técnico mostra-se de resto confiante quanto ao apuramento na Taça da Liga na última jornada, frente ao V. Setúbal: «Em nossa casa julgo que temos argumentos e qualidade para definirmos a qualificação. O Setúbal é uma boa equipa, mas acredito que podemos conseguir a qualificação.»

Vítor Pereira optou por colocar em campo o seu melhor onze e explica a opção, quando lhe perguntam se isso revela uma maior aposta na Taça da Liga, em relação às outras épocas: «Fundamentalmente porque quero que a equipa tenha ritmo para os jogos que aí vêm. A paragem quebra um bocadinho o ritmo, naturalmente. Depois, porque saindo da Taça de Portugal não ficamos satisfeitos e queremos seguir nesta Taça da Liga e, se possível, vencer.»

A quebra de ritmo, diz por fim, é um «mal» da época: «Acontece em todas as equipas. É uma paragem que no nosso país é tradição, mas não há duvida nenhuma que quebra. E não é só isso. Os jogadores chegam três dias antes para preparar o jogo, é sempre um bocadinho complicado readquirir o nível que tinhamos antes da paragem. Mas penso que tambném veio na altura certa para podermos descansar um bocadinho e estar junto das famílias.»







Por: Breogán

Feliz Ano de 2013 São os votos da Tribuna Portista.


A equipa responsável pela Tribuna Portista deseja a toda a Família Portista um Ano de 2013 pleno de sucessos Pessoais e Desportivos....



... E não esqueçam, para começar bem o Ano, nada melhor que o convívio com os nossos atletas no dia 1 de Janeiro...

  Não faltem que nós também não faltaremos!!



Por: Tribuna Portista

domingo, 30 de dezembro de 2012

Segunda Liga: SC Braga 1 - 1 FC Porto B (Crónica)


Nota: Na impossibilidade de vermos o jogo, publicamos a crónica oficial do NOSSO clube, presente na página oficial (www.fcporto.pt), infelizmente o NOSSO clube não tem os direitos dos outros e esta semana publicaremos uma crónica a desmascarar essa situação.

Golo de Tozé vale empate em Braga

O FC Porto B empatou este domingo no terreno do Sporting de Braga B (1-1), em partida da 20.ª jornada da Segunda Liga. Tozé foi o autor do tento portista, aos 13 minutos. Os azuis e brancos estão na 12.ª posição da prova, com 26 pontos.




O golo inaugural surgiu após uma iniciativa de Frederic, que serviu Tozé na grande área bracarense. O médio abriu o marcador com um remate cruzado. Porém, sete minutos depois, o SC Braga B chegou à igualdade, por intermédio de Zé Luís. O equilíbrio foi, de resto, a nota dominante da primeira parte.




Os Dragões dispuseram, na segunda parte, de mais oportunidades do que o adversário para "desfazer" o empate. Frederic viu Cristiano negar-lhe o golo, aos 54 minutos, e Victor Luís também esteve perto de celebrar, já nos descontos, na marcação de um livre. Foi ainda anulado um golo ao FC Porto B, na última jogada da partida.


FICHA DE JOGO:

SC Braga B-FC Porto B, 1-1
Segunda Liga, 20.ª jornada
30 de Dezembro de 2012
Estádio 1.º de Maio, em Braga

Árbitro: Paulo Batista (Portalegre)

SC Braga B: Cristiano; Tomás Dabó, Palmeira, Santos e Guilherme; Victor Nikiema, Mauro e Nuno Valente; Yazalde, Zé Luís e Manoel.
Substituições: Nuno Valente por Xavier (73m) e Manoel por Carlos Eduardo (82m)
Não utilizados: Pedro Cavadas, Aníbal Capela, Afonso Figueiredo, Tiago Ribeiro e Zé Manel
Treinador: António Conceição

FC PORTO B: Stefanovic; David Bruno, Zé António, Tiago Ferreira e Victor Luís; Pedro Moreira, Sérgio Oliveira e Tozé; Frédéric, Dellatorre e Fábio Martins.
Substituições: Tozé por Vion (75m) e Frederic por Edu (75m)
Não utilizados: Elói, Diogo Mateus, Anderson Silva, Mikel e Gonçalo Paciência
Treinador: Rui Gomes

Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Tozé (13m) e Zé Luís (20m)
Cartões amarelos: Zé Luís (43m), Tozé (55m), Palmeira (57m), Victor Luís (70m) e Vion (75m)


Fonte: www.fcporto.pt



Por: Tribuna Portista

sábado, 29 de dezembro de 2012

Taça da Liga: Estoril Praia - FC Porto (Antevisão)





No próximo domingo, o FC Porto terá pela frente mais um jogo a contar para a Taça da Liga, tendo como adversário o Estoril para a segunda jornada deste grupo A, grupo em que os dragões lideram isolados com três pontos, seguindo o Vitória de Setúbal e o Estoril ambos com um ponto, por fim o Nacional sem qualquer ponto, fruto do desaire inaugural na primeira jornada diante do FC Porto.




