O sujeito da referência é óbvio.
É ele: El “Diez”.
Partimos para este jogo sem
Fernando e Lucho, duas colunas coríntias de mármore maciço do nosso meio campo.
O que parecia ser uma enorme vantagem para o Beira-Mar acabou por ser o seu
maior contratempo. Duas ausências que forçaram a mão relutante de Vítor
Pereira. Não havia escapatória possível. Introduzir Castro no onze inicial e o
meio campo não teria criatividade para ultrapassar o barco moliceiro fundeado à
frente da baliza aveirense. Introduzir Danilo no meio campo seria contrariar o
trabalho que tem sido feito com o internacional canarinho. Haveria repentismo,
mas não criatividade contínua. Restava puxar James para a sua posição. Para
onde Valderrama o nomeou herdeiro universal e incontestável. Para onde alguns
portistas há muito desejam ver e para onde o próprio quer jogar, não só de
camisa “cafetera” vestida.
Até Ulisses Morais, que foi
acompanhando a semana portista para preparar o jogo, percebeu o perigo que se
preparava para enfrentar perante meio campo portista com tracção à frente. Não
vai de modas, sobe um central (Sasso) para a marcação a James e sobrepovoa o
meio campo.
A barragem aveirense foi montada,
mas seria o caudal ofensivo suficiente para a derrubar? Conseguiria o bandido
escapar por entre marcações e mais marcações?
A sério, havia dúvidas? Ou
melhor, há dúvidas que ali, naquela posição, directa ou indirectamente, James é o jogador mais difícil de parar do nosso campeonato?
Ao percorrer as incidências do
jogo, há um padrão claro. Até ao minuto 57 a palavra James é uma presença
constante e incontornável. Após esse minuto quase que desaparece. Comecemos,
então!
Face às ausências de Fernando e
Lucho, Vítor Pereira mantém Defour na posição de Fernando e dá a titularidade a
Atsu no flanco, desviando James para posição 10. Na defesa, Mangala aparece na
posição de Otamendi e Danilo entra para lateral direito, posição ocupada por
Miguel Lopes em Zagreb.
O jogo começa com 10 minutos de
qualidade por parte do FC Porto. Os motivos são evidentes. Com James em campo,
o meio campo portista é “obrigado” a pressionar alto. O Beira-Mar não consegue
organizar o seu jogo pelo centro do terreno e quando consegue sair é com
lateralização do seu futebol.
Logo aos 2 minutos, livre cobrado
por James e Maicon com um grande cabeceamento obriga Rêgo a uma defesa
dificílima. Um minuto depois e novo livre conquistado na imediações da área
aveirense. De novo James na cobrança e Jackson com uma entrada fulgurante a
cabecear violentamente para a defesa de Rêgo. Maicon ainda consegue a recarga,
mas Rêgo defende de novo. Três singelos minutos decorridos e Rêgo já era um
herói! Três minutos depois, surge a primeira jogada lateralizada do FC Porto.
Danilo sobe pelo seu flanco, cruza tenso, mas Jackson e Varela chegam
atrasados.
Esta entrada do FC Porto obriga o
Beira-Mar a fechar-se ainda mais. O FC Porto precisava de lateralizar mais o
seu jogo, mas nem Varela, nem Atsu estavam inspirados. Faltava acutilância e
explosão pelos flancos. O jogo arrefece à espera que o FC Porto encontre forma
de romper a defensiva aveirense.
Dez minutos depois do último
lance de perigo e após uma perda de bola na transição ofensiva aveirense,
Varela tem espaço e rompe pelo corredor direito. Rapidamente, endossa para
James que vai ganhando espaço, aproveitando o arrastar de marcações por parte
de Jackson e dos dois extremos. James aproveita o espaço conquistado e remata
forte. A bola ainda raspa na barra da baliza de Rêgo e perde-se pela linha de
fundo. Um minuto depois, boa tabela entre James e Moutinho pelo centro, mas a
defesa do Beira-Mar consegue cortar o lance.
