Um cabresto que custou mais dois
pontos.
O FC Porto é uma equipa submetida a um cabresto espinhense que tolhe o
potencial da equipa. Uma canga táctica de quem vive amarrado a um futebol
menor, de quem tem medo da sua própria equipa e do seu potencial. Desengane-se
quem pense que o FC Porto perdeu 2 pontos ontem à noite. Não foi ontem que o
processo começou. Foi logo na ressaca da vitória doméstica frente ao Beira-Mar,
com exibição de gala de um 10.
Enquanto o mundo portista (e para lá dele!)
ainda saboreava o aroma do futebol criativo após uma noite com quatro golos,
Vítor Pereira aplica a canga espinhense sobre a equipa, logo na conferência de
imprensa após o jogo. Alto e bom som. James a 10? Vítor Pereira é taxativo: “Se
virem quando joga como extremo, ele está grande parte do seu tempo ao centro. É
claro para mim que, jogando com ele a 10 e apenas dois médios, perdemos
consistência. Haverá jogos em que precisaremos disso, mas não estou muito inclinado a mexer no miolo e satisfazer aqueles que
acham que o James, jogando a 10, é muito mais jogador.
A dinâmica do meio
está muito bem assimilada e dá-me gosto de ver o meio-campo assim.”. Onde Sir
Bobby Robson chorava um por passe preciso, onde 90% dos bons treinadores davam
couro e cabelo para ter magia, Vítor Pereira refuta, nega, exclui e diaboliza!
Não está aqui para satisfazer vontades de ignorantes que acham que James é mais
jogador a 10. Pobres diabos!, era mais o que faltava. Assim mesmo, na cara e 10
minutos depois de ganhar um jogo por 4-0 muito à custa de tal medonha invenção.
Não admira, pois, que a primeira
coisa a anunciar após a vitória do FC Porto frente ao Beira-Mar fosse o retorno
ao garrote táctico no futebol ofensivo do FC Porto. Mas não se ficou por aqui! Na
conferência de imprensa de antevisão do jogo em Vila do Conde, Vítor Pereira
vai mais longe: “James não pode ter
liberdade total porque da liberdade total vem a desorganização. Quero uma
equipa com bom jogo, jogo atractivo mas equilibrado. O James, jogando por
dentro ou por fora, acrescenta-nos sempre qualidade.”. É aqui que se percebe a
raiz do seu gravíssimo problema. Para Vítor Pereira, James no centro é
desorganização. Não no adversário, mas na sua própria equipa!!! Tal declaração
é, para mim, uma total INCOMPATIBILIDADE com o cargo de treinador do FC Porto.
Que o treinador do Espinho o afirme, lamento, mas aceito. Aceito que alguém que
vive imerso num futebol menor, mais musculado que refinado, tenha manifesta má
vontade em libertar a sua equipa.
Ser o treinador do FC Porto a vir a terreiro
recusar ser a espora que atiça o potencial do FC Porto, mas querer ser o freio
nos dentes que trava o ímpeto é surreal!
Segue-se uma convocatória onde
ratifica tudo o que havia declarado. Sabendo que a força do futebol do Rio Ave
está nos flancos, Vítor Pereira leva ao estádio dos Arcos dois extremos -
Varela e Atsu – sublinhando a opção de devolver James ao cabresto do flanco.
Assim sim!, a equipa fica organizada. Assim sim!, ficamos com um 4-3-3
perfeitamente funcionante, com dois “rompedores” nos flancos e um “alimentador”
do futebol ofensivo pelo centro. Se bem pensou, melhor fez. O 11 inicial em
Vila do Conde é o culminar do processo iniciado após o apito final frente ao
Beira-Mar. Cabresto em James e canga na equipa.
O jogo foi o reflexo das opções
de Vítor Pereira. O Rio Ave, assustado com os 4 golos que levou em Braga, entra
receoso do FC Porto. Mesmo deste FC Porto com o jugo no cachaço. O FC Porto tem
o domínio da partida, mais reverencialmente consentido que conquistado. O
primeiro lance de perigo até é do Rio Ave, aos 15 minutos de jogo, com João
Tomás de cabeça a obrigar Helton a defender. O jogo arrasta-se e não há forma
da equipa deitar a canga ao chão.