O Estoril foi uma das equipas que regressou ao escalão maior, obtendo com todo o mérito o primeiro lugar na Segunda Liga, mantendo uma regularidade tremenda ao longo da prova fruto do excelente trabalho protagonizado por Marco Silva. 

Relativamente ao plantel,  este tem condições suficientes para alcançar o seu principal objectivo, que naturalmente passa exclusivamente pela manutenção. Alguns dos craques da temporada passada vão ter oportunidade de "vingar" na Liga Sagres e veremos se aguentam a pedalada (alguns deles têm estado ao seu nível).

Um dos pontos forte deste adversário são as suas transições defesa-ataque, tendo jogadores rápidos na frente que transportam bem a bola, criando dificuldades a qualquer equipa a que possam surgir pela frente.

Contam com dois laterais que atacam bastante. Uma das coisas que realço nesta equipa é ter exactamente a mesma postura competitiva seja casa ou fora, nesta fase só não têm mais pontos devido algumas desconcentrações nas partes finais dos jogos, uma situação que ao longo da prova será certamente rectificada.

A nível de posicionamento e sistema de jogo não haverão modificações (poderão existir algumas trocas directas de jogadores mas que não impliquem mudanças tácticas), sendo que  Marco Silva joga por norma num 4-2-3-1, optando por um duplo-pivot na zona intermédia (Diogo Amado e Gonçalo Santos) de forma a dar maior liberdade ofensiva a Evandro, com os irrequietos Licá e Carlitos sobre as alas (Gerso pode ser igualmente uma das alternativas credíveis), estando mais adiantado Luís Leal, ele que tem aproveitado muito bem neste regresso ao Estoril.

Devido à competição em si, poderá existir uma ou outra novidade no sector defensivo, seja na baliza como nas restantes posições, se bem que tendo pela frente um clube como o FC Porto, e a necessitarem garantidamente dos três pontos de forma a puderem sonhar com uma presença nas meias-finais desta competição,  não surpreenderia  o técnico do Estoril mantivesse o habitual quarteto formado por Jefferson, Steven Vitória, Bruno Nascimento e Anderson Luís, estando à espreita de um lugar, jogadores como Mano ou Bruno Miguel.

No FC Porto, após mais uma paragem, e sobretudo, existindo possibilidade de até carimbar de imediato o acesso à fase final, provavelmente o treinador Vítor Pereira apostará no onze base, modificando um ou outro lugar, mas mantendo coesão e uma equipa inicial bem rotinada, sendo que uma das alterações deverá ser mesmo entre os postes, com Fabiano a manter o lugar (já tinha sido opção no jogo da Choupana).


Lista de convocados:

Quiño, Kelvin e Sebá são as novidades,

Helton e Fabiano (guarda-redes); Danilo, Lucho, Quiño, Castro, João Moutinho, Jackson Martínez, Varela, Mangala, Abdoulaye, Fernando, Alex Sandro, Atsu, Kelvin, Otamendi, Defour e Sebá




Por: Dragão Orgulhoso

Segunda Liga: SC Braga B - FC Porto B (Antevisão)



A Segunda Liga não pára, e agora antes do final de mais um ano, o FC Porto terá pela frente uma deslocação complicada ao velhinho 1º Maio, defrontando o Braga "B", em jogo da 20ª jornada, a penúltima da primeira volta.

Por esta altura, a equipa "B" do Braga encontra-se na 19ª posição com 16 pontos (soma apenas três triunfos), estando a um lugar da descida, se bem que pontualmente está em igualdade com o Covilhã. 






Apesar de contar com o contributo de alguns jogadores do plantel principal em vários jogos, a turma bracarense tem claudicado em grande parte dos encontros já realizados, nos jogadores à disposição do técnico António Conceição (veio substituir Artur Jorge no mês de Outubro), existe qualidade de sobra para alcançar a tão desejada permanência, algo perfeitamente possível, ainda para mais quando haverá muitos jogos pela frente.





Pelo facto da equipa minhota estar num lugar algo desconfortável na tabela classificativa, é de crer que volte apostar forte neste jogo contra o FC Porto, fazendo descer à "B" todos os elementos que vão ficar de fora da equipa principal (joga na Figueira da Foz para a Taça da Liga). 

