terça-feira, 5 de março de 2013

Cerrar fileiras (Por Eddie the Head)




O empate da última jornada do campeonato, em Alvalade, parece ter deixado sequelas no mundo portista.




Num campeonato disputado taco a taco qualquer ponto pode ser decisivo e a perda da liderança foi encarada com gravidade por muitos portistas. Com essa perda, fruto de um jogo pobre frente ao Sporting, quase tudo foi colocado em causa, desde o treinador e o seu modelo de jogo, passando pela preparação física da equipa e acabando na qualidade de vários jogadores e do plantel no seu conjunto.




Percebendo bem a frustração dos adeptos, penso que a hora não é de questionar tudo o que nos trouxe até aqui. Muito menos é hora de desistir dum campeonato cuja conquista depende apenas de nós.

Para esta desunião já temos os pasquins do costume a trabalhar.

Olhando para o modelo de jogo imposto por Vitor Pereira, tão questionado neste momento, foi o mesmo que já nos deu muitos bons momentos de futebol e foi com esse sistema que chegamos aqui e será certamente com ele que vamos até ao fim. A equipa está montada de uma forma muito própria e é completamente fiel a esse estilo de jogo, demasiado até, não sabendo jogar de outra maneira.

É um estilo que serve perfeitamente para desmontar as equipas pequenas, mas precisa de certos ajustes para tal. O problema não será tanto esse estilo, mas sim a forma como ele por vezes é interpretado pela equipa. Pede-se à equipa mais agressividade e profundidade no último terço do campo, principalmente quando o resultado está a zeros, conforme é muito bem explicado neste texto do Rabah Madjer.

Sendo um facto que nos faltam jogadores explosivos na frente, também me parece evidente que o plantel que temos chega para ser campeão, o nível dos jogadores é suficiente para tal. A falta de profundidade na frente de ataque pode e deve ser contornada pelo treinador.

Faltam 9 jornadas para o fim do campeonato e com 9 vitórias o título é garantido. Devemos apenas pensar em ganhar os nossos jogos. Tirando a receção ao clube do regime, não temos nenhum jogo de grau elevado de dificuldade, apesar das deslocações à Madeira e a Paços e a recepção ao Braga estarem longe de ser “favas contadas”. Mas num momento de decisão, uma equipa campeã não pode falhar em jogos desses.

Posto isto, este é acima de tudo um momento onde os portistas se devem unir pela equipa, apoiar e acreditar. Nos pasquins não falta quem duvide de nós e quem queira que nós próprios duvidemos.

Assuntos como a renovação ou não do contrato do treinador devem ser deixados para mais tarde, pois este não é o momento para analisar isso. Este é o momento de ser campeão.


Por: Eddie The Head

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