83 minutos para haver génio.
Foram muitos minutos até conseguir ganhar a frente do marcador. Chegou perto do fim, mas ainda a tempo de James. Uma vitória justa e merecida, mas que teimava em não materializar-se. Até que James, o génio escondido do jogo, num breve momento de liberdade, mete arte e génio no campo. Imparável!
O jogo foi cheio como um ovo e destaco três pontos. O primeiro ponto foi a atitude da equipa. Um FC Porto vivo, sedento e alegre com a bola. Apostados em varrer da memória os arcos de Vila do Conde, os jogadores do FC Porto entraram no jogo de pé firme e de dentadura arreganhada. Neste propósito, é determinante a entrada de Fernando no onze inicial. Com Fernando o meio campo ganhou pressão ofensiva, uma capacidade de recuperação de bola estonteante e de desdobramento nas marcações. A primeira parte foi de arromba, mas, naturalmente, a equipa foi perdendo gás. O correr dos minutos aplicam uma erosão que não é ultrapassável e o PSG foi acertando marcações, sobretudo, após o intervalo (com Matuidi a acompanhar Verratti mais de perto). Ainda assim, o que mais contribuiu para a equipa não conseguir manter a pressão constante sobre o PSG foi o segundo ponto.
O segundo ponto já não é novidade. O que mais limitou o jogo ofensivo do FC Porto foi o mesmo de sempre. O FC Porto foi uma equipa “mono-flanco”. Onde estava Varela, estava a capacidade do FC Porto em esticar jogo. James dispersou-se entre as suas obrigações de vigiar Maxwell e Matuidi e a sua tendência de ser o 10 desta equipa. Mais uma vez, escondido e amarrado. Não pelo adversário, mas pela táctica. Ainda assim, a equipa conseguiu ser perigosa, beneficiando da ousadia de Ancelotti em lançar um lateral não entrosado com a equipa e sem capacidade defensiva. O jogo inclinou-se para um flanco e assim se manteve até Ancelotti se fartar de van der Wiel. Quando Jallet entrou em campo, o jogo caiu num impasse. Impasse que só é resolvido pelo terceiro ponto.
O terceiro ponto é uma feliz novidade. O nosso génio venceu o jogo. Podia ter caído, de calcanhar, para Ibrahimovic. Mas não! Foi James quem decidiu, com um remate em arco, de primeira e com uma colocação milimétrica. Fez justiça ao esforço da equipa, à história do jogo e a quem apoiou e já desesperava pelo golo prometido que teimava em não chegar. Hoje, Ibrahimovic foi um pormenor, já James foi o “pormaior”. Numa Champions, num palco deste nível, é importantíssimo para o FC Porto ter alguém que consiga ganhar um jogo na genialidade.
O jogo começa com três novidades no onze. Fernando a 6 no lugar de Defour, Danilo a lateral direito na vez de Miguel Lopes e Varela a remeter Atsu para o banco. No seu sistema táctico habitual, o FC Porto apostou numa pressão forte sobre o meio campo do PSG, de forma a não permitir que este alimenta-se a capacidade criativa de Nené ou as derivações de Menéz e Ibrahimovic.
Nos primeiros cinco minutos, nos quais destaca-se a pressão conseguida por Fernando e Moutinho sobre o meio campo adversário, o FC Porto cria duas oportunidades. Ao segundo minuto de jogo, Varela cruza para James, que ganhara a frente ao seu marcador, mas Sirigu consegue bloquear o desvio do colombiano. Dois minutos depois, uma oportunidade de ouro. Combinação entre Moutinho e Jackson e o ponta-de-lança a abrir caminho meio em força. A bola ressalta numa dividida com Thiago Silva e Moutinho, na quina da pequena área, remata às redes laterais com a baliza à mercê. Uma perdida terrível!
