segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A insurreição de um bandido, FC Porto 2 - 0 Feirense






A insurreição de um bandido. O minuto 50 constitui o ponto de viragem no jogo do FC Porto. Não se marcou um golo nesse minuto, nem existiu qualquer jogada mais entusiasmante. Não houve nenhuma substituição, nem nenhum adversário foi expulso. James, cumprindo a carta de alforria (finalmente!!!) emanada do banco ou por desobediência directa, assume a batuta do jogo do FC Porto pelo centro do terreno. É nesta fractura que se dá a separação entre os dois FC Portos que jogaram frente ao Feirense.







A primeira parte voltou a mostrar a pior face do FC Porto este ano. Jogo lento, previsível, sem rapidez na execução e com a recepção de bola estática. O FC Porto sustentava-se nuns raides de Hulk e um ou outro passe de Lucho, bem emparedado entre Sténio e Cris.

Os motivos já são conhecidos. Lucho muito posicional atrás de Janko e muito distante dos outros elementos do meio campo. Nunca conseguiu fazer a rotura ao bloqueio criado por Sténio e Cris, sem poder de arranque ou de finta em aceleração para ganhar a frente de um lance. Lucho não conseguia distribuir jogo e o meio campo do FC Porto partia pela metade com os jogadores do Feirense a ocuparem o espaço criado.
Nos flancos, Hulk ainda dava um ar da sua graça. Varela quase que nem entra em jogo, mas ainda vai a tempo de falhar uma boa oportunidade, para sair lesionado pouco tempo depois. James, que entra para o seu lugar, pouco mais fez no restante tempo da primeira parte, partilhando com Varela uma perdida, após boa jogada de Hulk. A verdadeira entrada em campo de James estava guardada para mais tarde.
Os laterais não conseguiam melhor. Sapunaru só sobe por uma vez à área contrária e Álvaro ainda burila duas situações de perigo, mas sem ter o caudal ofensivo de outros jogos.
Cria-se o impasse. Nem o FC Porto dá a volta ao Feirense, nem o Feirense sai da sua concha, deixando um enorme vazio para percorrer até à baliza de Helton. Escoa-se a primeira parte e o FC Porto precisava de mexer.

Campeonato Nacional de Juvenis 2ª Fase, 4ª Jornada, Zona 2, FC Porto 3 - 0 Braga









Um jogo de um sentido só em que a nota dominante foi mais uma vez o desperdício de golos pelos atacantes portistas.









A equipa joga muito bem, cria muitas oportunidades de golo mas na hora da finalização não há acerto com a baliza. O primeiro golo nasce de uma grande penalidade indiscutível por mão na bola do defesa bracarense mas até esse lance por duas vezes os avançados portistas não acertaram com a baliza. O Braga remetido ao seu meio campo defensivo não conseguia libertar-se da asfixia que os jovens dragões criavam na área bracarense. 

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A hora e o dever de dar a mão à palmatória.




Há bem pouco tempo teci por estas bandas alguns considerandos sobre o FC Porto, em termos do seu futuro na presente época, dizendo eu na altura, e ao bom estilo brasileiro que pelo “andar da carruagem”, o FC Porto faria bem começar já a preparar com tempo a próxima época, para voltar em força e ao seu nível no próximo ano.




Estes considerandos tinham como principal base de apoio, a forma como o nosso rival SLB se apresentava na altura em termos de exibições e resultados alcançados, a inconstância do jogo praticado pelo FC Porto, se bem que em parte na nossa Liga se mantivesse na corrida pelo título, e fundamentalmente nas alterações e opções de janeiro último, que apesar de termos ficado melhor servidos em termos de presença na área (Janko) e reforço no meio campo (Lucho), é também bem patente que ficamos mais fragilizados e com muito menos alternativas para esta zona do terreno, caso apareçam problemas com lesões de jogadores importantes, numa zona onde neste momento o FC Porto só terá como principal alternativa Defour, o que me parece bastante escasso para o que resta do campeonato, caso surjam outras lesões ou penalizações por cartões amarelos ou mesmo vermelhos.



sábado, 25 de fevereiro de 2012

BOXEUR






Quem se expõe a escrever o que vai pensando semana a semana sujeita-se ao erro.
Quando escrevia na passada semana que para a SAD tão importante como ganhar é a forma como ganha e os méritos de quem ganha esqueci-me de referir algo tão ou mais relevante nos dias de hoje.
Ganhar não é o único sentido. Profissionais competentes e experimentados sabem que podem perder e acautelam devidamente esse cenário.





Quando se perde é preciso que fique inequívoco aos olhos de todos quem é o vilão.


