sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O comando.



Assim falava Zarathustra!
O deus desse Zoroastro
Dessa obra vetusta
Legado desse génio vasto

Numa peça foi musicada
Por Strauss, num tom sublime
Acabando por ser adaptada
A esse mesmo grande filme

2001, Odisseia no Espaço!
Um filme para gerações
Que vi, ainda no regaço
De obra para multidões!

Um crivo do fenomenal
O génio perpétuo, duradouro
A criação do sobrenatural
À nossa idade de ouro!

Nessa evolução desd’as cavernas
O homem cresce até à razão
E depois do uso de antenas
Acaba de comando na mão!

E lança-o pelo ar à água
Escondendo-o do uso d’outros
Para ter o exclusivo da saga
E nisso, recolher-se em louros!

Onde está o comando?
Pergunt’a espécie evoluída
Comando, qual comando?
Remat’o neenderthal, de fugida…

Vermelho, só quer ver vermelho
Os olhos desse homem-macaco
Só o benfica nesse aparelho
Lhe dá o cromossoma transacto!

E ele evolui nessa informação
O vermelho qu’entra na sua mente
E o comando sai da sua mão
Jogado d’encontro à corrente!

Só o vermelho lhe dá conforto
24 horas por dia!
Nietszhe, ainda qu’esteja morto
Prova a sua maior filosofia!

Os Deuses, nessa sua criação
Só servem pr’a nos manipular
E jogados nessa televisão
O comando está a’trapalhar!

Pois, a verdade é inequívoca
E só um prisma pode prevalecer
O benfica tv é a prova viva
Qu’este mundo está a escurecer!

Pois s’a realidade é vermelha
E o comando já está perdido
A tela é vista d’esguelha
E o resto do mundo esquecido!

E a música acab’a condizer
Nessa grande abertura
Strauss, por nunca esquecer
Que Zarathustra, perdura!

E esses Deuses Persas
Que hoje estão no Irão
Têm no Toni, as promessas
Doutros comandos na mão!

E se não chegar Zoroastro
Nietschze, por sua visão trágica
Reclama por outro emplastro
Mesmo que seja em estátua!

Tenho um comando em casa
Mas nã’o tenciono arremessar
Mesmo c’o benfica (tv) de graça
Sou o primeiro, a mudar!

Tenho a faculdade, o dom
De escolher por minha cabeça
C’o este canal pel’a Zon
Temo qu’a relação esmoreça

Pois não me sinto confortável
Em partilhar esse mundo
Ond’o comando é descartável
E jogado nesse seu fundo

D’ignorância crescente
Como escrev’o filósofo
Crendo, como antigamente
No novo Deus, seu homólogo!

Pois a TV, manipula
Como antes, a religião
E s’esse “bem”, bem perdura
Prefir’o comando, na MÃO!





Por: Joker

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