quarta-feira, 30 de abril de 2014

Azia

#Azia #Benfica

máfia

Gosto das lições de moral
Que vou lendo aqui e ali
S’até m’ofereçem Rennie
No meu próprio mural!?

E eu entend’a vontade
De se darem à vista!
Ele há estomago que resista
À prova da liberdade?

E s’antes comemoravam
As derrotas do Porto!
Por seu desejo e escopo
O que desejavam?

Vencer um ano!
Pr’a mostrar no mural
A pastilha estomacal
Como grande plano!

E eles especialistas
No receituário!
Naquele plenário
Lá deram nas vistas!

Toma Rennie!
Escreve-m’o lampião
N’azia, indigestão
Que tive, por fim!

Só por perder
Neste ano, o ceptro
E expor-me, por certo
A esse mau-vencer!

Que tudo abarca
Neste pequeno país
Como selo e cariz
De povo e raça!

A inveja, mesquinhez
Que nos caracteriza
Tudo sintetiza:
No ser Português!

Que vend’os outros
Perdendo de pé!
Na”fruta” e “café”
Nos tomam por tolos!

E assim lá s’arrimam
No meu facebook
Com pompa e look
Campeões, nos ensinam?

Que são os gigantes
O clube glorioso!
No gesto faccioso
Não mudam, pedantes!

E nisto’a azia
Queimam-m’a tripa!
Acidez maldita
Vivida este dia!

Que seja este ano
Senão eu emigro!
Não aguent’o epílogo
Neste corpo decano!

Eles não se calam
Que são gloriosos!
E escrevem, gulosos
Que pr’o ano ganham!?

Eu aguento a dívida
E pag’o a troika!
Mas não esta lógica
Do clube “fifica”!

Se voltarmos ao tempo
Da outra “senhora”
Eu vou-me embora
Não fico cá dentro!

Pois, este país
De benficas e Mexias
É um ver se t’avias!
Ensina-nos o Quiz!

E ganhand’o vermelho
Por razão e sistema!
Cauciona-m’o lema
Do país donde venho!

Por isso emigro
A bem desta úlcera
Que nisto s’atura
O país se cá fico!

E podem vencer
Campeonatos a eito
Que longe do peito
Do coração a bater

Já não sofro!
Por esse país
Que do Porto fiz
O símbolo de topo!

E podem arrebatar
Esse meu mural
O meu país natural!
Qu’eu vou emigrar!

E sendo estrangeiro
Serei do Porto!
O símbolo do norte
E de tod’o guerreiro!

E estando lá fora
Como regra de vida
Portugal? De fugida…
No país d’outrora!



Por: Joker

terça-feira, 29 de abril de 2014

Fogo que arde sem se ver

#Dragão #Fogo #FCPorto 

Que chama?
Que chama?!
Por muitos jogos
Que tenho visto
Nunca vi isto!
E nesses diálogos
Um sentimento:
Vergonha!
E o homem sonha
Por outro momento…

Algo melhor
Que seja pouco…
A honra? Louco!
A garra, o suor?
E nist’o Dragão
Ficou amorfo
Sem garbo, rosto
Ou pulsação?

E vegetamos
Nesse jogo inerte
Assumind’o frete
E nisto tropeçamos!
E num estádio nobre
Dum público fiel
Só nos sobra o fel
Na derrota pobre!

E nada se passa
É a resignação!
E o campeão
Doutra era fausta?
Jaz nesse relvado
Entregu’ao destino
Sem valor ou tino
No simbolo vergado!

E ouço os cânticos
Desses vencedores
Outrora perdedores…
Em acordes messiânicos
E o homem que vergara
Nesse mesmo relvado
Tem-se por vingado
Em época tão rara!

E o qu’aí virá
Depois deste desastre?
Será o quanto baste
Ou mais ainda haverá?
Qu’eu sinto desgoverno
Numa SAD autista
Que noutra entrevista
Nos propunh’o pleno!

Por se propor renovar
C’o técnico perdedor
Mais um ano, que dor!
E nisto continuar
Uma equipa triste
Desorganizada!
Sem raça, sem nada
Que mal se visse!

É a resignação
Perante o desastre!
Nos rostos, na face
Do garboso dragão!
Como se perder
Contr’o benfica
Fosse na desportiva!
Sem o estádio “arder”!?

E saí desvairado
Sem ver os penaltis!
E nesses desempates
Já estava derrotado!
Não por perder
Mas por sentir!
Qu’ali estava assistir
Ao fim dum poder

Numa passagem
De testemunho
Por nosso próprio punho
Na réstia de vassalagem!
Qu’em criança assisti
Não por resignação
Mas por condição!
A que resisti!

