segunda-feira, 6 de maio de 2013

Campeão!!!…(papagueou-se)




Há-os de todas as cores
Rosas, vermelhos, lilázes
Bichos de pluma, uns ases
Palram, silvam… uns amores!

Só saem da sua gaiola
A convite do seu dono
No resto, dormem o sono
Dos justos, depois da cabriola!

Como que ainda estremunhados
Já não reclamam do apito
Esquecidos, soltam num grito:
Somos líderes imaculados!!!

Há um ano atrás é que fôra
O campeonato das arbitragens!
Guinchavam nas suas ramagens
O golo do Maicon, em anáfora!

Fora-de-Jogo! Fora-de-Jogo!
Repetiram os papagaios
Escreveram outros lacaios
O campeonato perdido, que nojo!

Desta vez, os papagaios rezaram
Nas igrejas, catedrais e capelas
Campeão limpinho, às três tabelas
Que lições de futebol, nos deixaram!?

Campeonato limpinho, limpinho
Penaltis, expulsões, num vale-tudo
Marcações no último minuto
E um Vítor tolinho, tolinho…

Pensando qu’a luta era digna
Que na ilha, o embate era leal
O guardanapo lutava, e coiso e tal
Era só uma miragem sem rima…

As coisas fazem-se por outro lado!
Nada fazendo pr’a impedir a instituição
De vencer, conquistar, ser o campeão!
Um cenário arranjado, programado!

Imaginem tal cenário noutra latitude
O que não se alvitraria em acções?
Em escutas, processos, condenações?
Uma brigada especial contra o clube!?

(Por isso eles são tão coloridos
Barulhentos, solenes, garridos!
Tudo podem na sua algazarra
Um apito, procuradora, e fanfarra!)

Campeões do pontinho à capela
Um epíteto talhado à medida
Campeão da vergonha perdida
Papagaios, lacaios, e uma vela!



Por: Joker

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