quarta-feira, 31 de julho de 2013

A minhoca.





Eu bem tinha dito, Espanhol!
O percurso do dinheiro
Em acções, ou carcanhol
Do Filipe, embusteiro!

Às claras ou às escuras
O qu’interessa é transaccionar
O Roberto, nas alturas
Um Guardião, d’estampar!

Seja por oito ou por Pizzi
A valia está assegurada
Este país está em crise
E neste negócio, a maior piada!

Atente-se bem no esmero
Madrid-Lisboa-Barcelona
Saragoça, testa-de-ferro
Na Corunha, a inventona!

Alguém percebe o sentido
Duma jogada a tantos toques?
Um Fundo, bem revestido
Só para esconder os enfoques!?

Agora vai para Atenas
Demonstrar a sua técnica
De peru, de muitas penas
Só para provar a aritmética!

Valeu bem oito milhões!
Aliás, ninguém contesta o feito
Notícias destas sensações
Só as que saíram no jeito!

O qu’interessa é o menino
Que pontapeou o Nolito
Devia ficar impedido
De jogar, até ser proscrito!

Então, bater no Espanhol?
Question’ o manha, no acto
Nunca se sabe, o anzol
Que apanh’o peixe, no prato!

Porque o Nolito é do Vigo(?)
Vendido por milhões vezes três
Mas nunca se sabe, no isco
S’a minhoca escapa, outra vez!






Por: Joker

terça-feira, 30 de julho de 2013

(Re)Vendido!




Foi recomprado!
Sim, está explicado!
Por seis milhões?
E com razões!
O Fundo não pagou!
Ah, abortou?
Não, está nas contas!
Em somas redondas?

O Roberto era nosso!
Um grande negócio!
Vendeu por oito e meio!
Sem regateio?
E revendeu ao Atlético!
Ah, foi escorreito!
E foi pr’a Grécia?
Como’uma Promessa!

Tudo bem limpo?
Vês algum limbo?
Nem a Comissão!
Ah, pois não!
Então, estava vendido!?
Mesmo ressarcido?
Agora a sério!?
Não vês mistério?

O Roberto por seis?
Então vale nove!
E não fica nos planteis?
Fica, até que se prove!…
Que não se vendeu?
Sim, mas foi ao fundo…
E a quem se convenceu?
A Comissão e o resto do mundo!

Como a TV?
Sim, mas porquê?
Cem mil assinantes!
Ah, estamos ufantes!
Mas estão correctas?
As contas? Certas!
Temos milhões!
Em transmissões?

E em propaganda!
Somos quem manda?
Pois, bem tentamos!
No que mostramos?
Em comunicados!
Sim, floreados!?
Não, está (RE)VENDIDO!
Ah, e bem TRANSMITIDO!





Por: Joker


Vendido!




Ao Saragoça?
Não façam troça!
Foi ao Madrid!
Por troca c’o Pizzi!
Não foi ao Fundo?
Não falta muito!..

Não foi c´o Mendes?
Sim, sei o que sentes!
E a Comissão?
Sem fundamentação!
E a Procuradora?
Ah, antes o fôra…

Grande negócio!
Diz o sacerdócio!
Irrecusável!
Escreve o prestável!
Surpreendente!!!!
Que Presidente!!!

Quem, o Orelhas?
Ah, que azelhas!
Endrominou-os!
Tomou-os por tolos!
Aquele peru?
Só com tutu?

Não, com os fundos
Ah, outros mundos…
Oito milhões?
Tudo em acções!
O diz a Bola!
Quem, o estarola?

Não, o Querido!
O bem sucedido?
Sim, o da Cofina!
O Que vende em surdina!?
É redactor?
Não, o Director!

E não há crime?
Não, é sublime!
E é do benfica?
Que bem que fica!
Vendeu duas vezes?
Três, e sem reveses!

Não há tráfico?
Contra o seráfico?
Deves estar a brincar!
Não, queria pagar!
Só com acções!
Oito milhões?

E meio, mais cem!
Com convém!
Pras contas baterem?
E entreterem!
Quem, a mainada?
Não, a carneirada!

Mas está vendido?
Sim, é garantido!
Anunciado na bolsa?
Quem queres que ouça?
Chiu, caladinho…
Olhó caldinho!?

O Roberto?
É pois, certo!
irrecusável!!!
Inenarrável…
O sucedido!
Já está vendido!!!







Por: Joker

segunda-feira, 29 de julho de 2013

FC Porto 1-0 Celta de Vigo: Apresentação com velhos vícios




Velhos vícios

Apresentação do FC Porto [José Coelho/Lusa]





Apresentações feitas, novas caras e velhos vícios. É este um resumo de um jogo, que muito pouco teve de atractivo, tendo, até, terminado aos empurrões o que de festa se deveria tratar. Um jogo que começa com uma linda homenagem com a bandeira Galega no centro do relvado!






É só mais um jogo de pré-temporada, embora um jogo especial. Pelo palco, pelo criar de ilusões e por ser a partida fictícia para mais uma caminhada que se espera vitoriosa. Mas não passa disso mesmo, mais um jogo de pré-temporada. A precipitação das conclusões definitivas é tentadora, mas falaciosa.

No entanto, é um jogo que deixa indicadores que não podem ser ignorados e apresentam a equipa à sua realidade competitiva. Para trás fica a pré-temporada disputada frente a equipas de menor valia (excepto o Marselha) ou em digressão sul-americana onde se enfrentou outro futebol. Hoje tivemos pela frente uma equipa que defendeu com 11 atrás da linha da bola, que encurtava o espaço entre linhas, que se fechava em frente à baliza e que procurava o nosso erro para o explorar o ataque. Mais, aqui a marcação é em cima, não batendo, mas moendo. Ou seja, tudo aquilo que não existiu na América do Sul. Resultado: muitas exibições individuais caíram a pique e a equipa bloqueou, como na era Vítor Pereira, o seu processo ofensivo.

Sem criatividade na zona 10, sem envolvência nos flancos e, agora, ainda se soma uma teimosia em confundir o 6 com o 8, à equipa pequena. A equipa bloqueia, engasga e não respira.

E foi este o jogo do FC Porto. Oportunidades esparsas e um roer de unhas na parte final do jogo, não fosse o Celta estragar a festa, onde até o poste de Fabiano ajudou a manter as nossas redes invioladas.