Aos 21 minutos Lucho mata um contra-ataque
que poderia ser perigoso com um cruzamento transviado e Moutinho remata com
algum perigo, quatro minutos depois. É isto o futebol organizado de Vítor
Pereira. Até que chega o minuto 34. James é liberto do seu cabresto e vem
cobrar um livre frontal. A execução é tremenda, mas Oblak vai buscar a bola quando
toda a gente já gritava golo, mas, felizmente, na recarga Miguel Lopes faz
justiça à cobrança superior de James e dá vantagem ao FC Porto.
Só com vantagem
no marcador e com o Rio Ave obrigado a entrar no jogo é que o FC Porto
conseguiu jogar melhor. Os últimos 10 minutos da primeira parte foram os mais
suportáveis. Nos últimos dois minutos da primeira parte o FC Porto consegue
duas oportunidades. A primeira, por um rasgo de Atsu com James a desperdiçar,
para depois, Miguel Lopes cruzar com perigo para a área e ninguém a conseguir
corresponder. E pronto. Foi este o futebol organizado e dinâmico,
brilhantemente arquitectado e anotado no caderninho.
Para a segunda parte, a canga
manteve-se no cachaço da equipa e o cabresto em James. Quem aproveitou foi o Rio
Ave. Nada tinham a perder frente ao Espinho, digo, frente ao FC Porto.
Reconheço, aqui, a honestidade da equipa do Rio Ave. Entre o recomeço da
segunda parte e o minuto 55 deixa três sérios avisos ao FC Porto. Primeiro, num
fora-de-jogo mal assinalado a João Tomás. Depois, é Tarantini a rematar
ligeiramente ao lado. Por fim, Edimar, sem oposição, sobe pelo flanco até às
proximidades da pequena área do FC Porto e cruza rasteiro. Por muito pouco
Tarantini não chega para a emenda. A cavalgada de Edimar não é fruto do acaso.
É o castigo justo à pseudo-organização táctica de Vítor Pereira. Quando um
lateral ofensivo como Edimar não tem um extremo com que se preocupar, porque
passa a vida a tentar fugir para onde devia jogar, é abrir um corredor à folia
Vilacondense.
Não foi por falta de aviso, de
facto. Aliás, Vítor Pereira responde (quase) logo. Ainda fica 10 minutos a
cozinhar em lume brando, quase como quem ainda tenta ver se a maré passa. Mas o
Rio Ave já tinha perdido o “respeito” à organização táctica de Vítor Pereira. A
resposta de Vítor Pereira é lastimável. Tira Atsu e mete Varela. Não muda nada,
mas podia ser que Varela entrasse mais inspirado que Atsu. Lucho não é o farol
de Alexandria como é James no futebol ofensivo do FC Porto pelo centro, mas é uma
luz de navegação. O que faz Vítor Pereira é deixar a equipa às escuras na saída
para o ataque. Cega. Tirar Lucho e meter Fernando, com um 0-1 tremido no
placar, um Rio Ave já sem respeito e com 25 minutos ainda pela frente, é
medonho! É condenar a equipa ao pontapé para frente. Ao “chuta lá para a frente,
pode ser que alguém a apanhe!”. Quanto mais o Vítor Pereira acabrunhava a
equipa, mais Nuno agradecia e desmultiplicava o Rio Ave para frente. À
substituição espinhense de Vítor Pereira, que se limitou a trocar de canga para
uma ainda mais pesada, Nuno mexe no seu meio campo, devolve o seu melhor médio
ao centro e mete um extremo em campo.
James ainda tenta salvar a mão de
quem lhe põe o cabresto. Soltando-se das suas amarras, vem ao centro e tenta
mostrar a Vítor Pereira que é ali! Pena foi que a barra da baliza dos Arcos
tenha negado o seu intento. Será que Vítor Pereira tomou semelhante arrojo como
uma clara e intolerável tentativa de destabilização da sua organização?
O Rio Ave crescia e o FC Porto definhava.
Já estava mau, mas em breve seria pior. Maicon num desleixo intolerável perde
para Tarantini. Este entra na área, desfaz-se de Defour como se nada fosse e
iguala a partida. Não nos tinha já avisado?!
A resposta do FC Porto é o
desespero de Vítor Pereira. De repente cai em si. Afinal isto é o FC Porto,
mesmo de roxo funerário! Olha para o banco e percebe que se esqueceu de um
extremo no Porto. Não tem forma ou maneira de devolver James a 10? Não tem? Tem!
