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domingo, 20 de outubro de 2013

EHF Champions League: FC Porto 22-21 Dunkerque - Vitória histórica


Foto: www.fcporto.pt




O FC Porto fez mais uma vez história. Depois do inédito apuramento para a fase de grupos da EHF Champions, hoje vimos a 1ª vitória nesta fase. Com esta vitória o nosso clube deixa o 6º lugar do grupo para a equipa francesa e sonha ainda com o apuramento (passam 4 equipas). 







Uma má novidade antes do jogo, o Dragãozinho não estava cheio. Muitos lugares vazios, principalmente nos 2 topos. Sentiu-se a falta de mais gente das nossas claques. Certamente marcarão maior presença nos futuros jogos. Felizmente quem foi fez tudo que podia para apoiar a equipa. Uma vénia para aqueles 30/40 adeptos no topo sul que nunca se sentaram e cantaram os 60 minutos. 

Obradovic tem sofrido com as lesões que assolaram a equipa nestes últimos meses. Além dos já há muito lesionados Spinola e Ferrer, viu-se novamente privado na semana passada de Hugo Rosário. Wilson ainda não estava a 100% mas podia jogar. Mais uma vez, seria pedido um esforço extra a quem estava apto. Sabemos que o nosso técnico nunca justificou nada com as ausências e esteja quem estiver é para ganhar. Contudo, sabemos a falta que fazem e como tem sido essencial o espírito de sacrifício de quem tem jogado. 

Começamos bem. Ainda antes do final do 1º minuto, Ferraz inaugurou o marcador através de um gesto habitual nele, um remate de anca. Defensivamente uma "novidade". A nossa defesa apresentava-se num 5*1 ou 3*2*1 ao invés do mais usual 6*0. Foi uma boa mudança, a forte meia distância dos franceses teve dificuldades. Ofensivamente vimos uma preocupação dos franceses em limitar a acção de Tiago Rocha e travar entradas aos 6 metros. Nem sempre resultou para eles, Tiago Rocha soube contornar essa marcação e começava a brilhar.

O jogo estava equilibrado. Raramente as vantagens foram superiores a 1 golo. Aos 10 minutos registava-se um empate a 5 golos. 

Estávamos sensivelmente a meio da 1ª parte e os franceses estavam a começar a encontrar o caminho para a baliza de Quintana. Obradovic apercebeu-se e mudou o estilo de defesa. Entrou Daymaro para os processos defensivos e voltamos ao tradicional 6*0. 

Foi o nosso melhor período. Aproveitando uma suspensão temporária de um jogador adversário (com o jogo empatado a 6) criamos um fosso no marcador. Tivemos inteligência, soubemos escolher bem a melhor situação de remate. Tiago Rocha brilhou a grande altura, 2 golos seguidos do nosso pivot. Boas recepções aos 6 metros e frieza no remate.

Os árbitros resolveram começar a complicar. numa falta como dezenas que acontecem num jogo, suspensão para Tiago Rocha. Uma má decisão e agora era a equipa francesa em vantagem numérica. Além disso o critério para o jogo passivo era demasiado largo no ataque do Dunkerque. Soubemos jogar assim, eles não marcaram nesses 2 minutos.

Aos 20 minutos já vencíamos por 9 - 6. Uma grande marca defensiva. Ofensivamente falhamos algumas situações, sobretudo aos 9 metros. João Ferraz foi o mais azarado, o seu bom remate não estava a sair. 

Após estes minutos de supremacia o equilibrio voltou. O marcador (porque é que hoje não colocaram o tempo de suspensão visivel para o público?) mostrou quase sempre 2 golos de diferença. foi com este resultado que chegamos ao intervalo, 13 - 11 após os primeiros 30 minutos.


A 2ª parte começou mal para as nossas cores. Voltamos a estar mal nestes minutos. Temia-se a repetição do jogo anterior. Com o Kiel ganhávamos por 1 ao intervalo, perdemos por 3. Não por falta de confiança na nossa equipa, se há sentimento que não existe é esse. Apenas pelo que já falamos, poucas soluções para rodar a equipa quando comparamos com os adversários. O Dunkerque por exemplo ao intervalo mudou os 2 pontas e um dos centrais.

E sejamos realistas. Em caso de dúvida as decisões eram sempre favoráveis aos franceses. depois do jogo tentei rever alguns lances. Um exemplo que muitos nos prejudicou. Com o resultado a mostrar 17 - 15 para nós, a dupla marca livre de 7 metros inexistente a Tiago Rocha. Claramente fora da área (os comentadores da Sportv tiveram a mesma opinião). Pior que isso, exclusão do nosso pivot, a sua 2ª. 