Tal como já sucedia com o anterior treinador, o Braga "B" assemelha-se e muito na sua forma de jogar ao sistema utilizado pela equipa que compete na Primeira Liga, faltando naturalmente outro tipo de qualidade nos seus processos de jogo, se bem que nos três sectores existem alguns elementos com potencial interessante, sobretudo com capacidade para algo mais do que competir neste escalão, casos por exemplo de Aderlan Santos, Mauro ou  Zé Luís.

No jogo realizado nos Açores diante do Santa Clara, o técnico bracarense dispôs nas suas fileiras do lateral Baiano e do avançado experiente Paulo César, algo que não deverá suceder neste jogo contra a "B" do FC Porto, sendo assim abre vaga ao regresso no lado direito da defesa do jovem Tomás, jogando sobre a esquerda Afonso Figueiredo (o francês Florent continua lesionado), restando a dúvida sobre quem acompanhará Aderlan Santos (craque!!!) no centro da defesa, se o habitual dono da posição Palmeira, ou Aníbal Capela que durante algumas jornadas passou para o banco de suplentes após já ter sido indiscutível sobre o eixo central (na baliza Cristiano será o guardião). 

O meio-campo será garantidamente o sector onde não deve haver qualquer alteração, sendo que por norma a equipa joga com um duplo-pivot no miolo, constituído por Mauro e Nuno Valente, dando outra capacidade ofensiva a Guilherme um jogador dotado em termos técnicos, mas ainda muito "verde" para estar ao mais alto nível. Quanto ao ataque, atenção ao trio formado por Manoel, Yazalde e Zé Luís, existindo sempre a porta aberta para a inclusão de algum jogador da equipa "A".

Os dragões vêem de um empate a duas bolas sobre o Benfica, num resultado extremamente injusto, dada a exibição protagonizada pela equipa liderada por Rui Gomes. Apesar de tudo, o momento no FC Porto continua a ser muito bom, e não tenho a mínima dúvida que vão para Braga de forma a somar os três pontos. 

Comparativamente ao onze utilizado na última ronda, o colombiano Quiño deverá regressar para o lugar do lesionado M´Bola, sendo que os restantes dez jogadores deverão manter um lugar na equipa inicial, salvo claro está, alguma excepção, ou seja, a entrada de algum jogador do plantel principal.


Antevisão de Rui Gomes:

"Estamos no caminho certo"

Após um ciclo de resultados positivos, o FC Porto B ficou-se por uma derrota e um empate nas duas últimas jornadas da Segunda Liga. Rui Gomes espera retomar o caminho das vitórias no Estádio 1.º de Maio, frente ao SC Braga B (20.ª ronda, no domingo, às 15h). Nesta superflash de antevisão do desafio, o treinador fez ainda um balanço da época e considerou que o projecto está "no caminho certo".

Em Braga, Rui Gomes antevê "um jogo equilibrado", frente a um adversário com "bastante qualidade" e que "usa regularmente jogadores previstos para a equipa A". "Penso que a classificação não traduz a sua qualidade. O SC Braga B tem vindo a ter melhores resultados, visto que, tal como nós, precisou de se adaptar a uma nova realidade. Agora está a um nível muito mais próximo daquele que terá na segunda volta. São duas equipas com intenções de praticar um futebol positivo e agradável. Será um encontro interessante de seguir e espero que no fim sejamos nós a sorrir e a ganhar", declarou.

Rui Gomes admite que o confronto com os minhotos tem o "condimento" extra da rivalidade entre as duas formações principais, que pode ajudar a equipa a ultrapassar a frustração do empate frente ao Benfica B (2-2), no domingo. "Em alguns jogos conseguimos o empate e não deixamos de sentir alguma satisfação, porque não tínhamos feito o suficiente para merecer outro resultado. Neste caso foi o contrário e o sentimento foi de derrota, porque ficámos com a sensação de que merecíamos mais. A semana de trabalho foi curta mas boa e os jogadores estão motivados para terminar bem o ano civil e a primeira volta e para fazer uma segunda volta bastante melhor".

O treinador do FC Porto B faz um balanço "extremamente positivo" dos primeiros meses deste projecto: "Há a tendência para olhar apenas pela classificação e nesse aspecto não podemos estar satisfeitos por ocupar um lugar a meio da tabela. Porém, há factores extremamente positivos, como o crescimento de alguns jogadores que estão connosco desde o início. Por outro lado, alguns atletas jogaram na nossa equipa e depois na formação A com prestações extremamente positivas. Não temos dúvidas de que este é um patamar muito importante entre a formação e a permanência na equipa A. Achamos que o projecto tem toda a razão de ser e até agora o que foi feito é bom. Queremos fazer ainda melhor, o que não invalida que tenhamos a consciência de que estamos no caminho certo".


