sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Wisla Plock 28 - 22 FC Porto - Resultado enganador





O FC Porto deslocou-se à Polónia para defrontar o Wisla Plock na 6ª jornada da fase de Grupos da Champions. Perdeu e disse praticamente adeus este ano (este ano sublinhe-se, é aqui que queremos estar e voltaremos mais fortes!) a objectivos maiores nesta competição.




O sonho está cada vez mais complicados. Quase impossivel. Após o apuramento poucos apostariam em passar, o objectivo sempre foi a fase de grupos. Contudo os primeiros jogos e após a vitória frente à equipa francesa do Dunkerque ficamos a pensar que seria possível. Mérito dos nossos jogadores e equipa técnica. Provavelmente não será possivel já este ano.


Mais uma vez limitados devido a ausências por lesão as novidades no 7 inicial foram Hugo Santos e Salina. Não tivemos até hoje um único jogo em que pudéssemos apresentar a melhor equipa. Hoje faltou Tiago Rocha e Scubert. Antes faltavam Spínola e Hugo Rosário. Alvaro Ferrer, uma das grandes apostas para esta época, ainda nem jogou. Wilson e Jo~ao Ferraz já jogaram sem estarem no máximo das suas capacidades. É muito para qualquer equipa, sobretudo num conjunto com um plantel curto e inexpriente nestas competições.

Obradovic nunca justificou qualquer resultado com estes factores. Era legitimo que o fizesse até, nós sabemos o peso disso. Não o fez, sabe o que significa ser Dragão. Se vamos jogar é para ganhar, não há desculpas...

Foi um bom começo de jogo. Defensivamente apresentamos o tradicional 6*0. Uma rotação na transição. No processo defensivo entrava Hugo Rosário ou Alexis e para o ataque entrava João Ferraz.

Conseguimos melhorar em relação ao habitual no último jogo. Uma das grandes dificuldades tinha sido envolver o pivot no ataque. Estávamos a conseguir isso, mesmo que Salina não seja propriamente reconhecido pela eficácia no ataque. É uma das suas falhas inclusivé, a distância para Tiago Rocha no ataque sente-se demasiado. Uma boa rotação, jogo mais rápido e fluido (mérito para Wilson, cada vez um central melhor neste aspecto), um dos pontas a conseguir flectir bem para o meio. Além disso Quintana estava a bom nivel. Muitas defesas, sobretudo aos 6 metros. Só na 1ª parte defendeu 2 livres de 7 metros em 3 tentativas. Brilhante!

Assim, sem surpesa, no final dos primeiros 5 minutos ganhávamos por 3 - 2. 

A equipa polaca tem uma excelente defesa, um bloco 6*0 muito alto e competente. É dificil marcar-lhes. nós estávamos a conseguir nesta fase, mesmo penalizados com algumas exclusões arranjamos situações de finalização. A defender, mesmo com menos 1, continuávamos consistentes, nunca mais que um golo sofrido nesses 2 minutos.

O marcador mantinha-se quase sempre igual ou com distância de 1 golo. Foi assim à passagem dos 10 minutos (5-5), 15 minutos (7-6), 20 minutos (9-8) e 25 (10-9).

Nos minutos finais a eficácia ofensiva foi-se diluindo. mais falhas técnicas, fraca eficácia no remate da 1ª linha e poucas situações para arrancar para o ataque rápido. Basta referir que nos últimos 10 minutos apenas marcamos 2 golos, menos de metade em comparação com o mesmo tempo inicial. Felizmente a competência na defesa era a habitual. Por isso a desvantagem nunca atingiu nesta fase números elevados.

Ao intervalo 12 - 10. Ainda era possível...



Os jogos passados ensinaram-nos que não é possivel ter os 5 minutos de desconcentração que por vezes revelamos nas competições domésticas. Aqui pagam-se caro. Foi o que aconteceu no reinício do jogo. Um mau recomeço. Mesmo com vantagem numérica, não só não conseguimos recuperar como ainda nos atrasámos. Ficamos a perder por 3 desde cedo.

Foi com esta diferença que chegamos aos 10 minutos (16 - 13).





Nunca desistimos e o jogo mantinha-se em aberto. Um factor foi-nos prejudicial. Tivemos inúmeras exclusões, nesta 2ª parte elas aconteciam a um ritmo inacreditavel. Algumas demasiado rigorosas talvez, mas certamente algumas por manifesta ingenuidade.




Apenas com 5 jogadores de campo por norma, estávamos na luta, até nos aproximamos.

A 15 minutos do final eram apenas 2 golos de diferença (21 - 19). Destaque para o 1º golo de Alexis. Após estes 2 jogos parece que poderá ser bastante útil. O seu poderio fisico é uma boa arma. Defensivamente começa a entrar no esquema (teve uma exclusão infnatil contudo), ofensivamente denotou melhorias...

Podíamos ter ficado a 1 golo. Spínola ia reduzindo mas falhou. Sofreu falta que os árbitros não viram, logo apenas foi um remate falhado.

A 10 minutos do fim uma repetição. 22 - 20 no marcador. A chance de reduzir para 1. Um contra-ataque a deixar Ricardo Moreira isolado frente ao guardião adversário, remate picado e bola para fora... Não está em boa forma o nosso capitão e sabemos como é importante no nosso jogo. Após a sua entrada, além deste ataque sofremos 2 golos pelo seu posto e ainda cometeu uma falha técnica.

Já diz o ditado que quem não marca, arrisca-se a sofrer. Foi isso que aconteceu. Uma possiblidade de diferença minima que não foi concretizada, sofremos e ficamos a perder por 3. Depois por 4.

Faltavam menos de 5 minutos. Um jogo que esteve sempre em aberto foi traído. Eles alargaram a vantagem até ao fim. No final o 28 - 22 foi pesado, não foi isto que vimos... A aprender.

A equipa de arbitragem teve alguns erros contra nós, alguns escusados. Não perdemos por causa deles mas foram a pior das equipas em campo. A Champions merece melhor, o Porto merece melhor.

Um último destaque para o público polaco. 5000 nas bancadas, um topo cheio com uma claque a apoiar incessantemente a sua equipa. Também faz diferença e devemos ter isso em nossa casa...




FICHA DE JOGO
 
Orlen Wisla Plock-FC Porto Vitalis, 28-22
EHF Champions League, grupo B, 6.ª jornada
21 de Novembro de 2013
Orlen Arena, em Plock, Polónia
 
Árbitros: Mirza Kurtagic e Mattias Wetterwik (Suécia)
 
ORLEN WISLA PLOCK: Marin Sego (g.r.); Petar Nenadic (7), Adam Wisniewski (2), Kamil Syprzak (3), Marcin Lijewski (6), Nikola Eklemovic (1) e Ivan Nikcevic (3)
Jogaram ainda: Martin Wichary (g.r.), Zbigniew Kwiatkowski, Vedran Zrnic (2), Bostjan Kavas, Muhamed Toromanovic (4), Ivan Milas, Mateusz Goralski e Adam Morawski
Treinador: Manolo Cadenas
 
FC PORTO VITALIS: Alfredo Quintana (g.r.); Gilberto Duarte (3), João Ferraz (6), Daymaro Salina, Ricardo Moreira (1), Wilson Davyes (3) e Hugo Santos (3)
Jogaram ainda: Hugo Laurentino (g.r.); Pedro Spínola (4), Miguel Sarmento (1), Hugo Rosário, Alexis Hernández (1), Ricardo Mourão e Belmiro Alves
Treinador: Ljubomir Obradovic

Intervalo: 12-10


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