Foi pena não ver a equipa toda. Era a festa de apresentação, mesmo sabendo que este grupo nada terá que ver com o grupo final.


Algumas notas:

  • A estruturação do meio campo é algo fulcral numa equipa grande. Quanto mais tempo perdermos com o óbvio, mais tempo levaremos para nos encontrarmos. Esta moda, que não passa, do meio campo de oitos, onde todos atacam e defendem quase por igual é a falácia mais recente do futebol. Só se atinge em equipas que crescem juntas e que nascem e morrem no mesmo clube. E mesmo assim, qualquer variação de forma é um perigo. A interdependência é enorme. Copiar este modelo é suicidário.
  • Percebo a ideia de responsabilizar o Josué. Percebo a mensagem do “vê lá!”. Só não concordo que seja quase a jogar a central que se torne mais focado, mais centrado e mais responsabilizado.
  • Continuo preocupado com o nosso jogo exterior. Envolvência entre lateral e extremo? Muito pouca. Ficamos dependentes do rasgo individual, o que perante equipas muito fechadas e que marcam em cima, é roleta russa. No jogo contra o Millonários soubemos aproveitar o enorme espaço entre linhas, hoje, o Celta fechava-se todo e não fomos capazes de rasgar pelo individual, nem envolver pelo colectivo. Ou temos grandes extremos que ganham qualquer jogo, ou precisamos de subir o rendimento colectivo do jogo exterior.
  • Teoricamente, jogamos com um 10, mas Jackson continua sozinho. Porquê? Porque Lucho não tem dinâmica para o lugar. É um craque, tem grandes momentos de futebol, mas se já não era 10 na sua primeira passagem no FC Porto, menos o é hoje. Não é uma questão de idade. Aimar é mais velho e sempre teve perfume de 10. Simplesmente, não é essa a posição do Lucho e com o passar dos anos, mais refina a sua capacidade de grande 8 que é e menos plasticidade tem para se adaptar a outras posições.
  • Falhamos em demasia nas marcações, fosse no flanco ou na zona central. Estivemos muito bem na pressão a meio campo, mas vencida essa barreira, fomos frágeis.
  • No futebol não há justiça, mas também não há estatuto pré-adquirido. Este grupo precisa de ser reduzido e espero que decisão se faça não por onde é mais fácil, mas por onde tem que ser. Atrevo-me até a afirmar que será na coragem destas decisões de pré-época que definiremos o que esta equipa pode atingir.
  • Por fim, Paulo Fonseca. Chega a hora de treinar um grande clube mundial e deixar o Paços de Ferreira para trás. O Dragão hoje calou. Jogo de apresentação, pré-época, tal e coisa…

Apresentação do FC Porto [José Coelho/Lusa]


Análise Individual:

Helton – Depois de alguns jogos em que nada tinha para fazer, hoje já teve algumas estiradas decisivas.

Danilo – Virtualmente ausente do ataque e algo inseguro a defender. Nunca teve um extremo que lhe abrisse caminho e já teve saudades de todo o espaço que lhe davam para cavalgar lá na América do Sul.

Fucile – Péssimo a atacar e sofrível a defender. O pior em campo.

Otamendi – Algo distraído, misturou alguns bons cortes com fífias. Mais rigor e mais atenção, para o que aí vem.

Mangala – Voltou a misturar momentos de grande nível, com disparates. Precisa, de uma vez por todas, alinhar o seu jogo pelo rigor.

Fernando – Temos aqui um jogador muito bom numa coisa. Já sabemos que, naquela função, não há no mundo tantos tão bons como ele. Qual a vantagem de o esticar para outras funções? Ficar sem pau nem bola? Onde está a inteligência disso?

Defour – Falta-lhe sempre algo. A 6 não tem a agressividade nem a largueza de futebol para o lugar. A 8 não tem rotação nem toque de bola suficientes para o nosso nível. É um bom jogador e empenhado, mas falta-lhe sempre algo. Mais um jogo apagado na sua posição.

Lucho – Tudo o que falta a Defour na posição 8, Lucho tem para dar e vender. Mas joga a 10, onde fica curto. Pelo talento que tem, ainda vai salpicando o jogo de grandes passes.

Iturbe – Roubam-lhe o espaço. Desaparece. Roubam-lhe as bolas em profundidade. Desaparece. Roubam-lhe o espaço para cruzar. Desaparece. Tapam-lhe a diagonal. Desaparece. Chega à Europa. Desaparece.

Varela – Lento e amorfo, fez um jogo muito aquém do que pode jogar. Ainda assim, deu dois safanões no jogo.

Jackson – Vê-se e deseja-se. Teve um “déjà vu” do ano passado. A equipa longe, o 10 (desta vez) presente mas sem magia, e nos flancos nada que se veja. Algumas aberturas, um golo e outro falhado.


Fabiano – Jogo de feição. No jogo debaixo dos postes é bom. No tiro ao boneco é excelente. Tapou a baliza com todo aquele corpo e sai de campo com a defesa da noite.

Josué – Quando anda mais perto de Otamendi e Maicon, que de Lucho e Jackson, pouco mais há a dizer. Beneficia o adversário, que mais espaço tem a meio campo para se lançar e menos perigo corre na hora de defender. Bons passes e desconforto por andar a pisar terrenos que não são seus.

Kelvin – Teve dificuldades em arranjar espaço e perdeu-se em quezílias. Ainda arriscou o um para um, mas sem consequências.

Maicon – Até entrou bem, forte na marcação e preciso no passe longo. Mas logo sai um disparate que só não dá o empate porque Fabiano defende com galhardia.

Abdoulaye – Dificuldades técnicas evidentes, embora meta sempre o aço todo nas jogadas. Tanto sai um disparate como um bom corte. Demasiado instável e errático para o FC Porto.

Castro – Ser 6 na Europa não basta ter vontade e empenho. Fernando sai e o Celta cresceu. Verdade nua e crua.

Licá – Chega a hora de mostrar os trunfos. Mais uma vez, deixa morrer o seu melhor lance. Ou assume o jogo e parte para cima com efectividade, ou começa a perder espaço.

Ghilas e Quintero – Pouquíssimo tempo em campo.

