O FC Porto visitou e ganhou com grande diferença o Turquel
na 27ª jornada do campeonato, numa deslocação que se previa difícil e que os
nossos jogadores souberem tornar fácil. Mantemos-nos em 1º lugar e estamos cada
vez mais perto de reconquistarmos aquilo que nunca nos deviam ter tirado.
Com o habitual 5 base a iniciar o jogo, o Porto entrou
decidido a garantir vantagem desde muito cedo. Foi um começo impressionante,
pressão sufocante na saída do Turquel, nunca os deixando jogar à vontade.
No ataque igual. Patinagem a 1000 à hora, saídas rápidas sobretudo pelos 2
jogadores mais ofensivos que não tinham receio de atacar de imediato a baliza
adversária. O Turquel, que em casa é um adversário dificil tentava responder na
mesma moeda, com pressão e saídas rápidas.
Estava um jogo bonito, com oportunidades para ambos os
lados, embora com ascendente portista. Edo Bosch respondia com eficácia e na
baliza adversária igual.
Esperava-se que a nossa maior qualidade e domínio que
começávamos a exercer tivesse resultados práticos. Foi o que aconteceu à
passagem dos 8 minutos. Remate de Ricardo Barreiros, defesa do guardião e, na
recarga Jorge Silva a inaugurar o marcador. Justo, talvez até escasso.
O estilo de jogo não se alterava, mas o domínio dos atletas
de Tó Neves era cada vez mais evidente. Por isso, foi sem surpresa que passados
poucos minutos aumentamos a vantagem. O cronómetro indicava 11 minutos e Pedro
Moreira num ataque rápido, como muitos nesta fase, conseguiu desfeitear o
guarda-redes do Turquel.
Tó Neves, talvez pela importância do jogo, começou a já
habitual rotação a meio de cada parte de uma forma diferente. primeiro apenas
Caio entrou e alguns minutos depois Hélder Nunes.
Foi precisamente Caio, que aumentou ainda mais o score a 9
minutos do intervalo. Grande remate ao ângulo e golo. Está numa boa fase o nº 8
portista.
A nossa equipa insistia em não baixar o ritmo, a pressão
continuava infernal e as oportunidades sucediam-se. Tivemos um contra-ataque em
que rematamos umas 4 ou 5 vezes sem atingir o pretendido.
Aos 21 minutos de jogo, penalti para a equipa visitada e
cartão azul para Reinaldo, talvez por protestos. O Turquel falhou, mas nos 2
minutos seguintes, com o adversário em power-play passamos por alguns sustos.
Bolas ao poste da baliza de Edo nesses minutos foram 3. Estrelinha de campeão
neste período.
Felizmente não sofremos e ao intervalo o marcador mostrava
uma vantagem de 3 golos para a nossa equipa.
O recomeço do jogo foi excelente para nós. Nem 30 segundos
de jogo e já Ricardo Barreiros marcava o 4º golo da equipa.
Ainda sofreríamos um golo (4 minutos), mas nem deu para
assustar pois o inspirado Jorge Silva voltou a marcar pouco depois numa jogada
de envolvimento por trás da baliza com Reinaldo Ventura a assistir para golo.
A equipa, inteligentemente, preocupa-se mais em pausar o
jogo. A vantagem era confortável e não valia a pena correr o risco de sermos
apanhados em contra-pé. Mesmo com este diminuir de ritmo, éramos nós que
criávamos mais perigo. Caio, por exemplo, falhou um livre directo numa altura
em que o perigo quase só rondava a baliza adversária, sobretudo nos 2 minutos
que tivemos vantagem numérica.
O jogo decorria como previsto, sem sobressaltos de maior e a
6 minutos do fim Hélder Nunes deu ainda mais tranquilidade. Foi um golaço, em
que o jovem craque mostrou muita capacidade técnica. Está um jogador de nível e
tem apenas 19 anos, pelo que poderemos contar com muitas alegrias do benjamim
desta equipa.
Faltavam apenas 8 segundos para o apito final, quando o MVP
deste encontro Jorge Silva fechou o marcador. Vitória por 7 - 1 num campo
extremamente difícil.
Arbitragem com uma ou outra falha, mas sinceramente bem
melhor do que julgava que esta dupla faria.
Na próxima jornada receberemos o nosso tão odiado regime e
podemos ter a vingança perfeita em caso de vitória. Está perto.
Antes ainda, um encontro muito importante para os quartos de
final da Liga dos Campeões.
No próximo fim-de-semana recebemos o Réus e
trazemos um golo de desvantagem. É perfeitamente possível ultrapassá-los e será
importante o nosso apoio. Lutamos por conquistar de novo este título há muitos
anos e há a hipótese de a final-four ser em nossa casa. É uma oportunidade
fantástica, mas antes de pensar nisso teremos de ultrapassar esta etapa.
Equipa e marcadores:
Cinco Inicial: Edo Bosch (g.r.), Pedro Moreira (1), Reinaldo Ventura, Ricardo Barreiros (1) e Jorge Silva (3)
Jogaram ainda: Caio (1) e Hélder Nunes (1).
Por: Paulinho Santos
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