E por ser Portista
Nascido em Lisboa
Dói-me mais qu’a loa
De tod’a conquista
Qu’o clube do regime
Se passeie no gozo
Por nosso repouso
Como coisa firme!

Mas s’assim ficamos
Deixo de m’identificar
Com este lugar
Que sonho por anos!
Um clube diferente
Onde perder se sente
Não como tod’a gente
Mas de modo premente!

E isso permita
Voltar a lutar!
Contra este hibernar
Que tanto nos limita!
E haja um líder
De total assomo!
Qu’alimente o sonho
E nos faça “arder”!




Por: Joker

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Vergonha total.

#FCPorto #Benfica #Futebol #vergonha #Portugal #Colômbia

A vergonha é como o universo. Em expansão e em velocidade acelerada. Tendencialmente infinita, deixando um vazio enorme que, ao que dizem, acolhe muita matéria negra, seja lá o que isso for.





A vergonha é o nosso universo. Em expansão e em velocidade acelerada. Tendencialmente infinita esta época, deixando um vazio enorme de títulos e dignidade, onde quem cuspiu para o ar, nem dignidade tem de aparecer (tínhamos muito que festejar Sr. Presidente?) e a matéria negra no universo FC Porto acumula-se às toneladas, sorvendo luz e matéria, leia-se portismo e vil metal.




Foi pago, com língua de palmo, como se diz na minha terra, todos os dislates, disparates e desventuras da SAD do FC Porto, com o seu presidente à cabeça.

É perceber que no campeonato damos graças a Deus do Estoril já não ter possibilidade matemática em chegar ao terceiro lugar e que a distância para os primeiros dois é ultrajante para os pergaminhos do FC Porto. Que nas competições a eliminar (as taças domésticas e a liga Europa), fomos sempre escorraçados, em jogos que tivemos vantagem numérica, que nunca foi inferior a 40 minutos de duração (!!!). Que nessas vantagens numéricas, de forma inexorável, afundamos sem qualquer explicação, ou concedendo golos ou nem conseguindo carregar sobre o adversário.

Superamos os limites da mediocridade e incompetência, que culmina numa fragilidade atroz, todo um processo de degradação e erosão que a SAD já se havia iniciado nas épocas anteriores.

A República Romana acha que Roma é eterna. Chama bárbaros aos povos que assaltam o seu território, que cobiçam o seu sucesso e aproveitam a sua soberba. Enquanto se divertem em guerras palacianas de poder, onde cada um luta por mais um áureo, convencidos que estão que a sua superioridade será suficiente para aplacar os bárbaros. As legiões são invencíveis, mesmo que tenham ganho a última batalha por milagre de Júpiter! E quando os bárbaros avançam, impreparados que estão para enfrentar e resistir, Roma sucumbe como um castelo de cartas.

Ontem fomos eliminados por um adversário em poupança, mas que sabia como nos ferir. Ficamos em vantagem numérica e nada soubemos fazer, ao contrário deles, sempre competentes e contando com a nossa desorientação.

Fomos a penaltis e por duas vezes tivemos vantagem, para logo a seguir a desperdiçar. No fim, levaram os despojos. Até nas entrevistas rápidas levamos baile, onde o jogador do adversário debitou a lição motivacional que lhes foi dada. Do nosso lado, nada. Nem revolta, nem incredulidade. Roma não perde para bárbaros.

Quanto ao jogo, e sendo muito rápido, entramos bem e desperdiçamos oportunidade atrás de oportunidade. Nem nisso fomos competentes. Com Jackson a perder golos de fazer corar qualquer infantil subnutrido da Colômbia.

Jorge Jesus percebe que está em Herrera a fonte do perigo e seca-nos a fonte. Pouco depois, o adversário fica reduzido a 10 e morde a língua. O FC Porto submerge no seu lodaçal de mediocridade e nem o intervalo nos traz à tona.

Até que Luís Castro mete Quintero na vez de Defour. O FC Porto dá mostras de melhoria. Jorge Jesus joga a sua última cartada. Retira um avançado e mete um médio. Com Markovic em campo, recuam e fecham.

Luís Castro queima as suas últimas substituições com pífias alterações homem por homem. Jamais ousou investir contra as linhas recuadas do adversário. Mudar de sistema? Mudar de atitude? Ousar? Investir? Um interino é um interino. Ainda dizia o presidente que haveríamos de festejar!

E lá ficamos nós, com dois centrais a marcarem um pedaço de ar, condenados a não ter superioridade numérica no meio campo, apesar de a termos no campo.







