domingo, 24 de fevereiro de 2013

Juniores A: FC Porto 1 - 1 Rio Ave


Na 2ª jornada da fase final do campeonato nacional de Juniores A, a equipa do F.C. Porto voltou a ceder pontos, depois da derrota na 1ª jornada. Desta vez o resultado foi um empate a um golo em casa contra o Rio Ave.

A equipa portista apresentou-se com um sistema entre o 4-4-2 e o 4-3-3 onde Francisco Ramos derivava entre o meio campo e a ala esquerda. O Rio Ave apresentou-se no seu 4-4-2 losango habitual, com destaque para a dupla avançada Nuno Santos e o estreante Lord.








O jogo começou com a habitual troca de bola portista, sempre a assumir o jogo mas sem impor um elevado ritmo ao jogo. O Rio Ave assumia-se como um equipa expectante, mas sem nunca abdicar de tentar lançar o ataque rápido sempre que tinha oportunidade, tendo em Lord uma referência em velocidade na frente de ataque.









A equipa portista apresentou sempre problemas em flanquear o jogo, devido à falta de um extremo esquerdo de raiz, sendo que quem conduzia o ataque pelo lado esquerdo era o lateral Rafa. Na direita Fred assumia as despesas, saindo do centro do ataque para a ala, onde se sente mais à vontade.

Aos 20 minutos de jogo nasceu a primeira jogada de grande perigo, com Francisco a falhar um golo feito, já na pequena área, depois de boa jogada envolvente da equipa portista, concluída com um bom cruzamento de Marcelo. Aos 33 foi a vez de Rafa ter um excelente remate à entrada da área, que embateu na trave. Aos 38 minutos, nova bola no ferro, desta vez por intermédio de Fred, num bom cabeceamento na sequência de um cruzamento de Graça. Contudo, no fim da primeira parte a equipa do Rio Ave adiantou-se no marcador, por intermédio de Lord. Tomás perdeu a bola numa reposição à entrada da área e em 3 momentos o Rio Ave fez a diferença: excelente passe de Ruben para Nuno Santos, a romper a defesa portista, e este assiste com muita classe Lord, que só tem de encostar. O intervalo chega logo de seguida, com algum sentimento de injustiça pelo maior caudal ofensivo dos dragões, mas  a verdade é que faltava velocidade e largura ao jogo portista.

A 2ª parte iniciou quase com o golo do empate, uma verdadeira obra prima por parte de Fred. Depois de uma jogada pela esquerda conduzida por Rafa (quem mais?), a bola sobra para Graça que remata contra a oposição vila-condense mas quando ninguém esperava Fred faz o golo numa acrobacia brilhante.
O 2º tempo seguiu a toada do 1º, mas o domínio portista foi mais evidente e o seu jogo um pouco mais rápido. Capucho tentou mexer com o jogo mas a única alteração que mudou o figurino da equipa foi efectuada apenas aos 73 minutos, quando Ivo entrou para o lugar de Vitor Andrade, fazendo a equipa jogar, finalmente, num 4-3-3 declarado.

Durante este período viu-se uma equipa algo partida, apresentando algumas dificuldades na transição defensiva. O estilo de posse é evidente, assim como na equipa senior, com o jogo a ser construído desde trás com muito critério, devido a 2 centrais com grande capacidade técnica e a um trinco que é mais 8 que 6. Este último ponto também justifica alguma dificuldade nas transições defensivas, pois Vitor Andrade sai muito de posição e não tem características físicas para ser um 6 no futuro.

Uma palavra também para a equipa do Rio Ave, que apesar do domínio total da equipa portista, consentiu poucas oportunidades de golo e tentou sempre sair à procura do segundo golo, pensando apenas no empate nos últimos 10 minutos de jogo.

Com este empate a equipa portista soma 1 ponto em 2 jornadas, vendo ainda mais dificultada a luta pelo título nacional, que ainda vai no início. No entanto, convém lembrar que estamos perante uma equipa jovem, com grande parte dos jogadores a serem juniores de 1º ano, e como tal ainda haver muita margem de progressão.


Análises individuais:

Kadu: sofreu um golo no qual nada podia fazer e pouco mais trabalho teve, limitando-se a controlar os contra ataques do Rio Ave.

Marcelo: não comprometeu a defender, sendo algo irregular no apoio ao ataque. Destaque para o cruzamento aos 20 minutos, onde ofereceu o golo a Francisco.

Rafa: excelente jogo a defender e a atacar. O jogo passou todo por ele na primeira parte, tendo criado vários lances de perigo, quer através de remates de média distância, quer através dos seus cruzamentos milimétricos.

Bruno Silva: controlou bem a dupla ofensiva do Rio Ave e deu qualidade à posse de bola da equipa, devido à boa capacidade técnica que possui.

Tomás: tal como o seu colega de sector, tem excelente capacidade técnica, mas foi num lance de saída de bola que borrou a pintura, oferecendo o golo aos visitantes. O resto da partida correu-lhe sem problemas, apoiando diversas vezes o meio campo, como já é seu timbre.

Vitor Andrade: excelente com a bola nos pés, por vezes desposiciona-se nos momentos de transição defensiva, algo que não pode acontecer num trinco. Continua a dar claramente a ideia que renderia mais a jogar na posição 8. Acabou sacrificado no assalto final à baliza do Rio Ave.

Belinha: jogo de muito esforço defensivo, tendo sido muito importante na pressão da equipa. Em termos ofensivos não foi decisivo.

Graça: mostrou bons pormenores técnicos, é um jogador muito rotativo, mas nunca conseguiu dar sequência a esses lances. Foi o primeiro a ser substituído.

Francisco Ramos: não tem as características de ala, mas tem de cair na posição muitas vezes. Quando jogou em zonas interiores, deu qualidade na posse de bola da equipa. Falhou um golo feito aos 20 minutos e acabou o encontro a trinco.

Fred: o mais inspirado e irrequieto da frente, marcou um grande golo e agitou o jogo portista. Na ala ou no meio, foi sempre um quebra-cabeças para a defesa do Rio Ave. Pecou apenas por se prender demasiado à bola em alguns lances.

André Silva: esteve desinspirado, não conseguindo nenhum lance claro de golo. Nota-se a sua qualidade física e ténica, mas não era a sua tarde.


Leandro: entrou para o lugar de Graça, talvez com a ideia de dar mais poder físico ao meio campo. Se é verdade que a equipa foi mais pressionante consigo em campo, também é verdade que pouco se viu no jogo.

Ivo: foi opção para abrir o jogo nas alas, mas não foi factor no jogo, perdendo muitas bolas e não ganhando a linha uma única vez.

Gonçalo Paciência: último a entrar, teve apenas tempo para marcar um livre que não passou da barreira.



Por: Eddie the Head

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