Estava-se em duas alas
No perfil do combate
Preparados ao embate
Dando o peito às balas!
Qu’os Mouros festejavam
Como vitória garantida
Batalha de morte ou vida
Nessa Ourique, se finaram…
Não contavam c’o Milagre
Contr’a soberba, os agouros
Onde o Santo Matamouros
Anunciou, com destaque:
Se na tua fé confiares
S’a verdade edificares
Não há capelas, altares
Que t’impeçam de sonhares!
E D. Afonso prostrado
Pleno de fé, d’emoção
Ali forjou a Nação
Do Portucale sonhado!
A batalha dura um dia
Nessa arena natural
Pó, sangue, na cor estival
Choque, morte, gritaria!
E quando a refrega acaba
Nota-se um silêncio pesado
Nem Jesus, o crucificado
Ou Allah c’a sua aljava!
Apenas um monte de penas
Invade esse campo de morte
Milhafres voam em desnorte
Pagagaios sem cantilenas!
Tudo está quedo, morto
Num cheiro aberto, putrefacto
Paira esse odor inato
De quem se borra, no Por5to!
Garganeiros, andavam os abutres
Preparados pr’a carcaça
Já anunciavam a desgraça
Em esvoaçantes crónicas; embustes!
Mas o tiro saiu-lhes pela culatra
Explodiu-lhes a pólvora sêca
A vaca largou a teta:
Lá vem o mata-mata!!!
Por: Joker
2 comentários:
Sinceramente não sei porque vocês não facilitam a vida a uma pessoa para fazer copy-past,
coisas exelentes que o jocker faz, aproveito para lhe dar os meus parabens.
A cultura do nosso Porto, não se paga, oferece-se. Acho eu...
Abraço e tudo de bom amigos.
Milinto Félix
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