Apresentação do FC Porto [José Coelho/Lusa]



Por: Breogán

domingo, 28 de julho de 2013

Obra-prima!



Roberto, o El Cid voador
Guardião e grã-defensor
Dessa ordem d’Aragão, e
Comendador do lucro lampião!
Transita agora, à pátria helénica
Num negócio, sem carga polémica!?

Se foi vendido por oito milhões
Gerando lucro, gáudio nas multidões
Por duas épocas d’arromba e mérito
Vendido com pompa, com muito crédito
P’lo glorioso, assim se declarou ao mundo
Primeiro ao clube, depois aquele fundo…

A Comissão qu’é pródig’a investigar
Nada estranhou, foi pronto o pagar!?
Oito milhões, mais cem mil de lucro
Grande orelhas, contigo nem o Turco!
E assim lá foi, o fiasco do século
Com’um negócio fechado, por incrédulo!?

Quem acredita em tamanha patranha?
A Procuradora, a Bola, e o Manha!?
E as equipas especiais de Lisboa
Não são criadas, está tudo na boa?
Está tudo bem, agora vem o Pizzi!
O povo vibra, c’o craque que vem de Madrid!?

Despacha-se um, por seu entreposto
Compra-se um outro, sem conta ou rosto
Pois esse fundo, nas rédeas do Mendes
Comporta tudo, Roberto, entendes?
Paga o Pizzi, no valor do teu passe
Só a metade, que no resto é trespasse!

Um grande negócio, uma limpeza de rosto
Não fora o Roberto, esse grande colosso
Estar na jogada, depois de estar vendido
A cem por cento, como disse o valido
Nas contas pródigas da instituição
Qu’agora mostram, do Roberto, a dação!?

E agora qu’o Museu, finalmente abriu portas
Podem mostrar, do Roberto, as obras
De arte reveladas a estes lusitanos
Grandiloquentes de nuestros hermanos
E bem fundi-las junto aquela Pantera
Uma arte nova, limpando a atmosfera!

Que impregnada de objectos antigos
Deixa no ar, resíduos nocivos
Naftalinas, poeiras, carrapatos
Cachecóis e taças, e demais aparatos
Que de tão velhos, tão gastos na cor
Só um Roberto, lhes daria vigor!?

Por diversão, por riso, insólito
Uma peça única, de valor estrambólico
Um toque artístico, na ala marcial
O bom palhaço, no corpo principal
O valor recorde, por oito milhões!?
O salão nobre, c’o Roberto em calções!



Por: Joker

sábado, 27 de julho de 2013

O FC Porto aquém e além fronteiras.





Ainda me recordo perfeitamente como sendo hoje, dos tempos tumultuosos e de difícil afirmação desportiva no panorama nacional do FCP, nos longínquos anos 70 do século passado, em que se dizia e por vezes mesmo confirmado no terreno de jogo, se bem que, e diga-se a propósito, que nem sempre só por culpa própria, do paradigma em curso naquele tempo e da verdade inequívoca deste presságio e prenúncio lógico, quando o clube se inibia quando saia do seu habitat natural, leia-se Estádio da Antas e da sua região privilegiada a norte.



Quando passava a ponte D. Luís sobre o rio Douro a caminho do sul, e mais propriamente em direção à 2ª circular em Lisboa já se sentia em parte derrotado, ou dito de uma outra forma mais natural e percetível para não deixar qualquer dúvida, não conseguia colocar em prática as suas reais capacidades enquanto equipa de futebol que naquela altura já começava a patentear.

A partir da era de JNPC como presidente do clube iniciada no glorioso dia 17 de abril de 1972, e decorrido todo este tempo até aos dias de hoje, o FCP apresenta-se atualmente aos seus cada vez mais simpatizantes, sócios e ao mundo em geral, como um clube de enorme prestígio, temido pelos seus principais adversários aquém e além-mar pela qualidade que demonstra em tudo em que participa, pelo ecletismo desportivo que evidencia e coloca em prática, onde tem hoje o privilégio e a responsabilidade de ter a seu cargo a hegemonia do futebol e das modalidades de pavilhão em Portugal, sendo hoje também considerado por todo o mundo como um clube modelo, por vezes até copiado quanto à forma de gestão desportiva do clube, onde qualquer jogador de qualquer continente tem o desejo e a honra de representar e jogar, pois é sabido que depois de um ciclo aproximadamente de 2 a 3 anos a conquistarem títulos e a dar boa luz ao seu nome, poderão mais tarde darem um novo rumo às suas carreiras e ao mesmo tempo melhorarem os seus contratos desportivos, mesmo sabendo que o clube não tem as mesmas capacidades económicas dos principais colossos do futebol mundial, o que torna esta constatação factual ainda mais valiosa e de difícil concretização.

Por tudo isto, e após encontrar o bom rumo desportivo e consolidando o seu próprio ADN como instituição desportiva de renome mundial, o FCP, e a meu ver com enorme inteligência e mestria desportiva da sua Direção, tem vindo a cimentar a sua já longa e vitoriosa história com processos de gestão ultra modernos, que lhe permitem alargar ainda mais o seu horizonte desportivo enquanto grande clube que é, investindo não só em grandes talentos como também na sua própria imagem, em que o seu carismático e eterno presidente tem sido a sua pedra de toque e a condição sine qua non para a sua evolução, consolidação e perpetuação, quer no panorama nacional como também no panorama estrangeiro, começando degrau a degrau mas com uma evolução bem visível e sustentada, a diminuir a diferença que o separava em termos de sócios e simpatizantes do seu eterno rival do Terreiro do Paço.

Neste enquadramento, parece-me deveras importante salientar alguns projetos de melhoria levados a cabo nestes anos no clube azul e branco, que vêm contribuindo para o atual status quo do melhor clube português da atualidade, sendo esta uma verdade indesmentível e comprovada, mesmo que esta constatação devidamente fundamentada em títulos doa a muita boa gente que por cá esvoaçam ou planam, como sejam o novo Dragão Caixa onde o clube voltou a conseguir reunir toda a família portista num local que poucos acreditariam que fosse possível, o original projeto da parceria com o "Porto Canal" como lançamento do clube em termos de uma nova imagem multimédia no país e no estrangeiro, a inauguração para setembro do Museu do FCP, outro empreendimento que pela sua grandeza e modelo será sui generis em Portugal e de enorme valor cultural, histórico e artístico que certamente ainda mais elevará o nome do clube no panorama nacional e mundial, e ainda a aposta desportiva e comercial nos mercados emergentes de vários países, com predominância no Brasil, Venezuela e Colômbia, onde o FCP tem aqui aproveitado com enorme êxito desportivo, populista e financeiro o grande filão de talentos, e ao mesmo tempo tirando partido de ter nas suas fileiras vários jogadores daquele país, conseguindo com isso bons negócios no campo da merchandising e do scouting de novos talentos em formação, e tudo isto numa constante dinâmica portista já que o tempo não para e os nossos adversários assim o exigem.

