segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Balanço das primeiras três jornadas:




Qualquer balanço que faça destas primeiras três jornadas tem sempre um ponto (muito) positivo a mais do que qualquer outro balanço realizado após a 7ª, 15ª ou até no final do campeonato: Hulk.

Isto é mais que incontestável, é algo visível até para adeptos de críquete, corfebol ou dos nossos rivais. Uns percebem mais que outros do que falo, mas não encaremos isso como um problema, mas sim como uma vantagem a nosso favor.

Saiu uma das pedras basilares da nossa equipa, mas sempre jogou e deu o seu importante contributo em três jornadas. Melhor que não dar em nenhuma.






O treinador vai ter que saber solucionar o problema. O mais sensato e, provavelmente, o que será feito, é apostar no Atsu e ir introduzindo o Iturbe aos poucos (mas que vá jogando de vez em quando, por favor). Sinceramente, neste momento a nível de desequilíbrios na linha confio mais no pequeno grande talento argentino do que no Varela. O português está meio amorfo, sem paixão no seu jogo e quando entra, não aquece nem arrefece.





O porto seguro da equipa deixou de ser o incrível. Basicamente, vamos viver da criatividade, talento e ao mesmo tempo rigor tático e posicional do trio James/Moutinho/Lucho e esperar que o Jackson vá continuando a mostrar serviço quando for chamado à receção.

Podemos abanar um pouco, mas acredito que não vamos cair. Estamos recheados de momentos em que saíram jogadores fulcrais, considerados insubstituíveis e continuamos no topo, lá em cima onde moram os campeões. Em Janeiro, com as chamadas do Iturbe e do Atsu às respetivas seleções provavelmente iremos contratar alguém já com créditos firmados e eu suspiro que estes créditos sejam no futebol europeu…
Ao contrário de outros, temos um plantel equilibrado com duplas soluções para cada posição e não precisamos de adaptações desnecessárias.
  
Posto isto, é tempo de falar do que já se passou. Dos 7 pontos conquistados. Apesar do percalço inicial, continuamos na frente da prova. O que não invalida o mau empate em Barcelos. Cada jogo vai ser uma batalha e se os jogos decisivos são entre as equipas mais capazes, perder pontos em terrenos secundários não ajuda em nada as nossas contas.

É óbvio que os jogos fora são sempre mais complicados, quer devido ao possível relvado, quer à maior luta que as equipas “pequenas” costumam dar. Talvez seja por isso que o jogo em que o resultado agradou mais foi mesmo o 4-0 à 2ª jornada contra o Guimarães.






Que ninguém duvide que podíamos estar já com 9 pontos. Perdemos 2 pontos em Barcelos parte por culpa própria, demos quase 45 minutos de avanço ao adversário e quando entramos no jogo sofremos um rombo tático (este causado pelo treinador, que deve ter percebido que a descompensação que se cria ao tirar o Fernando não compensa ao risco, ainda para mais aos 55 minutos…) e as decisões dentro da área não caíram para o nosso lado, como a placagem ao Kléber.




Não deixar de referir também a excelente exibição do guarda-redes gilista, considerado para já por todos os meios desportivos o mais valioso na sua posição, ainda não sofrendo qualquer golo nas três jornadas já decorridas (O problema para o Gil é que esta nulidade se repete no ataque).


Na 2ª jornada correu tudo bem. Podíamos ter marcado mais golos num jogo controlado do 1º ao último minuto. Deu até para o Jackson se estrear a marcar no campeonato à Panenka e o Hulk acabar em grande no Dragão. Puxou a culatra atrás e o Ricardo já só a foi buscar ao fundo da baliza. Quem não tem já saudades?

Pouca história num jogo que serviu para retomar o trilho das vitórias.

Destaque para a boa entrada do James, que parecia outro, completamente diferente de Barcelos. E isto veio se a comprovar em Olhão.


36 Minutos da 3ª jornada, Olhanense vs F.C.Porto. Entra James, saem Atsu. Vitor Pereira resolve dar a linha toda ao Alex Sandro (que cumpre quase na perfeição), remetendo o James a fazer as diagonais para o meio que tanto gosta e sabe fazer. 1-1, 1-2, 1-3. Só não participou diretamente no 3º golo (mais um do nosso incrível), mas se a vitória é de alguém, tem que ser dele. Saltar do banco e mudar o jogo 180 graus!
Podíamos ter saído do jogo com um resultado mais confortável, ficaram os três pontos e um enganador 2-3. 



Sofremos no fim desnecessariamente. O treinador disse e bem que isto não pode acontecer mais. A rever.
No geral estamos onde interessa, no topo do campeonato. É legítimo dizer que quer nós quer o nosso principal adversário estamos mais fragilizados após o fecho do mercado não em Portugal, mas na Rússia veja-se lá bem.

Vamos ver como reage a equipa à perda do jogador mais decisivo nos últimos anos no nosso clube. Pensar jogo a jogo, pois é importante não repetir Barcelos.

É triunfar rumo ao Tri, que apesar da saída do Incrível, engane-se quem pensar que a equipa mais forte de Portugal ainda não mora na cidade Invicta.


Por: Dragão 14

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