quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Prospecção de talentos: Leandro Moura

Finalmente, a janela de transferência ameaça fechar-se. Pelo menos, no toca a entradas, pois quanto a saídas, ainda haverá alguns paraísos de rublos que ainda terão algum tempo para rapinar. Em parte, e sendo franco, ainda bem. É mais espaço temporal para o nosso modelo de negócio funcionar.

Um leitor, Bruno Filipe, propôs-nos um desafio. Após a novela Bernard, com viagens turísticas em poltronas e outros luxos pelo meio, quem poderia ocupar a vaga?

Primeiro, convém perceber se há necessidade de ter mais um extremo ou se a possível aquisição de Bernard não seria mais que uma oportunidade de negócio “by BMG”.

Segundo, se realmente houver carência, que tipo de jogador vem fazer a diferença para essa posição?

Parece-me claro que, na novela Bernard, a fome juntou-se à vontade de comer. Precisamos de um extremo capaz de virar jogos e o Bernard era uma alvo só possível de atingir com a mira telescópica da BMG.
Lá virão os jogos onde as equipas se fechem muito atrás e precisaremos de um jogador capaz de causar pânico no flanco. Lá virão os jogos muito amarrados, sobretudo numa Champions cada vez mais competitiva, onde um lance de génio pode desbloquear um jogo. É esse jogador que o FC Porto procurava e é esse o extremo que nos falta.

Bernard preferiu o calor da torrente de hryvnias, que aquecem qualquer inverno gélido em Donetsk. Legítimo. Mais vale ser rei por um dia!

Mas o mercado é elástico. Há sempre solução. Eis a nossa proposta:




Weverson Leandro Moura é um anjo caído que tenta a sua redenção para retomar o caminho do panteão celestial. De craque precoce do Grêmio a um jogador quase perdido, atolado com problemas fora de campo. A gota de água é ser preso por conduzir sem habilitação válida e a saída do Grêmio seria uma questão de tempo.

Para trás fica a ilusão do menino que, saltando da formação do Grêmio, marca ao rival Internacional na final do Gauchão 2011 e uma carreira no clube de Porto Alegre marcada por inconstância, problemas e pressão.
Em 2013 Leandro recebe guia de marcha para o São Paulo, mas o Grêmio sabe o seu valor e só permite a transferência por empréstimo. No Palmeiras, que havia sido despromovido, Leandro escapa aos holofotes e amadurece. Mais centrado no seu jogo, mais alheio a tudo o que o distrai, Leandro ganha espaço no Palmeiras, torna-se o jogador Palmeirense mais decisivo e ídolo da torcida. O Palmeiras voa na série B brasileira e sempre que Leandro não joga o verdão do Palestra Itália treme. Até a Canarinha se (re)lembrou do menino que um dia jogava muito à bola lá em Porto Alegre.

Leandro é um jogador com uma técnica individual assombrosa. Poderoso no um para um, potente fisicamente, rápido e sem medo de dividir uma bola. Capaz de rasgar pelo flanco, tem um jogo interior perigoso e elevada capacidade de finalização.
Bernard era mais sólido. Leandro é mais selvagem. Atrevo-me: mais potencial.

Com uma situação repartida entre o Grêmio e o Palmeiras, o clube da Palestra Itália vive dias complicados na tesouraria. O maior problema reside mais a Sul. O Grêmio é duro.





Por: Breogán

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