Há-os de todas as cores
Rosas, vermelhos, lilázes
Bichos de pluma, uns ases
Palram, silvam… uns amores!
Só saem da sua gaiola
A convite do seu dono
No resto, dormem o sono
Dos justos, depois da cabriola!
Como que ainda estremunhados
Já não reclamam do apito
Esquecidos, soltam num grito:
Somos líderes imaculados!!!
Há um ano atrás é que fôra
O campeonato das arbitragens!
Guinchavam nas suas ramagens
O golo do Maicon, em anáfora!
Fora-de-Jogo! Fora-de-Jogo!
Repetiram os papagaios
Escreveram outros lacaios
O campeonato perdido, que nojo!
Desta vez, os papagaios rezaram
Nas igrejas, catedrais e capelas
Campeão limpinho, às três tabelas
Que lições de futebol, nos deixaram!?
Campeonato limpinho, limpinho
Penaltis, expulsões, num vale-tudo
Marcações no último minuto
E um Vítor tolinho, tolinho…
Pensando qu’a luta era digna
Que na ilha, o embate era leal
O guardanapo lutava, e coiso e tal
Era só uma miragem sem rima…
As coisas fazem-se por outro lado!
Nada fazendo pr’a impedir a instituição
De vencer, conquistar, ser o campeão!
Um cenário arranjado, programado!
Imaginem tal cenário noutra latitude
O que não se alvitraria em acções?
Em escutas, processos, condenações?
Uma brigada especial contra o clube!?
(Por isso eles são tão coloridos
Barulhentos, solenes, garridos!
Tudo podem na sua algazarra
Um apito, procuradora, e fanfarra!)
Campeões do pontinho à capela
Um epíteto talhado à medida
Campeão da vergonha perdida
Papagaios, lacaios, e uma vela!
Por: Joker
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