Bastava meter Danilo num flanco e derivar James para o centro. Mas Vítor
Pereira não é treinador para isso, nem daqui a 100 anos! O seu tractor, à
espinho, só tem duas velocidades: ou tudo para frente, ou tudo para trás.
Mais que duas mudanças é uma confusão inexpugnável. Como qualquer treinador básico a treinar um grande, pensa que o pior que lhe pode acontecer é ser acusado de não ter tentado ir buscar a vitória. Vai daí, salta Kléber para jogo e sai Defour. Reorganizar? Reagrupar? Voltar a ganhar o meio campo? Criar jogo para ter oportunidades? Quem tem tempo para isso! Em frente, à carga! Para cima deles! Tudo lá para frente! Chutem isso lá para a frente!
Resultado deste desespero? O 2-1
para o Rio Ave! Com mais um brinde e sem oposição, Tarantini inspirado mete na
gaveta de Helton. É aqui que entra o assomo de honestidade de Vítor Pereira no
final do jogo. O que aconteceu? “Isso
queria eu saber o que é que aconteceu! Gostava de saber porquê que a equipa não
entrou…”. Também gostaria muito que soubesses, mas não sabes. Não sabes,
nem vais saber. Nunca! É um filme já visto.
O que restava ao FC Porto?
Revolta. Coração. Dignidade. Nuno não cabia em si de felicidade com a vantagem.
Para quem tinha sido sovado em Braga, isto era um sonho. Começa a ter medo de
perder tão preciosa vantagem e começa a pensar “à Vítor Pereira”. À medida que
Nuno recua o Rio Ave, o FC Porto ganha espaço para respirar. Jackson mandou à
fava a táctica e o isolamento a quem foi condenado pela canga aplicada à
equipa. Tentou, primeiro, num remate de longe descaído para o flanco, depois, fez
o golo do empate após centro de Miguel Lopes (o flanqueador dada a ausência de
Varela) e ainda foi a tempo de tirar a reviravolta da cabeça de Kléber.
Nos jogos fora, somam-se dois
empates e uma vitória por 2-3.
Não haverá mudanças. Ainda para
mais, com o respaldo do título do ano passado. Mas há um problema. E tem nome.
Isto é um FC Porto com canga. Que pesa um brutalidade no nosso pescoço e que
nos puxa para a mediocridade de um futebol menor, onde os Rio Aves e Gil
Vicentes desta vida, se organizados e ousados, podem causar-nos mossa.
Não há quem deite a canga ao
chão? Não há quem tire o cabresto a James?
Maldito espinho cravado no FC
Porto!
Para
quem disse que não ia ser anjinho, não podia ser mais papudo. Então um penalti
daqueles passa sem um reparo? Não se diz nada?
Como
se não bastasse, ainda tivemos um árbitro vista grossa. Será que este foi tomar
café ao estabelecimento do Devesa Neto?
Análises Individuais:
Helton – Sem hipóteses nos golos.
Tentou comandar desde o seu posto.
Miguel Lopes – É possível dizer
que jogou mal com um golo marcado e uma assistência? Ofensivamente, esteve
muito bem. Defensivamente, voltou a revelar uma irritante inconstância. Das
duas uma, ou quer afirmar-se e mete o aço que metia a defender quando jogava no
Braga, ou não pense que é só a atacar que vai bater Danilo aos pontos. Uma
coisa é certa, é injusto crucificar laterais quando não têm extremos que
auxiliem ou que puxem jogo pelo flanco. Muito menos o é, quando há um 6 de
remendo que tenta fazer pela vida.
Alex Sandro – Fez um jogo mais
consistente que Miguel Lopes mas com menos pontos áureos. Está a ficar um
excelente lateral, infelizmente, sem acompanhamento pelo seu flanco, na maior
parte do tempo. Hoje revelou uma tremideira resultante do engasganço da equipa.
Maicon – É imperdoável perder a
bola para Tarantini daquela forma. É uma nódoa que não sai, por mais que se
lave. Para um central do seu nível é uma vergonha. Que faça o seu exame de
consciência e que jamais se repita uma coisa daquelas. Não interessa se o
público assobia uma bola para o mato. Não sabem para mais. Aquilo é que não!
Otamendi – Foi um jogo à Otamendi
e um jogo para Otamendi. Com a desorganização do FC Porto quem iria sobressair
seria o rei do carrinho e do corte louco no limite. Foi um jogo à Otamendi,
porque por cada grande corte na loucura do momento, dava uma bola de graça a
alguém. Só para Tarantini foram duas ofertas. Uma deu golo, o segundo golo, a
outra passou perto. Uma montanha russa exibicional. Ora nos píncaros, ora nos
fundos, tudo separado por rampas abissais.