O livre de 7 metros acabou por se tornar benéfico mesmo eles marcando. A equipa francesa tem lá um ponta direito que gosta de circo, um tal de Joli. Não conhecia certamente o que é a raça do Dragãozinho... Os seus festejos levaram o público a acordar e a dobrar o apoio. Durante os 2 minutos não sofremos qualquer golo, as acções defensivas foram festejadas como até então não tínhamos visto.

O jogo estava mais emotivo mas com menos qualidade técnica. Muitos ataques falhados de ambos os lados, algumas falhas técnicas sobretudo devido ao cansaço. Em 12 minutos nós apenas tínhamos 4 golos marcados. 

Ainda com o resultado a 17 - 16, mais uma exclusão, desta vez para Daymaro. No final da exclusão já perdíamos por 17 - 18.

O Dunkerque mudou o seu esquema defensivo, pois de forma a permitir uns minutos de descanso aos fatigados 1ª linha a opção de 2 pivots voltou. Assim, Gilberto Duarte ou Wilson começaram a ser alvos de uma marcação individual. Nós respondemos com acerto aos 6 metros e pelo suspeito do costume: Tiago Rocha. Brilhante! 

Faltavam 15 minutos e estava tudo empatado a 18. Ia ser sofrer até ao fim. 

Logo a seguir, golo sofrido e com exclusão nossa. Precisávamos de voltar a marcar rapidamente e ser sólidos na defensiva. Hugo Laurentino teve duas boas defesas que se mostraram essenciais, não permitiram que a equipa francesa se distanciasse.

Já estava a ser dificil, a seguir ainda piorou. Ricardo Moreira magoou-se. Não pareceu nada de grave, mas teve de entrar Miguel Sarmento.  

A seguir mais um golo sofrido, pela 1ª vez 2 golos de desvantagem. faltava o último terço da 2ª parte.

Em resumo. Desvantagem no marcador, 1 jogador perto da expulsão, muito cansaço, poucas opções no banco, um critério de arbitragem largo no jogo passivo da equipa francesa e apertado no nosso. Para finalizar o capitão sofreu um toque. O adversário era "apenas" o 2º classificado francês e faltavam 10 minutos... Se era assim que tínhamos de vencer, era assim que íamos à luta...

Tiago Rocha, a passe de Gilberto reduziu logo depois. Assobios para o ataque do Dunkerque. Foi-lhe permitido mais de 1 minuto e meio de ataque. Como não é passivo? Mas eles falharam... Vamos lá! troca de bola segura aos 9 metros, remate em apoio de Wilson, a bola bate na trave e... Entra! Golo! 20 - 20, novamente empatados. Faltavam 7 minutos.

Ataque seguinte e Laurentino defende! Podíamos passar para a frente. Ataque planeado, com calma, Wilson para Ferraz. Easte salta e remata dos 9 metros. Golo!! 21 - 20. Defesa agora. mais uma vez Laurentino. Grande defesa aos 6 metros, espetacular. Grande período. Grande equipa de Dragões!

A dupla de arbitragem não desistia. Incrivel os 2 minutos mostrados a daymaro. De enlouquecer até o mais calmo dos adeptos! A 2ª exclusão do cubano. O jogador francês foi à procura do contacto, baixou-se e foi contra Salina. Foi um erro enorme! Um de muitos desta dupla.

Íamos jogar 2 dos últimos 5 minutos em desvantagem numérica. Eles empataram a 2 minutos do fim. Empate a 21.

No ataque segunite sarmento rematou à trave. Muito azar do nosso jovem, foi um bom remate. Recuperamos a bola e contra-ataque. Tiago Rocha a encontrar o nosso ponta livre, bom passe. Dois apoios e Miguel Sarmento sobe e remata picado. Golo!!! Lindo!

Apenas 1 minuto de jogo. Todo o trabalho de um jogo reduzido à forma como defenderíamos, não podíamos falhar agora. Muita garra, muita atenção. Na hora decisiva remate para fora. Era só controlar. Ainda tínhamos um desconto de tempo. Foi só manter a bola, sem precipitações.

Final. Ganhamos finalmente. A Europa do Andebol tem de contar com o FC Porto. Vamos lutar.