Lista de convocados:

 Éloi e Stefanovic (guarda-redes); Anderson, David, Dellatorre, Diogo Mateus, Edú, Fábio Martins, Frederic, Gonçalo Paciência, Mikel, Pedro Moreira, Sérgio Oliveira, Tiago Ferreira, Tozé, Victor Luís, Vion e Zé António.

Por: Dragão Orgulhoso

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O Tarzan e a Tv é o Boi que não se vê! (Por Joker)




Tiraram o Tarzan da Selva, e enfiaram-no numa gaiola
Ele que vivera em soberba, andava agora a pedir esmola
Coroaram um novo Rei no sítio, um experimentado animal
Mandaram-no vir do exílio, para elevar aquele tal canal!

O canal selvático, que tende a fazer um apelo às armas
Na voz de um tal Colaço, um bicho de focinho de sarna
Que a nova animaleira, pretende fazer render no peixe
Pra enganar o Oliveira, e receberem um duplo encaixe!

Sim, qu'estes animais são importantes, bufam muito alto!
Mais importantes qu'os ruminantes, distinguem-se no fato!
Nos grunhidos grandiloquentes, qu'emitem no dia seguinte
Aos acontecimentos recorrentes, daquele legado pedinte!

Que já o experimentara o zarolho, o animal sem cervical
Que tinha estado de molho, à espera do Tarzan lexical
Uma manada bem orquestrada, numa orientação orelhuda
jornada após jornada, grunhindo em forma linguaruda!

E porque não se podem perder, estes animais raríssimos
Nem que seja pra entreter, na benficaTV, os ilustríssimos
Nomeiam-se pra assessores, da escrita em verborreia
Dos versos, tão sedutores, do orelhudo com  gonorreia!

Que declama, sim, amiúde, nas suas casas de pasto
Como se tivesse um Talmude, de rabi sem cadastro
E por isso pode professar, a sua moral d'encanto
E nisso se confessar, o seu salvador sacrossanto!

E nisto nasce o milagre, nas palavras e dos feitos
O benfica em catarse, e o Tarzan com novos arreios
Transformado por emulação, no animal que com'a relva
Um Ápis em purificação: o divinal Rui Boi da Selva!





Por: Joker

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Símbolos à Simplício: Futebol Clube de Carrazeda de Ansiães



Nome: Futebol Clube Carrazeda de Ansiães
Fundação: 1952
Localização: Carrazeda de Ansiães, Bragança
Associação: Associação de futebol de Bragança
Divisão actual: AF Bragança, Futsal Divisão de Honra



Última paragem neste passeio Douro acima. Um vez mais, um símbolo à Simplício dedicado à região vinhateira mais antiga no mundo. Para o provar, lá está o fruto de Baco no centro do mesmo e o Douro a correr por baixo.




É nos pavilhões de futsal que o FC Carrazeda de Ansiães mais aposta e é o actual campeão distrital da AF Bragança a nível sénior. Ainda assim, a formação também é uma prioridade. Está presente em todos os escalões de formação no futsal a nível distrital e nos escalões etários mais jovens de futebol de 11.

Na próxima viagem nos símbolos à Simplício iremos acompanhar a evolução do seu principal constituinte. 
Uma viagem no tempo e no esférico.

Finalmente, se sabe de algum símbolo à Simplício, contacte-nos!


Por: Breogán 

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O Manhoso do Cagoso (Por Joker)




Se a bola bate no braço, é penalti!
Diz o rebuscado manhoso da Cofina
Pérola "jornalística", obra d'arte
Na sua semanada "crónica" sabatina!

A favor do seu clube, é de apitar!
Para o Cagoso chegar à marca cem
Contra o Porto, nem há que hesitar
Penalti, mão na área, como convém!

O embate até estava bem apertado
O benfica B, das ilhas, chateava
Mas, como ir de férias preocupado
Se estava lá o "juiz" da palmada?

É pénalti, sim senhor, gritó manha!
E entoa nos pénaltis contró Porto!
Exulta, no Cagoso, aquela "façanha"
Em vitória retumbante, contró morto!

