O FC Porto visitou e ganhou, em Braga, ao ABC numa clara
manifestação de garra e superação. Mantém assim a liderança após esta 1ª
jornada da fase final.
Os primeiros 10 minutos iniciais foram, tal como previsto,
muito equilibrados. Nestes minutos a vantagem no marcador nunca ultrapassou 1
golo de diferença. Apesar desse notório equilíbrio no marcador (4 - 3) já
mostrávamos uma preocupante falta de eficácia ofensiva.
A partir daí entramos numa espiral de erros e falhas
técnicas. Se defensivamente cumpríamos bem a nossa missão, com uma defesa
segura e concentrada, ofensivamente estivemos desastrados. Apresentávamos
muitas dificuldades em ultrapassar a aguerrida defesa bracarense. Esta
apresentava-se em 5 - 1 ou mesmo em 3 - 2 - 1 e não tinhas grandes problemas em
exceder o limite da agressividade, Tiago Rocha que o diga.
Esta defesa adversária conseguia, nesta altura, manietar a
nossa forte 1ª linha. Os remates que conseguíamos deste trio eram por norma sob
pressão e de longe (não foram raros os remates para lá da linha de 9 metros).
Além da dificuldade em rematar, cometemos igualmente algumas falhas técnicas
nada habituais. A nossa 2ª linha não conseguia igualmente ser uma mais valia,
embora por motivos diferentes. Como referimos anteriormente, a marcação movida
pelo Pesqueira ao Tiago Rocha era impediosa (palavra simpática para descrever
uma marcação absurdamente agressiva). Agarrões, pancadas, tudo lhe foi
permitido. Os pontas conseguiram diversas situações de remate mas não
acertavam. Elias António falhou em frente ao guarda-redes algumas vezes,
falhou até um remate sem guarda-redes do fundo do campo. Ricardo Moreira falhou
inclusive um livre de 7 metros. O guardião bracarense, Humberto Gomes mostrava
também um índice de defesas impressionante. Em contra-ataque, umas das nossas
armas, não fizemos nenhum golo.
Ao intervalo o resultado mostrava uma desvantagem de 5 golos
(10 - 5). Surpreendente, inédito e mau.
Para quem não conhece esta equipa podia começar a recear um
mau resultado. Quem conhece sabia o nível dos nossos jogadores e treinador e a
sua vontade de vencer. Íamos à luta e íamos dar a volta.
O ABC manteve o seu 3 - 2 - 1 no inicio da 2ª parte mas a
nossa resposta foi diferente. Tiago Rocha deu o mote logo nos segundos iniciais
através de um chapéu magnifico. Além disso dava uma luta tremenda ao seu
marcador. Cheio de raça, um autêntico guerreiro.
Apesar desta melhoria aos 40 minutos a desvantagem
mantinha-se nos 4 ou 5 golos. Tínhamos ganho 2 novos adversários, a dupla de
arbitragem. Ridículos, tendenciosos e claramente com um critério técnico e
disciplinar muito deficiente e em nosso prejuízo. Tivemos exclusões
inexplicáveis (Tiago Rocha, Gilberto, Wilson, Spinola todos tiveram os seus 2
minutos). Um exemplo de uma exclusão. O Tiago Rocha é puxado, atirado ao chão,
olha para o arbitro e é excluído. VERGONHOSO!!! Só encontro duas explicações: ou
foi propositado ou foram incompetentes. nenhuma das duas os habilita a dirigir
jogos da fase final.
Mas ok, tem de ser contra 9, vamos a eles... Gradualmente o
nosso querer e o nosso talento ia reduzindo a desvantagem. 15 - 12, depois um
15 - 13. A nossa defesa pressionava de forma hercúlea e ofensivamente, pese uma
ou outra falha sabíamos o que fazer. Na baliza Laurentino atingia um nível de
excelência.
Estávamos a meio desta 2ª parte e os 5 golos de desvantagem
eram agora 2. Ainda íamos lá... Mais uns minutos e o marcador mostrava um golo
de diferença (16 - 15). Ainda faltava 10 minutos.
O primeiro empate chegou ao nosso 16º golo, através de
Spinola. Nova igualdade uns minutos depois a 17 num livre de 7 metros a punir
falta sobre Ricardo Moreira. Acho que dizer que não houve exclusão (que era
merecida) ao jogador que a fez. Novo golo sofrido e mais uma igualdade,
novamente Tiago Rocha. Brilhante pivot...
A esperada vantagem surgiu apenas a 3 minutos do fim num
remate do MVP da fase regular, Gilberto Duarte. Ainda sofreríamos novo empate,
desta vez a 19, num livre de 7 metros.
E com o resultado empatado, no último minuto, contra-ataque
bracarense, remate isolado e... E nada!!! Hugo Laurentino a fazer uma defesa
fantástica com o seu braço direito. Grande Laurentino, fundamental.
Ainda teríamos um ataque e podíamos vencer. Falta grave,
livre de 7 metros e Tiago Rocha a cumprir. Faltavam 30 segundos e só
interessava segurar este golo. Os tetracampeões defenderam com tudo e não
permitiram que o ataque do ABC tivesse sucesso.
Vitória!!! Grande equipa, grande técnico, grande espírito.
Ruma ao penta.
Destaque para os adeptos que se deslocaram ao pavilhão
adversário. Incansaveis a apoiarem a equipa.
Batalha ultrapassada, faltam 9. Para a semana visita ao
reduto do Águas Santas, um pavilhão que já nos trouxe muitas alegrias nos
últimos anos.
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