Acabam-se os 90 minutos, e se a vergonha já era imensa e crescia à velocidade da luz, nos penaltis, sobretudo o de Jackson, a vergonha é total.







Que se encha de vergonha quem planeou, dirigiu e ratificou esta temporada no FC Porto.



Análises Individuais:


Fabiano – Um espectador. Ainda nos deu vantagem nos penaltis. Logo a deitaram fora. É o melhor em campo. O único que não envergonhou o símbolo do FC Porto.

Danilo – Defensivamente não teve trabalho. No plano ofensivo, raramente combinou com o seu extremo.

Alex Sandro – Displicente, mas afoito no ataque. Nem isso a equipa aproveitou.

Mangala – Perdido, uma vez mais. Entradas loucas e pouca clareza na altura de defender.

Maicon – Um ou outro disparate, mas no geral fez uma boa exibição. O seu penalti falhado abriu as portas para o inferno.

Fernando – Já está em poupança nos últimos jogos. Quem ganha campeonatos, pouco se importa com taças, sobretudo na hora do adeus. Despede-se com o penalti cheio de medinho ao poste que abre a festa de outros no Dragão.

Defour – Nada. Não joga nada. Nem para a frente. Nem para trás. Nem no banco.

Herrera – É um jogador em estado primitivo. Tem potencial, mas também tem 24 anos. Quando arranca para a baliza contrária parece que perde peso e aprende a jogar futebol. Quando tem que jogar parado, perto da nossa área, fica pesado e os seus pés são tijolos. É um proto grande jogador. Bastou meter um polícia e desapareceu.

Varela – Dois lances numa primeira parte em que pouco deu. Na segunda, parecia que nem regressou do balneário. Saudades do chuveiro.

Quaresma – É o espelho da degradação do FC Porto. Primeiro, basta lembrar o que tem sido o mercado de inverno no FC Porto nas últimas épocas. Quaresma não foge ao paradigma. Segundo, já percebeu que para sobreviver por cá basta bater no peito, beijar o símbolo, mostrá-lo a adeptos e adversários. Juntam-se uns tiques de vedeta: ser rei da bola parada chutada para a VCI, campeão das más decisões em campo e jamais ser hipótese para ser substituído. Eis Quaresma, um problema sério, dentro em breve.

Jackson – Uma vergonha. Falhou golos feitos. E arranca um penalti que não lembra ao diabo. Uma vergonha.





Quintero – O director geral do FC Porto ousou, há algum tempo, afirmar publicamente que o FC Porto não se preocupa em formar, mas em ganhar. Eis Roma. O FC Porto já não forma na formação. Forma na equipa principal. Dantes, procurávamos talentos. Depois, talentos prematuros. Agora, talentos proveta. Talentos que nem em fase embrionária estão. Têm ainda que ser criados in vitro. Um suplente do Pescara é a esperança do Dragão. Talentos in vitro cada vez mais caros, mais onerosos e mais longe da maturação. Quintero não tem culpa alguma que, esta época, a proveta não ser competente, mas olhar para um menino que pouco fez no Pescara como solução, só revela a política desportiva levada a cabo por esta SAD.

Ghilas – Substituição de cartilha. Zero capacidade de raciocínio ou leitura de jogo. Sai Quaresma, entra Ghilas. Homem por homem. Três defesas atrás, com Alex Sandro ou Danilo a extremo?! Meter mais um médio, para ganhar superioridade no meio campo?! Nem pensar!

Ricardo – Entrou para lateral ofensivo, algo que Danilo também é. Entrou a cinco minutos do fim, como um milagreiro. Homem por homem. Zero de aproveitamento da superioridade numérica. Mediocridade. Vergonha total.





Ficha de jogo


FC Porto, 0 (3)Benfica, 0 (4)
Estádio do Dragão, no Porto.
Assistência 26.109 espectadores

FC Porto: Fabiano, Danilo (Ricardo, 79'), Maicon, Mangala, Alex Sandro, Fernando, Defour (Quintero, 55'), Herrera, Quaresma (Ghilas, 71'), Varela e Jackson Martínez.
Treinador: Luís Castro.

Benfica: Oblak, André Almeida, Jardel, Steven Vitória, Siqueira, Rúben Amorim (Enzo Perez, 77'), André Gomes, Ivan Cavaleiro, Sulejmani, Lima (Garay, 36') e Cardozo (Markovic, 63').
Treinador: Jorge Jesus.

Árbitro: Marco Ferreira (AF Madeira).