A Grande farsa começa em 2009 quando o Paulo Bento sai do Sporting. É esse o momento em que as maquinações começam.

André Villas Boas depois dum jogo em Portimão deixa-se querer dizendo que espera que a Académica ouça o que o Sporting tem a dizer. No dia seguinte inverte a marcha tecendo juras de amor ao projecto e garantindo que permanece em Coimbra.
No banco do Porto está um treinador que desportiva e financeiramente foi talvez o que melhor entendeu e soube potenciar o modelo de gestão do clube.

No final do ano de 2009 ocorre o jogo da armadilha Hulk/Sapunaru em que perdemos 1-0 na Luz. Derrota no bucho, época natalícia e vai tudo de férias.

Campeonato Nacional de Juniores Fase Final - 3ª Jornada FC Porto 3 - 0 Benfica








As duas inesperadas derrotas nas duas primeiras jornadas colocaram este jogo como decisivo para os campeões nacionais continuarem na corrida do titulo.


Conscientes dos perigos que corriam, os jovens portistas entraram no jogo com a disposição de corrigir os maus resultados até então conseguidos. Com cerca de 8` e num excelente remate a cerca de 30 metros da baliza de Bruno Varela, Alves abria o marcador. 






Após sofrer o golo os jovens benfiquistas começaram a ter mais posse de bola e a jogar mais perto da baliza portista mas sem conseguirem qualquer jogada ou perigo para a baliza defendida por Kadú. Aos poucos e poucos se percebia que o aparente domínio benfiquista não passava disso mesmo. Tinham mais posse de bola mas em termos práticos o futebol benfiquista não produzia qualquer jogada com perigo iminente para a baliza portista. Ao invés os jovens dragões tentavam sempre com perigosos contra-ataques criar perigo na tentativa de ampliar o resultado.



Campeonato Nacional de Iniciados 2ª Fase, 2ª Jornada - SÉRIE B, FC Porto 1 - Braga 0







Vigésima quarta vitória de uma equipa que continua 100% vitoriosa. Os jovens dragões conseguiram no ultimo minuto dos descontos levar de vencida um Braga que tinha como único objectivo não perder. 










Se na primeira parte os jovens dragões apresentaram um futebol mais perto do que lhes é habitual e não conseguiram marcar na segunda parte sem inspiração e contra uma equipa que apenas se preocupou em fazer em anti-jogo, com a benevolência do árbitro, mais difícil se tornou conseguir marcar um golo ao Braga. O jogo, na 2º parte, desenrolou-se de forma muita lenta. Muitas substituições, assistências a jogadores com mazelas e pior de tudo o tempo que se demorava a repor a bola em jogo. 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Chiclete




Existem, neste momento, mil e uma razões para se dizer que Vítor Pereira não pode ser treinador do Futebol Clube do Porto. Algumas são legítimas, outras nem por isso.

O nosso treinador teve ainda há pouco tempo declarações interessantes sobre as quais quero reflectir. 

“Não se pode liderar uma equipa segundo o princípio da chiclete. Colocamos um atleta a jogar, ele corresponde e depois, porque tínhamos outro disponível e o sabor acabou, pomos o outro a jogar. (…) 
 (…) Os jogadores não são chicletes para utilizar e deitar fora. Só porque aparece outra com sabor total, não deito uma fora e uso a outra. É muito fácil dar lições a partir de fora, mas cá dentro há homens que é preciso liderar, motivar e envolver. As coisas são diferentes.”




Ora bem, eu quando estou com uma chiclete na boca, se ela perde o sabor, deito-a fora. Não crio falsas expectativas, sob a possibilidade de me vir a arrepender.

Tem que se ser coerente e, principalmente, saber o que se dizer, quando se dizer e como se dizer. 
Como o próprio o diz, é preciso “liderar, motivar e envolver” os jogadores. Um grande treinador é um grande manipulador de emoções, de sentimentos dentro e fora no balneário. Conhece as virtudes físicas dos jogadores e apela às mentais como ninguém.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Liga Europa, Manchester City 4 - 0 FC Porto




Quem mente? O resultado ou Vítor Pereira? Vítor Pereira diz que é o resultado. O resultado, mesmo não opinando, diz que é Vítor Pereira. Poderão estar ambos a mentir? E se sim, quem mente mais mente?

Comecemos pelo resultado. Pode ser classificado como exagerado, hiperbólico e opulento, mas não mente. Pode ser chamado de cínico, já que reflecte aproveitamento máximo do Manchester City de todas as nossas debilidades. Das poucas provocadas pelo Manchester City e das muitas autoinfligidas pelo FC Porto. Ainda assim, não mente. É um resultado fanfarrão? Será, mas fanfarronices à parte, mais golo, menos golo, não mente.