Que moribundo já entrara em campo
Prestando vassalagem, à São Simão
Em época natalícia, é um encanto
Naquela romagem, à Santa Anunciação

Que há-de revelar por espiritismo
A alma do Kardec, versão marítima
Numa prova de profundo hermetismo
Se há-de compreender esta rítmica

E se não se bastasse a mão divina
Para encher o cabaz do Pai Natal
Ainda temos no manhoso da Cofina
Um "santo" escriba do "doutrinal"

Qu´eleva o orelhas ao Deus-menino
O Alexsandro, ao lacaio d'Herodes
O profuso e sanguinário assassino
Daquele impoluto líder de bigodes!




Por: Joker

Iturbe e a ânsia que o consome (Por Eddie the Head)








Iturbe chegou ao F.C. Porto com o rótulo de “novo Messi”, considerado um prodígio do futebol sul-americano tendo sido, inclusive, a sua nacionalidade disputada entre Paraguai e Argentina. O seu valor era, portanto, enorme na América do Sul, não sendo por isso de estranhar que muitos portistas acreditavam que o jovem ia entrar quase de caras no 11 campeão nacional.





Com o passar do tempo e algumas dificuldades de adaptação, fez-se o paralelismo com James Rodriguez, outro jovem portista que passou por um período semelhante, em que esteve vários meses sem jogar antes de começar a surgir na equipa. Contudo foi-se percebendo que eram casos diferentes, porque o argentino acabou a época com poucos minutos de jogo e esteve sempre fora nos momentos importantes.

Arranjaram-se vários culpados, desde a equipa técnica à direção, foi dito que este foi um caso muito mal gerido, mas a qualidade de Iturbe raramente, ou mesmo nunca, foi posta em causa pelos adeptos.

No arranque desta época começaram a surgir várias teorias sobre a sua escassa utilização, invocando interesses superiores para a sua escassa utilização, teorias essas que não contesto, mas que voltaram a aumentar a expectativa de alguns adeptos quanto ao jogador.

No entanto, a equipa B acabou por ser muito importante, tanto para Iturbe, como para os adeptos.

A ideia que sempre me deu era a de que Iturbe é um miúdo que se esforça, luta muito, treina, mas sempre acreditou naquilo que se dizia dele. Acreditou que podia chegar perto do nível de Messi, que era um prodígio do futebol, acreditou que já era capaz de singrar na Europa. Perante tudo isto, o jovem argentino esperava ter oportunidades com alguma facilidade, e terá até tido alguma arrogância na hora de aprender, o que lhe terá dificultado a evolução.



Contudo, quando começou a ter jogos consecutivos na equipa B, perceberam-se algumas das limitações de Iturbe: tecnicamente está longe de ser um dotado, prende-se ainda muito à bola mas a verdade é que não resolve nada com ela, mesmo na equipa B. Não é um jogador de bola colada no pé, apresenta até algumas dificuldades em termos de qualidade de passe e tem imensas limitações em termos de visão de jogo. A juntar a tudo isto, o jovem jogador tem sido prejudicado por uma enorme ânsia de se mostrar, parecendo por vezes um jogador mais limitado do que aquilo que realmente é. Esta ânsia faz com que Iturbe se prenda muito à bola, querendo fazer tudo sozinho e muito rápido, parecendo com isto um jogador ainda menos técnico, mais trapalhão e sem qualquer noção ofensiva dos jogos.



Estes jogos da B foram, para Iturbe, como bater contra uma parede e terá, certamente, percebido que está longe do nível que julgava ter. E já se vê um Iturbe mais disponível em campo, com uma capacidade de luta bastante superior e até nas suas declarações parece mais conformado com a luta que tem pela frente.

Do lado dos adeptos percebeu-se que afinal não estava aqui um novo Messi, mas sim um possível bom jogador no futuro, mas que tem ainda um enorme caminho à sua frente.

Iturbe tem qualidades: é muito explosivo, quando arranca é muito difícil de ser parado, aparenta ter um excelente remate a média distância, cruza bem e tem por onde crescer tecnicamente. Mas não é um prodígio técnico, não é daqueles jogadores que só de tocar na bola se percebe que está ali um talento. E isso é mais uma razão para que o trabalho de Iturbe seja redobrado. Esta equipa B pode ter-lhe aberto os olhos, para que se possa tornar num bom jogador. Tem de tirar da cabeça os Messis deste mundo, porque ele é doutro campeonato mas ainda nos pode ser útil.







Perante isto até se tem falado, nos últimos dias, duma suposta cedência do jogador. Estou contra esse cenário, porque o jogador neste momento tem margem para evoluir na equipa B, e mesmo noutro clube da primeira liga não é certo que seja titular. Emprestá-lo para a Argentina seria um erro ainda maior, um retrocesso na sua evolução.