Amarelos: André Almeida (81') e Danilo (78')
Vermelho directo Steven Vitória (31').

Grandes penalidades 0-1, por Siqueira; 1-1, por Quintero; 1-1, por Garay (atirou à trave); 1-1, por Jackson (por cima da trave); 1-2, por Jardel; 2-2, por Ghilas; 2-2, por André Gomes (Fabiano defendeu); 2-2, por Maicon (Oblak defendeu); 2-3, por Enzo Pérez; 3-3, por Varela; 3-4, por Ivan Cavaleiro; 3-4, por Fernando (Oblak defendeu).



Por: Bréogan

domingo, 27 de abril de 2014

Revolução no FCP à vista? Nem tanto nem tão pouco!


#FCPorto #Futebol Portugal #PintodaCosta





Segundo reza a história do clube, há muitos anos que o FCP não tinha uma época desportiva tão fraca e desprovida de títulos conquistados num só ano, pelo menos desde que JNPC pegou nos cordelinhos do clube, e lhe deu um rumo vitorioso e bem sustentado ano após ano, embora com algumas falhas pontuais no seu percurso mas que no ano seguinte eram logo objecto de retomas bem-sucedidas.





Já por aqui tive oportunidade de tecer alguns comentários sobre as causas, que na minha ótica, estiveram directamente ligadas a esta situação pouco comum no clube azul e branco, e que porventura disso algumas hostes portistas ainda não se conseguiram habituar a esta nova fase negativa de resultados desportivos, que também a meu ver, se não quisermos enveredar por um ciclo negativo mais extenso em termos de anos sem vitórias de peso, tendo em conta o actual plantel do nosso eterno rival, o FCP terá que meter as mãos ao caminho, e mais uma vez fazer uma espécie de reestruturação parcial do clube e principalmente do actual plantel, que desde o início da época sempre me pareceu estar a um nível de qualidade muito abaixo do que seria exigido para um clube com os pergaminhos do FCP.



Depois de este pequeno intróito que serviu para me situar no actual momento do meu clube apraz-me fazer os seguintes comentários:

1. Apesar de ter lido através dos órgãos de comunicação social que existe uma fação ligada ao clube que é apologista de uma autêntica revolução no seio do FCP, tanto ao nível da sua estrutura administrativa como ao nível do seu plantel, eu não me enquadro de todo neste tipo de postura, pois entendo que, com algumas excepções em que o futebol é fértil, quase sempre esta alternativa de reiniciar um projecto de base nunca dá resultados imediatos, e os adeptos quase nunca aceitam.

2. Entendo isso sim, que o clube terá que fazer alguns ajustes no seu plantel se quiser continuar a lutar taco-a-taco com o SLB, dando-lhe mais qualidade e alternativas credíveis para todos os lugares da equipa, e ao mesmo tempo “despachar” algumas pedras que durante a presente época não conseguiram provar a sua valia técnica, apesar de lhes terem sido dadas oportunidades suficientes.

3. Se por um lado, parece ser irrefutável que o clube terá de vender, mais uma vez, alguns dos seus principais activos para fazer face ao equilíbrio financeiro, de onde sairão eventualmente jogadores do grupo, Jakson Martinez; Mangala e Fernando, por outro lado, e aqui já estou completamente de acordo que se faça uma pequena revolução no plantel, pois jogadores como Defour; Licá; Ghilas; Carlos Eduardo; Kelvin e Josué terão forçosamente que rumar a outras paragens, e serem substituídos por outros de melhor craveira técnica, pois não me parece que tenham nível para jogar no FCP, tendo em conta as exigências que o clube se propõe, e que os seus adeptos exigem por direito próprio.

4. De igual modo, também entendo que deve ser dada uma oportunidade a alguns jogadores da equipa B, como Vitor Garcia; Quiño; Tozé; Pedro Moreira; Mikel; Kayembé (um ala de grande qualidade) e Gonçalo Paciência, e que o próximo treinador que for escolhido tenha uma apetência nata para apostar mais na prata da casa.

5. Quanto à escolha do perfil do próximo treinador, confesso que me encontro dividido entre a opção de um treinador com créditos firmados, português ou mesmo estrangeiro, ou que até já tenha passado pelo clube, mesmo sabendo que esta será uma opção mais onerosa, ou uma outra muito mais acessível em termos económicos e financeiros, mais óbvia do ponto de vista do mediatismo do mercado nacional e de quem mais se fala no momento, refiro-me obviamente a Marco Silva, mas que também pode ser entendida como uma opção de risco, e a roçar os mesmos pressupostos negativos que resultaram na vinda de Paulo Fonseca para o clube, pois treinar uma equipa como o FCP, com a pressão sempre presente diariamnente não é uma tarefa fácil.