E Vítor Pereira? Esse mente! Começa a mentir de véspera quando afirma: “Vamos procurar jogar sem inventar, fazendo o nosso jogo. Sem fórmulas mágicas, mas com a consistência do nosso trabalho”. Mentira. Inventou, reinventou e não resistiu a nova tentativa alquímica de arranjar uma solução para um problema que só existe na sua cabeça:

Reinventa Maicon a defesa direito, como consequência, reinventa a dupla Rolado e Otamendi. Se Meyong já é difícil de parar, Kun e amigos, não serão mais fáceis. O ressurgir de Sapunaru em Setúbal é arquivado.

Reinventa um 10 posicional, alguém que acelera pelo passe, mas não pelo movimento. O ideal para a dupla de cães de guarda que o Manchester City estaciona à frente da sua defesa.

Inventa James a falso extremo no baptismo em competições europeias de Alex Sandro. Num jogo em que o brasileiro teria pela frente dois jogadores com muitos quilómetros de liga Inglesa e Francesa (Nasri) e liga Inglesa e Espanhola (Silva). Alex Sandro, que mal ainda começou na liga Portuguesa, não poderia contar com James para o ajudar na labuta defensiva, nem no esticar jogo pelo seu flanco e manter Micah Richards em sentido. Vítor Pereira, quando disse que sabia que James não era extremo, mentiu ou disse a verdade?

Decidido na transformação de um qualquer extremo em ponta-de-lança, tal alquimista, Vítor Pereira volta para os vapores da sua retorna e destila Varela na posição 9. Como se a posição 9 não tivesse uma solução no plantel. Nem ficou com o ouro desejado, nem com o latão original, mas com vulgar carvão. Nega à equipa alguém que marque presença na área do Manchester City. Alguém que incomode os corpulentos centrais do Manchester City e que dispute com eles os lances ombro a ombro. Ao mesmo tempo, reza a extrema-unção a Kléber, que agora vê até Varela nas suas zonas de acção. Opções de pastilha elástica.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A vergonha ausentou-se para parte incerta






Segundo Jacques Lacan, psicanalista francês, a vergonha está directamente vinculada à ética do sujeito. É assim que o sentido de vergonha surge de um contexto social. Assim sendo, a falta de vergonha mostrada pelos defensores de uma certa “verdade desportiva”, leia-se imprensa desportiva é, hoje em dia, o resultado de uma sociedade sem rei nem roque e sem fé no futuro, que os “verdugos do regime” nos querem impor como, por exemplo, aconteceu na Alemanha dos anos Trinta, do século passado.






Em consequência, na Alemanha é proibido organizar actos fascistas ou levar símbolos Nazis, mas, pelo contrário, neste meu país afundado na imundície moral e humana, podem-se fazer coisas parecidas sem sentir nenhuma vergonha. Uma situação de excepcional impunidade que requer uma profunda e demorada reflexão, por quem de direito.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Preparar já e (desta vez) bem a próxima época do FC Porto.




Como incondicional adepto e portista de gema que me honro de ser, não é meu costume ter uma atitude derrotista ou voltada para a desistência de qualquer desiderato desportivo do meu clube, simplesmente, e atendendo a todas as peripécias que este ano aconteceram para os lados do dragão, penso poder dizer com alguma legitimidade que o melhor que o FCP tem a fazer a partir de agora, será preparar devidamente e atempadamente a próxima época, atacando de novo o título e o lugar a que tem direito, pela sua história e pelo passado recente que tem demonstrado com outras soluções, apostando em jogadores mais novos e com outra ambição de vencer, como serão os casos de Danilo, Alex Sandro, Iturbe, James Rodriguez, Defour, Mangala, entre outros, e aproveitando a experiência e o carisma de jogadores como Helton, Álvaro Pereira, Lucho e João Moutinho.




Aliás, parece-me mesmo que a própria SAD no seu próprio seio interno já assim estará a pensar e a atuar, tendo em conta que tem prescindido de vários jogadores que já foram importantes na equipa noutras ocasiões, refiro-me concretamente a Guarín, Fucile, Walter e provavelmente Cristian Rodriguez, e que agora, e quanto a mim bem, tem enveredado por poupar alguns milhões de euros para diminuir os eventuais prejuízos de uma época mal conseguida e atacando forte na próxima.


Campeonato Nacional de Juniores, 2ª Fase, 1ª Jornada, FC Porto 1 - 2 SC Braga







Campeões entram com pé esquerdo...


Surpresa logo na 1ª jornada de um campeonato que promete ser muito difícil com muita luta até ao fim.






