sábado, 2 de novembro de 2013

Pastel de nata.



Sai um pastel de nata
Pr’a mesa do canto!
Mas que mesa farta
Ali perto de Monsanto!

É um bairro rico
Por isso come-se bem
O Paulo sabe disso
Por isso foi a Belém!

C’o semblante em alta
Na dose de leão
Julgava qu’a malta
Os tinha já na mão!

E pôs-se em poupanças
Comendo um pastel
Aí vêm as cobranças
Se não te mostras fiel!

A esse passado
De tri-campeão
No futebol jogado
Aí também não!…

E até os pasteis
Nos logram cobrar
Levam-n’os anéis
Sem muito brilhar!

Qu’equipinha esta
Que quem muito s’espera
Se temos a besta
De seu nome Herrera?

E se não caminhas
Eito que nem um fuso
Reza às alminhas
Por um feito luso!

E que vás à Rússia
Conseguir esse feito
Pra esquecer a súcia
Deste grupo desfeito!

Que até dá saudades
Do Vitinho, quem diria?
Quantas mais verdades
Nesta prova d’azia?

E o pastel amargou
Pois não era de nata
E o Porto apostou
No jogo do empata!

E de barriga vazia
C’o pastel no bucho
Hoje foi o dia
De substituir o Lucho!

No final do jogo
Qu’antes não deu jeito
Um assomo d’arrojo
Pra ganhar a eito!

E até o Ghilas
Hoje entrou no campo
Que estratégia sagaz!
Dois pontas? Espanto!

Ah, foi em desespero?
Não pura estratégia?
Quanto vem do esmero?
Ou da pura inércia?

Estou bem desolado
Se até os pasteis
Em futebol jogado
Parecem bacharéis!?

E o que fazer?
Encolher os ombros
Esperar e depois ver
Até onde fomos…



Por: Joker

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