Tudo aconteceu e não perdemos.
Hoje quase tudo aconteceu e, ainda assim, não perdemos. É obra. Mas mais que isso, temos tudo na mão para seguir em frente. Incrível!
Mas fica dado o aviso às portas de Janeiro. Cabe perceber por onde esta equipa treme e treme bem! E actuar.
Quem lê estas crónicas já sabe bem a “tabuada”.
Primeiro, sem James, mesmo que atado ao flanco, não há criatividade no jogo interior. É uma coisa nula, inexistente, uma total abstracção. O FC Porto tem uma cratera imensa entre Jackson e o seu meio campo e limita-se ao chuto para a frente na zona central.
Primeiro, sem James, mesmo que atado ao flanco, não há criatividade no jogo interior. É uma coisa nula, inexistente, uma total abstracção. O FC Porto tem uma cratera imensa entre Jackson e o seu meio campo e limita-se ao chuto para a frente na zona central.
Segundo, já se experimentaram todos os extremos e mais alguns e nenhum deles é melhor que um 10 a fugir do flanco, como James é. O que por si só é significativo, chocante e alarmante. Assim, não temos criatividade no jogo interior e o jogo flanqueado vive de momentos de inspiração individuais, esparsos e muitas vezes só sustentado pelos laterais, em vez de ser um processo sistematizado e dinâmico da equipa.
Terceiro, quando falha Jackson o nosso jogo esboroa-se. Fica em pó. Menos que pó, até! É que Jackson não é só o matador da equipa. É muito mais que isso. Tenta ser o médio criativo que não o serve e que não existe a tempo inteiro, o extremo que não lhe faz chegar bolas nem que arrasta marcações. É o primeiro recuperador de bolas da equipa e aquele que abre espaços para finalizar, àqueles que raramente chegam lá à frente.
Hoje aconteceu tudo ao mesmo tempo e não perdemos. Incrível!
Mas aconteceu mais que isso. Tivemos jogadores a jogar com peneiras e com erros individuais que resultam de total falta de empenho na partida. Para cúmulo, um técnico que, perante a calamidade, ainda baralhou mais a equipa, ao ponto de esta ser incapaz de desatar o seu próprio nó. Só quando volta ao plano racional é que a equipa respirou e reagiu.
Tudo isto aconteceu. Tudo. E não perdemos. Incrível!
Sem Maicon e James lesionados, o FC Porto apresentou o seu melhor onze. Mangala assume a dupla de centrais com Otamendi e Kelvin entra para o flanco, com Atsu a despedir-se a caminho da CAN.
O FC Porto entra forte, aproveitando a expectativa e o recuo do meio campo do Estoril. Aos 8 minutos, Jackson cabeceia com perigo para as mãos do guarda redes do Estoril, após canto cobrado por Moutinho. Aos 10 minutos de jogo, já o Estoril equilibrava a partida. O meio campo do clube da linha assentava o seu jogo e aproveitava a total apatia de Fernando para ganhar metros. O FC Porto, ainda por cima sem James, não conseguia fazer chegar jogo ao seu avançado. Sem ameaçar o meio campo defensivo do Estoril, mais este avança no terreno e começa a esticar a sua acção em apoio aos laterais.
O FC Porto tinha posse de bola, mas limitava-se a trocar a mesma em frente dos centrais e a fazer lançamentos directos para a linha ofensiva. O Estoril com total domínio da situação a meio campo, avança para a “fase 2” do seu plano. Abre a linha de ataque, engatilha os extremos e começa a lançar bolas em profundidade para as costas da linha defensiva portista.
E aqui o problema não é ter uma linha defensiva demasiado alta, embora contribua para o mesmo, mas sim, ter uma linha de meio campo demasiado baixa. Quase estavam sobrepostas, às vezes. O Estoril, primeiro, empurra a linha de meio campo do FC Porto para trás e, depois, aproveita o bloco defensivo alto do FC Porto para lançar raides atrás de raides. Ameaçou, primeiro, e cumpriu, depois. Aos 13 minutos, o Estoril marca em contra-ataque, mas o lance é bem anulado. Aos 15 minutos, Carlitos ganha uma falta inexistente à entrada da área, em sequência de mais um contra-ataque. Na transformação do livre, Steven Vitória não dá hipóteses a Helton e dá vantagem aos canários.
Injusto? Não. Merecido, até!
Aos 21 minutos, Licá volta a ameaçar em lance vistoso, mas o corpo de Alex Sandro evita o pior. Sempre em contra-ataque e sempre por sufoco da linha média do FC Porto.
