Já era tradição sempre que saía
uma convocatória da seleção do Brasil depararmo-nos com atletas do FC Porto
presentes, ora Hulk, ora Danilo, ora Alex Sandro ou até os três em simultâneo. Hulk
saiu do FC Porto rumo os rublos da Rússia e quase no mesmo espaço de tempo Mano
Menezes foi corrido da seleção dizem eles
por maus resultados obtidos.
A substituí-lo na seleção nada
mais que o nosso (des) conhecido Luiz Felipe Scolari, o brasileiro que liderou a seleção Portuguesa por uns bons pares de anos pago a peso de
ouro e sem resultados que justificassem tanto tempo de permanência por estas
bandas.
Com as convocatórias de Scolari
imediatamente deixaram para nossa (não) surpresa de aparecer nomes de jogadores
do FC Porto, que estranhamente, ou não, até à data sempre tinham como falamos
introdutoriamente visto os seus nomes presentes na convocatória, se a ausência de
Danilo acaba por não estranhar (afinal nem aos adeptos do FC Porto ele tem
convencido totalmente), já a de Alex Sandro um jogador de TOP e que se vinha
afirmando tanto a defesa como até a médio esquerdo no Escrete Canarinho não
deixa de estranhar.
Mas é em Fernando e na sua não
presença nas sucessivas convocatórias que nos vamos centrar.
Fernando é visto indubitavelmente
face ao curriculum e à sua experiência como um dos melhores médios defensivos a
jogar na Europa, não de hoje mas já de algum tempo a esta parte, apelidado em
Portugal de Polvo em virtude da sua forma de jogar e de por vezes dar ideia de
ter várias pernas, vários tentáculos, que amarram os adversários das equipas
contrárias, desmultiplicando-se no meio-campo defensivo Azul-e-Branco com uma
classe e competência como seria capaz de dizer nunca vista por estes lados, sendo uma peça na
equipa de fulcral importância e um dos segredos das ultimas conquistas, foi
assim com Jesualdo, continua assim com Vítor Pereira.
Como faço habitualmente ao dar
uma vista de olhos nos jornais nas últimas semanas um tema não me tem passado
despercebido, o “affair” Fernando e a seleção.
Se aquando da nomeação do senhor
Brasileiro para líder da seleção do seu país estranhei, ou talvez não, vários
jogadores brasileiros ligados ao FC Porto com redobradas esperanças por terem
sido alvo de contacto por parte de Scolari. Vimos inclusive um Fernando de ânimo
renovado, falando quase como uma certeza que a sua
chamada ao Escrete Canarinho estaria próxima.
Ora esta semana o tema subiu de tom,
primeiro deparo-me no Jornal “O jogo” com declarações (já proferidas em tempos
idos aliás, mas que pensava estarem estrategicamente pelo menos postas de lado)
aos meios de comunicação sociais do seu país a dizer algo como:
“Quero um campeonato mais
competitivo”, diz ainda mais Fernando quando segundo ele lhe
perguntavam da razão da ausência das convocatórias da seleção, “…é
por causa do futebol Português não ser visto no Brasil, como o inglês, Espanhol
ou Italiano”.
Ora neste caso a justificação não
me parece a razão das suas não convocatórias e por uma razão simples:
O senhor que está a frente da
seleção do seu país é o mesmo que diz conhecer o futebol português de fio-a-pavio.
Que conhece (caso contrário andou simplesmente a brincar com o dinheiro dos
portugueses) Fernando como poucos no seu país, logo se a responsabilidade de
escolher os atletas para a seleção é exclusivamente dele desta justificação
estamos conversados.
Ontem mesmo já com a pulga atrás
da orelha e já a “cismar” com este assunto li que deixou de novo de fora das suas
escolhas Fernando para acredito grande tristeza deste.
Mas Scolari tenta já decompor um
pouco do que será o seu estilo de jogo e aí ainda mais confuso ou cismático fiquei.
Então diz Scolari:
“Tem que haver mudanças no posicionamento”
mas sobretudo isto “Quero um médio de proteção para não deixar mano a mano os atacantes
com os meus defesas centrais”.
Ora é evidente que ele sabe onde está esse médio, a experiência e a classe para o lugar, quem encaixa nas características pretendidas, tão evidente que como já escrevi em cima ele conversou com ele conforme deixou escapar Fernando, ora se Mano não gostava de Filetes de Polvo e ignorava por sistema esse molusco tão do agrado dos Portugueses e dos Portistas particularmente, já Scolari pelos vistos gosta do arroz do mesmo.
Ora é evidente que ele sabe onde está esse médio, a experiência e a classe para o lugar, quem encaixa nas características pretendidas, tão evidente que como já escrevi em cima ele conversou com ele conforme deixou escapar Fernando, ora se Mano não gostava de Filetes de Polvo e ignorava por sistema esse molusco tão do agrado dos Portugueses e dos Portistas particularmente, já Scolari pelos vistos gosta do arroz do mesmo.
Todos nós estamos lembrados dos
cozinhados de Scolari e do que ele pensava e achava do Porto, o comportamento
que tinha para os jogadores do FC Porto (excepto Bruno Vale…) e o que lhe
custavam as deslocações ao Norte, o que nós não somos é ingénuos e parece-me (a
mim) que nem as declarações de Fernando são ingénuas, como tal parece haver ali "espírito santo de orelha", nem as do Selecionador Brasileiro com o intuito de
num momento crucial desestabilizar o jogador e por inerência a equipa quando
esta está em duas frentes que ditarão o sucesso ou o insucesso da época.
A não convocatória de Alex a mim
me parece motivada por contas antigas com o nosso clube, estou alias para ver
se ele voltará à seleção enquanto jogar de Azul e Branco do Porto vestido, ou
se não virá proximamente também ele a servir-se das declarações de Fernando
para justificar uma vontade de saída.
E depois de Fernando? Com quem
conversará o sr. Scolari? Com Maicon?
Fernando deixo-te um recado
embora saiba que não terei o prazer de me leres nestas linhas, joga e fala com
os pés e deixa a politica para outros, confia no teu clube e em quem o dirige,
não ligues a conselhos de quem só nos quer mal.
Se Mano não gostava de filetes de polvo nós
gostamos e ainda queremos como acompanhamento um arrozinho do mesmo que sabemos
ser tão do agrado do Sr. Scolari.
Por: Rabah Madjer
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