O fenómeno desportivo, e nomeadamente o desporto-rei em Portugal, o futebol, tem sido por diversas vezes objeto nos media, e não só, de enormes polémicas e conflitos entre os seus intervenientes, não só por razões de interesses pessoais associados a grandes clubes ou instituições desportivas, mas também, por razões sociais, políticas e filosóficas que por vezes têm em mente um fundamento ou um único princípio, entreter a opinião pública na leitura e venda de jornais de circunstância, desviar as atenções por incompetência de gestões danosas, ou ainda, a falta de resultados positivos e pressionar as instâncias oficiais que têm a seu cargo a orientação deste fenómeno desportivo.
Quer queiramos quer não, com pressões de um lado ou de outro, o que fica para a história é de facto o resultado do confronto direto entre as equipas protagonistas, e nunca a causa direta ou consequência que originou a homologação do resultado final, de que são disso exemplos paradigmáticos a mão de Vata que proporcionou ao SLB uma presença numa final europeia, um golo limpo do V. Guimarães que lhe tirou a possibilidade legítima de também estar presente noutra final europeia, e ainda, um golo fantasma do FCP numa célebre noite de nevoeiro no antigo Estádio da Antas contra o SCP, que deu a vitória ao clube azul e branco, e tudo isto derivado ao facto de as altas instâncias que regulamentam o futebol, não permitirem o acesso e o uso de câmaras para minimizar o problema e trazer ao futebol a verdade desportiva.
No momento que escrevo este artigo, os clubes da segunda circular estão a passar por períodos conturbados da sua história, o SCP está mergulhado numa crise de resultados e de gerência desportiva, parecendo que pelo andar da carruagem, finalmente entendeu que o seu projeto desportivo estava completamente errado e muito aquém do desejável, e no SLB decorre o período de campanha eleitoral para a eleição dos novos corpos gerentes da SAD benfiquista (LFV ganhou), que se tem traduzido num confronto de ideias equidistantes e de ataques soezes entre ambas as partes, o que não dignifica em nada a boa imagem do clube da Luz, sendo mesmo de lamentar a atitude do seu atual presidente, ao não permitir que aja um debate público e aberto entre as duas candidaturas, o que deixa muito a desejar sobre a liberdade opinativa e democrática duma instituição centenária e reconhecida no mundo inteiro, que devia primar por outros princípios mais consentâneos com o seu historial.
Se é certo que a LFV não lhe podemos reconhecer grandes atributos de dialética intelectual e opinativa, e talvez seja por essa razão que entendeu que não seria de boa prática o confronto com o seu opositor direto, por outro lado, como se costuma dizer, quem não deve não teme, e que eu saiba os números matemáticos das contas contabilísticas de qualquer SAD, por terem de ser auditados pela CMVM, terão que ser uma ciência exata, e não um manancial de parcelas estatísticas de acordo com a vontade e os desígnios de cada um.
Por: Natachas.
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