quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Cha-cha-Chau!



Tudo o que dinheiro compra
Por sua força e virtude
É uma vitória d’arromba
De total magnitude!

Pois, até o desconhecido
O que s’encobria escondido
Mostra-se bem convencido
Nesse metal oferecido

E mesmo com juras d’amor
D’anúncios de lealdade
O dinheiro é o sedutor
Que nos abraça a saciedade 

E só nele nos revelamos
Mostramos o nosso preço
Qual o valor que deixamos
Cair por nosso desprezo

E não há homem incorruptível
Não há quem não compre ou venda
Nesta nossa vida, sofrível
O dinheiro é a maior oferenda!

E mesmo quando o preço é alto
O dinheiro ainda é Rei
Não há valor mais cordato
E mais seguro qu’a lei!

Por isso renova ou sai
É o aviso à navegação
Se mais dinheiro não cai
Vendam-no nessa cotação!

Quem fala assim não é gago!
Tem o dinheiro com’o fiel
Não há razão par’o embargo
Vendam-no por esse papel!

E o Porto não s’extingue
Vai continuar a existir
E por maior riquismo que singre
É bom vê-los partir!

Pois a riqueza é contínua
Não se contrai nem s’expande
Tem nesse símbolo, a míngua
Pois rico é quem é Grande!

Não em dinheiro ou altura
Não em estatuto ou poder
Na educação, compostura
Nessa razão de viver!

E a gratidão é riqueza
Pois dando também recebemos
E nessa acção, a grandeza
Qu’o dinheiro é de somenos!

E podem vir declamar
Coisas bonitas em parangonas
E outros ainda, chorar
As culpas dos outros, Primadonas!

Qu’o símbolo maior é o respeito
O dinheiro vem por acréscimo
Qu’os vendam, neste despeito
Os calem, nesse empréstimo!

E mesmo navegand’a mar alto
São meros vendilhões!
O preço? A título de saldo!
Não passam de transações! 




Por: Joker

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