A maior parte dos grandes clubes da 1ª. Liga, e não só, para formarem os plantéis das suas principais equipas socorrem-se com um hábito cada vez mais frequente, e a meu ver demasiado exagerado de jogadores oriundos de outras paragens, onde imperam os mercados brasileiros, uruguaios, paraguaios, colombianos, europa central e ainda do continente africano entre outros.
Sendo certo que por vezes muitas dessas contratações têm contribuído para uma maior qualidade do futebol que se pratica em Portugal, pese embora, e é bom que se o diga aqui com veemência, que nem sempre o que é estrangeiro é melhor do que temos na nossa própria casa, todavia, se os clubes portugueses continuarem neste ciclo vicioso de recorrerem ao mercado externo como medida e alternativa para reforçarem as suas equipas, podem vir a ter graves consequências em termos qualitativos e quantitativos temporariamente, e com isso contribuírem para que muitos talentos se venham a perder no futebol jovem, e para agravar ainda esta situação o mercado de transferências em determinadas paragens continuam abertos para lá do prazo regular, o que não me parece no mínimo correto nem justo, do ponto de vista de os clubes ficarem impossibilitados de retocarem os plantéis, no caso de haver saídas inesperadas como aconteceu, por exemplo, com o caso de Xandão do SCP para o campeonato Russo.
Todos os anos os clubes que mais apostam no mercado estrangeiro, sempre que se aproximam os jogos de apuramento para o Mundial das Seleções ou para a CAN, por exemplo, vêm a terreiro lamentar-se por ficarem por um determinado espaço de tempo, que por vezes é superior a um mês, sem os seus principais jogadores o que lhes pode trazer graves problemas na formação das suas equipas, tendo em conta a dispersão temporária de muitos dos seus principais jogadores, e na consequente e eventual diminuição da qualidade do futebol praticado.
É pois imperioso que os nossos clubes saibam equilibrar bem os seus recursos humanos entre o mercado nacional e o estrangeiro, municiando-se nos seus plantéis de alternativas credíveis e seguras para minimizar o problema, sob pena de ficarem bastante desfalcados para formarem as suas equipas pelo êxodo temporário de alguns dos seus principais jogadores, já que não se prevê a breve trecho por parte da FIFA alterações de datas que tenham como principal objetivo melhorar a situação atual, se bem que o meu clube, FCP, já comece a dar sinais claros de mudança de estratégia.
Por: Natachas
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