Por: Natachas.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Os m(i)aus!


Estava o trauliteiro
Em conversas c’o Baldé
Demonstrando quanto é certeiro
Nos contratos, e porquê!

Se não assinas a bem
Cham’a Juve Leo
É assim que te convém
E ao Bruma, esse céu!

Volta, pois estás perdoado
Só quero o teu melhor
Foste Bruma, enganado
Por esse canalha, tutor!

Chega-te aqui perto de mim
Qu’eu até te vou ensinar
Como se assina, assim…
Uma cruz basta, a andar!

E c’ uma cláusula de milhões
O Bruma junta-se ao Cissé!
Uma comandita por acções
É o que propõe ao Baldé!?

Viste como sei negociar?
Achas que nisto s’abusa?
Compras, quase sem pagar!?
E vendes, claro, p´la cláusula!

O Baldé, elucidado no acto
Foge c’a sua filharada
Sabe que no Presidente, aparato
É sintoma de nova chapada!

E pumba, é assim que negoceio
Tenho preferência na compra
Ao Porto, o Ghilas conveio
E eu é que me sinto p’la afronta!

Então s’eu tinha preferência
E o jogador não era do Baldé!?
Não podia escolher, em consciência
E tinha que assinar, por fé!?

Eu mostro-te como se faz
Patrício, queres ir pro estrangeiro?
Primeiro assinas, por trás
Que cedes, o teu passe e dinheiro!

Pumba, toma lá uma esquerda!
Baldé, volta que estás perdoado!
Trás o Bruma, que não se perda!
Qu’eu ponho-o em lugar guardado!

Porqu’o o Porto é um selvagem
Quer roubar o jogador
Se o diz o CM, por amostragem
E o manhoso, sem mais rancor?

Por certo querem fazer-nos mal
Vamos cortar mais relações
O corte é de valor total
Não queremos receber os milhões!

Do Moutinho, essa maçã tão podre!?
Que nojo, esse dinheiro com cheiro
Prefiro morrer bem pobre
Do que c’o dinheiro, tripeiro!?

E já que somos pobrezinhos
Vamos ali comprar o Sílvio
O quê, o benfica está c’o arranjinhos?
Orelhas, aqui fic’o aviso!!

Queremos é ficar c’o Pizzi!
Esse portento do Corunha!
O benfica já o tomou, cosi?
Não admitimos esta vergonha!

Vamos cortar mais relações
Pra verem como somos maus
Agora são os lampiões!
Vejam como rugem estes… miaus!



Por: Joker

Revista de Imprensa - 26 de Julho 2013

" Podem esperar mais disto"


Os Dragões são o destaque do jornal O Jogo, com a promessa de Danilo de mais golos para o futuro, depois do hat-trick apontado ao Milionarios, na Colômbia.
Já os leões surgem na primeira página d'A Bola por causa do acordo para a transferência de Gérson Magrão para Alvalade e por sua vez, os encarnados dominam o jornal Record, com a comparação de Markovic a Eusébio feita pela 'glória' José Augusto.



O Jogo:

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- FC Porto: "Podem esperar mais disto", Danilo nunca tinha feito um hat trick nem sequer marcado dois golos de livre no mesmo jogo mas espera ganhar-lhe o gosto; Bernard confirma proposta portista.


- "Welder e Gerson Magrão já são leões"
- "Milan quer levar Ola John"
- "Ainda não é tarde para Kléber", Rui Quinta trabalhou com ele no FC Porto.



Record:

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- FC Porto: "Bernard confirma proposta; assédio internacional acelera renovação de Jackson


- "Orlando Sá interessa; "Bruma será bem-vindo", Leonardo Jardim
- "Markovic faz lembrar Eusébio"



A Bola:

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- FC Porto: "Bernard assume interesse dos dragões; "Quero habituar-me a fazer três golos por jogo", Danilo em evidência na vitória dos portistas sobre os Millionarios (4-0)


- "Gerson Magrão confirmado: acordo fechado entre o Sporting e o médio"
- "Cardozo reaproxima-se do Fenerbahçe"



Notícias sobre o FC Porto:


Danilo: «Nunca me tinha acontecido isto»

Autor de três dos quatro golos com que o FC Porto venceu o Millonarios, Danilo estava radiante com o facto de ter marcado um hat-trick e pelo facto de pela primeira vez ter conseguido faturados dois tentos através da marcação de um livre.

«Nunca me tinha acontecido isto de marcar três golos, nem sequer de ter marcado dois golos de livre no mesmo jogo», afirmou o lateral-direito dos dragões, em declarações citadas pelo jornal O Jogo.

«Fiz três golos e uma boa exibição mas é de destacar a entrega da equipa. Todos correram muito e conseguimos um resultado importante», acrescentou o brasileiro.


Paulo Fonseca: «Queremos defender mais longe da baliza e pressionar alto»

O FC Porto terminou a digressão pela América do Sul com uma goleada por 4x0 sobre o Millonarios e Paulo Fonseca gostou do que viu do encontro com a formação colombiana.

«Tivemos sempre o controlo e o domínio do jogo. Condicionámos fortemente a construção do Millonarios, mais por mérito do FC Porto do que por demérito do adversário», afirmou o treinador do FC Porto, em declarações citadas pelo jornal O Jogo.

Esta é a minha forma de encarar os jogos, defender o mais longe possível da baliza e pressionar alto», continuou.


Saint-Étienne sem acordo com Kléber

O empresário de Kléber revelou, esta quinta-feira, que o avançado brasileiro se vai apresentar no Dragão no início da próxima semana, mas o futuro do jogador não vai passar pelo FC Porto.