No final apenas palmas, festejar com quem defende o nosso emblema. São uma grande equipa, que muito nos orgulha! Fomos aqui dizendo que nada lhes era exigido. Isto era dos adeptos. Percebemos rápido, que embora nenhum adepto lhes exigisse vitórias nesta fase devido às diferenças, eles exigiam isso a eles próprios. Conseguiram-no hoje. Está tudo em aberto, vamos sonhar com mais. Vamos lutar por mais.

O próximo jogo na Champions é só a meados de Novembro. Com este espirito, com o regresso de alguns lesionados, podemos chegar lá. Agora foco no campeonato. 



FICHA DE JOGO

FC Porto Vitalis-Dunkerque, 22-21
EHF Champions League, grupo B, 4.ª jornada
20 de Outubro de 2013
Dragão Caixa, no Porto (1.102 espectadores)

Árbitros: Vaclav Horacek e Jiri Novotny (Rep. Checa)

FC PORTO VITALIS: Aldredo Quintana (g.r); João Ferraz (3), Gilberto Duarte (4), Tiago Rocha (6), Wilson Davyes (4), Ricardo Moreira (1) e Mick Schubert (3)
Jogaram ainda: Hugo Laurentino (g.r), Daymaro Salina, Miguel Sarmento (1)
Treinador: Ljubomir Obradovic

DUNKERQUE: Vincent Gerard (g.r), Baptiste Butto (1), Espen Lie Hansen (3), Kornel Nagy (4), Benjamin Afgour (4), Pierre Soudry (3) e Theophile Causse (1)
Jogaram ainda: Nicolas Nieto, Guillaume Joli (3), Julian Emonet (2), Christoffer Rambo
Treinador: Patrik Cazal

Ao intervalo: 13-11



Por: Paulinho Santos







    







   

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Andebol: S. Horta 18 - 31 FC Porto - Rodar e ganhar fácil







O FC Porto jogou e ganhou facilmente esta noite com o Sp. Horta no nosso Dragãozinho, embora oficialmente o jogo fosse fora de casa. Na 2ª volta iremos nós aos Açores. Uma medida de contenção de custos para o Sp. Horta, que tenta agrupar os jogos no continente. Voltamos à liderança, ainda que partilhada com o Águas Santas e Sporting.





Perante muito pouco público (infelizmente fui um dos ausentes), Obradovic fez entrar em campo a equipa esperada. Foi um inicio em grande, com os nossos pontas a brilharem intensamente. Senão vejamos: o primeiro golo foi marcado por Ricardo Moreira, o 2º por Schubert, o 3º novamente por Ricardo Moreira num contra-ataque conduzido por Schubert. Três golos de vantagem logo nos primeiros minutos davam o mote, seria uma noite tranquila.

Mostramos desde cedo algumas das nossas maiores qualidades. Uma defesa 6*0 pressionante sobre a bola a recuperar muitas bolas, um excelente bloco, saídas rápidas para o ataque e bons índices na finalização. E para culminar um guarda-redes seguro. 

Foi assim com naturalidade que a diferença foi-se tornando cada vez maior. Se aos 5 minutos era de 1 - 5, aos 10 minutos já eram 7 golos de vantagem (2 - 9).

Com um resultado tão dilatado, o nosso técnico aproveitou para iniciar uma necessária rotação mais cedo que o habitual. Primeiro as 2 pontas, depois mais uma oportunidade para testar os 2 pivots (na realidade Tiago Rocha inicia a jogada como central, entrando depois para os 6 metros). Por fim e gradualmente foram entrando os mais jovens. Chegamos a ter uma 1ª linha com Vasco Santos, Belmiro e Carvalhais, todos ainda com idade de juniores.

Mesmo com aquela que podia ser uma equipa ainda a competir nos juniores, não se verificou nenhuma aproximação extrema. Uma aproximação ligeira é certo, mas nada que pusesse em causa o resultado. Aos 20 minutos o resultado era de 7 - 12.

O exigente técnico Obradovic não gostou e sentiu necessidade de transmitir alguma experiência. João Ferraz regressou. Foi uma enorme diferença. Não que fosse João Ferraz + 6, longe disso. Apenas os mais jovens tinham alguém que lhes transmitia mais segurança dentro das 4 linhas. 

Resultou inteiramente, uns bons minutos finais antes do intervalo. Verificou-se no resultado. 10 - 17, uma vantagem confortável.


O reinício do jogo não mostrou um andebol de grande qualidade. Algumas falhas de todas as equipas. O Horta a falhar muito, nós com alguns erros técnicos e falhas a finalizar (Schubert em mais uma "rosca" por exemplo) e a dupla de arbitragem a não saber contar. Muitas vezes marcaram passos que não eram.