Iturbe deve continuar cá e deve manter a humildade que ultimamente aparenta ter. Só assim se tornará importante no clube. 




Por: Eddie the Head

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Desejamos a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano de 2013.


A Equipa da Tribuna Portista deseja a todos os seus Leitores umas Boas Festas...


...e o NOSSO FC Porto num novo ano Recheado de Alegrias e Vitórias.


Por: Tribuna Portista

domingo, 23 de dezembro de 2012

Carta do Orelhas ao Pai Natal (Por Joker)





Pai Natal, este ano escrevo-te em verso
Não é por mal, é para ser controverso!
Não sou eu que escrevo, é o assessor!
pois, como sabes, sou um transmissor!

Da vontade dos mais de seis milhões
Maior marca de Portugal: os lampiões!
E por isso temos o sagrado direito
De vencer três campeonatos a eito!

Isso te peço, mais a liga dos Campeões
Julgo que mereço, a escrever à Camões
Não eu, mas o assessor, o papagaio
Que escreve com'um doutor, o lacaio!

Sim, porque somos o mais maior do mundo
Saímos no guiness, em página de fundo
Temos na águia careca, um símbolo vivo
Um treinador que soletra, com'um fugitivo!

Pagamos a rodos, apesar do grande passivo
Não somos de modos, neste clube altivo
Pagamos quatro milhões, ao nosso chiclete
Para sermos campeões, sobr'os d'Alcochete!

E aqueles do Porto, que jogam com três?
Isto não é desporto, é uma insensatez!
Só ganham com fruta, com café com leite
Não é boa conduta, neste tempo d'enfeite

Por isso, Pai Natal, manda vir da Lapónia
Mais um vendaval, de túneis de cerimónia
Do novo tricampeonato, laureado p'lo Costa
O santo novato, não o da pronta resposta!

Qu'eu chamo Isabel, por referência à Santa
Literatura de cordel, que leio de garganta
Beatificado sou eu, que jejuei na Boa-Hora
Indiciado como Ateu, mas liberto sem demora

Só tinha assaltado, o armazém à mão armada
Com fraco resultado, arrombando a portada
Aldrabão era o outro, um criminoso infame
Eu sou mais aqueloutro, o artista do arame!

Como me porto tão bem, mereço muita Paixão
Um Augusto também, como título pra ladrão
Um Baptista muito santo, pra solene baptismo
Do Rodrigo, um encanto, pecador sem castigo!

Por isso, São Nicolau, envie-nos santinhos
Qu'eu não sou mau, sou menino de miminhos
Que costumo fazer, no aeroporto da Portela
A quem me contradizer, por minha clientela

Ah, que nos envie mais cartões vermelhos
Pr´ós outros, canastrões, dos grupelhos
Jogam com menos dois, contra o glorioso
E dizem aos despois, que até deu gozo!

E mais pénaltis pra vendermos o Cagoso
Vinte milhões de Maravedis, maravilhoso!
Um perneta de Deus, curado pelo Jasus
Qu'Abençoa os seus, pendurando-os na cruz!

E deixo mais um pedido, neste Santo Natal
Um apelo sentido, pró escriba deste anal 
Uma águia de ouro, por este declamatório
Não em forma de corno, mas de supositório!

Feliz Natal! 

That's all Folks!




Por: Joker

Segunda Liga: FC Porto B 2 - 2 Benfica B ( Por Dragão Orgulhoso)


Ainda não foi desta que o FC Porto regressou aos triunfos, cedendo um empate em casa diante do Benfica "B", empate esse que deve ser considerada injusta, uma vez que a equipa liderada por Rui Gomes foi superior em grande parte do encontro, revelando alguma falta de eficácia.






Foram 20 minutos de grande intensidade colocada pelo FC Porto, marcando nesse período dois golos e criando outras tantas situações junto da baliza do guardião Mika, com o Benfica a não conseguir sair para o ataque, muito por mérito dos dragões, que chegaram à vantagem através do goleador Dellatorre (melhor marcador da nossa equipa no campeonato). 





Três minutos depois, após mais um belo lance protagonizado por Sebá (nesse período de maior ascensão portista, esteve uns furos bem acima do restante do jogo), servindo na perfeição no coração da área para o surgimento do extremo Fábio Martins, dando na altura uma vantagem de dois golos ao FC Porto.

