Erguida novamente no ano que passou, a equipa B do Futebol Clube do Porto passou mensagens contraditórias e causou alguma desconfiança acerca da utilidade deste projecto.
Poucos perceberam o objectivo central da Equipa B:
- Formar jogadores? Mas que tipo de jogadores? Da formação? Estrangeiros que não sejam da formação? Jovens de divisões secundárias? Qual o jogador-tipo que se procurava?
- Conseguir resultados? Colocar jogadores mais rotinados e experientes para conseguir resultados? Ou deixar jogar jogadores menos experientes para que possam evoluir?
As questões foram muitas e, acredito eu, que na cabeça dos responsáveis a ideia fosse equilibrar todos estes factores numa grande salada mista em que co-existiam Zé Antónios com Sebás, Tozés com Stefanovics e Freds com Seris.
O que falhou?
Muitas hipóteses podem ser levantadas: A falta de rotinas de uma equipa montada em pouco meses; A inexperiência de jogadores vindos dos juniores ou com idade junior; A falta de adaptação de jovens estrangeiros; A incapacidade da equipa técnica.
No entanto há hipóteses a que eu dou mais importância e que para mim estão na origem do semi falhanço do 1º ano do projecto:
- A falta de talento de muitos dos jogadores. Numa equipa B deve haver critério e o talento é o critério Nº1. Esse critério falhou em muitos casos tanto na contratação como na promoção de jogadores.
- A falta de ligação aparente entre equipa A, equipa B e equipa de juniores, numa "ligação" que sempre pareceu fria e muitas vezes desconexa, não se percebendo muitas vezes os critérios que estavam na base das chamadas e "desaparecimentos".
- A falta de apoio da direcção em momentos chave ao Projecto da B. Quer em questões de arbitragem (uma questão que muito desestabilizou a equipa) como simplesmente para mostrar confiança e apoio à equipa técnica.
- A falta de uma Ideia base que fosse estruturadora de todo o Projecto (Quais os objectivos? Qual o jogador-tipo ou jogadores-tipo? Quais as prioridades?) Acredito que houvesse essa ideia estruturadora, mas a verdade é que a mesma não foi aplicada ou se desmoronou à medida a que a época avançou, porque o que se viu foi um trajecto desconexo, cheio de incongruências e situações inexplicáveis.
Todo este resumo não serve para tirar esqueletos do armário. Pretende-se sim perceber o que se passou no passado para tentar encontrar soluções para o futuro. Está aí uma nova época, que se iniciou com uma vitória sobre o Beira Mar.
Percebe-se que alguma coisa mudou, mas ainda é cedo para tirar conclusões definitivas.
Por enquanto, vislumbra-se uma relação mais próxima entre as 3 equipas do Porto e uma valorização maior da Equipa B quer pelo treinador Paulo Fonseca, quer pela direcção. Será para durar?
Na equipa técnica, foi escolhido para treinador o responsável pela estrutura de formação do clube. Mais um sinal.
Em termos de plantel, assiste-se a uma maior aposta nos produtos da casa, poucas contratações. Um núcleo que se mantém e que se alimenta do plantel principal e da equipa de juniores. Será para durar?
Veremos. O mercado continua aberto, mas os sinais por enquanto são positivos.
Por: Prodígio
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