O Beira-Mar volta a apertar o
torniquete, fecha-se ainda mais e só sai para o ataque por transições laterais
de Rúben e Balboa. É assim que consegue ganhar o seu primeiro canto ao minuto
24, onde vai criar perigo através de Bura. O FC Porto responde usando a mesma
fórmula do último lance de perigo. O Beira-Mar perde a bola na transição
defensiva e Varela, no corredor esquerdo, aproveita para galgar metros. Vê a
desmarcação de Jackson e coloca a bola para a sua entrada. Jackson ganha a
frente do lance e remata, mas Rêgo, que saíra bem a fechar o ângulo, evita o
golo inaugural. Bastava o FC Porto ganhar um pouco mais de velocidade pelos
flancos e o Beira-Mar tremia todo. Ainda assim, o Beira-Mar deixa um último
sinal de perigo. Novo canto conquistado após mais uma transição lateral
aveirense. No canto, novamente Bura a não concretizar a emenda. Foi esta a
contribuição ofensiva do Beira-Mar em todo o jogo: dois cantos com algum
perigo.
A resposta do FC Porto, desta
vez, traria a vantagem no marcador. Bola longa para Atsu que na quina da área a
coloca em Jackson muito marcado pelos dois centrais aveirenses. Jackson,
aproveitando a proximidade de James (e que diferença isso faz no nosso jogo
ofensivo!), coloca de cabeça a bola nos pés do seu 10, que já ganhara posição
na área aveirense. James atrai sobre si as atenções aveirenses e Jackson
aproveita para ganhar uma nesga de terreno no centro da área do Beira-Mar. A
partir daqui é talento refinado. James mete, de primeira, a bola no peito de
Jackson, com um passe picado lateral que é um assombro. Excelente recepção
orientada de Jackson com o peito, colocando a bola a jeito para um pontapé de
moinho. Tudo ao primeiro toque e com uma colocação primorosa. Um grande golo e
um golo mais que merecido.
Dois artistas refinados a trabalharem na povoada
área aveirense, a aproveitarem cada centímetro de espaço conquistado para
debitarem um caudal de talento que é insustentável para os defesas aveirenses.
Seis minutos depois, o FC porto
alarga distâncias no marcador. Mais uma jogada de antologia. Danilo sobe pelo
flanco e obriga Varela a meter por dentro. Danilo percebe a fuga à marcação de
James e coloca-lhe a bola num cruzamento colocado. James, em fracções de
segundo, vê a entrada de Varela e coloca-lhe a bola, de primeira e de cabeça
(!), mesmo a chamar um remate cruzado. Varela não falha e o marcador,
finalmente, começa a ter números justos para o domínio portista. Nova jogada
com tanto talento junto que ultrapassou todo o empenho aveirense em trava-la. A
5 minutos do intervalo, o Beira-Mar fez tudo para não deixar avolumar o
marcador e a primeira parte não teve mais história.
A segunda parte foi mais morna,
mas começa logo com um golo do FC Porto. Boa subida vertical de Defour que
coloca em Varela no flanco direito. Varela não passa à primeira sobre
Joãozinho, mas é feliz e ganha o ressalto. Aproveita para ganhar a linha de
fundo e cruza atrasado. James, com um remate enrolado, atira ao poste. O
ressalto acerta em Nuno Lopes e a bola acaba por entrar na baliza. Duas jogadas
lateralizadas, dois golos. Sintomático.
O jogo manteve-se vivo durante 15
minutos, até que Vítor Pereira troca Atsu por Castro. Certamente, não foi para
guardar a vantagem, mas sim compadecimento com o desgaste aveirense no marcador!
A mudança teve consequências imediatas. James é remetido para o flanco direito
e a criatividade do jogo portista caiu a pique. Velhos hábitos custam mudar!
Pioramos a nossa criatividade pelo centro de terreno e ainda conseguimos piorar
o nosso jogo flanqueado.
É nestes jogos que se ganham equipas. É nestes jogos
que se “casa” o público com a equipa. É nestes jogos que se ganham créditos. É
nestes jogos que se lançam jovens artistas (Kelvin bem merecia) e não
operários. Uma oportunidade perdida em pretenso e imaginário desgaste. Uma
pena!