É com o Estoril a ameaçar o 2-0 que o FC Porto é bafejado pela sorte. Aos 32 minutos de jogo, em mais um despejo para área, Jackson ganha a frente a Steven Vitória e aproveita a má saída do guarda redes do Estoril para fazer o empate. Só o poder alquímico de Jackson para transformar mais um lance de “futebol calhau” num golo que soube a ouro e caído do céu!
O Estoril sente o golo e perde a sua capacidade de sair para o contra-ataque. O FC Porto não melhora, mas pelo menos o golo de Jackson impôs o respeito e deixou a equipa menos pressionada pelo resultado.
Nova oportunidade só aos 40 minutos. E de bola parada, claro. Danilo cobra um livre a 30 metros da baliza, mas faz a bola a passar a rasar a trave da baliza do Estoril. Aos 43 minutos, Moutinho ensaia um remate na passada, mas o seu intento sai frouxo e é defendido.
Nova oportunidade só aos 40 minutos. E de bola parada, claro. Danilo cobra um livre a 30 metros da baliza, mas faz a bola a passar a rasar a trave da baliza do Estoril. Aos 43 minutos, Moutinho ensaia um remate na passada, mas o seu intento sai frouxo e é defendido.
Chega-se ao intervalo com um empate no marcador.
No banco as soluções não abundam e ideias escasseiam.
No banco as soluções não abundam e ideias escasseiam.
Do intervalo vêm más notícias. Jackson sai por lesão o que causa um embaraço táctico de difícil resolução. A passagem de Varela para avançado centro é inatacável. Tirando a possibilidade de algum central com alma de avançado centro, Varela é o extremo que melhor características físicas tem para a posição. O que se estranha é a opção pela entrada de Defour. Se a ideia era soltar mais Danilo, estava condenada à partida. Jamais Danilo conseguiria carrilar jogo pelo flanco com a constante ameaça de um velocista a correr pelo seu flanco abaixo. O Estoril, ainda por cima, tinha logo três à escolha! O que resultou foi um meio campo ainda mais coxo, com Defour e Lucho a dividirem a olho responsabilidades no jogo interior e no flanco direito.
Se o jogo do FC Porto já era engasgado, com a ausência de Jackson e este embaraço táctico, deu um nó cego. Kelvin ainda tenta fazer uma gracinha na abertura do encontro, mas o jogo vira de vez para o lado Estorilista. Ao minuto 53, Luís Leal deixa dois sérios avisos e seguidos. Salva Helton.
O Estoril aperta o sufoco do meio campo defensivo do FC Porto e chega à vantagem num lance que tem tanto de caricato como de displicente. Bola bombeada para a área portista e, de frente para a bola e sem pressão alguma, Otamendi corta a bola com o braço na área. Surreal. Steven Vitória aproveita para recolocar o Estoril em vantagem no marcador.
O Estoril aperta o sufoco do meio campo defensivo do FC Porto e chega à vantagem num lance que tem tanto de caricato como de displicente. Bola bombeada para a área portista e, de frente para a bola e sem pressão alguma, Otamendi corta a bola com o braço na área. Surreal. Steven Vitória aproveita para recolocar o Estoril em vantagem no marcador.
Ainda demorou 5 minutos até chegar a reacção de Vítor Pereira. Apercebe-se, finalmente, do sarilho táctico que criou e resolve desfazer o que havia sido mal feito. Tira Fernando, completamente abstraído do jogo, e coloca Atsu no flanco. Recua Defour para 6 e volta a dar à equipa a sua configuração normal. É verdade que Atsu não trouxe nada ao jogo. Mais uma contribuição nula. Mas a sua entrada permitiu à equipa fluir no seu esquema táctico habitual e explanar de forma mais conveniente o seu jogo.
O meio campo do Estoril já acusa desgaste físico e o treinador vê-se forçado a mexer. O FC Porto aproveita para crescer no jogo. Aos 70 minutos, Lucho centra com critério e Moutinho, no segundo poste, desvia para a baliza, mas o guarda redes do Estoril defende para canto. Aos 74 minutos, Lucho e Danilo não atiram à baliza em boa posição. Aos 80 minutos, Alex Sandro cruza com qualidade, mas Lucho desperdiça atirando de cabeça ao lado. É o melhor período do FC Porto no jogo. Apesar de todas as vicissitudes, a equipa luta.
O prémio viria aos 85 minutos com um golaço de Moutinho! Do meio da rua, Moutinho enche o pé e premeia a alma da equipa. Do mal, o menos. O jogo termina pouco depois com um 2-2 retemperante.
O que fica deste jogo é um sério aviso à direcção da SAD e ao técnico.