Com uma entrada apática e nada normal nos comandados de Rui Gomes os jovens dragões não conseguiram impor o seu habitual futebol objectivo e ofensivo. O Braga muito bem organizado conseguiu dominar o meio campo onde os campeões nacionais apresentaram apenas um dos habituais titulares, Tozé, que de resto foi o melhor portista em campo. Talvez tenha começado aqui a derrota portista já que o seu meio-campo nunca conseguiu tomar conta do jogo. Se por um lado Alves não estava bem fisicamente (mais uma vez a selecção a fazer mossa) não se entende o porquê de se forçar Mikel como titular em detrimento de Paulinho que nos 2 últimos anos contribuiu de forma decisiva para os títulos nacionais desta geração.

Campeonato Nacional de Juvenis 2ªFase - 2ªJornada, Zona 2: FC Porto 4 - 0 Varzim



Tomás Podstawski





Jogo muito agradável de seguir com uma boa exibição dos jovens dragões perante um Varzim que não foi fácil e que mostrou a boa escola que é.
Merece destaque o bom jogo colectivo assim como alguns talentos que na hora de decidir mostraram porque é que são jovens promessas do futebol portista.









O segundo golo da autoria de Rafa é disso um exemplo. Se a jogada iniciada por Ivo é soberba a finalização de Rafa é de grande classe tal foi a calma e a técnica
demonstrada por este jovem perante o guarda-redes varzinista. Uma chapelada soberba.

Para além deste grande momento merecem destaque mais três momentos deste belo jogo. 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Campeonato Nacional de Futebol, 19ª Jornada, V. Setúbal 1-3 FC Porto






Missão cumprida. Nesta fase do campeonato, é o que interessa. O FC Porto visitou o último classificado e sem brilhar, trouxe os três pontos. Mantém distâncias para o Braga e espera que o rival minhoto do Braga não estenda a passadeira vermelha na segunda-feira. Como é costume.

O jogo foi uma continuação do jogo para a taça da liga. Um jogo sem história com um vencedor óbvio e justo, num jogo propício ao descanso para outras batalhas.






O Vitória de Setúbal nem com o reforço muscular de Djikiné (mas zero de futebol) consegue disfarçar a sua debilidade a meio campo. Com espaço, tempo e inspiração de Moutinho, o FC Porto instala-se com armas e bagagens no meio campo sadino. Bastaram 3 minutos para Moutinho fazer estragos e colocar uma bola na cabeça de Janko, que a conduz para golo. Terceiro golo em 3 jogos do reforço Austríaco. É essa a sua missão.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

FIM DA ILUSÃO









É o fim de linha para a época 2011/12. Estamos praticamente eliminados da Liga Europa e no jogo com o City vi esfumarem-se as hipóteses no Campeonato.
Para o que resta da época era fundamental um sinal de força que nos desse o suporte psicológico para a perseguição. 

Vou esquecer Danilo. Por certo esta lesão será usada como a 54ª atenuante para a má temporada que estamos a fazer.








Com Jesualdo Ferreira tínhamos um modelo. Jogávamos em transição.

Com André Villas-Boas tínhamos um modelo. Propagandeava-se o predomínio da posse e na realidade havia mais bola no pé mas também muita transição.

Com Vítor Pereira continua a propaganda da posse. Transição não vejo nenhuma. Os movimentos ofensivos desta equipa são mais de futebol brasileiro de gramado do que de relvado do Dragão regado. 

Os 2 últimos golos do nosso novo Ponta de Lança de quase 2 metros ilustram essa realidade. O jogo com o Leiria é outra evidência. O Porto ataca com passes entre 0 e 3 metros, muita tabelinha e o objecto último parece ser entrar com a bola pela baliza dentro.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Uma noite de amargura, Liga Europa: FC Porto 1 - 2 Manchester City








Uma noite de amargura: uma primeira parte de outras épocas seguida de uma segunda parte desta época; lesões graves e limitativas para outros objectivos; autogolo e erros primários, como sempre acontecem nos nossos grandes embates europeus; substituições tardias e uma eliminatória já difícil de reverter.










É difícil definir o que mais custou. Ainda assim, a lesão de Danilo tem franco destaque. A seguir, a incompreensível dicotomia entre a primeira e a segunda parte. Chega a ser assustadora. Como é que uma equipa é afoita e positiva numa parte e, na outra, nem à baliza do adversário consegue chegar. O que 15 minutos de intervalo podem fazer! Por fim, já não há pachorra para tanto erro individual (muitos deles por incapacidade de aguentar a pressão competitiva do jogo) que deita por terra objectivos fulcrais em jogos de grande nível (nos últimos anos foi contra o Chelsea, Manchester United, Barcelona, etc…). É algo que deve merecer atenção. A factura já vai pesada.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Aproxima-se mais uma fase final do campeonato nacional de juniores Sub19, como tal fazemos uma breve análise sectorial ao plantel.