O jogo cai num marasmo tal que só
a entrada de Iturbe em campo volta a animar as bancadas. Não que a sua produção
no jogo tenha sido enorme, nem podia ser com um meio campo composto por três
jogadores que jogam na mesma posição, mas pelo simples facto de, finalmente!,
jogar.
O jogo, esse, lá se arrastou, nem
o Beira-Mar arrebitava, nem o FC Porto se chegava muito à frente. Jackson
voltou a ser uma ilha isolada, os extremos jogadores esquecidos e o meio campo
do FC Porto uma fúria lutadora pela posse de bola que, depois, não sabia o que
fazer com ela.
Não é, pois, surpreendente que o
FC Porto tenha conseguido dilatar a vantagem, mas só de bola parada. Canto de
Moutinho aos 72 minutos e golpe de cabeça magistral de Maicon.
Para voltar haver futebol restava
esperar pela quebra física aveirense. Aconteceu a 7 minutos do fim e em 7
minutos o FC Porto cria três oportunidades. Primeiro, é Iturbe com um grande
remate fora da área, depois é Danilo com outro remate cheio de colocação a ser
desviado para canto e nesse canto, Maicon atira de cabeça ao lado.
A evidência é colossal. Entra de
tal forma pelos olhos dentro que fere até ao cerebelo. É inegável, irrefutável,
incontestável e indiscutível!
Ainda assim, a
pirueta começou logo a ser montada aos 57 minutos de jogo. Desgaste? Do meio
campo portista? Como?!
Houve desgaste
sim, do meio campo defensivo e da defesa aveirense durante 57 minutos. Depois,
vieram as tréguas. Ulisses respirou de alívio, já não ia levar um saco bem mais
cheio e o desgaste passou para as bancadas com um jogo do qual foi retirado
todo o sal e pimenta.
James a 10 seria a felicidade de
muitos treinadores, excepto de um, ao que parece.
Parece incrível, mas é
verdade. Ontem, lembrei-me de Sir Bobby Robson muitas vezes. O que aquele Homem
não dava para ter naquela zona do terreno “passe precise”.
Ulisses e os seus
jogadores levaram o que contar de 57 minutos de futebol. Houve quem não
percebeu porquê.
O desgaste e o “só pode jogar a
10 contra equipas de menor valor” são só desculpas para a mediocridade.
Desculpas abissalmente delatórias e esfarrapadas.
Análises Individuais:
Helton – Um espectador. Procurou
dar velocidade à saída de bola para apanhar o Beira-Mar em
contrapé.
Danilo – Jogo
bastante sólido. Apetece dizer que foi o seu primeiro jogo no FC Porto
2012/2013. Começou austero, embora tenha criado um lance de perigo com uma
subida sua aos 7 minutos de jogo. Procurou defender e defendeu bem. Só então
tentou subir no ataque. Acaba o jogo por cima, quase a marcar um golo. Está lançado
“o bicho” do flanco direito.
Alex Sandro – Mais
um grande jogo para o baú. Rúben incomodou, mas rapidamente foi anulado. A sua
acutilância ofensiva associada a solidez defensiva já é uma imagem de marca. Grande
lateral esquerdo.
Mangala – Seria
demasiado fácil trucidar a exibição de Mangala. Teve erros, sobretudo no ímpeto
com que entrou às jogadas. Mas esta exibição de Mangala, para mim, foi um
prenúncio de um grande jogador. Estranho? Não é. Alguém se lembra de Pepe e
Maicon nos primeiros tempos? Já nem vou a Jorge Costa ou Fernando Couto que a
memória de alguns já lá não chega. A ânsia de ganhar todos os lances foi a
mesma. O ímpeto de matar todas as jogadas era o mesmo. Eram comboios sem freio.
Mangala vai ter o mesmo crescimento. De resto, velocidade, bola no pé, impulsão
e jogo aéreo…perfeito. Mangala vai aprender a jogar mais com o cérebro que com
a sua imensa massa muscular. Vai porque, não só, tem capacidade para isso, como
também, é esse o processo natural de maturação do jogador.
