sábado, 18 de maio de 2013

FC Porto 26 - 23 Bombo da Festa - SOMOS PENTACAMPEÕES




O nosso clube sagrou-se hoje pentacampeão em andebol, depois de derrotar o nosso bombo da festa favorito. E que vitória foi meus amigos!!!



É dificil fazer um texto sobre um jogo que vivemos com o coração a mil, em que as emoções são muitas. Falar sobre o jogo vai ser dificil, sobre o que senti nem vou tentar, não é preciso, de certeza que cada portista sentiu o mesmo. Mas vamos lá...

Comecemos pelo local. Um Dragãozinho completamente cheio para apoiar os nossos atletas. As claques no topo Norte e em forma, sempre a cantar. As restantes a acompanhar os cânticos e a vibrar igualmente. Lugares vagos? Nenhum.

O jogo inicia-se já com um ambiente "à Porto". Apaixonado, vibrante e de apoio fervoroso.

A nossa equipa entrou em campo com o 7 mais habitual esta época. A nossa defesa apresentava-se neste inicio em 6*0, muito compacta e agressiva. No ataque enfrentávamos ainda mais agressividade, muitas vezes a roçar a violência.

Os primeiros cinco minutos foram equilibrados, ora marcas tu, ora marco eu. Eles marcaram, Ricardo Moreira fez o mesmo. Novo golo contra e Gilberto marcou. Destaque para uma falta de Álvaro Rodrigues. Como referimos antes, a agressividade deles por vezes ultrapassou os limites. Uma "braçada" no pescoço de Spínola. Certo que levou 2 minutos, mas já vi vermelhos por isto. Talvez por estarmos ainda no início do jogo isso não aconteceu.

A jogar com mais 1 não aproveitamos. Continuamos a consentir que eles marcassem, chegammos a ficar com 2 golos de desvantagem (3 - 5). Curiosamente, quando a equipa deles voltou a ficar completa e nós estivemos em desvantagem numérica,  empatamos e até passamos para a frente com um golo de Pedro Spínola e depois de Ricardo Moreira (grande inicio).

O jogo continuou renhido, vantagens superiores a 1 golo foram raras. Temos de reconhecer o mérito deles nesta altura. Têm bons jogadores. Não é de admirar, muitos deles já cá jogaram.

Falhamos algumas oportunidades. Remates ao poste neste período foram umas duas ou três (aquele clube e as bolas ao poste!). Eles também falharam. E aí mérito, muito mérito para Laurentino. Num curto espaço de tempo fez 3 defesas fenomenais a remates aos 6 metros. É um guarda-redes de excelência e teve um ano em grande.

A meio da 1ª parte a vantagem era nossa (7-6). Lutáva-se muito, Wilson teve períodos com marcação individual que combateu ferozmente, Tiago Rocha era um guerreiro a combater a feroz marcação que tinha. Gilberto Duarte tentava, nunca desistia, mas teve algum azar, falhou alguns remates.

À passagem dos 20 minutos, estávamos em desvantagem, mas sem nunca permitirmos que eles se distanciassem.

Ao intervalo mantinha-se essa desvantagem (12 - 13). Ainda iríamos iniciar a segunda parte com menos 1 jogador, devido a exclusão de Daymaro. Mas nada de pânico, tinhamos tempo e talento para dar a volta. Destaques individuais terão de ir para Ricardo Moreira com 6 golos e para laurentino com uma mão cheia de defesas.



Reinício do jogo. Obradovic além de, como habitual, ter trocado de guarda-redes colocou João Ferraz em campo. Wilson continuava com marcação individual.

Foi um grande recomeço. Ainda antes dos 3 minutos já tínhamos recuperado e, mais que isso, já tínhamos vantagem (15 - 14). Conseguem adivinhar quem marcou 2 desses golos? Ricardo Moreira claro.

A nossa equipa estava agora por cima. Conseguíamos boas oportunidades para finalizar e quando ela não surgia, a capacidade dos nossos jogadores resolvia. O nosso 17º golo é exemplo disso. Muito apertado, com pouco ângulo, Wilson remata e a bola entra pelo único sitio possivel. Golaço... Marcou mais assim, foi uma 2ª parte de alto nível.

Ainda antes dos 10 minutos conseguimos pela 1ª vez uma vantagem de 2 golos, num contra ataque finalizado por Gilberto Duarte.