Felizmente recuperamos cedo o nosso nível habitual. 

Os nossos blocos defensivos sucediam-se. Incrível, há jogos de voleibol que não vemos tantos blocos. Uma supremacia física e de capacidade de reacção inacreditável.

A vantagem mantinha-se nos 7 golos aos 10 minutos, quando tivemos uma das boas noticias da noite. O regresso de Hugo Rosário após largos meses por lesão na mão. Mais uma solução para a necessitada 1ª linha. O seu golo (o nosso 26º) foi um dos momentos altos da noite e mais celebrados. Que regresse com força...

A rotação era constante. Todos jogaram. Uma excelente medida, visto o nosso apertado calendário. Melhor ainda, a vantagem com esta rotação, não estagnou. Pelo contrário, ia aumentando.

O papel dos nossos jovens foi soberbo nesta 2ª parte. Com mais tempo de jogo foram-se libertando e mostraram a sua qualidade. Temos que destacar o jovem João Moniz com muitas e boas defesas, inclusive em livres de 7 metros. Belmiro Alves também em excelente plano, com bons pormenores e uma boa meia-distância. Nos minutos finais surgiu também Nuno Carvalhais com boas acções defensivas e a impor o ritmo no ataque. Mais um passo rumo a uma futura maior importância.

No final o resultado mostrava 18 - 31. Uma vitória fácil.

Segue-se já no próximo sábado novo jogo em casa. Desta vez com o ABC para o campeonato. Domingo voltaremos a ter novo jogo pelo que a recuperação entre estes 2 jogos será fundamental.


Equipa e marcadores:

Equipa Inicial: Alfredo Quintana (gr), Gilberto Duarte (3), Wilson Davyes, Tiago Rocha (3), Mick Schubert (5), Ricardo Moreira (4) e João Ferraz (4). 
Jogaram ainda: João Moniz (gr), Hugo Laurentino (gr), Nuno Carvalhais (2), Vasco Santos (2), Belmiro Alves (2), Daymaro Salina (4), Hugo Santos, Hugo Rosário (1) e Miguel Sarmento (1).


Por: Paulinho Santos



domingo, 22 de setembro de 2013

KIF Kolding 25 - 20 FC Porto - A estreia na EHF Champions


Orgulho. Esta é a palavra que melhor descreve o que podemos sentir do jogo da nossa equipa

Então perdemos e estamos orgulhos? Sim, é verdade. Não nos satisfez obviamente, queremos ganhar. Lá chegaremos. A exibição de hoje mostrou-nos que é bem possível.




As diferenças entre ambas as equipas são abismais. Nós não temos obrigações nesta competição, eles sim. O jogo era em casa deles. O nível deles é bastante superior, um jogador deles deve pagar o nosso orçamento anual. Eles dão-se ao luxo de ter 2 jogadores de classe mundial que apenas defendem, nós nem pensar, quem defende também tem de atacar. Eles na máxima força, nós com um rol interminável de lesões. Eles com vasta experiência na EHF Champions, nós na estreia na fase de grupos. De semelhante mesmo apenas o facto de ambos liderarem o respectivo campeonato.



Perante isto, muitos esperavam um autêntico massacre. Desenganem-se. Demos luta, muito mais que o esperado, eles tiveram de dar tudo. Por isso, muito orgulho nesta exibição.

Obradovic fez entrar a equipa esperada.

Foi uma entrada a bom nível dos nossos atletas. Soltos, descomplexados e a colocar em sentido os gigantes da equipa dinamarquesa. Inclusivamente fomos nós que estreamos o marcador. A nossa defesa 6*0 mostrava-se atenta, profunda e agressiva. 

Nos primeiros minutos era um golo lá, outro cá. João Ferraz mostrava acerto nos 9 metros. Tiago Rocha mostrava que é um pivot que se bate com qualquer defesa, por muito boa que ela seja. O nosso ritmo era tão elevado quanto o deles.

Assim, ao fim dos primeiros 5 minutos, ainda liderávamos (4-3). Espectacular. Marcar 4 golos a uma equipa que tem vice-campeões do mundo, com jogadores que já ganharam esta competição é algo raro, não são muitas equipas que se podem orgulhar de o fazer.

Eles sentiram que tinham de estar no seu melhor. Afinal esta equipa portista sabia muito bem o que fazer e ia-lhes dar trabalho. Fizeram questão de manter sempre o jogo a um ritmo altíssimo.

