O sonho acabou na meia-final, uma vez que a nossa equipa saiu derrotada no confronto perante o Partizan por 27-25.
Um desaire que comprometeu a entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões, cabendo agora lutar pelo terceiro lugar, defrontando neste domingo o HC Lovcen.
Foi um encontro bastante equilibrado e o vencedor acabou por ser definido nos últimos minutos da partida, apesar do Partizan ser sido superior em grande parte dos segundos 30 minutos, o FC Porto numa altura onde perdia por quatro golos (19-15) ainda conseguiu recuperar e até igualar o marcador, no entanto as falhas técnicas surgiram em força e sobretudo nos momentos cruciais,curiosamente os dragões nunca conseguiram vantagem quando estavam em superioridade numérica.
Outra das alterações bem evidentes na nossa equipa foi a forma como ela jogou no ataque, abdicando das habituais transições e reposições rápidas de bola, para um ataque mais pausado, maiores cruzamentos lateral/lateral e curiosamente sempre que a equipa acelerava o jogo, eram os momentos onde falhava mais, ou através de falhas técnicas, ou por remates travados pelo guardião Radovanovic, que foi uma das figuras do Partizan juntamente com o ponta Kostadinovic e o pivot Milosevic.
No FC Porto, tanto Filipe Mota como Pedro Spínola estiveram muito bem no primeiro tempo, não dando continuidade na segunda metade e assim ao longos do 60 minutos o capitão Ricardo Moreira acabaria por ser o elemento em maior destaque, mas insuficiente para levar o FC Porto à final e assim discutir a entrada na Liga dos Campeões, uma situação que já vai no quarto ano consecutivo...
ANÁLISES INDIVIDUAIS:
Hugo Laurentino - Não esteve nas suas grandes tardes, mas diga-se que muitas das vezes o adversário surgia aos seis metros sem qualquer oposição.
Elias Nogueira - Esta é uma posição que preocupa, uma vez que tanto Elias como Jacob (João Ramos) são jogadores com boa margem de progressão, no entanto poderá ser curto em jogos equilibrados como este. Defensivamente teve duas falhas que deram dois golos ao Partizan e no ataque marcou um golo mas voltou a cometer uma falha técnica muito habitual no seu jogo, que passa por não agarrar a bola (tem resina a mais ou a menos nas mãos...) quando tem espaço para entrar pela ponta.
Gilberto Duarte - O FC Porto necessitaria de um Gilberto ao seu melhor nível, mas isso não se verificou infelizmente. Por vezes é muito precipitado no ataque!
Wilson Davyes - Marcou um golaço e fez um par de assistências, mas esteve um pouco aquém do esperado.
Pedro Spínola - Um dos melhores ao longo da primeira parte, conseguindo furar a defesa contrária através de remates na zona dos nove metros.
Ricardo Moreira - É certo que desperdiçou um livre de sete metros numa altura crucial do jogo, mas também é verdade que foi dos melhores e conseguiu ser dos poucos jogadores a ter frieza na altura do remate.
Daymaro Salina - Não teve muito tempo de jogo, mas mesmo assim defensivamente não esteve mal e no ataque desta feita só desperdiçou um remate. Quando está de frente para o guarda-redes, grande parte das ocasiões faz remate picado.
Alfredo Quintana - No período de recuperação do FC Porto na segunda parte o cubano fechou e bem a baliza. No golo que sentencia o jogo, Quintana encontra-se mal colocado.
João Ferraz - Excelente reforço e vai crescer bastante ao longo da época. Marcou quatro golos de grande execução técnica, sendo três deles através de remates em apoio ao ângulo superior direito do guardião contrário.
Filipe Mota - Juntamente com Spínola esteve tremendo na primeira parte, mas caiu muito de rendimento no segundo tempo.
Hugo Rosário - Acabou por ser expulso (vermelho direto), colocou em perigo a integridade física do adversário, quando o jogador estava em suspensão.
Por: Dragão Orgulhoso
1 comentário:
Excelente análise.
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