O pavilhão estava ao rubro. Já não eram apenas os 7 em campo a lutar. Os adeptos viviam cada jogada com intensidade. Cada defesa de Quintana era festejado, cada golo nosso era vivido com a garra que só o Porto nos transmite.

O adversário ainda conseguiu chegar a uma igualdade sensivelmente a meio da 2ª parte. Felizmente durou pouco essa aproximação. Wilson com 2 golos seguidos voltou a colocar a vantagem no que já havíamos conseguido (22 - 20).

Faltavam 10 minutos e sentia-se que além da vitória, ainda podíamos conseguir resolver já hoje. Relembro que teríamos de ganhar por 3 golos, sendo que desde que sofressemos menos de 28 golos, apenas 2 de vantagem chegavam.

Os atletas sabiam que era possivel e essa ansiedade notou-se. Estivemos uns largos minutos sem marcar. Também não sofremos, verdade seja dita. Aos 24 minutos o resultado mantinha-se nos 22 - 20.

Quebrámos esse bloqueio por Ricardo Moreira num livre de 7 metros a punir uma falta sobre o nosso pivot. Além disso, essa falta era merecedora de exclusão que a dupla de árbitros assinalou de imediato.

Com mais um em campo, com Quintana a defender ao seu nivel e a parar um remate forte aos 9 metros tivemos a oportunidade que tanto queríamos. Já faltavam menos de 5 minutos e pela 1ª vez conseguimos os tão ansiados 3 golos de diferença. O marcador não podia ser outro senão Wilson.

Ainda sofremos a seguir novo golo, mas uma acção defensiva e consequente contra-ataque de Spinola voltava a colocar tudo em 3 golos.




Depois o já habitual momento Quintana. Temos 2 grandes guarda redes e muito lhes devemos estas alegrias. Com 3 golos de vantagem e com pouco mais de 2 minutos e meio para jogar, livre de 7 metros para eles. Quintana defendeu e o Dragãozinho explodiu de felicidade.

No ataque seguinte Elias António colocou-nos a vencer por 4, numa já tradicional movimentação de fugir da ponta para o centro para concretizar aos 6 metros. Já não ia escapar, era hoje que nos sagrávamos PENTACAMPEÔES.

Faltava 1 minuto e meio e eles voltavam a falhar frente a Quintana. Estava feito. Tudo de pé, era hora de celebrar. Ainda deu tempo de ver Quintana num ataque. Já valia tudo.

Apito final. Pela primeira vez na nossa história conseguimos 5 campeonatos consecutivos. E conquistado frente àqueles que mais gozo dá vencer. A eles uma palavra. Adoramos vencer-vos, são o nosso bombo da festa preferencial.

Fantástico e merecido, muito merecido. 

A partir daqui apenas espaço para saborear a festa. Alguns adeptos emocionados, champagne aberto, muitos cânticos, Pinto da Costa saudado e emocionado.

Tal como foi toda a época, a cumplicidade entre adeptos e equipa era total. Cantaram e fizeram a coreografia do "Mágico Porto" com os adeptos, bateram palmas, abraçaram. Enfim, a alegria de quem lutou um ano inteiro para viver este momento, a honra de levar este emblema que adoramos ao topo de novo.

Como adepto, posso dizer que para mim é um orgulho ver estes Homens a defender a nossa equipa. São uma equipa fantástica, uma equipa técnica de sonho e todos com uma mentalidade vencedora que chega a ser comovente.



A todos eles o nosso OBRIGADO. Obrigado mister Obradovic (um mago) e Ricardo Costa, obrigado nossos jogadores/guerreiros. Agora disfrutem o sucesso, vocês merecem tudo. Um agradecimento também ao Sr. José Magalhães e restante direcção.

Voltamos a ver-nos na luta para o Hexa. Vocês em campo e nós na bancada a lutar convosco iremos conseguir.


Equipa e marcadores:

FC PORTO VITALIS: Hugo Laurentino e Alfredo Quintana (g.r.); Gilberto Duarte (3), Tiago Rocha (1), Ricardo Moreira (cap., 10), Elias Nogueira (1), Daymaro Salina, Wilson Davyes (7),Pedro Spínola (2), Filipe Mota, João Ferraz (2) e Hugo Rosário
Treinador: Ljubomir Obradovic


Por: Paulinho Santos

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