domingo, 10 de novembro de 2013

O Dérbi!



O país estava engalanado
Porqu’a capital do império
Tinha esse jogo marcado
Entre clubes com critério

Que se revêm nos actos
Nas práticas e atitudes
E nos episódios transactos
Revelam similitudes!

Um passado obscuro
Granjeando tanta fama
Onde o mérito, no futuro
Não mostra a mesma chama!

E juntos nos desejos
Dessa glória d’outrora
Jogaram por esses ensejos
Disputando a mesma bola!

Um dérbi, o jogo local
Mas de projecção nacional
Lembrando-nos o Portugal
Como projecto ficcional!

A capital dum Império!
Que s’estendia às índias!
Grandioso magistério
Indiferente a outras vidas!

E como esse era o dérbi
O clássico, o centro do mundo
Vivemos, ontem na sede
O seu relembrar oriundo

C’o vencedor anunciado
Com essa mestria e arte
Onde p’lo jogo jogado
Mereceu vencer o Duarte!

E ainda que bem roubados
O leão tem sempre fair-play
E nisso são abençoados
E são distinguidos pela Grei!

É o clube da elite!
Não tem práticas incorrectas
Do benfica é o satélite
Nas relações reabertas!

E com’a coisa estava dura
Nesse desgarrar leonino
O Patrício deu outra ajuda
Como qu’a lembrar o outro hino!

E o dérbi finalizou
Entre hosanas e vivas
A televisão celebrou!
Esse jogo de convivas!

Afinal está tudo bem
C’o benfica sempre a ganhar
O sporting está muito além
Ainda vai dar que contar!

E o Leonardo, o bom jardim
Que faz trabalho tão meritório?
N’Olympiakos, não foi tanto assim
Vencia, mas não tinha este auditório!

E todos contentes ficámos
Por relembrar outros tempos!
Se até todos ganhámos
Só por veres estes portentos!?

Na pátria do futebol
Onde a igreja ainda é cruz
O fado é o nosso farol
E o dérbi ainda é de Jesus!



Por: Joker

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