O FC Porto aborda esta fase final como campeão em título e vencedor da zona Norte com 19 pontos de vantagem sobre o segundo classificado, tendo registado só uma derrota e quatro empates. Com mais uma equipa recheada de talento, o objectivo é a renovação do título. A tarefa é exigente. Não só pelos adversários maduros e graúdos que nos esperam, mas também pela brilhante incompetência de quem gere os quadros competitivos: a FPF. Na fase regular, disputaram-se 4 jornadas em 2 meses (9ª à 12ª jornada), agora, na fase final, toda a primeira volta é compactada em 5 semanas (média de jogos de 5 em 5 dias), sendo que, os primeiros três jogos disputam-se com três dias de intervalo. Estes solavancos de ritmo competitivo são mais um adversário a vencer e uma demonstração cabal de como a Federação não sabe, nem quer, cuidar da formação em Portugal.




O FC Porto, como era esperado, dominou a primeira fase, mesmo com Rui Gomes a provocar uma rotação constante do plantel. A equipa revelou-se quase sempre coesa e competente para chegar à vitória. Com duas excepções. Duas excepções que merecem reflexão por parte da equipa técnica e estrutura do FC Porto. A equipa falhou nas duas deslocações que retiraram a equipa da sua área geográfica de conforto. Nas duas visitas à Madeira, a equipa só conseguiu um ponto. Há trabalho psicológico a fazer nos escalões de formação do FC Porto e a próxima fase traz deslocações a terrenos muito hostis.
Rui Gomes apresenta a equipa num sistema de 4-3-3, em que privilegia a posse de bola no trio de meio campo e transições rápidas e verticais dos seus extremos. A defesa é forte e coesa, sobretudo pela zona central, sendo a equipa que menos golos sofreu na fase regular. O meio campo tem jogadores de boa capacidade técnica, muito solidários e que definem muito bem as posições que lhes são incumbidas cumprir. A frente de ataque trabalha em desmarcações constantes, abrindo linhas de passe e possibilitando a aproximação do seu meio campo.



Análise sectorial da equipa:

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

É para ganhar!







O dinheiro compra o talento, a qualidade, a força, a magia, o que se queira. Os nossos adversários, à partida, têm vantagem. Penso que ninguém tem dúvidas sobre esse facto. Na realidade, é sempre assim, e sempre assim será. Sim, não lutamos com os mesmos meios, nem partimos da mesma posição.

Connosco passa-se o mesmo, nem todos temos a mesma inteligência, nem a mesma memoria…nem nos esforçámos igual.






Talvez essa seja a nossa única possibilidade. Ou talvez isso aconteça porque NÓS somos uma equipa, e eles, as estrelas…sim, seguramente não temos nenhuma opção, não é verdade? Que fazer então? Sentarmo-nos, baixar a cabeça e dar tudo como perdido?

Não podes, não podemos? Tudo não passa de um sonho? Algo impossível? Não vale pena tentar? Temos que conhecer os nossos limites? Não há nada a fazer? Está tudo escrito? Não valemos nada, há sempre alguém melhor do que nós?

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Campeonato Nacional de Futebol, 18ª Jornada: FC Porto 4 - 0 União de Leiria





É um daqueles jogos em que o resultado disfarça os problemas que se arrastam. O volume do resultado tem proporcionalidade directa com as dificuldades que a equipa apresentou para contornar uma equipa fechada e determinada a roubar dois pontos ao FC Porto. Ao contrário do Vitória de Setúbal, o clube do distrito de Leiria apresentou um meio campo combativo, solidário e reforçado com Ogu. Cajuda puxa o seu médio ofensivo para trinco, porque o objectivo é só um: roubar dois pontos e não conquistar um. É aqui que começam os problemas do FC Porto.






Mais uma vez, a equipa entra apática no jogo, como se não soubesse os resultados da véspera, a urgência da vitória ou como se tivesse certa que a mesma acabaria por aterrar no seu colo. Uma vez mais, o FC Porto perde na determinação à abordagem ao jogo.