Em cinco minutos, duas incursões pelo flanco direito do PSG e duas promessas de golo que ficaram por concretizar. O PSG nem conseguia passar o meio campo, tal era a pressão do FC Porto. Não é de estranhar que a primeira oportunidade do PSG não seja criação sua. Aos 11 minutos de jogo, Helton tem uma má reposição de bola e coloca-a nos pés de Nené. O criativo do PSG, descaído sobre o flanco direito do FC Porto, procura de imediato os centímetros de Ibrahimovic. Felizmente, o sueco, isolado na pequena área, compadeceu-se do erro de Helton e consegue cabecear ao lado.
O FC Porto manteve a pressão. Três minutos depois, nova incursão de Varela pelo seu flanco. Varela invade a área e ganha a frente do lance. Chantôme confundiu a perna direita de Varela com a bola e um penalti ficou por assinalar. Mais três minutos e Moutinho arranca do meio campo, rematando do meio da rua. A bola raspa no poste direito da baliza de Sirigu. O FC Porto mantinha a pressão e o PSG limitava-se a jogar no erro.
Aos 20 minutos, Ibrahimovic despede-se do jogo. Lance em profundidade, após canto a favor do FC Porto, com Menéz a ganhar posição no flanco direito do FC Porto. O francês coloca a bola na desmarcação de Ibrahimovic, que partindo de posição regular, foge de Otamendi e fica isolado perante Helton. Felizmente, Ibrahimovic tenta a genialidade e não a eficácia. De primeira e de calcanhar, tenta colocar um chapéu sobre Helton, mas o guarda-redes do FC Porto não permite.
Daqui e até ao intervalo só dá FC Porto. Ainda assim, o FC Porto foi perdendo eficácia na sua pressão, sobretudo nos últimos 10 minutos da primeira parte e sucumbindo à tendência imposta de só atacar pelo flanco esquerdo.
Aos 23 minutos, Varela sobe pelo flanco esquerdo e centra para Jackson. O colombiano falha a emenda por pouco. Aos 27 minutos, volta a aparecer James, combinação no flanco esquerdo e James a entrar pelo centro. James remata, mas Sirigu desvia com dificuldade para canto. Até que, aos 33 minutos, o FC Porto dá o último sinal de perigo da primeira parte. Moutinho cobra um livre e Jackson, na pequena área, não consegue o desvio para baliza do PSG e cabeceia por cima.
O FC Porto arrancou forte e pressionante e fazendo por merecer a vantagem do marcador. Aos poucos, o PSG foi equilibrando o combate a meio campo.
A segunda parte tem novo arranque muito forte do FC Porto. A receita é a mesma, embora o PSG tenha percebido o truque. Para contrariar o FC Porto, o PSG juntou mais os seus médios, sobretudo Matuidi a Verratti e assim assegurar a saída de bola.
O primeiro lance de perigo é logo no primeiro minuto após o intervalo. Varela sobe, uma vez mais, pelo seu flanco e descobre James na entrada da área. O remate de James sai prensado e desviado para canto. Seis minutos depois, é Alex Sandro que ganha o flanco esquerdo e coloca em Jackson. O colombiano leva uma fracção de segundo a mais a controlar a bola e Sakho acaba por a roubar no último momento.
O PSG remeteu-se ao contra-ataque e é desta forma que tenta responder ao FC Porto. Sem capacidade de penetração, restava ao PSG tentar remates de longe. Um minuto após a oportunidade de Jackson, Nené atira por cima num remate fora da área após assistência de Ibrahimovic. Dois minutos depois, Menéz descobre Thiago Silva à entrada da área, mas o remate sai igualmente torto.
A partir destes “meios avisos” do PSG, o FC Porto entra na sua melhor fase no jogo. A pressão a meio campo resulta e o flanco direito defensivo Parisiense colapsa. Primeiro, é Alex Sandro que avança no terreno e cruza para a área. Jackson desvia de cabeça para trás, onde surge James, entrando pelo lado direito. James tem que rodar para se enquadrar com a bola, mas remata de primeira e em arco sai ao lado. Fica o aviso do génio. Dois minutos depois e o FC Porto tem uma oportunidade de ouro. Grande pressão do meio campo portista, que resulta no roubo de bola numa transição ofensiva do PSG. Moutinho conduz o contragolpe pelo centro e percebe a desmarcação de Varela. Varela segue isolado pelo flanco esquerdo quando é servido por Moutinho. Só com Sirigu pela frente, Varela não vence a mancha do guardião Italiano e perde uma ocasião soberana.