Com menos banco ia ser difícil aguentar. No mínimo eles faziam duas alterações na troca/defesa/ataque. Obradovic raramente o podia fazer. Sem surpresa, esta rotação trouxe-lhes benefícios e nós começamos a ter falhas, sobretudo no ataque.

Passamos largos minutos sem marcar. Aliás, em 10 minutos, apenas 2 golos. Um tiros aos 9 metros e de livre de 7 metros convertido por Tiago. Vários factores para isto. Primeiro, falhas nossas. Alguns ataques em que escolhemos mal o tempo de ataque e a situação de remate. Depois um guarda-redes adversário a brilhar intensamente, grande guardião, tapava por completo o seu espaço, até em livres de 7 metros. Por fim, o cansaço. Era impossivel termos 7 ou 8 (Salina ia entrando a espaços) a lutarem contra 10 ou 11 deles ao ritmo a que o jogo estava.

Ao fim dos 15 minutos, eles já tinham por isso, uma larga vantagem de 5 golos (11-6).

Foi um período mau da nossa equipa. O único aliás. A não repetir.

Felizmente, temos uma equipa que nunca baixa os braços e dá tudo a qualquer momento. Custou-nos muito cá chegar, não ia ser uma desvantagem esperada que nos faria desanimar. Aos poucos fomos melhorando. Uma defesa 6*0 que começou a impedir os remates de longe adversários, sempre muito pressionante. No outro lado do campo, mais serenidade, sabíamos rodar a bola com objectividade e rapidez à procura da melhor opção de remate. No ataque nem sempre acertamos, na defesa fomos exemplares.

Voltamos assim ao equilíbrio que foi o normal neste jogo. A diferença de 5 golos a meio da 1ª parte foi-se sempre mantendo. Ao intervalo, 15-10.


Tal como aconteceu no início do jogo, voltamos a entrar melhor. Mais uma vez marcamos primeiro, agora com um remate bem para lá dos 9 metros.

Mantínhamos um nível de excelência na defesa, com uma boa troca de marcação às movimentações deles e sempre com pouco espaço para remates. Laurentino (já havia entrado durante o 1º tempo) em bom plano. No ataque os suspeitos do costume. Tiago Rocha em grande, Wilson sempre muito rápido e Schubert a converter nos 7 metros.

Golo a golo íamos diminuindo a desvantagem. Com 6 golos na primeira dúzia de minutos conseguimos passar ara 3 golos de diferença (19 - 16). nada estava decidido, eles iam ter de suar até ao apito final.

Com o resultado a mostrar 20-17 e com cerca de 15 minutos para jogar podíamos ter reduzido ainda mais. Uma boa intercepção na nossa defesa, ataque rápido de Gilberto, que isolado perante o guarda-redes falhou. Nós falhamos e eles marcaram no ataque que se sguiu. O que poderia ter sido uma diferença de 2 golos, passou a ser de 4. Uma boa lição de como a este nível, quando se falha as consequências são deveras prejudiciais...

A equipa dinamarquesa sentiu o perigo e o treinador pediu um desconto de tempo de forma a reorganizar a sua equipa. Teriam de elevar ainda mais o seu jogo. O perigo Tiago Rocha foi identificado e houve instruções para uma marcação ainda mais cerrada ao nosso pivot. 

Mesmo com a reorganização, com a melhor equipa possivel sempre em campo, eles não conseguiam descolar. A diferença de golos era sempre a rondar os 4 golos. Faltavam 5 minutos e ainda era esta a vantagem, mesmo com o guardião deles a fazer um grande jogo e com Karlsson e o espanhol Roca a jogarem no seu melhor. Quintana, que entretanto já tinha reentrado, respondia na mesma moeda ao que via do lado contrário, boas defesas neste período. Esclarecedor o facto de, no final do jogo, a eficácia de remate ser exactamente igual.

No fim uma derrota por 25-20. Demos uma excelente réplica, que contudo não chegou para conseguirmos um resultado positivo. Teremos outras hipóteses.

Segue-se agora o campeonato. Na próxima 3ª feira (21h) recebemos o Águas Santas. Estes e a nossa equipa são os únicos que se mantêm 100% vitoriosos. Temos aqui a chance de nos isolarmos. 

Equipa e marcadores:

Equipa inicial: Quintana, Tiago Rocha (5), Ricardo Moreira (3), Schubert (2), Wilson Davyes (3), Gilberto Duarte (3), João Ferraz (3)
Jogaram ainda: Hugo Laurentino, Daymaro Salina e Miguel Sarmento (1) 


Por: Paulinho Santos








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