Em França, o atacante que nunca conseguiu singrar nos azuis e brancos tem sido associado ao Saint-Étienne, mas um dirigente do clube gaulês garante que tal não passa de um rumor.

«Não há nada com o Kléber, são apenas rumores. Fala-se do Kléber como se fala de outros jogadores», afirmou Dominique Rocheteau, diretor do emblema francês, em declarações citadas pelo Actuafoot.


River Plate quer novo empréstimo de Iturbe

Juan Iturbe está a fazer a pré-temporada com o FC Porto mas a verdade é que não é esquecido pelo River Plate, clube que pretende voltar a contar com o internacional pelas seleções jovens da Argentina a título de empréstimo.

Segundo avança o Olé, o River Plate terá uma reunião com o empresário de Iturbe no próximo sábado, depois deste se reunir com os responsáveis do FC Porto para se inteirar da situação do jogador no plantel comandado por Paulo Fonseca.


Nesta pré-época, Iturbe disputou quatro jogos e marcou três golos, tendo faturado frente ao Valadares, MVV e Marseille, sendo que contra os marselheses apontou um tento de fazer levantar o estádio.


Italianos dizem que Jackson tinha aceitado proposta do Napoli

A imprensa italiana continua a insistir no nome de Jackson Martínez para reforçar o Napoli e agora a Gazzetta dello Sport escreve que os napolitanos viram rejeitada por parte do FC Porto uma proposta de 32 milhões de euros.

Além de revelar a oferta que foi feita aos tricampeões nacionais, a mesma fonte adianta que o goleador colombiano já tinha aceitado os termos do contrato com os italianos, que passariam por um ganho anual de dois milhões durante quatro temporadas.

No entanto, apesar de Pinto da Costa já ter garantido que Jackson Martínez permanece no Dragão, o jornal italiana insiste na ideia de que Rafael Benítez pretende juntar o avançado do FC Porto a Gonzalo Higuaín, contratado ao Real Madrid.





Por: Cubillas

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Milionários 0-4 FC Porto: Postal

 




Sempre que se visite um sítio mais exótico, manda a tradição que se mande um postal de volta para afagar saudades, mas também, para mostrar a beleza do sítio. Foi um pouco isso que fez ontem o FC Porto. Acaba a sua exótica digressão (a repetir por esse mundo fora! Um sucesso!) mandando um postal na volta do correio para todos os portistas. Mas este é um postal diferente. A foto do postal não mostra as belezas locais, mas o perfume do futebol azul e branco deixado em Bogotá, tão intenso como o do bom café local.





Um bom “recuerdo” para tantos curiosos pelo mundo azul e branco nesse canto de América Latina e uma promessa para todos nós, deste lado, de mais uma época de emoções.

O resultado empolga, mas não passa de mais um teste de pré-época. Há, no entanto, factores que contribuíram para este desfecho. Primeiro, a equipa inicial é mais homogénea que a que iniciou o jogo anterior. Segundo, o estado do relvado ajuda ao bom jogo, ao contrário do anterior. Terceiro, o efeito “turística” já passou e o Mar do Caribe já não era novidade. Por fim, o peso do adversário aumentava a nossa atenção. Esta é a equipa por onde andou Di Stéfano, entre outros.

É justo concluir que a equipa evoluiu, embora ainda existam algumas coisas a corrigir e abandonar algum experimentalismo. É bom ver que, apesar das cargas físicas, a equipa tem vitalidade em campo e consegue acelerar o jogo. Resta diminuir o efectivo, porventura, só após o jogo de apresentação e trabalhar os detalhes que faltam.


Algumas notas do jogo:

·        Castro foi 6, Josué foi 8 e Lucho 10. Houve estruturação, logo o nosso meio campo foi dinâmico e consistente, mesmo frente a um Millonarios que jogava de pitons em riste. Aliás, a resposta dada em campo a essa agressividade, com um jogo de posse, quase nunca horizontal, mas frequentemente vertical é um demonstrar dessa estruturação. Convém sublinhar que estruturação não é rigidez posicional. A dinâmica do jogo impõe desequilíbrios momentâneos, ou a própria organização da transição.

·         Soubemos responder à agressividade alheia. Sem entrar no mesmo jogo, mas sem recuo.

·         Infelizmente, não deu para testar a eficácia da marcação. O Millonarios mal chegou à nossa área, bloqueado que foi pelo nosso meio campo.

·         Há evolução no nosso jogo exterior. Foi o primeiro jogo onde tivemos envolvência efectiva entre os extremos e os laterais. E foi bom ver que o nosso jogo exterior transformava-se em jogo interior com enorme facilidade. É esta capacidade de transformação que está na base das grandes equipas.

·         É impossível não falar nas bolas paradas ofensivas. Danilo apareceu nos livres, veremos se é para continuar. Nos cantos, estamos a colocar a bola tensa e na zona preferencial de ataque à bola.

·         A nossa linha ofensiva esteve mais subida e, até por isso, o Millonarios nem se viu no ataque.




Análises Individuais:

Helton – Um espectador. Só uma estirada, para justificar o banho.

Danilo – Finalmente, Danilo. Não fez uma exibição portentosa, ainda teve lapsos defensivos e não foi avassalador no ataque. Bem sei que estamos na pré-época e falta-lhe pernas para isso. Creio que pode fazer mais vezes o que fez no primeiro golo. Não se pede o golo, mas o desequilíbrio. É um lateral que tem que evoluir no seu jogo exterior, mas que é muito poderoso no jogo interior. E isso é um ás de trunfo na manga. É uma raridade um lateral tão capaz nesse capítulo. Quanto ao livres, que seja para continuar e não mais uma excentricidade de pré-época.

Alex Sandro – Não tão eficaz no ataque como Danilo, mas sólido a defender e ainda à procura da melhor articulação com Licá. Está a subir de forma.

Otamendi – Senhorial e omnipresente sobre Renteria.

Abdoulaye – Apanhou bem a boleia do jogo e sai de campo com um registo imaculado. Bom jogo.

Castro – Muito rápido e incisivo sobre o transportador de bola do Millonarios, falta saber se consegue compensar os laterais a preceito. Este Millonarios testou essa capacidade de desdobramento. Boa saída de bola e sempre disponível para a transportar.