Por: Natachas.

sábado, 26 de abril de 2014

Bitaites

#FCPorto #Futebol #Luto #Portugal #Liberdade


Foi um dia triste
O da Liberdade
Pois jaz a saudade
Na sua frase chiste

Que bem entoava
Em tod’o discurso
O Professor patusco
Cada vez que falava!

Pois conhecedor
E de recursos técnicos
Granjeava méritos
Como orador!

E bem cativando
P’la sua expressão:
Um bonacheirão
No amor leccionando!

E no seu portismo
Prodigalizava alvitres
O Professor “Bitaites”
No maior heroísmo!

É mais um Hernâni
Par’a nossa história!
Que guard’a memória
Da bondade unânime!

Pois era apreciado
Em tod’as frentes
Por homens diferentes:
“Inimigo” ou aliado!

E nessa bondade
Jorrava palavras
Em prosas tão raras
E cordialidade!

E morre-nos o mundo
Em tantos heróis
Que se vão nos sóis
Dum negro profundo…

Lembra-se o seu rosto
Em tantos palpites
O Professor “Bitaites”…
Sempre bem-disposto!

Por: Joker

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Liberdade

#FCPorto #Benfica #Liberdade #25deAbril #Portugal 


Quarenta anos após
Celebra-se a Liberdade!
E neste dia a claridade
Dissipa os últimos pós

E o céu já clareia
Depois da negritude
Ond’a poeira em magnitude
Encheu o ar em cadeia!

Nesses anos de silêncio
Ond’a derrota era certa
Há uma porta entreaberta
Por um novo movimento!

E o regime é derrubado
P’la coragem de poucos
Que nisto avançam, loucos!?
Contr’o brigadeiro e blindado!

E o velho sistema caduco
É substituído p’la revolução!
E a democracia é a razão
Pr’a outro sistema e instituto!

E a democracia provém
Como desejo da Nação!
E tudo muda, na canção
Que nos projectou mais além!

E as instituições do passado
Definham nos novos tempos
Não são protegidas, nos termos
Dessa política do Estado (novo)!

E outras surgem por mérito
Manietadas por décadas!
Superam provas e metas…
Ressentem o tempo pretérito!…

Qu’as mentalidades são vivas
Depois de mort’a política!
Que nist’o rancor e a crítica
São programas e alternativas!

E tudo é feito no burgo
Pr’a se desmistificar a vitória
Da liberdade e da glória
Noutra cidade e clube!

Qu’aí não cheg’o mérito
Que tudo é torpe e corrupto!
Não há ética nem escrúpulo…
Ofende-se o tempo pretérito!

E novas vagas de “justiça”
Pretendem (des)classificar o escudo
Qu’o clube ostenta c’o orgulho
Só por inveja e cobiça!

Nos tempos aureos de Salazar
Seria certa a condenação!
O Porto ser campeão?
Só por sorte ou azar!

Mas a liberdade dissipa
Este pó que acumulado!
E o céu brilha azulado
Por mais que se grite “benfica”!

E podem fazer a cosmética
Desses tempos da Legião
Que na liberdade, o Dragão
É o maior símbolo e poética!

Por: Joker

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Diga 33!?

#FCPorto  #Futebol #desporto


Eu tenho um sonho pensado
De viver num mundo igual
Onde cada um como tal
Possa ter um postulado

E nessa sua razão de ser
A verdade seja uniforme
Ond’a fartura ou a fome
Tenha igual força e poder

E por serem pólos distantes
Opostos do mesmo género
Seja no eterno ou efémero
São verdades agora ou antes!

Por isso não s’entende
Que no gozo da conquista
A verdade benfiquista
Sej’a única que distende!

Têm trinta-e-três
Ditos campeonatos!
E em noventa-e-três
Vinte-e-seis exactos!

E s’em vinte anos
Ganharam mais três!
Não dá trinta-e-três!?
Trinta sem enganos!

O que aqui se passa
É um paradigma!
E um novo cisma
Na ciência exacta?

Alguém m’elucida
Como se contabiliza
Campeonatos da Liga
À moda antiga?

Se vinte-e-sete mais três
Dá apenas trinta!
Há alguém que minta
Nestes trinta-e-três?

Porque a verdade
Não sendo absoluta
Não admite permuta
C’a mentira a metade!

