segunda-feira, 20 de maio de 2013

Paços Ferreira 0 - 2 FC Porto: TRI CAMPEÕES!!!










Tri Campeões!!! Um campeonato saboroso, delicioso e que será eternamente recordado. Um campeonato onde se fez das tripas coração, onde se teve que saber sofrer, às vezes até duvidar, mas sempre manter a pressão, porque só os fracos desistem.





Depois, lá dizia Pedroto, há quem tenha estofo de campeão e há quem não o tenha. Há quem goste de patinagem artística e há quem se humilde para ganhar. E isto, por mais que se tente esconder, é a nossa força.

Quanto ao jogo, hoje não é dia para análises de profundidade. Ganhamos, é o que interessa. A vitória do nosso contentamento, da nossa qualidade e do nosso estofo!

Foram três jornadas finais épica.

Centrando, de novo, no jogo, Vítor Pereira apresentou o seu onze de eleição, com a excepção de Fernando que estava castigado (e lesionado). Defour assume a posição de Fernando no onze.

O FC Porto entra forte no jogo, embora algo ansioso. Normal. Havia um título para garantir.

Logo aos 7 minutos, grande centro de Varela da esquerda e Lucho a aparecer no segundo poste. O remate sai de primeira, mas às malhas laterais. Aos 21 minutos, novo remate de Lucho, desta vez, de ressaca e a rasar a barra, após novo centro de Varela da esquerda e corte da defesa do Paços de Ferreira para fora da área.

Um minuto depois, penalti para o FC Porto e expulsão para o jogador do Paços de Ferreira. Erro de Luiz Carlos e James a aproveitar para isolar-se em direcção da baliza do Paços de Ferreira. Depois, foi Deus a escrever direito por linhas tortas. Num campeonato onde até roubos de Capela existiram, a divina providência encarregou-se de tentar remediar tamanhas profanações. Mas sosseguem lá o ímpeto. Primeiro, foi falta. Limpinha! Segundo, é expulsão, pois James ia isolado para a baliza e em zona frontal. Limpinho! Terceiro, a falta começa fora da área. Ficamos por dois limpinhos. Mas nem isto chega para a cova de um dente dos roubos à Capela.

Lucho avança para a marcação e dá início a um terramoto. A festa explode em Paços de Ferreira (e por todo o País e mais além) e a depressão toma parte nos lados mais vermelhos da segunda circular. É de tal forma a depressão que até o Moreirense se adianta no marcador. Estofo!

O FC Porto adormece um pouco no jogo. Só aos 33 minutos, Moutinho remata de longe e a bola passa perto da barra. Aos 40 minutos, Varela quase cheira o golo a passe de James, valeu um corte no último momento ao Paços de Ferreira.

Chegávamos ao intervalo com o nosso dever cumprido, seguros no jogo e tranquilos com as notícias que vinham de Lisboa. Faltava só a estocada final.








O intervalo trás um FC Porto decidido a ganhar a tranquilidade o mais breve possível. Logo aos 47 minutos, após trabalho brilhante de Varela, Jackson cabeceia para golo, mas Cássio faz a defesa da tarde. Na resposta, o Paços de Ferreira assusta por Christian, mas o cabeceamento sai por cima do travessão.





O golo da tranquilidade estava logo ali. Aos 51 minutos, livre a favor do FC Porto no flanco esquerdo. Golo de craque.

A bola é centrada para a área, mas a defensiva do Paços de Ferreira corta para a zona frontal. Lucho é agressivo sobre a bola e volta a colocar a bola na área de cabeça. Jackson antecipa-se à marcação, mata no peito e de costas para a baliza. Na rotação, mete abola, de primeira, ao poste mais distante de Cássio. Que bela despedida dos golos nesta temporada.

O jogo arrefece e já cheira a campeão. Até que, Danilo é expulso, aos 56 minutos, e volta a nivelar o jogo. O Paços de Ferreira anima, mas o FC Porto não deixa que entusiasmo seja em demasia. O Paços de Ferreira só criará perigo, uma única vez, e após bola parada. Aos 66 minutos, Vítor cruza para a área e Cohene cabeceia ao lado.


A partir daqui, só dá FC Porto e entram em acção os ferros da baliza do Paços de Ferreira. Logo aos 69 minutos, o FC Porto responde com um remate estrondoso, do meio da rua, de Lucho ao poste. Na recarga, Varela atira às malhas laterais.

O jogo já é de festa e nem o estrebuchar na segunda circular estraga o ambiente. A festa segue no conforto do 0-2 no marcador. Até que, aos 89 minutos, a um brinde aos adeptos. Grande passe picado de Alex Sandro para a entrada de Jackson, que já foge à marcação. A recepção é de craque e o chapéu sai de imediato. Cássio batido, o esforço de Cohene de nada vale, e só a trave impede uma despedida em grande desta época memorável.

Mais três minutos e éramos TRI CAMPEÕES!!!

Sou grato e, como tal, agradeço esta alegria a quem foi competente e soube manter o clube no trilho da vitória, mesmo quando a esperança era demasiado escassa. É uma alegria tremenda. Vitória MUITO saborosa. Um título que sabe a algo diferente. Ganho à unha e na última gota de suor.

