sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O teorema do Regime. (Por Joker)




O Regime chegou ao fim
Nessa prova d’endurance
Aguenta-se c’o pasquim
A não revelar a nuance

Do penalti no final
Daquele preciso minuto
Perdiam o doutrinal
Pra continuar o tumulto

Vitimizando-se a rodos
Uma equipa perseguida
Por um árbitro sem modos
Qu’insiste em julgar com medida

A história do fora-de-jogo
Esquecidos os demais confrontos
Dos duplos penaltis do Cagoso
E do avanço de cinco pontos…

A equipa avassaladora
Imparável do Jesus
Acabou na centrifugadora
Sêca, sêca no quebra-luz!

Por isso s’apagaram as luzes
Pois sequinha já estava a louça
Há que poupar para as cruzes
De quatro milhões à queima-roupa!

Nisto o desespero, para mais poupar
Neste seco ano de austeridade
Corta-se a eito, no empatar
Vence-se, com jeito, com autoridade

Naquele apito do Almeida
Salvador, de tão estridente
Um árbitro de boa seiva
O Nuno? Pode ser, certamente!

E como a Europa é um encargo
Neste desígnio nacional
Quer-se começar o embargo
À competição internacional

Pois, apesar das várias frentes
Qu’ostentam com sentido orgulho
Só o Campeão interessa às gentes
Só isso justifica tanto barulho

Apesar da grã-vitória, na Liga Europa
Mijadinha, reza a história
Gloriosa, para a tropa
Triste memória, cantam vitória!!?

E a Liga dos Campeões?…
Em toda’as frentes! Cuspiu o Mestre!
Uma equipa d’alegres fanfarrões
C’os seus repentes, rumo ao desastre…

E esgotado, c’os recursos dos seus pasquins
Vive o Regime, nos cuidados intensivos
Tem-se alegre, na memória dos velhos botequins
Sente-se unânime, nos seus delírios paliativos…





Por: Joker

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