E esta contabilidade
Arrasta preceitos d’outrora
D’antes como agora
Dos tempos da “mocidade”:

Porque vencendo são gloriosos
Vencendo outros são corruptos
E só com “fruta” têm usufrutos
Eles não roubam, são meticulosos!

E apontam-nos erros primários
Nós que vencendo mais que ninguém
Seja no burgo ou um pouco mais além!
Não somos sequer seus adversários…

E esta soberba sobra
Seja na festa ou no lavrar das canas
Investem no gáudio durante semanas
Lá por vencerem o campeonato de sobra…

E ainda assim gritam por aí…
Depois de quatro anos de jejum!
Que festa por ganharem apenas um!
O que fariam se fosse um tri?

E o destaque dessas televisões?
Directos, especiais encarnados!
Tonis, Serpas, Manhas, Delgados!
Unanimismos, grossas multidões!…

Tenho este sonho arreigado
De viver uma verdade uniforme
Ainda qu’o pensamento se tome
Ao seu universo moldado

E existindo tantas visões
Com’as almas qu’o habitam
Que numa verdade reflictam:
Trinta-e-três vezes campeões?

E ainda qu’assim seja
E essa soma fosse exacta
Depois da liberdade, que marca
Ostent’o benfica que se veja?

Quem é o campeão d’Abril?
O benfica por vencer
Este campeonato qu’a ver
Lhes serve de marca hostil?

Por isso mantenh’o sonho
Dessa verdade patente!
Onde eu e tod’a gente
Conte pelo mesmo punho

E saiba qu’ao somar
Tudo é clarividência!
E que nessa magna-ciência
Trinta seja número par!

E qu’ao somar-se três
Como número redondo
Nessa “verdade”, o ponto
Valha dois e não três…

Por: Joker

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Sonho




Sonho

(O país parou!
Como que histérico
Pelo feito homérico
Qu’a tv passou

Sim, é o benfica
O clube do povo
E nada de novo…
Que por lá se transmita!)

É o feito heróico
No país uníssono!
E dum longo ressono…
Acordo eu eufórico!

O país rejubila!
O povo está na rua!
A luta continua?…
Na massa que oscila!?

E lá vem o cortejo
Que não o dos capitães..
(Credo! São mais qu’as mães!)
É a revolução que vejo?

E neste mediatismo
Qu’acompanha a coluna
Que se julg’a Comuna!!
Mas é puro lirismo…

Ah, é o trio eléctrico
Dos campeões nacionais!
Qu’em vivas guturais
Nos lembram o feito épico!

Campeões, são Campeões!
Grit’o homem da proa
E nisto pára Lisboa!…
Em quantas “revoluções”?

E o nosso herói avança
Trajado d’encarnado!
D’encontr’ao blindado
Evitand’a matança?

Não, esse até perdeu
No jogo da política
Na pensão vitalícia…
Perdendo porque venceu!

Pois nesse dia vinte
O povo saiu à rua
A liberdade é sua…
N’Assembleia constituinte?

Não, na praça do Marquês
Que símbolo d’outra era
Duma visão tão fera…
Qu’hoje nos serve à vez!

E nessa transmissão
Pareço estar num sonho
Numa visão: medonho!
P’la efabulação!

Transmite-se num contínuo
Numa orgía de vitória!
Que nisto rez’a história
Como seu único símbolo!

A águia, sempre a águia
Como símbolo d’opressão
Que nos serve a lição
A história em qualquer página!

E em pleno mês d’Abril
Vitoria-se o regime
P’lo feito sublime!?
Numa marcha civil!

E a comunicação social
Dá o destaque óbvio
Com’o travo do ópio
No “cérebro” parietal!

E o registo hipnótico
Da transmissão televisiva
Só não é opressiva…
Ao imbecil e utópico!

Por isso adormeço
No registo da apoteose!
Que numa só osmose
A ela não pertenço!

O meu mundo é sonho
E não me serv’a onda
Da televisiva sonda…
Que na minha mente disponho!

Mas entende-se o feito
Depois de longa espera:
O povo já prospera!
E o sonho é um conceito…





Por: Joker

terça-feira, 22 de abril de 2014

Liga 2013/14, 28.ª jornada: FC Porto 3 - 0 Rio Ave

#FCPorto #Portugal #Benfica #Futebol #Quintero 

A ESCURIDÃO DO PÓS-ÉPOCA.

A vontade de todos os portistas era que a época acabasse.





Quanto já não se luta por nada de relevante os jogos são vistos como os de pré-época.
Estes, são oficiais e disputam-se depois da nossa época ter sido feita em cacos.
Pós-época.