Josué – Uma segunda parte brilhante e uma capacidade de passe que é assombrosa. Tem que ganhar consistência, faz alguns passes transviados que já não cabem no seu futebol. Precisa, também, de ser mais rápido sobre a bola. Se ganhar essa rapidez, é titular de caras.

Lucho – Uma exibição sólida, onde se destaca o passe para o quarto golo. Creio que nesta posição o FC Porto só tem a ganhar com um jogador mais dinâmico, mas Lucho é um “porto de abrigo” de grande classe.

Kelvin – Fez um jogo agradável. Levou “porrada” quanto baste, mesmo com o árbitro a fazer de conta, mas nunca se escondeu. Não fez um jogaço, mas noutros tempos, Kelvin não duraria nem 5 minutos. Esticou sempre o jogo e assumiu a posse de bola. Exemplo disso é a falta que dá origem ao terceiro golo de Danilo.

Licá – Falta-lhe um momento inspiração que o liberte do peso da camisola. Um golo, uma grande jogada, um momento de encher o olho. Muita atitude e sempre disponível para assumir o jogo. Faltou-lhe uma boa abertura para desequilibrar. Bom jogo.

Jackson – Já na primeira parte havia partido os rins à defesa do Millonarios. No final do jogo, arrasou. É um super craque. Um jogador de grandíssimo nível. Já pouco mais resta dizer. Só que era tão bom, mas tão bom, que ficasse mais um ano.


Mangala – Uma vez mais, voltou a fazer inveja a muito lateral esquerdo. Solidez a defender, o que não é novidade, e muito poder a atacar.

Izmaylov – Pouco ou nada fez. Sejamos justo, não fez nada.

Ricardo – A estreia com a nossa camisola fica marcada por um bom lance defensivo e duas boas subidas ao ataque. Um talento para ser trabalhado.

Herrera – Manteve a dinâmica e revela capacidade para ser um peça fundamental nesta época.

Reyes – Um lapso, mas nada de monta. Voa sobre o relvado.



Por: Breogán

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Tiago Rodrigues: Semente de Portismo.

 

O Homem e o seu percurso:





Lordelo é uma freguesia na periferia de Vila Real. É aqui que Tiago Rodrigues dá os primeiros passos na vida e, entre os seus, ganha a alcunha de Tini. Lordelo, também, assiste aos primeiros pontapés na bola. O pequeno portista começa no clube da terra, o FC Lordelo, que traja à FC Porto. A semente do portismo estava lançada, no equipamento e no coração, e por mais que o destino fosse sinuoso, e seria, haveria de equipar mesmo à FC Porto, o seu sonho.





Comprovado que o pequeno Tini tinha jeito para a bola, chegava a hora de deixar para trás o pequeno clube da terra natal. Tini avança para Escola Diogo Cão, porventura, a melhor escola de formação de Trás-os-Montes. É na Diogo Cão que Tiago Rodrigues vai crescendo e chamando atenções. É convocado para as selecções jovens da Associação de Futebol de Vila Real e entre as exibições no clube e na selecção distrital, o talento de Tini vai emergindo.







Já no último ano do escalão de iniciado, o menino de Lordelo não passa despercebido à agressiva prospecção do Sporting de Lisboa. O próximo passo é gigante, mas Tiago Rodrigues abandona Trás-os-Montes e incorpora-se na equipa de juvenis do clube Lisboeta. A época não corre como esperado e a distância familiar torna-se pesada. Dispensado, Tini ruma a Norte, para mais próximo dos seus.





É o Vitória de Guimarães quem o acolhe, desta vez, não escaparia! O seu nome já estava sublinhado na agenda do clube minhoto, sempre sagaz na prospecção nos distritos vizinhos, mas havia escapado perante o assédio do clube de Alvalade. Bem mais perto de casa e tirando pleno proveito das excelentes condições que encontra em Guimarães, o futebol de Tini explode. Torna-se peça fulcral do onze juvenil vitoriano e é convocado, pela primeira vez, a um estágio de observação das selecções nacionais. A estreia internacional só aconteceria na época seguinte, já como júnior e marcaria três golos em quatro jogos pela selecção Sub-18. E não se pense que é um acto isolado, no primeiro ano de júnior, acaba a temporada como o melhor marcador do Vitória de Guimarães, o que, para um médio, é um registo notável. Sempre titular no seu percurso pela formação do Vitória de Guimarães, Tiago Rodrigues transforma-se na pérola da formação vitoriana e assina contrato profissional.






Cumprido o último ano de júnior, o Vitória de Guimarães decide rodar o seu jovem talento no Amarante. A época no clube Amarantino tem um começo difícil. Uma lesão no quinto metatarso e subsequente operação tornaram o arranque penoso. Tini só volta aos treinos em Novembro e a equipa já rolava. Começando pelo banco, Tiago Rodrigues espera a sua oportunidade. Quando ela aparece, agarra-a e num instante torna-se o abono de família no clube Amarantino. A defender, a atacar e nas bolas paradas, Tini empresta a sua enorme qualidade à equipa, numa dose tão generosa que impressiona quem vê. Deixa Amarante com 851 minutos jogados e 3 golos marcados.





As informações que chegam a Guimarães são entusiasmantes e Tini é convidado a integrar a recém-formada equipa B e a prolongar o seu contrato. Agarra, de imediato, a titularidade e realiza a primeira metade da época 2012/2013 na equipa secundária do Vitória. Cumpre 12 jogos a titular e marca 3 golos. O seu desempenho em campo impressiona a tal ponto, que, aproveitando a pausa Natalícia. 








Rui Vitória decide incorporar, em definitivo, Tini no plantel principal. Logo no começo de Janeiro, Tini já é titular no meio campo Vitoriano e nunca mais olha para trás. Torna-se peça chave na organização defensiva e ofensiva da equipa e o principal responsável pelo transporte de bola. Volta a ser convocado para as selecções, desta feita, para os Sub-21. Os seus números são arrasadores. Em meia época na equipa principal do Vitória de Guimarães, Tiago Rodrigues soma 1558 minutos de utilização para o campeonato, com 4 golos marcados. Ainda junta mais 380 minutos na Taça de Portugal, sendo titular nos 4 jogos finais, incluindo a própria final, onde ganha o seu primeiro título: a taça de Portugal.