Defour – Não é um 6. Já se sabia.
Ontem provou-se, uma vez mais. Quando não há Fernando, que remédio há? Mas
quando há, não vale a pena invocar pastilhas, chicletes, gomas e afins. Bem sei
que o FC Porto sofre os dois golos com Fernando em campo e a 6. Mas isso
deveu-se à brilhante organização, à espinho, de Vítor Pereira para defender o
0-1 a 25 minutos do fim. Defour não tem capacidade para empurrar o meio campo
do FC Porto para a frente. Viu-se essa incapacidade na primeira parte. Como não
tem o raio de acção de um 6. Não varre de flanco a flanco. Patética a forma
como Tarantini o enxota no lance do primeiro golo.
Moutinho – Um jogo bem abaixo das
suas capacidades. O arranque de temporada está a ser bem morno. Tem uma
desculpa, o meio campo não tem estrutura e não há extremos para darem amplitude
à equipa. Mas está bem longe do que sabe.
Lucho – Esforça-se para ser a luz
criativa da equipa e tenta não atrapalhar James quando este aparece no meio. No
meio de todo este processo o futebol de Lucho perde-se. Não estava a ser um
jogador inspirado, mas sem Lucho a equipa ficou cega. Vítor Pereira conseguiu
apagar a frágil chama da criatividade do meio campo do FC Porto. Conseguiu
tirar Lucho da equipa e não devolver James ao seu lugar! Brilhante! Bota
espinho nisso!
James – Já sabia que ia levar com
o cabresto. Já sabia que ia fazer mais um jogo em que não seria nem carne nem
peixe. Mais um jogo em que o maior talento do futebol português foi
desaproveitado. Só mais um, de muitos mais. Brilhante cobrança de um livre
directo que permite a Miguel Lopes inaugurar o marcador.
Atsu – Mais um jogo a roçar o
fraco, mas ainda assim, conseguiu duas arrancadas onde explanou o seu talento.
Está na hora de passar o testemunho. Kelvin e Iturbe merecem uma oportunidade
de mostrar serviço. Quanto a Atsu, precisa de espaço para não se perder.
Continuar a insistir é queimar um talento.
Jackson – Vítima do jugo táctico
que Vítor Pereira colocou na equipa. Não há ponta de lança que sobreviva a um
futebol tão primário. Não há extremos, não há quem chegue a ele do meio campo,
nem a equipa pressiona alto! Revoltou-se e ainda resgatou um golo.
É caso para dizer que Jackson é
ponta de lança a mais para este espinho! Já podia estar a outro nível, mas o
espinho não deixa.
Varela – Mais um entrada patética
e inocente em campo. Fez mais Ukra, que treinou à parte durante a pré-época no
Dragão, no Rio Ave que Varela no FC Porto, que até renovou! Patético!
Fernando – O jogo partiu e não
foi capaz de juntar os cacos. A equipa não conseguia sair e tentava ele sair. Até
pelo flanco tentou subir. Percebe-se que os jogadores querem subir de nível.
Percebe-se que eles são como um motor a gritar pelo condutor meter a próxima
mudança. Mas este condutor? Este quer um tractor! Ou para trás, ou para a
frente!
Kléber – Entrou para o “Valha-nos
Deus!”. Teve o golo na cabeça, mas Jackson tirou-lhe no último momento.
O que disseram os intervenientes:
“Fomos pouco agressivos na segunda parte”
Vítor Pereira
“Fundamentalmente depois de chegarmos à vantagem, deixamos cair um bocadinho a concentração, adormecemos um bocadinho o jogo e, nomeadamente na segunda parte, nas bolas divididas fomos pouco agressivos, não fizemos a circulação que devíamos fazer e acabamos por ser penalizados, e bem. Depois fomos atrás do prejuízo e conseguimos o empate, que é um mal menor, mas fundamentalmente pelo que produzimos nesta segunda parte não merecemos mais”.
“O que eu vi foi depois de estarmos em vantagem, uma entrada na segunda parte pouco agressiva, pouco intensa, a circular pouco a bola e a sermos penalizados. Acabamos por chegar ao 2-2, defrontamos uma boa equipa, mas fomos nós que nos colocamos à mercê do Rio Ave”.