Faltam 3 ou 4 jogos e não há imagem para limpar. Resta evitar que ela se suje mais e que o momento penoso que vivemos não se torne demasiado humilhante.
Eliminar o Benfica B no próximo Domingo sem festejar, ganhar em Olhão e fazer questão de ganhar o jogo da 30ª jornada.

Ir para a casa com o sentimento de dever incumprido.

Vamos ao jogo:

Como o 3.º lugar ainda não estava garantido Luís Castro encara este jogo com a equipa titular. Com os castigados Fernando e Quaresma de fora entram os suplentes Josué e Ricardo.

O que se vê nos primeiros 15 minutos é um Porto dinâmico e acutilante. Varela e Herrera pegam nos cordelinhos da equipa e empurram-na para a baliza de Ederson.

Três oportunidades num piscar de olhos:

Primeiro uma fuga de Varela pela ala, recepção de classe de Herrera e remate em arco para fora. De seguida uma incursão de Danilo pela direita, assistência para Herrera e remate para defesa de Ederson e alivio de Lionn para canto.

Por último, cabeçada de Mangala na sequência do canto a obrigar a uma defesa de recurso.

A partir daí o jogo hibernou. Que chatice estar para aqui no relvado. O único que tenta espevitar-se a si e à equipa era o Danilo. Até para o balneário foi a sprintar.

De resto devagar e devagarinho.
Erráticos e faltosos.


Vem a 2ª parte e entra um raio de sol. Quintero.

O colombiano personifica o tipo de jogador talentoso que os companheiros procuram.

Oferece-se ao jogo sempre que entra e lhe dura o gás e é normalmente o eleito para fazer uma tabela. Por norma, respeita as desmarcações dos companheiros e vai procurando à esquerda e à direita um espaço e um atalho para desengarrafar o jogo.

É o que acontece. Jackson tem parceiro e passa a ser interventivo, Danilo tem parceiro e continua a ser interventivo, Ricardo acorda e Alex ganha espaço com a inflexão de Ghilas para o meio.

O eixo central da defesa continua como sempre. Lances aéreos são para cortar telepaticamente o que resulta na perfeição com Tarantini a ter espaço e a falhar mais um cabeceamento (depois de um lance na 1ª parte) em plena grande área.





Primeiro acender de luz: Herrera acelera o jogo e procura Quintero. A primeira recepção é atabalhoada o que o obriga a improvisar e sem balanço a fazer pingar a bola por cima dos defesas do Rio Ave. Jackson mete o corpo e ganha o penalti para depois o bater à Homem. Biqueiro a meia altura para um lado. Golo.






Novo desligar. O tradicional gás de Quintero que magnetiza o jogo começa a ir-se.
A bola passa a ter que ser empurrada para a frente em vez de deslizar pelo relvado.
Volta o ram-ram pastoso típico de jogos de pós-época.

Segundo acender de luz: O gás vai mas Quintero fica. Se a quantidade de bolas que lhe vêm parar aos pés diminui, a qualidade que tem em ler o jogo e pôr a bola onde quer mantém-se.





Herrera vai a trote e o espaço parece não existir. Quanto Herrera decide que pode haver espaço para acelerar já Quintero tinha visto que era para ali que a bola tinha que ir.
Como o pensamento do colombiano se antecipa ao movimento do mexicano o passe parece que vai na queima.





Mesmo assim o instinto e o poder de Herrera transformam o 2.º passe de futsal no 2.º golo.

Missão cumprida. Em esforço, com muita hibernação mas cumprida.

Quintero ainda inventa um livre que Danilo marcar às três tabelas.


Ganhar o jogo e ir para casa ver o que está RESERVADO para continuar a sofrer.
Chegar a Domingo, qualificar a equipa para a Final da Taça Lucilio e ir para casa.

Quem não teve pressa para tirar os pedregulhos que desde o início da época estavam amarrados aos pés agora não pode pensar que o GLU GLU GLU debaixo de água passa num instante.

Aguenta, Aguenta!



Análises Individuais:

Fabiano – Viu 2 bolas cabeceadas pelo Tarantini a passar. Já começa a sentir que tem estatuto para reclamar com a passividade da defesa nos lances aéreos.
Ao fim de meia dúzia de jogos já é ele que se preocupa com o que tem à frente quando seria suposto que os da frente se preocupassem com a tremideira do recém-chegado guarda-redes que está atrás.

Danilo – O jogador do Porto que nunca desligou. Tem carácter, tem atitude e vai tentando mexer com a equipa. É uma pena que não se tenha percebido que quem tenta dar o que a equipa não tem pouco pode fazer a partir do lugar de defesa-direito.
Se o MVP fosse decidido aos pontos ganharia o troféu.