É uma ascensão épica. Da IIB com o Amarante, à titularidade indiscutível no meio campo vitoriano com a taça de Portugal na mão. Um ano bastou, para que o menino de Lordelo se afirmasse no futebol português e passasse a estar debaixo da vigilância do Dragão.

No dia 12 de Junho de 2013, Tini voltou a vestir de azul e branco. Não o azul e branco do seu FC Lordelo, mas do seu FC Porto. Uma semente de Portismo de Trás-os-Montes que promete dar frutos no Dragão.


A análise ao jogador:


Tiago Rodrigues é um jogador tecnicamente evoluído. É um jogador com uma qualidade de passe assinalável, excelente transporte de bola e boa visão de jogo. Dá muita fluência à fase criativa do jogo, jogando ao primeiro toque e sempre à procura das desmarcações diagonais dos companheiros. No entanto, não creio que seja um 10 puro. Falta-lhe a ousadia e a vertigem do risco para assumir essa função. Creio que renderá mais a 8, onde a precisão matemática do seu futebol poderá ser melhor explorada.

Tem um remate colocado e potente. É um médio com um bom índice de finalização, fruto da exactidão técnica com que executa o remate.






Tem tido uma evolução física assinalável e o seu jogo é mais constante. Ainda assim, é um jogador que precisa de ganhar mais disponibilidade física para corresponder em pleno num meio campo mais intenso e de pressão alta. Tem a vantagem de ser um rapaz bem estruturado e equilibrado, o que irá facilitar a sua progressão.





A primeira batalha é ganhar o seu espaço no plantel do FC Porto. Se a vencer, certamente, será uma das boas surpresas da temporada. Tem futebol e atitude.



Por: Breogán

Revista de Imprensa - 24 de Julho 2013

" Não penso em sair, só em trabalhar"


Jackson Martinez é destaque na capa do diário desportivo O Jogo, referindo que a chegada de Ghilas vai criar maior exigência no ponta de lança colombiano. Afirma também que não pensa em sair, apenas em continuar a trabalhar.
A  restante imprensa desportiva desta quarta-feira tem como grande destaque o mercado de transferências de futebol, nomeadamente a possível permanência de Cardozo no Benfica e a proposta do Mónaco ao Sporting por Rui Patrício.





O Jogo:

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- FC Porto: "Ghilas vai exigir mais de mim", Jackson elogia "uma boa contratação" dos Dragões; "Não penso em sair, só em trabalhar"; Bernard decide futuro "a partir de quinta-feira"; Herrera apontado ao onze oficial.


- "Braga: Kléber perto de ser reforço"
- "Mónaco ataca Patrício; Cassamá e Sambu são livres para sair"
- "Cardozo pressiona Vieira".





Record:

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- FC Porto: "Millionarios - FC Porto às 01h30: "Ainda não sei qual vai ser o plantel", Paulo Fonseca assume dúvidas."


- "Patrício quer sair: Sporting recusa 10 milhões do Mónaco a pronto; Montero assina por 5 anos".
- "Fenerbahçe adia contratação de Cardozo"



A Bola:

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- FC Porto: "É uma grande responsabilidade suceder a James", Quintero encara o dragão como uma bênção."


- "Montero quer ser o Falcao de Alvalade"
- "Por favor decidam-se!"



Notícias sobre o FC Porto:


Teste Millonario na festa colombiana

A equipa portista volta a jogar do outro lado do atlântico e é acolhida em clima de festa por um país que tem tido muitas ligações futebolísticas com os dragões nos últimos anos. Paulo Fonseca quererá melhorar o capítulo defensivo, que mostrou debilidades no último encontro de preparação.

O trajeto de pré-época tem sido praticamente imaculado e 100% vitorioso, mas a equipa ainda está em processo de assimilação das ideias de Paulo Fonseca, treinador que chegou este ano aos dragões.

Depois de três jogos em que o FC Porto marcou 27 golos e não sofreu nenhum, o teste do último domingo, frente ao Anzoátegui, deixou a nu algumas deficiências no capítulo defensivo, espelhadas não só nos dois golos sofridos, como também em outros lances desperdiçados pelos venezuelanos.

Varela e Defour excedem-se perante concorrência

É certo que os erros defensivos terão preocupado Paulo Fonseca, ainda que existam aspetos que poderão ter ajudado a essas lacunas ficarem mais evidenciadas, como o estado do relvado ou a mudança para um clima diferente.

A questão é que, no capítulo ofensivo, a equipa apresenta grandes argumentos e que têm deixado os adeptos desejosos que a época comece.

Para isso, muito tem contribuído a grande concorrência que existe para a zona central do meio-campo e para os flancos dos dragões. A equipa recebeu sangue novo e muitos atletas desejosos de conquistarem um lugar no grupo e no onze.

Josué mostra ser outro jogador no regresso ao Dragão, Iturbe está transfigurado e quer finalmente mostrar que as comparações a Messi não são descabidas, Licá, Carlos Eduardo, Herrera ou Ghilas tentam não perder o comboio, Ricardo e Tiago Rodrigues esperam uma oportunidade para se mostrarem.

Em suma, muito tem sido o serviço mostrado pelos jogadores que chegaram, mas não menos bem têm estado os que ficam, sobretudo dois jogadores que não têm lugar cativo no onze azul e branco. Defour já tinha avisado que ia trabalhar para, na terceira época de dragão ao peito, ser titular. Varela passou grande parte da época passada afastado do onze, mas surgiu na hora certa, a tempo de ter sido decisivo no jogo do título.

Quanto à equipa, sempre difícil de prever, parece certo que Helton voltará à baliza, Otamendi ao centro da defesa e Jackson ao ataque.

Millonarios já sem Montero

Era um dos jogadores mais importantes da equipa colombiana, mas a sua saída para o Sporting permitirá à maioria dos adeptos portugueses adiarem a sua avaliação pelo avançado.

O Millonarios, clube de Bogotá, não conseguiu chegar à final do Apertura e está agora na pausa antes de arrancar para o Finalización, uma espécie de segundo campeonato da época.

Colômbia amiga

São já vários os jogadores de renome que despontaram no dragão e que fazem parte de uma geração colombiana de quem muito se espera para esta nova época.