“Pretendia voltar a ter o controlo do jogo, a ter bola, voltar a ter agressividade, porque não estávamos a ter agressividade no meio, mas não foi pelas substituições, porque o jogo já não estava a dar o que queríamos dele”.
Miguel Lopes
“Na primeira parte controlamos bem o jogo, mas na segunda parte baixamos o ritmo e isso não pode acontecer. Acordámos a tempo e evitamos a derrota, mas queríamos ganhar. Somos uma excelente equipa e um excelente grupo e isto só nos vai dar força para o próximo jogo”.
Vítor Pereira
“Fundamentalmente depois de chegarmos à vantagem, deixamos cair um bocadinho a concentração, adormecemos um bocadinho o jogo e, nomeadamente na segunda parte, nas bolas divididas fomos pouco agressivos, não fizemos a circulação que devíamos fazer e acabamos por ser penalizados, e bem. Depois fomos atrás do prejuízo e conseguimos o empate, que é um mal menor, mas fundamentalmente pelo que produzimos nesta segunda parte não merecemos mais”.
“O que eu vi foi depois de estarmos em vantagem, uma entrada na segunda parte pouco agressiva, pouco intensa, a circular pouco a bola e a sermos penalizados. Acabamos por chegar ao 2-2, defrontamos uma boa equipa, mas fomos nós que nos colocamos à mercê do Rio Ave”.
“Pretendia voltar a ter o controlo do jogo, a ter bola, voltar a ter agressividade, porque não estávamos a ter agressividade no meio, mas não foi pelas substituições, porque o jogo já não estava a dar o que queríamos dele”.
Miguel Lopes
“Na primeira parte controlamos bem o jogo, mas na segunda parte baixamos o ritmo e isso não pode acontecer. Acordámos a tempo e evitamos a derrota, mas queríamos ganhar. Somos uma excelente equipa e um excelente grupo e isto só nos vai dar força para o próximo jogo”.
FICHA DE JOGO:
Liga, quinta jornada
29 de Setembro de 2012
Estádio do Rio Ave FC, em Vila do Conde
Árbitro: Bruno Esteves (Setúbal)
Assistentes: Venâncio Tomé e Mário Dionísio
Quarto árbitro: Nuno Roque
RIO AVE: Oblak; Lionn, Marcelo, Nivaldo e Edimar; Tarantini, Wires e Filipe Augusto; Braga, João Tomás e Esmael.
Substituições: Wires por Ukra (68m), Filipe Augusto por André Vilas Boas (86m) e Esmael por Vítor Gomes (90m)
Não utilizados: Ederson, Jeferson, Diego e Del Valle
Treinador: Nuno Espírito Santo
FC PORTO: Helton (cap.); Miguel Lopes, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Defour, João Moutinho e Lucho; James, Jackson Martínez e Atsu
Substituições: Lucho por Fernando (64m), Atsu por Varela (64m) e Defour por Kleber (83m)
Não utilizados: Fabiano, Danilo, Castro e Mangala
Treinador: Vítor Pereira
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Miguel Lopes (33m), Tarantini (78m e 85m) e Jackson Martínez (89m)
Cartão amarelo: Wires (11m), Braga (66m), Varela (69m), Tarantini (90+1m)
Liga, quinta jornada
29 de Setembro de 2012
Estádio do Rio Ave FC, em Vila do Conde
Árbitro: Bruno Esteves (Setúbal)
Assistentes: Venâncio Tomé e Mário Dionísio
Quarto árbitro: Nuno Roque
RIO AVE: Oblak; Lionn, Marcelo, Nivaldo e Edimar; Tarantini, Wires e Filipe Augusto; Braga, João Tomás e Esmael.
Substituições: Wires por Ukra (68m), Filipe Augusto por André Vilas Boas (86m) e Esmael por Vítor Gomes (90m)
Não utilizados: Ederson, Jeferson, Diego e Del Valle
Treinador: Nuno Espírito Santo
FC PORTO: Helton (cap.); Miguel Lopes, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Defour, João Moutinho e Lucho; James, Jackson Martínez e Atsu
Substituições: Lucho por Fernando (64m), Atsu por Varela (64m) e Defour por Kleber (83m)
Não utilizados: Fabiano, Danilo, Castro e Mangala
Treinador: Vítor Pereira
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Miguel Lopes (33m), Tarantini (78m e 85m) e Jackson Martínez (89m)
Cartão amarelo: Wires (11m), Braga (66m), Varela (69m), Tarantini (90+1m)
Por: Breogán
13 comentários:
Queres extremos e James em campo??? Tudo ao ataque então?? É uma forma de ver as coisas, mas insultar um treinador não acho que seja a melhor forma de ajudares o FCPorto. Alias depois de ler este texto tenho um conselho para ti...muda de clube! Mas muda de clube já!