Maicon – Não há
muito mais a acrescentar. Mais um jogo imperial nas duas áreas. Na sua área e
na área do Beira-Mar. Deu pena que num pontapé seu “para o mato” o público do
Dragão tenha reagido com descontentamento. Querem arte? Peçam James a 10. Ali
não se racha lenha. Derrubam-se árvores. Quem não gosta, feche os olhos.
Defour – Mais um
bom jogo do Belga. Trabalho de formiguinha bem feito, meio campo bem controlado
e desgaste mínimo, atrevo-me a dizê-lo! Continua a dar sinais de evolução. Bons
movimentos verticais com bola e alguns passes bem metidos. Já começa a soltar o
seu jogo.
Moutinho – Fez um
jogo bem mais ao seu nível. Bem sei que ter James à frente ajudou bastante. Os
espaços para progredir com bola, como tão bem sabe, multiplicaram-se. Esteve
precioso na ajuda a Defour e no abafar da saída de bola do Beira-Mar. Se
tivesse jogado Fernando a 6, nem quero imaginar!
James – Que mais
há para dizer? Basta percorrer a história do jogo. Na primeira parte, em 8
jogadas de perigo (incluindo as dos dois golos), o nome James aparece em 6. Penso
que 75% é uma percentagem aceitável. Desgastante, mas aceitável. Na segunda
parte, e antes do prémio que lhe estava guardado ao minuto 57, ainda vai a
tempo de meter um golo. Dos 4 golos, só não participa em um. Novamente, 75% é
uma percentagem aceitável. Desgastante, mas aceitável. A sua colocação no
terreno foi a pior novidade possível para Ulisses Morais, como o minuto em que
James retorna ao flanco a sua maior benesse. O melhor em campo, o melhor do
campeonato ali (nem tem concorrência em abono da verdade, tal é o seu
potencial!) e o resto são tretas!
Varela – O seu
rendimento é incontestável. Um golo, uma assistência e a participação em um par
de lances perigosos na primeira parte. Ainda assim, não foi o extremo vivaço
que já foi e que o FC Porto precisou. O menor rendimento do FC Porto, sobretudo
no segundo quarto de hora na primeira parte, foi muito devido a um défice de
participação no jogo de Varela e Atsu. Não só défice quantitativo, mas também
qualitativo. A excepção é o lance em que desmarca Jackson aos 25 minutos.
Esperemos que seja o primeiro passo para voltar haver Varela.
Atsu – Foi a
unidade de menor rendimento. Muito perdido e alheado do jogo, nunca encontrou
espaço e tempo para meter a sua qualidade em jogo. É um jogador em processo de
crescimento que ainda tem dificuldade em assumir o jogo no FC Porto.
Jackson – O golo
falhado em Zagreb já teve a sua consequência. O golo de ontem de Jackson é de
quem já percebeu que cá não tem tempo para parar uma bola. Ainda Bura estava a
pensar como fazer-se à bola, já Jackson montara o seu pontapé de moinho. Muito
bem! Execução técnica só ao alcance de muito poucos. Nem me refiro só ao
remate, mas a recepção orientada a levar a bola para o melhor pé e a atingir o
final da sua rotação. Isso é talento. Não se ensina. Com James a 10, foi um
ponta-de-lança alegre. Teve acompanhamento e não via o seu meio campo lá ao
fundo, como passou a ver a partir do minuto 57.
Falcao é um
ponta-de-lança de golo. Tudo o que faz é em função do golo. Se não o aproxima
mais do golo, ou se não aproxima a equipa mais do golo, não lhe interessa.
Jackson gosta demais de bola para se fixar só no golo. Vai evoluir nesse
sentido. Já percebeu que não tem tempo para florear e que tem que mostrar toda
a sua qualidade de forma fulminante. Sem dar tempo de reacção a quem tem missão
de o travar. Já está mais perto de ser o grande ponta-de-lança que pode ser.
Tem tudo, até um jogo aéreo de respeito.