Alex Sandro – Mesmo pastelão, mesmo engonhando tem qualidade a rodos. Dificilmente perde uma disputa de bola. Não tem o espírito do seu compatriota do lado mas conseguiu conduzir tanto jogo ofensivo como os que à frente dele jogaram.

Maicon – “Anda comigo ver os aviões” – Ele e o Mangala resolveram ouvir os Azeitonas durante o jogo. Tem como única nota positiva ter estado melhor que o francês.

Mangala – Para além do gosto musical ainda teve mais tesourinhos deprimentes a sair do reportório. Vê os aviões com o Maicon, falha o tempo de salto como o Reyes e vira jogadores ao contrário sem razão aparente como o Abdoulaye.

Defour – O jogador que personifica o ram-ram pastoso desta noite. Tem cultura táctica, sabe o que pode fazer, sabe o que deve fazer e pronto. Está feito.
Sabe mais do que faz e às vezes peço para que tente fazer mais do que pensa que sabe.
Era capaz de se surpreender.

Herrera – Ao menos nele o peso da pós-época não se faz sentir. Joga como se não houvesse história para trás e vida para a frente. Tem detalhes que revelam o que pode valer. Tem paragens que revelam o estado alienígena em que se encontra.
O melhor do meio-campo na 1ª parte.

Josué – Quando um treinador diz a um jogador que em caso de perda de bola é necessário matar a jogada não quer dizer que sempre que o jogador perde a bola deve fazer falta seja em que situação de jogo for.
O Josué vive enganado. Se o Defour veste a fatiota do pastoso, Josué fica com o complicativo e errático.

Ricardo – Ausente do jogo até ao final da 1ª parte quando estourou uma bola nas mãos do Ederson. Na 2ª melhorou à boleia de Danilo e Quintero e acabou em bom plano quando fez a viagem mais longa de ala direito para defesa esquerdo.

Varela – Entra num daqueles dias bons e agita o jogo com as pinceladas de qualidade.
A meio da primeira parte esgota-se o pincel, vem a lesão e fecha-se o pano.

Jackson – Jogo fraco. Na 1ª parte não existiu nem a equipa se preocupou em lhe dar vida.
Na 2ª parte Quintero dá-lhe um pouco de vida mas a sua exibição só se salva pela falta que arrancou e pelo melhor penalti que marcou desde que cá chegou.


Ghilas – Teve uma relevância para o jogo similar às que o Paulo Fonseca lhe possibilitava ter quando o introduzia aos 87 minutos. Pouco se viu e passou ao lado de jogo. Não é grave porque acumulou créditos nesta 2ª parte da época.

Quintero – Enquanto se viu Luz do dia o Porto mexeu. Caiu a noite e o Porto adormeceu. Veio o intervalo e Luís Castro deu clareza ao jogo colectivo obrigando toda a equipa a acordar.
Põe a bola onde quer. Dois passes à futsal = Duas assistências.
MVP do jogo por KO

Licá: A substituição mais imprevisível da era Luis Castro.
Entrou, deu umas pedaladas à ciclista para a frente e para trás mas sem qualquer significado para a história do jogo.



Ficha de Jogo:

FC Porto-Rio Ave, 3-0
Liga 2013/14, 28.ª jornada
21 de Abril de 2014
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 17.509 espectadores

Árbitro: Nuno Almeida (Algarve).
Assistentes: Pais António e Valter Pereira.
Quarto Árbitro: José Laranjeira.

FC PORTO: Fabiano, Danilo, Maicon, Mangala, Alex Sandro, Defour, Herrera, Josué, Ricardo, Jackson Martinez, Varela.
Substituições: Ghilas por Varela (38), Quintero por Josué (46), Licá por Alex Sandro (77).
Não utilizados: Kadú, Reyes, Carlos Eduardo, Kelvin.
Treinador: António Folha.

RIO AVE: Ederson, Lionn, Rodríguez, Marcelo, Edimar, Filipe Augusto, Tarantini, Rúben, Braga, Pedro Santos, Hassan.
Substituições: André Vilas Boas por Lionn (40), Ukra por Braga (68), Diego por Rúben (75).
Não utilizados: Ventura, Tiago Pinto, Júlio Alves, Velikonja.
Treinador: Nuno Espírito Santo.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Jackson (61m, pen), Herrera (72m), Danilo (90m+4).
Cartões amarelos: Mangala (34m), Josué (34m), Alex Sandro (36m), Marcelo (60m), Edimar (62m).



Por: Walter Casagrande
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