A resposta do Benfica não tardou, na sequência de um livre cobrado pelo lateral Luís Martins, o ponta de lança Dellatorre não foi feliz, e apontou golo na sua baliza, numa altura onde os encarnados pouco ou nada tinham feito por marcar. 

Apesar do tento sofrido, os azuis e brancos continuaram na procura do golo, voltando a incomodar algumas ocasiões o último terço contrário, mas foi o Benfica novamente a marcar, desta feita através de Leandro Pimenta, correspondendo na perfeição ao passe de ruptura efectuado pelo Ascues.

Nos segundos 45 minutos, o equilíbrio foi nota dominante do encontro, com duas equipas a jogarem para a vitória, no entanto a situação para o Benfica veio complicar-se a meio do segundo tempo com a expulsão do seu pivot defensivo (Ascues), naturalmente a jogar em superioridade numérica, o FC Porto definitivamente veio tomar as rédeas do encontro, subindo as linhas, fazendo com o que a equipa visitante recuasse no terreno e passasse a ter uma postura de maior contenção.

No FC Porto, as novidades acabaram por ser as esperadas, isto é M´Bola a ocupar o lado esquerdo da defesa e Fábio Martins a substituir o argentino Iturbe, bem como o regresso do brasileiro Sebá à equipa inicial, enquanto no conjunto visitante, o técnico Norton de Matos mexeu mais do que o previsto, contando como principais novidades as entradas de Ascues, Luciano Teixeira e João Mário ao onze.

O empate acaba por injusto, uma vez que os dragões foram melhores, houvesse maior eficácia o resultado tinha conhecido outro sabor, no entanto também há que dar mérito o facto do adversário a perder por dois golos de diferença ter conseguido reagir, e ter chegado à igualdade.


ANÁLISES INDIVIDUAIS:


STEFANOVIC - sem responsabilidades nos golos sofridos, ainda evitou outro com uma boa intervenção, a cabeceamento doe Miguel Rosa.

DAVID BRUNO - pouco se deu pelo Miguel Rosa (esteve mais encostado sobre a esquerda),  há que dar mérito pela forma como o lateral direito se exibiu e tal como  M´Bola, só faltou acompanhar mais nas ligações ofensivas. Foi forçado a jogar os últimos minutos como lateral esquerdo e curiosamente acabou por ser o período onde se libertou mais no apoio ao ataque.

ZÉ ANTÓNIO - exibição segura deste central. Está ligado ao segundo golo da equipa, depois de libertar muito bem o Sebá, com um passe em profundidade.

TIAGO FERREIRA - é verdade que o Leandro Pimenta lhe surgiu nas suas costas no lance que acaba por dar o empate, mas o jovem central voltou a pautar por uma exibição tranquila.

M´BOLA - saiu lesionado, no entanto acaba por realizar uma exibição positiva, faltando dar apenas maior fulgor ao lado esquerdo do ataque, sendo que defensivamente cumpriu, tendo pela frente o irrequieto Ivan Cavaleiro.

PEDRO MOREIRA - está em todas, revelando uma grande capacidade e entrega ao jogo. Tacticamente, tem sido muito importante neste FC Porto. Num excelente lance individual, quase fazia o golo.

SÉRGIO OLIVEIRA - não esteve particularmente feliz, faltou-lhe maior acerto no passe e colocar maior agressividade na disputa de bola. Atravessa um excelente momento de forma, contudo neste encontro passou um pouco ao lado.

TOZÉ - bastante irrequieto, voltou a dar dinâmica ao ataque portista. Incansável na recuperação de bola, foi demasiadamente massacrado por faltas, sendo que algumas delas até nem foram assinaladas.

FÁBIO MARTINS - merece destaque pelo golo, provavelmente fez a melhor exibição esta temporada, tanto no plano defensivo, bem como o ofensivo. 

DELLATORRE - na terceira oportunidade lá conseguiu finalizar com êxito, inaugurando na altura o marcador, estando no melhor e no pior, quando numa situação infeliz, apontou um golo na sua própria baliza. Acabou substituído, numa altura onde era notório o seu desgaste.

SEBÁ - no período de domínio do FC Porto, foi claramente o elemento em maior evidência, dando que fazer ao lateral Luís Martins, sendo dele as assistências para os dois golos da equipa. De realçar, o empenho defensivo que teve ao longo da partida, tendo criado diversas situações de desequílibrio, sendo parado na maior das vezes através de falta. Já algum tempo que este avançado brasileiro não protagonizava uma perfomance deste nível!


VION - veio refrescar o ataque e mais uma vez foi perdulário na finalização, desperdiçando uma excelente ocasião de cabeça. 

