O FC Porto estreou-se em casa este ano, em jogo da 2ª jornada do Campeonato. Foi um jogo emocionante e muito bem jogado e do qual o nosso clube saiu vencedor. Mantém assim a liderança nesta luta para a revalidação do título.
Tó Neves optou pelo 5 esperado, o mais habitual. Este 5, experiente e que se conhece bem, cedo fez questão de mostrar o sentido que pretendia dar ao jogo.
Foi um bom inicio. Trocas de bola rápidas e incisivas, ritmo de jogo elevado, uma pressão muito alta, logo após a perda de bola, sem dar tempo ao adversário para respirar. Enfim um jogo a 100 à hora, algo que não é nada inédito no nosso conjunto e que poucas equipas do mundo conseguem acompanhar. Assim, os lances de perigo sucediam-se, era uma questão de uma bola entrar.
Demorou uns largos 8 minutos até tal suceder e da forma menos prevista, de penalti. Reinaldo Ventura foi o chamado para cobrar. Bola na marca, remate rasteiro e golo! Grande execução...
O Barcelos tentava dar a melhor resposta a este jogo dos Dragões. São uma equipa interessante, apresentou hoje uma boa postura. Tentaram subir mais e a verdade é que conseguiram logo 2 lances de perigo. No 1º a bola foi ao poste e no 2º Edo efectuou uma grande defesa. Ainda assim, nós continuávamos superiores, devido sobretudo à boa forma defensiva que conseguia contrariar o 2 + 2 visitante.
Estávamos sensivelmente a meio caminho para o intervalo e o nosso treinador começa a rotação. O primeiro a sair do banco foi Caio. Uma escolha na altura certa. Logo após ter entrado, o nosso nº 8 progride em diagonal no ataque. Embora ainda longe, decide tentar o remate. A bola só parou lá dentro, um grande golo. 2 - 0...
Logo a seguir entra Vitor Hugo. Quase que Caio era imitado, o avançado ficou a milimetros de marcar também.
Assistíamos, como quase sempre, a um bom jogo da nossa equipa. Boas combinações ofensivas, boas aberturas, a descobrir a fórmula para aproveitar o jogo interior... Infelizmente sem resultados práticos. Ora o último passe não entrava, ora a bola ia ao poste ou o guardião visitante defendia.
Para completar a menos de um minuto do intervalo, golo sofrido. Existe um remate, Edo defende, a bola ressalta para o patim de Caio e entra. Muito azar! O resultado ao intervalo era por isso de 2 - 1. Curto para o que vimos.
Logo após o regresso dos balneários, novo golo nosso. Grande jogada de Jorge Silva a progredir com bola desde a nossa área e no momento certo a servir Barreiros para este marcar com classe. Bom reinício de jogo.
Contudo, os golos estranhos na nossa baliza não tinham terminado. Na jogada seguinte um passe para o interior da nossa área, novamente a bola ressalta no patim dum jogador nosso e entra...
O azar não tinha terminado. Logo a seguir penalti para o Barcelos. Gostaria de dar a opinião se foi bem ou mal marcado, mas após ver e rever o lance ainda não percebi que infracção foi "vista"... Pela reacção do nosso guarda-redes, Edo Bosch também não percebeu. Na cobrança, golo deles. Estavam decorridos 3 minutos.
Empate no marcador. Totalmente imerecido. Vamos à luta. As bancadas (cerca de 1000 espectadores, um bom número considerando que muitos adeptos foram ao Restelo) perceberam que era a altura de apoiar. Muitos incentivos. Vamos Porto!
Fomos para cima deles. nem sequer podiam respirar. Os remates sucediam-se, vinham de todos os lados. Se perdêssemos a bola, pressão imediata, não os deixar sair. Foi um sufoco para eles. O Barcelos bem tentava acalmar o ritmo, mas nós queríamos assim e era assim que ia ser o jogo.
Após quase 10 minutos de pressão sufocante sobre o barcelos, finalmente o golo. O lance foi ilustrativo do que estava o jogo. remate de barreiros ao lado, recuperação imediata do próprio Barreiros, novo remate, agora ao poste. Na recarga, Tiago Losna finalmente marca. Golo. 3 remates no espaço de 2 segundos, brilhante!
Depois do 4 - 3 não baixamos a guarda. Muito ritmo, muitos remates. Nesta altura em tentativas de marcar já tínhamos mais do dobro que o Barcelos. falhámos muito na finalização, até de penalti (cometido sobre Losna) não conseguíamos.
A 6 minutos do fim, azul para Caio. A dupla minhota achou que aquilo era lance para tal. A equipa minhota ia ter direito a um livre directo. Felizmente na baliza temos um grande guardião, Edo Bosch defendeu este lance.
Estávamos com menos um em ringue e eles subiam. Tó Neves coloca a equipa fechada a defender em triângulo, 2 atrás e 1 à frente. Foram uns heróis, nem um lance permitiram. Pelo contrário, fomos nós que os criámos. Hélder Nunes sai com a bola e ia isolado. É empurrado. Penalti. E o azul interrogava-se nas bancadas. Nada de azul, estava tudo a cair para o mesmo lado... Era uma cegueira facciosa. Na conversão do penalti, Ricardo Barreiros não conseguiu desfeitear o adversário.
A dupla minhota não estava satisfeita. A 2 minutos do fim assinala a nossa 10ª falta. O jogador da equipa minhota marcou. 4 - 4. Muito injusto.
Tó Neves arrisca tudo. O usual 2+2 passa a 1+3. Vamos lá.
A 34 segundos do fim livre directo para nós. Azul para eles, o nosso jogador estava isolado.
A responsabilidade era do nosso capitão, ia ser ele a converter. Vamos Reinaldo, vais marcar. Parte para marcar, não remata de pronto, segue com a bola, finta para a direita, mudança de direcção raípada, remate e, GOOOOOOOLO!!! Rei, Rei,Reinaldo Ventura, o grande capitão!
Bola ao centro, foco na defesa, faltava pouco. Recuperamos imediatamente a bola, falta sobre o nosso jogador. Era a 10ª falta deles. Novo livre directo.
Mais uma vez Reinaldo, vamos lá. Atira Rei! Novamente em progressão, desta vez finta para a esquerda e mudança de direcção para a direita antes de rematar. Golo! Estava ganho.
Equipa e marcadores:
Edo Bosch (gr), Pedro Moreira, Reinaldo Ventura (2), Ricardo Barreiros (1) e Jorge Silva. Jogaram ainda: Caio (1), Tiago Santos (1), Vítor Hugo e Hélder Nunes.
Por: Paulinho Santos
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