Ancelotti percebe, finalmente, o risco que corre se não fechar o seu flanco direito. A insistência em van der Wiel ameaça sair cara e Jallet entra para o seu lugar. A entrada de Jallet bloqueia a principal via de acesso do FC Porto à baliza do PSG. A situação é agravada pela incapacidade do FC Porto em criar jogo pelo flanco direito. O jogo arrefece e o PSG começa a tentar chegar à baliza de Helton em ataque organizado. Aos 66 minutos, Verratti descobre Ménez na área, mas Helton consegue antecipar o lance.
A única forma que o FC Porto tem de voltar a entrar no jogo com perigo é revitalizando o que perdeu. Chegados aqui, só existiam duas soluções. Ou tentava-se dar nova força ao flanco esquerdo (Varela denotava já limitações físicas), ou tentava-se criar um novo ponto de desequilíbrio no flanco direito, passando James para o centro. Vítor Pereira optou pela primeira via. Saiu bem, mas houve algo decisivo para esse desfecho. Aos 70 minutos de jogo há um canto a favor do PSG.
O FC Porto resolve bem o canto e sai, por James, para o contra-ataque pelo centro do terreno. James, com classe, ganha a dianteira do lance e obriga Jallet a uma entrada dura para o parar. Nem Howard Webb conseguiria passar por este lance sem mostrar amarelo a Jallet. É este detalhe que torna a substituição de Varela por Atsu tão decisiva no jogo. Atsu consegue revitalizar o jogo flanqueado pelo corredor esquerdo, não só pela boa entrada que tem em jogo, mas também, porque Jallet já tem que medir os lances duas vezes.
Passados dois minutos após a sua entrada em campo, Atsu deixa o seu primeiro sinal de perigo. Atsu ganha a linha de fundo a Jallet e num cruzamento/remate obriga Sirigu a defesa apertada. Seis minutos depois, Atsu baila sobre Jallet e remata com violência. Sirigu sacode para canto, mas a substituição de Ancelotti já estava anulada. A porta que o Italiano tentou fechar já estava de novo aberta.
Até que chega o minuto 83! O minuto de James e de Moutinho. O lance surge pelo flanco esquerdo, claro está. Atsu volta a esticar jogo pelo flanco de Jallet, que é dobrado por Thiago Silva e cede canto. O canto é cobrado por Moutinho, mas a defensiva do PSG afasta. Jackson recupera a bola e volta a colocar em Moutinho, que com um toque soberbo de calcanhar finta Nené e cruza. Fernando, na área, desvia o cruzamento, mesmo a jeito para a entrada de James, que, de primeira e com todo o seu talento, coloca a bola em arco e junto ao poste mais distante da baliza de Sirigu. Justiça no marcador, num dos raros momentos de liberdade do génio cafetero remetido, uma vez mais, a terrenos que não são os seus. Merecida explosão de alegria no Dragão! Ganhar com talento tem outro sabor!
Defour já estava em campo no lugar de Lucho e, dentro em breve, Vítor Pereira iria adicionar Mangala no lugar daquele que decidiu o jogo. Fechava-se, assim, a porta à milionária equipa Parisiense e jogo acaba ali.
Foi uma noite doce. O contraponto desejado ao último jogo.
Já sabemos que quanto maior o desafio, mais o Dragão arranca do peito para meter no jogo.
Sempre assim foi. Felizmente!
O PSG saiu vencido. Derrotado plenamente. Teria saído vergado se o FC Porto conseguisse interpolar qualidade ofensiva pelos dois flancos. Se o FC Porto equilibrar a sua produção ofensiva nos dois flancos e colocar o seu génio, o seu “match winner”, na sua posição…vamos voltar a ser um osso bem duro de roer.
Quase que aposto que Paris/Qatar voltará cá. O homem dos bolsos fundos saiu do Dragão com os olhos cheios!