DIOGO MATEUS - entrou nos últimos dez minutos da partida para substituir o lesionado M´Bola, fixando-se no lado direito da defesa.



FICHA DE JOGO

FC Porto-Benfica, 2-2
Segunda Liga, 19.ª jornada
23 de Dezembro de 2012
Estádio do Pedroso, Vila Nova de Gaia
Assistência: 6849 espectadores

Árbitro: Nuno Almeida (Algarve)
Assistentes: Paulo Ramos, Nuno Vicente.
Quarto árbitro: Pedro Vilaça

FC PORTO B: Stefanovic, David Bruno, Zé António, Tiago Ferreira, M’bola, Pedro Moreira, Sérgio Oliveira, Tozé, Sebá, Fábio Martins e Dellatore.
Substituições: Dellatorre por Vion (70m), M’bola por Diogo Mateus (79m)
Não utilizados: Eloi, Anderson, Mikel, Edu, Frederic.
Treinador: Rui Gomes

BENFICA B: Mika, João Cancelo, Sidnei, Fábio Cardoso, Luís Martins, Ascues, Ivan Cavaleiro, Leandro Pimenta, Luciano Teixeira, Miguel Rosa e João Mário.
Substituições: Ivan Cavaleiro por Duarte Duarte (70m), João Mário por Cafú (88m), Miguel Rosa por Carole (90+3m)
Não utilizados: Bruno Varela, Mvom, Elvis e Deyverson.
Treinador: Norton de Matos

Ao intervalo: 2-2
Marcador: Dellatorre (12m), Fábio Martins (15m), Dellatorre (pb) (22m), Leandro Pimenta (35m)
Cartão amarelo: Luís Martins (30m), M´bola (31m), Sidnei (36m), Ascues (52m e 72m)
Cartão vermelho: Ascues (72m)



Por: Dragão Orgulhoso

Segunda Liga: FC Porto B - SL Benfica B (Antevisão)


Jogo grande de hoje domingo no Estádio Dr. Jorge Sampaio, com o FC Porto "B" a receber a equipa secundária do Benfica, a contar para o campeonato desta Segunda Liga.






Actualmente, o Benfica ocupa a terceira posição com 31 pontos, mas caso o FC Porto obtenha os três pontos, poderá ficar somente a quatro, o que seria extraordinário, até pelo início desastroso da equipa azul e branca, que apesar de ter sido derrotado no último jogo realizado, vive o melhor momento da época até ao momento.





Devido ao facto da à equipa principal ter sido concedido mini-férias de natal, o técnico Rui Gomes não poderá contar com nenhum elementos da "A", uma situação que não surpreende, dado esses jogadores estarem inseridos no plantel que compete na Primeira Liga, e assim, é de esperar naturalmente algumas mexidas no onze inicial, isto comparativamente ao último encontro. 

Quanto ao Benfica, a situação é praticamente idêntica, exceptuando os casos do guardião Mika e do central Sidnei (jogadores que treinam com a equipa principal), que serão opção para o treinador Norton de Matos, sendo que os jovens André Almeida e André Gomes já não são opções para o técnico encarnado.

A equipa "B" do Benfica vem de um triunfo caseiro sobre o Trofense por 1-0, e a única alteração garantida no onze, será a saída de Claudio Correa no eixo ofensivo, sendo Deyverson é o principal candidato a ocupar o lugar. 

Apesar de jogar fora do seu reduto, o normal será a equipa manter os seus princípios de jogo que por norma têm sido bem delineados,contando com algumas mais valias, casos de João Cancelo, Leandro Pimenta, Ivan Cavaleiro e o inevitável Miguel Rosa, considerado por muitos como o melhor jogador desta Liga, algo que já sucedia quando representava o Belenenses por empréstimo.

Na baliza, depois do técnico encarnado ter provocado alguma rotação, Mika parece ter novamente agarrado o lugar, jogando à sua frente a dupla constituída por Fábio Cardoso e Sidnei, com as laterais entregues a Cancelo e Luís Martins, dois jogadores que conferem bastante profundidade aos corredores, sobre o meio-campo o trio formado pelo Cafu, Leandro Pimenta e  Miguel Rosa (o jogador mais adiantado do triângulo da zona intermédia), estando o ataque entregue a Duarte Duarte, Ivan Cavaleiro e possivelmente Deyverson.

É um jogo de tripla, independentemente dos momentos que as duas equipas possam atravessar, apesar de estar a sete pontos deste adversário, o FC Porto tem condições para fazer frente, e como tal, é de esperar um encontro equilibrado.


Por: Dragão Orgulhoso
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