Derrota justa por parte do FC Porto
na deslocação a Penafiel onde a equipa da casa foi mais forte no conjunto
dos 90 minutos, vencendo por 2-0 com golos do goleador Rui Miguel e já
na entrada dos últimos minutos da partida o médio Sérgio Organista (já passou
pelo FC Porto) fez o segundo golo da sua equipa após marcação de uma grande
penalidade.
O Penafiel no início da temporada
era uma das equipas que compôs um plantel de forma a lutar pelos primeiros
lugares deste campeonato, mas a irregularidade dos resultados têm proporcionado
estas subidas e descidas constantes. Apesar de tudo mantém-se perfeitamente na
luta, sendo que nos jogos em casa costuma apresentar-se muito forte e sem
dúvida será um belo testes às capacidades da nossa equipa, perante um Penafiel
bem orientado por Miguel Leal, contando com um modelo de jogo onde a posse e o
futebol apoiado são vertentes obrigatórias no seu jogo, tentando sempre jogar o
jogo pelo jogo seja contra quem for, faltando um ou outro elemento acima da média
que pudesse acrescentar outra qualidade.
Neste jogo, o Penafiel já pôde
utilizar os indiscutíveis Fábio Ervões e Sérgio Organista (estavam castigados)
e assim sendo o Valente e o Robson foram os sacrificados do onze, com o
Penafiel a apresentar um 4-3-3 (no meio-campo o triângulo invertido). Nas
laterais, tanto o Gabriel como o Vítor Bruno são dois jogadores que gostam de
atacar e nem sempre apresentam um comportamento defensivo exemplar. À frente do
guardião Coelho, os centrais Pedro Santos e o Fábio Ervões, completando desta
feita o quarteto defensivo.
Destacar a excelente organização
que demonstram no sector defensivo e intermédio, com as linhas bem
próximas uma da outra, na qual relevam um grande espírito de entre ajuda,
dando então coesão e sobretudo músculo ao meio-campo, sendo que a nível
técnico neste sector possuem um jogador mais posicional (Elísio em
detrimento do habitual Ferreira) e um box-to-box, que é fundamental na
estratégia delineada pelo treinador (Rafa), acompanhando igualmente como
médio interior o Sérgio Organista.
Na frente de ataque, o Rui Miguel é
um ponta de lança que dispensa apresentações, e faz uso e bem da experiência,
sendo a principal referência ofensiva deste Penafiel, sendo colocados nas
faixas o Diogo Viana e o Coronas.
No FC Porto, infelizmente não
conseguiu colocar em prática o seu jogo, tendo dificuldades em ter bola no
meio-campo adversário, faltando provavelmente maior capacidade na circulação de
bola, fundamentalmente outro tipo de objectividade no sector ofensivo e
raramente o Coelho foi posto à prova. O melhor período dos dragões sucedeu a
meio do segundo tempo, sendo que relevou nesse período maior asserto nas
saídas, contudo apareceu-lhe pela frente uma equipa bem organizada, com as
linhas muito próximas e fechando ao máximo todas as linhas de passe possíveis e
provavelmente a melhor oportunidade do FC Porto aconteceu nos primeiros 45
minutos e através do lateral Victor Luís, que regressou ao onze, em virtude do
colombiano Quiño ter jogado pela equipa principal.
Este desaire não vem comprometer a
ambição e objectivos do FC Porto para o que resta desta temporada, sendo que na
próxima jornada haverá jogo grande no Estádio do Pedroso, com a equipa
"B" do FC Porto a receber o Sporting "B", que encontra-se
actualmente na segunda posição.
Análises individuais:
STEFANOVIC - não é responsável pelos
golos sofridos. Não esteve propriamente em dia sim a jogar com os pés.
DAVID BRUNO - a regularidade do
costume, tentando não comprometer na defesa e seja o Diogo Viana como o
Coronas, tiveram dificuldades quando encararam o lateral na situação de um para
um. Falta-lhe ser mais forte e dinâmico quando apoia o ataque.
ABDOULAYE - alguns lapsos deste
central pouco habituais. Comete a grande penalidade que garante o golo da
vitória ao Penafiel, após a bola lhe bater no braço.
ZÉ ANTÓNIO - algumas dificuldades
para travar o Rui Miguel, mas por norma pautou pela solidez e jogar de forma
simples, não procurando inventar. Ainda marcou um golo, mas foi prontamente
invalidado pelo árbitro assistente, por encontrar-se em posição irregular.
VICTOR LUÍS - provavelmente o melhor
elemento da defesa neste jogo, ele que criou a melhor oportunidade da
equipa.
PEDRO MOREIRA - vem já de uma série
longa de jogos muito bem conseguidos, mas desta feita não esteve ao nível
habitual. Algo perdido na zona intermédia.
MICHAEL SERI - outro jogador que
esteve aquém. Bem substituído.
TOZÉ - a garra do costume, no
entanto não conseguiu desequilibrar e perdeu muitos duelos individuais.
KELVIN - presa fácil para o lateral
Gabriel e só uma ocasião conseguiu ultrapassar o jogador contrário e centrar
com relativo perigo no lado esquerdo do ataque.
DELLATORRE - teve pouca bola e
quando é assim, é complicado...
SEBÁ - tal como o Kelvin, também
jogou os 90 minutos e este ainda esteve um pouco abaixo do seu compatriota.
Procura constantemente diagonais da direita para o meio. O problema...é que as
fazia com marcação em cima e com um raio de acção muito curto.
SÉRGIO OLIVEIRA - não veio
acrescentar quase nada, no entanto há que registar um ou outro bom apontamento
individual.
VION - assim que entrou protagonizou
um excelente arranque na esquerda, mas depois foi desaparecendo aos poucos...
FÁBIO MARTINS - entrou nos
descontos.
Por dragão Orgulhoso
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