Análises Individuais:
Helton – Uma má reposição que quase deu asneira. Esperemos que tenha sido o erro costumeiro na Champions e que ao contrário de outros, passou sem consequência no marcador. De resto, seguríssimo.
Danilo – Um jogo muito sóbrio. Sem um flanquedor à sua frente, procurou defender a preceito. Saiu-se bem na tarefa. Precisa ainda de melhorar a forma física para ser mais efectivo no vai-vém.
Alex Sandro – Mais um jogo de excelente nível. Não deu uma benesse a defender e a atacar ajudou a martirizar van der Wiel e Jallet. Está um jogador de mão cheia.
Maicon – Jogo exemplar perante uma dupla de avançados muito complicada e móvel. É isso mesmo rapaz, bola complicada, logo para a bancada! Quem brinca em serviço é palhaço e não defesa central.
Otamendi – Só por uma vez Ibrahimovic escapou. Uma pequena nódoa num jogo repleto de excelentes cortes. Viu-se que a estrela da Suécia não gostou do seu estilo hiperactivo. Ainda bem.
Fernando – Claramente, o melhor em campo. Uma primeira parte de extraterrestre. Não havia bola que Fernando não “filtrasse”. Varreu o campo de flanco a flanco e empurrou o nosso meio campo para cima do meio campo do PSG. Ganhou por KO ao “novo Pirlo” do outro lado. Nené e Pastore foram acepipes na sua ementa. Como se não bastasse, ainda participa no golo! Que tenha muita saúde e que os amarelos andem longe!
Moutinho – Ei-lo de volta. Este sim, é o Moutinho! Ora defende, ora ataca, sempre com total disponibilidade e inteligência. Um jogo de grande nível. Pecou pelo golo que falhou aos 4 minutos de jogo. Quando Moutinho colocar os seus índices de finalização ao nível do futebol, entra directamente para o top 3 dos médios mundiais.
Lucho – Foi importante no trabalho de pressão sobre o PSG. Não teve a habitual importância no jogo ofensivo do FC Porto e a constante preferência da equipa atacar pelo flanco esquerdo prejudicou-o. Com os trabalhos monstruosos de Fernando e Moutinho acabou ofuscado.
James – Foi aparecendo, mas é justo dizer-se que passou ao lado do jogo, na maior parte do tempo. A razão é óbvia e mais que batida aqui na Tribuna Portista. Mas a sua genialidade é tal que trespassa o jogo. É ele que abre as “hostilidades” na primeira e na segunda parte, arranca o amarelo a Jallet e acaba marcando um golo genial que decide o jogo. Tudo isto em tempo parcial. De facto, só um génio! Quando for aproveitado em tempo total…
Varela – Quem é este? Voltou? Já não se via um Varela assim há…nem me lembro! Faltou-lhe uma pitada de pimenta (o veneno no momento decisivo). Não pode falhar um golo cantado daqueles! De resto, muito bem enquanto teve pilhas. Que seja para manter, que bem falta faz!
Jackson – Isto da Champions para quem chegou ontem de outro futebol é mais complicado. Ainda assim, fez um bom jogo. Deu trabalho, criou jogadas, fez algumas assistências e nunca desistiu. Prova disso é a recuperação de bola que está na origem do golo. É claro, com um jogo mais equilibrado (e não só flanco esquerdo a carburar) e James mais perto, a cantiga era outra.
Atsu – Pegou onde Varela deixou e continuou. O seu melhor jogo de azul e branco nos últimos tempos. Confiante, decidido e muito vertical. Bom jogo para ganhar confiança e moral.
Defour – Lucho já estava ausente do jogo e Defour não destoou da última impressão do argentino. A entrega esteve lá, faltou o futebol.
Mangala – Entrou para defender e fechar a porta. Ainda deu boa ajuda.