 Entra sem chama, sem cerrar os dentes, sem vontade de colocar tudo em campo logo desde o minuto um. Com isto, o adversário foi fechando e ganhado confiança. A resposta do FC Porto mantém-se a mesma. Dificuldades de penetração pelos extremos, os laterais sem ordens para apoiar e um 10 estaticamente perto de Janko, mas distante do restante meio campo. A raiz destes problemas é dupla: baixíssima velocidade de execução e rigidez táctica que não permite trocas posicionais constantes. É impossível ganhar vantagem sobre o adversário de forma consistente quando um jogador não recebe já em aceleração. Quando há uma sucessão de passes em que o jogador está, consecutivamente, parado para efectuar a recepção, quem está a sacar vantagem é o adversário. O cenário piora quando os jogadores se entregam à marcação, não efectuando rápidas trocas posicionais, procurando diagonais para a receber a bola em velocidade. Para cúmulo, o luxo de se deixar o melhor 10 do campeonato, aquele que apresenta um futebol mais perenemente imprevisível e sempre em aceleração, no banco.


sábado, 11 de fevereiro de 2012

UM PEIXE FORA DO AQUÁRIO E O POLVO NA REDOMA.





Já todos sabemos quem é o Polvo. Se não sabemos todos porque é que ele deve estar na redoma aposto que a maioria perceberá se assistiu à 1ª fase da temporada em que quando o Polvo não jogava a equipa não fazia jus ao nome. Era cada um por si.

Soubemos ontem que o Souza vai ser emprestado. Lemos hoje as suas declarações transformando o Polvo num eucalipto que tudo seca à sua volta.





O Polvo – diz ele – é um dos melhores trincos do mundo e não dá hipótese.

Vimos há uma semana um Porto revitalizado com um velocista em cada ala e dois corredores com muita profundidade ofensiva e maior risco defensivo.

Imaginamos como será esse Porto até ao final da época com Danilo à direita, Álvaro à esquerda e o talento de Lucho, Moutinho, James e Hulk.

O maior pesadelo seria ver o que imaginamos todos sem Polvo e seus tentáculos.
Parece que vamos colocar mais homens no último terço do terreno e atacar em profundidade, em simultâneo, pelas alas.

O que será da equipa sem Fernando? Quem jogaria ali? Quem estaria disposto a fazê-lo com o mesmo rigor táctico, a mesma velocidade de ponta e a mesma qualidade de corte e posicionamento?
Quem estaria disposto a se apagar em prol equipa.


"FC Porto está há 54 jogos sem perder? Eu só olho para a frente!" Obradovic em entrevista a "OJogo"



O meu conselho para Vítor Pereira, ler esta entrevista.







Esta semana, Ricardo Moreira, capitão da equipa que o Ljubomir Obradovic comanda, disse não ter dúvida nenhuma de que o FC Porto continuará a ganhar no Dragão Caixa. Tem a mesma convicção do seu atleta?

No Dragão Caixa, temos de ganhar a qualquer adversário. Seja o próximo, como é o caso dos franceses do Saint-Raphael, seja quem vier depois.

Quando olha para trás e vê 54 jogos do FC Porto sem perder...
Eu não olho para trás; só olho para a frente!






Mas é um histórico extraordinário? 
É o reflexo de um bom trabalho dos jogadores - e dos adeptos. A Sérvia foi recentemente finalista do Campeonato da Europa por causa dos adeptos. E no nosso caso, o adepto que vem ao Dragão ver andebol é um adepto que gosta da modalidade, reconhece o nosso trabalho e as nossas conquistas, vive intensamente o jogo e espera assistir a bons espectáculos. É um público conhecedor.

O que encontrou no FC Porto que tenha marcado a diferença relativamente aos outros clubes por onde passou?
O lema do clube é "A vencer desde 1893". É isso, não é? Então, eu entrei neste clube porque tenho o gosto e a vontade de vencer. Entrei aqui mentalizado para isso, apesar de ser uma pequena partícula dessa enorme ambição.

É daqueles que vivem para a profissão as 24 horas do dia?
Não!

Então o que faz no dia-a-dia, quando não está a trabalhar?
Não faço nada! O que interessa isso?... Estamos aqui para falar de andebol.

Os adeptos que seguem o andebol do FC Porto, mas não só, discutem o facto de ser muito raro ver o Obradovic a sorrir. O que é que o faz rir?
[pausa de 11 segundos] Se vierem assistir a um treino nosso, podem verificar que também me rio. Mas estou aqui para trabalhar, para treinar, melhorar, insistir nos esquemas. Estamos aqui para ganhar ou eliminar as equipas que defrontamos; isto é uma coisa muito séria.

A seriedade não está em questão. Mas costuma contar, por exemplo, anedotas?
Eu conto muitas anedotas ao plantel, mas a verdade é que na vida, e no dia-a-dia, já temos muitas anedotas.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Uma vista no futuro, com os pés bem assentes no presente:



Mangala




Porque não podemos apenas pensar no presente, no jogo anterior ou no próximo, temos também que nos centrar no futuro. E o nosso clube, o Futebol Clube do Porto, tem feito esta tarefa bem numa parte e razoável noutra.