Para além daqueles que hoje trabalham para construir estas vitórias, recordo a memória de Pedroto, Teles Roxe, Pôncio Monteiro e Costa Soares. E nestas quatro personalidades, todos aqueles que ajudaram a construir este FC Porto. A todos, um bem-haja!

Por fim, vou mais longe que o Paulinho Santos. Ele agradeceu o festejo alheio ao nosso título aquando do jogo contra o Marítimo. Eu, mantendo-me fiel à minha promessa (AQUI), agradeço às esganiçadas (e esganiçados) que estavam nas bancadas da Choupana a gritar pelo nome de outro clube. Bem feito! Guincham que se fartam, mas…

TRI CAMPEÕES!!! TRI CAMPEÕES!!! TRI CAMPEÕES!!! TRI CAMPEÕES!!!


Análises Individuais:

Helton – Espectador privilegiado do jogo do título. O Paços de Ferreira nem arranhou.

Danilo – Jogo meio estranho, onde não manteve a bitola que vinha tendo nos últimos jogos. A expulsão é justa e patética. Deveria ter mais autocontrolo.

Alex Sandro – Fez um jogo em crescendo, mas não teve tão sólido a defender como é seu timbre. Excelente abertura para um golo de bandeira de Jackson que seria negado pela trave.

Otamendi – Verdadeiramente autoritário e eficiente no corte.

Mangala – Algo ansioso e trapalhão num ou outro lance. De resto, agressivo e rápido sobre os avançados centro do Paços de Ferreira.

Defour – Deu tudo o que tinha para cumprir o papel de Fernando. Não teve capacidade de empurrar a equipa para a frente e, como consequência, James e Moutinho tinham que vir muito atrás pegar no jogo. Quando passou para lateral, melhorou o seu desempenho.

Moutinho – Jogo de grande intensidade e sempre no comando das operações a meio campo. Na primeira parte, foi o principal motor ofensivo do FC Porto.

Lucho – Mais um grande jogo, sempre disponível e capaz de criar perigo. O poste negou-lhe um golo, mas marcou o mais importante. Frio no penalti, deu tranquilidade ao FC Porto. À comandante.

James – Está notoriamente nas lonas e só se viu no lance em que aproveita o erro de Luíz Carlos para atacar a baliza do Paços e sofrer o penalti. De resto, pouco mais fez.

Varela – Época desconcertante. Leva a época quase toda a jogar abaixo de mau. Na recta final, é decisivo e constrói um volume de jogo tremendo. Sai como o melhor em campo e foi o flanqueador no ataque final ao título que nos faltou a temporada inteira.

Jackson – Também está em sofrimento e isso tem-se vindo a notar nos últimos jogos. Deu tudo o que tinha e já pouca gasolina restava no depósito. Ainda assim, marca um golão que tranquiliza a equipa e só não marca outro “monumento” porque a trave estava lá para estragar o momento.


Castro – Trouxe folia, alegria e raça de campeão. Voltou a mostrar conforto com a bola e futebol de bom nível. Merece mais minutos.

Kelvin – O ás de trunfo entrou para as palmas. Entusiasmado, mexeu com o jogo e quase marcou.

Liedson – Mais uns minutos e tempo demais com microfone à frente. Ser campeão não é para todos.



FICHA DE JOGO

Paços de Ferreira-FC Porto, 0-2
Liga portuguesa, 30.ª jornada
19 de Maio de 2013
Estádio da Capital do Móvel, em Paços de Ferreira

Árbitro: Hugo Miguel (Lisboa)
Assistentes: Nuno Pereira e Hernâni Fernandes
Quarto árbitro: Jorge Ferreira

PAÇOS DE FERREIRA: Cássio; Tony, Ricardo, Tiago Valente e Diogo Figueiras; André Leão, Luiz Carlos e Vítor; Manuel José (cap.), Poulsen e Josué
Substituições: Poulsen por Cohene (24m), Manuel José por Christian (intervalo) e Vítor por Hurtado (74m)
Não utilizados: António Filipe, Caetano, Nuno Santos e Filipe Anunciação
Treinador: Paulo Fonseca

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Defour, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson Martínez e Varela
Substituições: Defour por Castro (78m), James por Kelvin (82m) e Varela por Liedson (89m)
Não utilizados: Fabiano, Izmaylov, Abdoulaye e Sebá
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Lucho (23m, pen.) e Jackson (52m)
Cartões amarelos: Danilo (17m e 56m) e André Leão (78m)
Cartões vermelhos: Ricardo (22m) e Danilo (56m, por acumulação de amarelos)


Por: Breogán

3 comentários:

JOker disse...

CAMPEÕEEEEEEESSSSSSS!!!!!

Douro disse...

Grande CAMPEÃO.

Parabéns a toda a gente deste Blogue e muito especialmente ao BREOGAN um grande portista e um homem que sabe e muito de futebol.

Alguém que o indique À NOSSA SAD, sobretudo ao Presidente.

Sem desprimor para ninguém porque repito tudo tem qualidade neste blogue mas também gosto das cronicas do Dragão Orgulhoso.

Anónimo disse...

Que alegria!
Parabéns a todos os portistas.

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