Amigo "O Autor" onde está o insulto?
Se se refere ao "Cabresto" aqui fica o significado:
cabresto
Significado de Cabresto
s.m. Correia que tem uma extremidade armada especialmente para se firmar na cabeça do animal e que serve para amarrá-lo ou dirigi-lo; cabeçada sem freios.
Sendo o Amigo Portista, não acha que a aquipa se apresentou amarrada? Como que tendo um "cabresto" sobre o elemento que poderia fazer toda a diferença e que ainda no ultimo jogo rompeu todas as amarras com magia qb??
È esta a degradaçao a que o Porto chegou quando à adeptos com medo de jogar com 4!!! unidades atacantes em Vila do Conde.
Parece que jogar com 2 extremos, 1 ponta de lança e 1 médio ofensivo é demasiado arriscado. Penso que isto diz muito bem sobre a qualidade do nosso futebol actual.
Penso k tem razão em tudo o k disse sobre James...
Participo no Relvado.pt e estou farto de alertar para isso!
Numa equipa sem extremos de monta, penso k já é altura de VP se emancipar e tratar de procurar um 4-4-2 ou um 4-5-1 em k não abandone Jacks9n lá na frente e em k James e Lucho possam jogar na mesma equipa e serem potenciados, visto k são os 2 titulares indiscutíveis...
Penso k Moutinho tem ordens para ser mais defensivo, sempre k Fernando não joga e não se tem mostrado tanto por isso mesmo!
Alex Sandro foi um passador e Defour não esteve tão mal como fez passar... coloque o seu James ou o Lucho a 6 e repare nas exibições deles... Depois diga-me alguma coisa... Defour veio para substituir Moutinho e até é semelhante... Ainda não vimos o melhor dele, mas com mais Km nas pernas, ainda iremos vêr, mas a médio interior e não a 6...
Para acabar queria deixar o 11 tipo k já apregoo desde o início da época, ou melhor, desde k saiu Hulk!
-------------Helton-------------
M.Lopes-Maicon-Otamendi-Alex Sandro
------------Fernando------------
------Defour--------Moutinho-----
--------------Lucho-------------
---------------------James------
---------Jacks9n-----------------
4-4-2 losango com James a falso ponta de lança, permitiria a liberdade de movimentos k James precisa, mas sem abdicar de Lucho em zonas de decisão e Jacks9n nunca mais se sentiria tão desamparado lá na frente!
Moutinho e Defour eram interiores, mas nos desdobramentos no ataque, poderiam aparecer sem problemas quer na linha para cruzar, quer a fazer número na área adversária!
Em transições defensivas a equipa desenhar-se-ia em 4-5-1 e com os interiores a compensar as subidas dos laterais, tudo isto sempre com Polvo atrás deles, o k lhes concederia muita liberdade!
Teóricamente, não tenho dúvidas k funciona, até pk a nossa força está nos nossos médios e não nos extremos como no passado, mas na prática é sempre mais complicado... Necessitaria de trabalho, rotinas e sobretudo, muita coragem... E essa não sobra na equipa técnica...
Vamos a vêr com o PSG... A primeira prova de fogo!
Força Porto!
Concordo plenamente com o autor. O chelsea por exemplo, sempre jogou em 4-3-3 com mourinho e a chegada do italiano este mudou para 4-1-2-1-2 e foram campeões dois anos. Essa velha historia de que a equipa esta rotinada para um 4-3-3 desde os tempos do Fernando Santos apenas demonstra que afinal não precisamos de treinador!! Se este não consegue adaptar um sistema de jogo aos seus melhores jogadores. A questão também pode ser vista de outra forma. tendo um James puro a 10 era necessário termos ido buscar o lucho em janeiro? outra demonstração como Vitor Pereira não é treinador para o Porto e isso não é notório nos jogos do campeonato mas sim no da Liga do Campeões
Acordei do meu sonho, de achar que VP tinha de facto evoluído, vou dar uma volta de 180º, não evoluiu, eu nem estava mto zangado com ele, sei que instintivamente havendo um jogo da champions 4ª a equipa resguarda-se, mas depois de ouvir o discurso dele, fiquei com a impressão que ele se esqueceu que a ordem parte dele, que ele é o timoneiro, que se a equipa dormia a ele cabia a responsabilidade.No fundo acho que se esqueceu que é ele o treinador.
http/www.magicoporto.com
Até concordo com o 11 apresentado mas punha o Danilo no meio campo no lugar do Defour...
