O empate da última jornada do
campeonato, em Alvalade, parece ter deixado sequelas no mundo portista.
Num campeonato disputado taco a
taco qualquer ponto pode ser decisivo e a perda da liderança foi encarada com
gravidade por muitos portistas. Com essa perda, fruto de um jogo pobre frente
ao Sporting, quase tudo foi colocado em causa, desde o treinador e o seu modelo
de jogo, passando pela preparação física da equipa e acabando na qualidade de
vários jogadores e do plantel no seu conjunto.
Percebendo bem a frustração dos
adeptos, penso que a hora não é de questionar tudo o que nos trouxe até aqui.
Muito menos é hora de desistir dum campeonato cuja conquista depende apenas de
nós.
Para esta desunião já temos os
pasquins do costume a trabalhar.
Olhando para o modelo de jogo
imposto por Vitor Pereira, tão questionado neste momento, foi o mesmo que já
nos deu muitos bons momentos de futebol e foi com esse sistema que chegamos
aqui e será certamente com ele que vamos até ao fim. A equipa está montada de
uma forma muito própria e é completamente fiel a esse estilo de jogo, demasiado
até, não sabendo jogar de outra maneira.
É um estilo que serve
perfeitamente para desmontar as equipas pequenas, mas precisa de certos ajustes
para tal. O problema não será tanto esse estilo, mas sim a forma como ele por
vezes é interpretado pela equipa. Pede-se à equipa mais agressividade e
profundidade no último terço do campo, principalmente quando o resultado está a
zeros, conforme é muito bem explicado neste texto do Rabah Madjer.
Sendo um facto que nos faltam
jogadores explosivos na frente, também me parece evidente que o plantel que
temos chega para ser campeão, o nível dos jogadores é suficiente para tal. A
falta de profundidade na frente de ataque pode e deve ser contornada pelo
treinador.
Faltam 9 jornadas para o fim do
campeonato e com 9 vitórias o título é garantido. Devemos apenas pensar em
ganhar os nossos jogos. Tirando a receção ao clube do regime, não temos nenhum
jogo de grau elevado de dificuldade, apesar das deslocações à Madeira e a Paços
e a recepção ao Braga estarem longe de ser “favas contadas”. Mas num momento de
decisão, uma equipa campeã não pode falhar em jogos desses.
Posto isto, este é acima de tudo
um momento onde os portistas se devem unir pela equipa, apoiar e acreditar. Nos
pasquins não falta quem duvide de nós e quem queira que nós próprios duvidemos.
Assuntos como a renovação ou não
do contrato do treinador devem ser deixados para mais tarde, pois este não é o
momento para analisar isso. Este é o momento de ser campeão.
Por: Eddie The Head
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