O que disseram os Intervenientes:
Vítor Pereira:
«Fomos sempre melhor equipa»
«Fomos iguais a nós próprios, fieis à nossa identidade, com posse de bola, tivemos variadíssimas oportunidades de golo e fomos consistentes do ponto de vista defensivo. Concedemos apenas uma ou outra chance ao PSG, que é uma grande equipa, mas nós fomos sempre melhor equipa. O golo de James trouxe justiça ao resultado. Fizemos hoje, do primeiro ao último minuto, um grande jogo. Somámos mais três pontos, temos seis, portanto estamos bem».
«Estes dois jogos na Champions provaram isso mesmo. O que quero é que esta força coletiva continue a aparecer e que apareça também no próximo jogo».
Quantos pontos precisa para garantir a qualificação na Champions?
«Não faço contas dessas. As contas vão-se fazendo jogo a jogo. Nesta altura temos seis».
Moutinho:
«Resultado é escasso»
«Conseguimos
controlar, fazer o nosso jogo, impor identidade
como equipa e isso viu-se nas oportunidades que criámos. O resultado foi
escasso,
mas saímos com a vitória que é o que importa.
Conseguimos anular por inteiro a equipa do PSG. Individualmente têm bons
jogadores,
mas anulámos bem o jogo deles e impusemos o
nosso. Só assim íamos conseguir criar ocasiões. O que mudou da temporada
passada?
Na época anterior também entrámos com uma
vitória, mas são temporadas diferentes. Só pensamos nesta. Nada está
garantido,
demos um passo importante, mas temos de
continuar como hoje. As contas fazem-se a pensar jogo a jogo.»
Otamendi:
«Como foi marcar
o Ibrahimovic? Tive respeito por ele e acho que
tanto eu como os meus colegas estivemos bem e conseguimos anulá-lo. O
Ibra
não teve muitas oportunidades para rematar e,
apesar de ter mostrado que é bom, não apareceu muito. Não lhe permitimos
que
criasse grandes situações.»
«O mais importante nestes jogos é ter confiança para gerir a bola. Creio que estivemos bem nesse aspeto e fomos superiores todo o jogo. Foi importante vencer, pois saltámos já para a primeira posição do grupo. Temos de manter este nível já no próximo jogo contra o Sporting.»
«O mais importante nestes jogos é ter confiança para gerir a bola. Creio que estivemos bem nesse aspeto e fomos superiores todo o jogo. Foi importante vencer, pois saltámos já para a primeira posição do grupo. Temos de manter este nível já no próximo jogo contra o Sporting.»
Jackson:
«Trabalho
sempre para a equipa, às vezes as coisas
resultam outras não. Hoje não foi um bom dia, mas a equipa venceu, que é
o mais importante.
Controlámos a bola e conseguimos o resultado que
queríamos. Quando se está convencido do que podemos dar e que podemos
ganhar
a uma equipa como o PSG as coisas podem
funcionar. Fizemos o nosso jogo e conseguimos três pontos que nos deixam
na frente.
Há que continuar a somar pontos, temos pela
frente jogos difíceis, que temos de ganhar.»
Lucho:
«A concentração fez a diferença e isso foi o segredo. Conhecemos bem o PSG e conseguimos fazer um grande
jogo. Podíamos ter marcado mais cedo, mas estamos na frente do grupo e isso é o mais importante.»
«Faltam quatro jogos e ainda tudo pode acontecer. Mas claro que este resultado é ótimo. Vencer em casa é quase obrigatório.»
«Faltam quatro jogos e ainda tudo pode acontecer. Mas claro que este resultado é ótimo. Vencer em casa é quase obrigatório.»
«Podemos melhorar e queremos dar continuidade a isto já frente ao Sporting. Num clássico não há favoritos. São jogos sempre especiais. Favoritos? Queremos ser sempre favoritos. Não gosto de falar dos rivais, só posso dizer que respeitamos muito o Sporting.»
James:
«Estou contente. Foi um bom resultado. Tivemos várias oportunidades e
depois
do minuto 80 a bola entrou. São três pontos
muito importantes. O golo estava perto, tentámos várias vezes e
conseguimos marcar.»
O que disse Vítor Pereira aos jogadores?
O que disse Vítor Pereira aos jogadores?
