O FC Porto recebeu esta tarde/noite os polacos do Wisla Plock para a 5ª jornada da fase de Grupos da Champions. Sempre dissemos que seria uma luta desigual mas somos Dragões, olhamos estas dificuldades de frente e vamos à luta. Sonhávamos (e ainda sonhamos) com o apuramento, ainda mais depois vitória na 4ª jornada. Esta derrota de hoje atrapalhou muito as nossas contas. Foi uma derrota que custou, saímos do jogo a pensar que em dia sim ganharíamos.
Perante um Dragãozinho com cerca de 1500 espectadores (apenas a bancada sul tinha pouca gente) Obradovic apresentou o 7 esperado. Com Tiago Rocha indisponível, avança Salina.
Foi um grande inicio da nossa equipa. Aos 5 minutos vencíamos por 4 golos (5 - 1). Eles até marcaram primeiro, mas João Ferraz por duas vezes, Gilberto Duarte, Wilson e Ricardo Moreira deram-nos esta vantagem confortavel. De realçar que apenas o 5º golo foi marcado de 2ª linha, os restantes todos da zona de 9 metros. Estava a resultar a forma como atacávamos a defesa 6*0 dos polacos.
Defensivamente éramos eficazes, mostrávamos uma notavel capacidade de intercepção, agressividade qb a não permitir entradas aos 6 metros nem espaço ao forte pivot para entrar em jogo. Além disso Laurentino parecia estar a "engatar" para um grande jogo.
A partir daí muitas dificuldades. O 6*0 adversário tornou-se mais agressivo e não soubemos lidar com este factor.
À passagem dos 10 minutos o jogo já estava empatado a 5. A meio da 1ª parte perdíamos já por 5 - 9. Estivemos cerca de 10 minutos sem marcar. A piorar ainda mais sofremos 8 golos nesse mesmo tempo. Um parcial de 0 - 8. Permitimos inúmeras penetrações aos 6 metros para fácil conclusão, demasiados macios. A forma como os polacos conseguiram arranjar espaço entre o lateral e o nosso ponta custou demasiado.
Obradovic alterou a defensiva. passamos para um 5*1, Spínola como elemento mais avançado. Voltamos a equilibrar.
Destaque nesta fase para a estreia de uma contratação nova para defender o nosso emblema. Alexis Hernandez Borges, um pivot cubano. Bem vindo Alexis, chegaste a uma casa de Campeões. Num primeiro olhar salta à vista o seu poderio fisico, o único na nossa equipa que se equiparava aos centrais e pivot adversário. Obradovic saberá certamente torná-lo melhor jogador.
Ao intervalo 9 - 14. Uma má primeira parte, talvez os piores 30 minutos na Champions. Mesmo assim o resultado poderia ter sido diferente caso tivéssemos marcado qualquer um dos 3 livres de 7 metros que dispusémos.
Tínhamos de melhorar. Fizemos isso.
Com o resultado em 13 - 16 uma situação de lamentar. Jogada bem construída, bola para o ponta e Mick Schubert é carregado na altura do remate. O árbitro inacreditavelmente marca falta atacante. Foi um erro. O jogador polaco não estava parado e pior estava com um pé dentro da área. A seguir o mesmo Mick é atirado ao chão, magoando-se no dedo (talvez uma luxação), doía só de ver.
Esta dupla teve mais meia dúzia de situações que enfureceram as bancadas. Uma exclusão de algo que existiu a João Ferraz, uma não exclusão num contra-ataque por um dos árbitros (o do outro lado do campo felizmente corrigiu), dois livres de 7 metros que não eram. Não foi por eles que perdemos, mas foram seguramente a pior das equipas hoje...
A meio deste segundo tempo mantinha-se a diferença de 3 golos (16 - 19). Melhoramos, até reduzimos a diferença mas ainda não era suficiente. O guarda-redes deles defendeu muito bem e nós estávamos a falhar mais que habitual.
O jogo continuou equilibrado até ao fim, nunca reduzimos mais o resultado, até voltou a crescer. No fim 20 - 24.
Duas notas finais se me permitem. A primeira os adeptos polacos, não se calaram um segundo e em bom número no nosso pavilhão.
A segunda para o que realmente nos importa, a nossa equipa. Perdemos, não estivemos ao nosso nivel, é certo. Não invalida que saibamos que tudo deram. Muito menos diminui a nossa certeza que darão tudo pelo nosso emblema nos duelos seguintes. Vocês não desistem, nós adeptos também não o faremos. Quem sabe se ainda é possível...
Equipa e marcadores:
Hugo Laurentino (gr), Gilberto Duarte (4), Wilson Davyes (3), Daymaro Salina, Mick Schubert, Ricardo Moreira (3) e João Ferraz (6).
Jogaram ainda: Alfredo Quintana (gr), Miguel Martins (1), Pedro Spínola, Alexis Hernandez, Hugo Santos (3) e Miguel Sarmento
Por: Paulinho Santos
1 comentário:
neste caso, o nosso destino é perder
Enviar um comentário