Castro – Entrou
bem no jogo, mesmo no seu estilo operário. A equipa não beneficiou com a sua
entrada, mas isso não é culpa sua. Notou-se que procurou jogar mais futebol e
não só meter entrega e raça no jogo.
Iturbe – Uma
entrada cheia de vontade. Aquele remate ao minuto 84 deixa água na boca.
Precisa de mais momentos destes para crescer no FC Porto. Ele e Kelvin!
Kléber – Não
deixou a sua marca no jogo. Não esteve inspirado, mas também é verdade que
quando entrou já Vítor Pereira tinha inventado a teoria do desgaste e retirado
James de 10. Da mesma fora que Jackson desapareceu do jogo após essa mudança
táctica, Kléber nem apareceu.
FICHA DE JOGO:
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 28.609 espectadores
Árbitro: Manuel Mota (Braga)
Assistentes: Bruno Trindade e João Loureiro Dias
FC PORTO: Helton (cap.); Danilo, Maicon, Mangala e Alex Sandro; Defour, João Moutinho e James; Varela, Jackson Martínez e Atsu
Substituições: Atsu por Castro (57m), Varela por Iturbe (63m) e Jackson Martínez por Kleber (74m)
Não utilizados: Fabiano, Miguel Lopes, Abdoulaye e Kelvin
Treinador: Vítor Pereira
BEIRA-MAR: Rui Rego; Nuno Lopes, Hugo (cap.), Bura e Joãozinho; Sasso, Fleurival e Cédric Collet; Rúben, Balboa e Nildo
Substituições: Cédric Collet por Abel Camará (46m), Rúben por André Sousa (63m) e Nildo por Jaime (77m)
Não utilizados: Jonas, Serginho, Saleh e Hélder Lopes
Treinador: Ulisses Morais
Marcadores: Jackson (32m), Varela (38m), James (47m) e Maicon (71m)
Cartões amarelos: Sasso (81m) e Mangala (83m)
O que disseram os intervenientes:
Vítor Pereira:
“Vamos continuar a fazer golos sem o Hulk”
A goleada satisfez Vítor Pereira. E a exibição de James também. Mas o treinador do FC Porto já vai adiantando que não está “inclinado” para mexer na consistência do triângulo do meio-campo só para satisfazer aqueles que acreditam que o colombiano rende mais a “10”. Na conferência que sucedeu à vitória sobre o Beira-Mar, o técnico aproveitou também para colocar uma pedra sobre a saída de Hulk.
Mudança de “chip”
“Depois de um jogo europeu, com a exigência da Champions, a transição para o campeonato exige sempre mudança de “chip”, o que acarreta algumas dificuldades. A mensagem que passei foi precisamente com o objectivo de transmitir isso mesmo, porque as decisões de títulos acontecem, por vezes, em jogos como este.”
Satisfeito
“Insistindo, acabámos por encontrar os espaços e fizemos 2-0 na primeira parte. Na segunda, resolvemos o jogo com mais dois golos. Estou satisfeito com o comportamento da equipa.”
Muito talento
“Espero que nas conferências de imprensa não me andem a falar do Hulk por muito mais tempo, apesar de gostar muito dele e de lhe estar agradecido por tudo aquilo que deu ao FC Porto. Ele tem qualidades muito próprias, mas a equipa tem muitos jogadores com talento. Vamos continuar a fazer golos. Hoje fizemos quatro e podíamos ter feito mais um ou outro. Hoje, sem o Hulk, o Otamendi, o Lucho e o Fernando, a equipa acabou por encontrar uma dinâmica muito própria, que resultou numa vitória por 4-0.”
James na ala
“Esta equipa está extremamente rotinada numa dinâmica com um triângulo aberto no meio-campo. O coração de uma equipa é a dinâmica dos três homens do meio. Sinceramente, acredito que o James, dando-lhe a oportunidade de ser poupado aos processos defensivos, pode dar mais à equipa. Temos maior consistência com ele nas alas e confesso que não estou muito inclinado para mexer na qualidade do miolo do FC Porto para satisfazer aqueles que acham que o James renderá mais na posição 10.”