Gosto sempre dos comentários do BREOGAN mesmo quando não os subscrevo por inteiro e gostava de o ver comentar este ponto de vista:
O James não é um extremo, não é um centro/avante, não é um 10 puro, é um rebelde que gosta de jogar no ultimo terço do campo.
Com James no vertice do triangulo e apenas dois medios para cobrirem a subida dos laterais a equipa fica desiquilibrada.
Há muita semântica no futebol. Demasiada. E varia muito conforme a moda.
Para mim, James é um 10. Um 10 é um criativo, um distribuidor de jogo, um necrófago que aproveita as movimentações do ponta-de-lança e dos extremos para criar jogo. Seja um passe, um cruzamento ou um remate.
James não é um jogador muito desenvolvido no aspecto defensivo. Mas não é o ingénuo que tanto se descreve. Quanto mais jogar naquela posição, melhor vai saber defender. Penso que já está no ponto para a aguentar a organização da equipa na vasta maioria dos jogos.
O Deco que chegou ao FC Porto e o Deco que saiu do FC Porto não tinham a mesma capacidade defensiva. James nunca chegará ao mesmo nível, certo, mas tem potencial a ser explorado. Se até Hulk aprendeu alguma coisa de jogo defensivo, não vai aprender James?
Acredito que com James em campo o adversário retrai-se mais. Com isso temos duas vantagens. Primeiro, temos a tarefa de pressionar alto facilitada e, segundo, com um bloco mais alto e asfixiante temos mais tempo e espaço para corrigir as eventuais transições do adversário por nossas perdas de bola.
É simples, com James a 10 qual é o meio campo que arrisca meter o pé em ramo verde? Quem se atreve a deixar James entre-linhas? Quem?
É uma vantagem que insistimos a deitar borda fora. Cabresto no James, canga na equipa, que o Espinho entra em campo.
A cada jogo assim, a cada jogo que passa, só me lembro do Robson. Se aquele homem tivesse um jogador assim e naquela zona do terreno...
James joga a 10 na colombia com dois trincos nas suas costas , joga e põe a colombia a jogar. Essa ideia de apenas se ter dois jogadores defensivos não funciona é mais um mito, a equipa treina para jogar assim. O manchester United sempre jogou com dois médios centros que ajudam a atacar e a defender, alguma vez um carrick ou um schools (dos últimos 2 anos) é melhor, corre mais que um moutinho? a questão é sempre tecnico-tatica a equipa tem que jogar sempre com os melhore jogadores. Exemplos. Mourinho n chelsea 4-3-3 inter 4-1-2-1-2 real 4-2-3-1 VP não tem mãos para esta equipa, joga James lucho moutinho fernando na mesma equipa, nos éramos fortes nas alas, no tempo de hulk, quarema, drulovic neste momento não somos tanto é necessario explorar onde o somos.. no centro
Ò BREOGAN com James a 10, onde cabiam valores como Fernando,Moutinho, Lucho e mesmo Defour?
Tinhamos que abandonar o 4-3-3 ?
Não advogo abandonar o 4-3-3.
É o melhor sistema para o nosso futebol.
Se eu tivesse R. Carvalho, Aloísio, F. Couto e J. Costa não iria colocar R. Carvalho a defesa direito e Aloísio a defesa esquerdo para jogarem os quatro!
Fugir de tomar decisões é a pior coisa que um líder pode fazer.
Eu acho que tarda o adoptar o 4-4-2.
As omeletes fazem-se conforme os ovos, assim como dançamos conforme a música. Apesar de termos um plantel curto ao nível de médios eles são o nosso ponto forte e onde temos as mais valias, ao contrários dos extremos onde nenhum até agora deu mostras de saber ou poder fazer a diferença (apesar do potencial que indiscutivelmente têm), assim sendo parece-me que a equipa deve ser formatada em torno das más valias em vez de jogarmos teimosamente num sistema táctico para o qual não temos de momento elementos que façam a diferença.
Enviar um comentário