terça-feira, 9 de outubro de 2012

Obrigado, “El Comandante"




Para muitos de nós o futebol não passará de um covil de fortes interesses dissimulados, de uma manipulação de resultados falsos e de pressões associadas para se atingirem certos fins a qualquer preço, mas para outros onde eu me faço incluir, sem deixar de ter a noção que muito coisa pode ser melhorada, também pode ser um exemplo a seguir, uma forma de estar na vida pelo conceito da assertividade e uma grande lição de profissionalismo na sociedade onde estamos inseridos.

O futebol não pode ser só visto como um espectáculo de multidões exacerbadas, que por vezes se assemelha às peregrinações a Fátima ou a Meca, pela quantidade de seres humanos que faz arrastar aos estádios de futebol, é também uma arte centenária que faz as delícias dos amantes desta modalidade, como também pode ser entendido como um ato de singular importância no que toca ao domínio dos laços afetivos que afetam qualquer ser humano na verdadeira aceção da palavra.






Por tudo isto, Lucho Gonzalez pode ser considerado como um exemplo paradigmático de como o futebol também pode contribuir para o equilíbrio mental e a visão bela do mundo, melhorar os sentimentos e as relações entre os seres humanos, se assim for a nossa vontade, e não um antro de invejas, de agressões através de palavras ou de atos racistas. 





Lucho, ou “El Comandante”, como é conhecido no seio da equipa do FCP, ao optar por jogar pela sua equipa em Zagreb, sabendo minutos antes do falecimento do seu pai, não só mostrou todos as qualidades ímpares que detém enquanto ser humano, como também, justificou a razão pela qual lhe foi atribuída novamente a braçadeira de capitão de equipa, e na minha ótica, será também neste enquadramento de sensibilidade e bom senso que o FCP tem vindo a apostar nos seus ativos, demonstrando que no clube não basta que um jogador tenha qualidade futebolística, terá também de possuir qualidades condignas e íntegras como Homem e estar devidamente enquadrado na política de contratações do FCP.


Por: Natachas.

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