«Disse
para estarmos tranquilos. O PSG tem jogadores muito bons na frente, mas
hoje
fomos muito melhores.»
Futuro da equipa na Liga dos Campeões?
Futuro da equipa na Liga dos Campeões?
«Somos uma equipa forte, que joga um bom futebol.
Temos de ir passo a passo.»
Carlo Ancelotti:
«O FC Porto fez um bom jogo, com coragem, qualidade e confiança. Nós não jogámos mal. Não foi um mau jogo, mas também não foi o nosso melhor jogo. Tivemos um bom controlo de bola, mantivemos a bola longe do nosso meio campo, mas poderíamos ter feito melhor».
«Nos jogos da Liga dos Campeões é preciso confiança e coragem, e nós ainda não temos experiência para jogar o nosso futebol contra uma equipa como o FCP. É preciso tempo para a equipa ganhar essa experiência».
«É normal que não tenhamos feito um jogo de alta qualidade aqui, mas foi um bom teste. Tivemos algumas oportunidades de golos, jogámos um bom futebol, tivemos muita posse de bola».
«Tivemos alguns problemas no início pelo lado esquerdo, mas não muito graves. Penso que o problema não foi por aí. No meio-campo, Moutinho e Lucho fizeram muita pressão e tivemos algumas dificuldades».
«Ibrahimovic teve duas oportunidades de golo, acabou por não marcar, mas está num bom momento. Tem marcado esta época».
O que diz a imprensa estrangeira:
L' Equipe
Asfixiado pelo português, que pressionou de forma muito
inteligente, os parisienses não foram capazes de resolver a equação
Moutinho. O estratega do FC Porto, que joga de cabeça erguida, esteve
sempre um segundo à frente dos defesas do PSG.
Le Parisien
O
PSG sofreu em proporções alarmantes. O FC Porto é de facto o mais forte
e ainda deve estar para perceber como marcou tão tarde. Salvatore
Sirigu retardou a derrota inevitável.
Marca
Já não está
Falcao, sequer Hulk, mas o FC Porto já tem uma nova figura. O colombiano
James Rodríguez é a pérola mais brilhante em terras lusas. Um golo, a
sete minutos do final, fez justiça num jogo em que a equipa portuguesa
passou por cima de um dececionante PSG.
As
A fabulosa
classe do colombiano James Rodríguez bastou para que o FC Porto
derrubasse o PSG do sueco Zlatan Ibrahimovic. Os portugueses, já líderes
do grupo A, estão perto dois oitavos de final da Liga dos Campeões.
Uefa.com
O
encontro disputado no Estádio do Dragão foi pródigo em bom futebol e
oportunidades de golo, isto numa noite onde o guarda-redes visitante
Salvatore Sirigu parecia ir segurar a liderança parisiense. Contudo, um
momento de inspiração de James Rodríguez, aos 83 minutos, ofereceu aos
"dragões" o merecido segundo triunfo em outros tantos jogos da fase de
grupos.
FICHA DE JOGO:
FC Porto-Paris Saint-Germain, 1-0
FC Porto-Paris Saint-Germain, 1-0
UEFA Champions League, Grupo A, 2ª jornada
3 de Outubro de 2012
Estádio do Dragão
Árbitro: Howard Webb (Inglaterra)
Assistentes: Michael Mullarkey e Darren Cann
FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e James
Substituições: Varela por Atsu (73m), Lucho por Defour (81m) e James por Mangala (90m+1)
Não utilizados: Fabiano, Miguel Lopes, Castro e Kleber
Treinador: Vítor Pereira
PARIS SAINT-GERMAIN: Sirigu; Van der Wiel, Thiago Silva, Sakho (cap.) e Maxwell; Verratti, Chamtôme, Matuidi e Nenê; Ménez e Ibrahimovic
Substituições: Van der Wiel por Jallet (62m), Ménez por Lavezzi (73m) e Lavezzi por Pastore (80m)
Não utilizados: Douchez, Alex, Armand e Kevin Gameiro
Treinador: Carlo Ancelotti
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: James (83m)
Por: Breogán
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