Fredy Guarin, Radamel Falcao, James Rodríguez e Jackson Martínez são quatro nomes que deliciaram (e ainda deliciam) os adeptos portistas e com os quais o clube festejou várias conquistas.

O oposto também existe, e o presidente da Federação Colombiana já agradeceu publicamente a tendência portista para escolher compatriotas, o que tem beneficiado a seleção, de quem muitos esperam uma grande participação no Mundial 2014.

Na calha está Juan Quintero, reforço dos dragões que se juntou à comitiva e de quem muito se espera, ele que brilhou no Mundial sub-20 recentemente.


O encontro será na madrugada de quarta para quinta-feira, com início marcado para a 1h30.


Paulo Fonseca: «Não me parece que nos exponhamos em demasia»

Na abordagem ao encontro de hoje com o Millionarios, da Colômbia, Paulo Fonseca, treinador do FC Porto, alargou o campo de conversa, explicando, por exemplo, a questão do meio-campo defensivo, depois dos dois golos sofridos frente ao Anzoátegui, da Venezuela.

«A questão de jogarmos com um duplo pivot pode ter muitas leituras. Há momentos do jogo em que há um homem ao lado do Fernando, mas outros momentos esse homem não existe. É uma discussão ampla, mas o importante é que os jogadores aceitaram e perceberam a mensagem que lhes passámos», começou por dizer, antes de prosseguir.

«Não me parece que a equipa se exponha em demasia aos contra-ataques. As próprias características deste tipo de jogos expõem-nos mais um bocado, uma vez que este futebol é diferente daquele que se joga na Europa. Há novos processos que requerem tempo e adaptação e eu acredito que vamos conseguir», afiançou Paulo Fonseca.

Dúvidas no onze e no plantel

Satisfeito com os jogadores que tem à sua disposição, o técnico portista confessa que ainda está tomado por dúvidas quanto à definição final do plantel: «Não só tenho dúvidas em relação ao onze para a Supertaça como também em relação à composição do plantel, o que demonstra a qualidade dos jogadores e a forma como eles estão a trabalhar», congratulou-se.

Para o embate com o Millionarios, Paulo Fonseca não altera os objetivos: «Vencer e continuar a evoluir como equipa. Estamos numa fase inicial da nossa preparação e é importante registar a evolução da equipa frente a opositores com um grau elevado de dificuldade», atirou.


Dragões impedidos de treinar no El Campín, até traziam elementos para tratar do relvado

O FC Porto foi esta madrugada impedido de treinar no Estádio Nemesio Camacho, mais conhecido como "El Campín", em face de uma lei imposta pelo munícipio de Bogotá, que apenas permite que sejam realizados jogos no reduto do Millonarios. Mais estranho é o facto de os dragões apenas terem sido informados dessa situação no dia de hoje.

"É um grande descontentamento não termos as condições ideais, que passavam por treinar no estádio. É uma situaçao que foge à organização do torneio, mas não são as condições que tínhamos pensado como sendo necessárias. Apesar de não termos essas condições, vamos tentar contribuir para um bom espectáculo", comentou Paulo Fonseca em conferência de imprensa.

Aliás, os portistas até traziam na comitiva elementos da empresa que trata do tapete do Dragão, funcionários que seguiram em vão para a Colômbia.


Comandante em todo o lado, Lucho também gera euforia na Colômbia

Foram 40 as crianças que participaram no clinic, mais meia centena de jornalistas sempre presentes e, assim que terminou o horário laboral em Bogotá muitas mais pessoas correram ao campo de treinos do Millonarios e da seleção colombiana para verem o FC Porto. A extrema euforia permitiu perceber a razão pela qual a Colômbia é o país estrangeiros com mais seguidores na página oficial do FC Porto no Facebook. Lucho que o diga.

“Claro que gostamos do Cha Cha Cha e do Quintero, mas estamos aqui pela equipa toda, pois gostamos muito do FC Porto”, contou-nos um adepto lá presente. Palavras reforçadas, logo de seguida, quando os jogadores começaram a fazer o curto trajeto de 10 metros, entre os balneários e o autocarro. Depois de muitas solicitações para dar autógrafos e tirar fotos, a euforia tornou-se desmedida assim que Lucho surgiu em cena. El Comandante foi, sem dúvida, o grande visado pelos adeptos.

Mesmo assim, Jackson foi o que mais tempo demorou a fazer o referido trajeto, parando a cada passo para tirar fotos. O que não impediu Quintero, Iturbe, Helton, Fernando e Otamendi de serem bastante solicitados.


Jackson Martínez: «Ghilas é muito bom companheiro em todos os aspetos»

O avançado colombiano, em declarações ao Record, elogiou o seu novo concorrente pela vaga no ataque do FC Porto, fazendo também referência a Paulo Fonseca.

Jackson explicou que a equipa está a «assimilar as ideias do treinador», e frisa que «o importante é conseguir os resultados» para os quais a equipa se propõe trabalhar.

Sobre o argelino Ghilas, Jackson não tem dúvidas que «é um jogador que terá muito sucesso no FC Porto» e acrescenta que, «para o jogador, esta é uma grande oportunidade e o clube fez uma boa contratação».

Não se querendo «fiar» no que fez na temporada passada, Jackson Martínez, jogador que foi o melhor marcador do campeonato com 26 golos, admite ter que «trabalhar para ganhar o lugar».

O colombiano, que tem sido falado como jogador que interessa a outros clubes europeus, afirmou também que quer «continuar na história do FC Porto».

Sobre o próximo campeonato, Jackson não espera facilidades e, em termos pessoais, sonha «poder repetir» o que fez.


Kléber oferecido ao Saint-Étienne

Segundo a versão francesa do site do Eurosport, o FC Porto ofereceu a cedência do avançado brasileiro Kléber ao Saint-Étienne, equipa que está por estes dias em Portugal a realizar o estágio de pré-temporada.

A publicação online adianta que Dominique Rocheteau, representante do Saint-Etienne, vai mesmo reunir com membros da direção portista para discutir a possível mudança de Kléber para o emblema do campeonato gaulês.

Recorde-se que Kléber jogou no Palmeiras na última temporada, também por empréstimo dos dragões, e apesar do desejo do avançado ser permanecer no clube brasileiro, o futuro pode muito bem passar pela Europa e pelo futebol francês.





Por: Cubillas

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