Ao longo desta crónica irei sempre tentar comparar o binómio talento vs idade, isto é, dizer que o talento não tem idade é muito bonito, mas não chega.






Talento vindo de fora:


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Quando querer vale mais do que poder



Winston Churchill




Quando o primeiro-ministro inglês Winston Churchill, saiu às ruas bombardeadas de Londres para pedir aos ingleses que defendessem o solo pátrio, a sua mensagem foi singela e sucinta: desejar o triunfo, ambicionar a glória, sonhar com o êxito, é o caminho correcto, mas, o que é verdadeiramente importante, o que realmente faz a diferença, é merecer a vitória, e esta só chega para aqueles que trabalham no duro e por muito tempo; para aqueles que estão dispostos a sacrificarem-se e a pagar um preço mais alto do que os outros.

Desde há muitos anos e baixo uma liderança forte, o FC PORTO construiu [e realizou] o sonho de ganhar títulos, de realizar projectos á altura da sua verdadeira dimensão, conseguir o que antes não passava disso mesmo: um sonho. Mas, e como também o disse Churchill, uma coisa é imaginar, planear, e outra muito diferente é merecer o triunfo, ser digno da conquista, porque nada de significativo, valioso ou único, é alcançado sem antes ter sido feito um esforço extraordinário.







Ninguém em Portugal tem exemplificado melhor esta premissa do que o FC PORTO. A explicação é fácil e breve: não há nenhum clube, neste país, que trabalhe de maneira tão árdua quanto o NOSSO. E o que me orgulha de sobremaneira, é que em todos estes anos nunca ninguém nos viu fazer as figuras tristes e decadentes, para não usar outro termo, como é apanágio dos nossos rivais, ora um, ora outro. O FC PORTO nunca usou o pretexto das desculpas esfarrapadas para deixar de fazer o que tem que ser feito.

A definição que NÓS, PORTISTAS, temos do êxito, é muito mais profunda do que o simples facto de ganharmos campeonatos, guia-nos uma missão superior e estamos comprometidos com os nossos ideais, de uma 
maneira irrefutável.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Taça da Liga, 3ª Jornada: FC Porto 2 - 0 Setúbal

Lucho González




Melhor? Nem por encomenda!

Assim foi o jogo de ontem do FC Porto.
Mais até que o jogo, que mais não foi que o culminar de toda uma semana de palpitações, retornos e promessa de golos, após o desaire rotundo de Barcelos. Há melhor forma de esquecer tão difícil derrota e voltar a dar ânimo às hostes? Não há. Sobretudo, quando se aproximam decisões em todas as frentes.








Quanto ao jogo, era previsível que fosse fácil, de sentido único e de domínio total. Pela frente um Vitoria de Setúbal já sem aspiração na prova que não fosse meramente matemática, com contas difíceis no campeonato, liderado por um treinador a prazo e com o trio de meio campo mais frágil do campeonato. O que não seria previsível era que o filme fosse tão perfeito, pelo menos, no que diz respeito aos reforços que cá chegaram no princípio da semana.


domingo, 5 de fevereiro de 2012

Hóquei em patins, Campeonato, 14ª Jornada: FC Porto 6 - 5 Benfica







Num Dragão Caixa a rebentar pelas costuras o FC Porto recebeu e venceu o seu grande rival Benfica por 6-5, numa partida que se resolveria em pequenos pormenores.

Num jogo impróprio para cardíacos, com uma primeira parte de perfeito equilíbrio e bastante dinâmica por parte das duas equipas, num espectáculo que foi um verdadeiro hino para o Hóquei patinado Português, com várias reviravoltas no marcador.








Andebol, 18ª jornada FC Porto Vitalis 30 - 21 Sporting





Um campeão é sempre um campeão, especialmente se vestir de azul e branco e se se chamar FC Porto!

Perante um Sporting que chegava ao Dragão Caixa "espicaçado" com a possibilidade de ocupar o lugar superior da tabela classificativa e com o factor moralizador de ter no banco a dirigir a equipa um ex. treinador Portista (Pokrajac), o FC Porto desde sempre se assumiu como a equipa "mais" da partida, apoiado pelos seus inexcedíveis adeptos que enchiam praticamente a lotação do Dragão Caixa.





sábado, 4 de fevereiro de 2012

RATING AAA - ATINA, ACALMA E ACORDA!



Vítor Pereira


Lucho chegou. Aterrou também um ponta de lança capaz de fazer golos.

Cada uma das contratações representa o colmatar de lacunas da época 2011/12.
Lucho devolve a alma perdida em Junho de 2011. Janko procura minorar os estragos da saída de Falcao no centro de ataque.