Jackson Martinez:
"Foi uma tabelinha com James, com a bola nas alturas, e felizmente
deu-me a
oportunidade de finalizar. Temos um bom
conjunto, que joga coletivamente, e isso dá-te sempre hipóteses de
aparecer em termos
individuais"
Sobre as ausências de Lucho, Fernando e Otamendí: "São jogadores importantes, que fazem falta à equipa, mas temos elementos capazes de suprir qualquer ausência e hoje foi a oportunidade para outros companheiros poderem aparecer".
Quanto ao entendimento com James, que jogou muito tempo nas suas costas: "Sim, correu tudo bem com James. Para mim é melhor tê-lo mais perto do meio", concluiu.
Sobre as ausências de Lucho, Fernando e Otamendí: "São jogadores importantes, que fazem falta à equipa, mas temos elementos capazes de suprir qualquer ausência e hoje foi a oportunidade para outros companheiros poderem aparecer".
Quanto ao entendimento com James, que jogou muito tempo nas suas costas: "Sim, correu tudo bem com James. Para mim é melhor tê-lo mais perto do meio", concluiu.
Varela:
"Estou satisfeito
com a exibição da equipa, foi um excelente jogo e
um excelente resultado. Hulk? Penso que o F.C. Porto consegue sempre,
de
alguma forma, manter um grande nível mesmo
quando jogadores saem. Hulk é um grande jogador, uma grande pessoa mas a
equipa
segue o seu caminho. Eu só tenho de fazer o meu
trabalho diário e ajudar a equipa ao máximo."
Castro:
"Fico
muito satisfeito com esta vitória, defrontámos
uma grande equipa mas desde o início do jogo tivemos a postura correta,
ou
seja, de forma séria e tentando jogar o nosso
futebol. Conseguimos fazer dois golos na primeira parte e depois tudo
correu
bem, fizemos uma grande exibição. Quero
agradecer também aos adeptos que nos apoiaram."
Ficou satisfeito por jogar?
Ficou satisfeito por jogar?
"Todos os jogadores que estão no plantel merecem
oportunidades, o treinador está a fazer a sua rotatividade e penso que
está
a fazer muito bem. Quem jogar, tem de dar sempre
o seu máximo e considerar isso como uma oportunidade. Todos estão
preparados
para jogar. Penso que tenho espaço e acredito
que posso fazer vários jogos esta época. Trabalho para ser titular, como
os
meus colegas, confio em mim e vou dar sempre o
meu máximo para conseguir o que quero. Muitos jovens em campo? Penso que
é
um bom sinal, é sinal que os jogadores jovens
são isso mesmo, jovens, mas não são imaturos."
Por: Breogán
3 comentários:
Ontem existiram dois jogos num.
- 1º jogo, mágico, divinal, talento à solta a jogar e a fazer jogar, até aos 57m.
- 2º jogo, O Porto do costume, à procura de rasgos individuais, sem magia, sem golpes, sem imprevisibilidade, depois dos 57m.
E foi bom ver um James a defender atrás, a dobrar até o lateral esquerdo, afinal ele sabe defender, ao contrário do que o treinador pensa, se é que pensa mesmo o que disse, ele é mesmo jogador para todos os jogos, ALI!
Foi notório até para um ceguinho.
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2012/09/deco-volta-apos-11-jogos-participa-dos-gols-do-flu-e-recebe-elogios.html
Que GRANDE jogador!
Muito boa cronica.
Claro que o James não é um extremo mas relativamente a isso subscrevo esta apreciação:
"Continuo a achar que James não é e jamais será um 10 puro. Já disse e reafirmo, James é uma espécie de... Messi! Ou seja não é extremo, não é centro-avante, não é um 10, é um rebelde que gosta de jogar no ultimo terço do campo. E depois há outro pormenor que se calhar não se notou muito por ser o Beira-Mar mas que foi focado pelo Vitor Pereira; com James no vertice do triangulo e apenas dois médios a compensar subidas laterais, a equipa fica bastante desequilibrada e, ontem vimos situações de contra-ataque onde os adversários eram em igual ou superior numero aos nossos defensores!!!! "
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