A perda de alma e a partida de Falcao foram consideradas como as grandes atenuantes do trabalho de Vítor Pereira. Sempre que alguém levantava um dedo ao mister vinha sempre a outra face da moeda.

Este não teve Falcao e outro tinha.

O outro rebentou com a temporada e este tentou juntar os cacos.




Para vos ser franco estou-me a borrifar para o outro. E quando me falam em juntar cacos penso num homem que não tinha atenuantes e sempre conseguiu arrumar a casa quando a SAD metia a pata na poça.

Um benfiquista de berço que este ano num Panathinaikos a contar os tostões e a ter que vender muito e a contratar pouco (gastou pouco mais de 1 milhão de Euros com Zeca a ser das contratações mais dispendiosas) construiu uma equipa e parece conseguir, finalmente, ultrapassar o Olympiakos.

Consigo contextualizar tudo para avaliar o trabalho de Vítor Pereira. Nenhum treinador do mundo que suceda a uma época de ouro (chame-se ele Rafael Benitez ou Luigi del Neri) tem luz para iluminar o túnel.


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Um século XXI de luxo para o FCP que poucos querem ver e contar






Parece não haver dúvidas que em Portugal e no mundo inteiro, estamos todos a viver um período bastante conturbado, não só em termos políticos, mas fundamentalmente no panorama financeiro, mas curiosamente, ou talvez não, em termos estritamente desportivos o nosso país continua como sempre, um pouco alheio e esquecido pelos feitos do seu maior e principal Embaixador.







Claro, e como não podia deixar de ser, pois não faço parte do grupo daqueles que aproveitam tudo para diminuir os êxitos do melhor clube português da atualidade, refiro-me concretamente ao FCP e a todos aqueles que souberam fazer de um simples clube de uma região, um exemplo de filosofia de vida desportiva, de um querer exorbitante pela próxima vitória ou título, e de uma entrega muito pessoal de todos os seus atletas e simpatizantes, que contribuíram para este desiderato com as suas incondicionais e apaixonadas participações.



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Será a culpa desta "titubeante" fase do FC Porto apenas do treinador? Claro que não!





No preciso momento em que estou a escrever estas palavras, o FC Porto acaba de perder para o campeonato em Barcelos com o Gil Vicente por três bolas a uma, perdendo aqui uma oportunidade única de igualar um record do SLB do tempo de Mortimore sem derrotas durante 55 jogos.


Já por aqui proferi alguns considerandos sobre o atual momento do campeão nacional em título, versando algumas deficiências e erros da equipa, e ao mesmo tempo, defendendo algumas tomadas de posição da SAD e do seu treinador, antes e durante o campeonato que agora tentarei esmiuçar em vários pontos de análise a saber:





1)    Começo por dizer que não é habitual no FC Porto começar uma época sem resolver alguns problemas pendentes, a começar pelo treinador, pese embora que nada fazia prever que Villas-Boas saísse pouco tempo antes de começar o campeonato, para além da indecisão da venda de alguns passes de jogadores importantes, como Álvaro Pereira, Fernando, Guarín, Rolando, Fucile, Cristian Rodriguez e Falcão que contribuíram para a situação.

2)    Em segundo lugar um clube com a experiência do FC Porto não pode estar sujeito a estar dependente da qualidade, ou não, dos seus dois únicos avançados centro de raiz da equipa, Kleber e Walter , que cada um a seu jeito, sempre foram dando sinais que não estariam à altura dos pergaminhos do clube, perdendo o FCP para o seu eterno rival, o SLB, uma enorme vantagem numa zona crucial do terreno, onde o clube da capital este ano está devidamente preparado com várias opções de qualidade. 


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Barcelos. Mais do que um jogo de futebol.






O desporto é, juntamente com a política, um dos terrenos mais férteis onde todos os adeptos têm direito à sua opinião. De alguma forma é o “sumo” da democracia, onde, para votar, não é preciso nenhum requisito especial, para exercer o direito a opinar. Nem ser formado, e muito menos informado. Uma pessoa, uma opinião. Também tem a sua lógica se estivermos atentos, por exemplo, aos meios de comunicação. De tudo o que se fala, ou se escreve, seja de política ou de desporto, há sempre uma pergunta subjacente: quanto é que é informação e quanto é que é opinião? 25%-75%? Se tivermos em linha de conta que as nossas opiniões estão, ou são, influenciadas por aquilo que pensamos serem apenas simples e puras informações, temos como resultado que estas contêm, na sua composição, três quartas partes de opinião, e, aí, as nossas opiniões transformam-se em opiniões ao quadrado.


>