À direcção da SAD fica o recado de que as carências do plantel são evidentes e indisfarçáveis.
A Vítor Pereira, se não consegue ajudar, ao menos que não (….).
À direcção da SAD fica o recado de que as carências do plantel são evidentes e indisfarçáveis.
A Vítor Pereira, se não consegue ajudar, ao menos que não (….).
Análises Individuais:
Helton – Valeu pelas duas defesas ao minuto 53 sobre Luís Leal. Se alguma daquelas duas bolas entrasse era o fim do jogo.
Danilo – Bom jogo ofensivo e algo titubeante a defender. Passou por dificuldades frente aos velocistas do clube da linha, mas é normal que assim fosse. A linha média portista em nada facilitou a vida aos seus defesas.
Alex Sandro – Boa recta final de partida que disfarça o mau arranque de jogo que teve. Viu-se que vinha de férias. Não foi o dínamo que costuma ser.
Mangala – O melhor do sector recuado. Autoritário e soberano, mesmo perante a velocidade de Luís Leal. Mais um bom jogo do Francês.
Otamendi – Tanta borrada parece impossível. Passou o jogo a dar balda atrás de balda. O penalti é só a cereja em cima do bolo. Um verdadeiro desastre. Nunca se entendeu com Luís Leal e a forma como se deixa antecipar na área aos 53 minutos por Luís Leal fazer a recarga ao seu próprio remate é inacreditável. O pior em campo e por longa margem.
Fernando – O único que fez Otamendi esforçar-se por ser o pior em campo. De que me lembre, foi o pior jogo que fez a 6. Recuou tanto para a linha dos centrais que mais parecia um libero que um 6. Muito errático no passe e sem vontade alguma de dar cobertura aos laterais. Parecia apostado em não correr mais que um metro e a gastar todas as suas energias a discutir com os árbitros.
Moutinho – Massacrado por um Fernando que se recusou a fazer o seu papel e por um Lucho incapaz de levar a equipa para frente. Tentou acorrer a tudo, como sempre, e até tentou ajudar Atsu a flanquear! Foi muito importante no período de maior acerto do FC Porto. Levou a equipa ao colo e marcou um golaço.
Lucho – Lucho já não é um grande médio ofensivo. Já não é um criativo de mão cheia. Já não desequilibra em todos os jogos, já não é plenamente mortífero ao pé da área. É cada vez mais um ser pensante que gere o futebol da equipa desde cá detrás. Nunca foi um 10, nem nos seus tempos áureos, muito menos é hoje. O FC Porto precisa de repensar o seu meio campo e a dinâmica que consegue gerar no jogo interior. Temos, cada vez, mais tracção atrás (Moutinho) e menos tracção à frente (Lucho). O que facilita muito a vida de quem defende.
Kelvin – Não fez um bom jogo, mas teve detalhes interessantes. Tem que mostrar o que sabe nos lances em que pode ganhar vantagem para equipa e não em todos os lances que disputa. Misturar mais o seu futebol. Centrar mais e melhor, passar mais e melhor e não abusar constantemente da finta. Tem talento.
Varela – A extremo foi mais que sofrível, com tantos passes errados que meteu dó. A avançado centro valeu pelo esforço e ganhou uma boa desculpa para continuar a não sair do sofrível.
Jackson – Atiram-lhe calhaus e devolve ouro. A equipa não lhe dá bolas, atira calhaus. O que vale é que o rapaz é tão bom jogador, que até assim marca. Para o serviço que tem, até mete pena o avançado centro que é!
Defour – Entrada absurdamente patética. Falhou passes de palmatória em transições em catadupa! Depois corre como um desvairado para trás, ao menos isso, mas não apaga a borrada. Atenua, quanto muito. A 6, tal a apatia de Fernando, fez um pouco melhor.
Atsu – Mais um jogo em que não ganhou um lance. Nada de proveitoso saiu do seu flanco. Nem uma finta conseguiu meter. Valeu abrir caminho para Alex Sandro e devolver a equipa à sua estrutura habitual.
Sebá – Voltou a mostrar que o seu valor não tem qualquer correspondência com o preço que o Cruzeiro lhe colou.
FICHA DE JOGO:
Estoril-FC Porto, 2-2
Taça da Liga, grupo A, segunda jornada
30 de Dezembro de 2012
Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril
Assistência: 3.287 espectadores
Árbitro: Paulo Batista (Portalegre)
Assistentes: Inácio Pereira e João Loureiro Dias
Quarto árbitro: Manuel Oliveira
ESTORIL:
Mário Matos; Anderson, Bruno Miguel, Steven Vitória e Tiago Gomes;
Gonçalo, João Coimbra (cap.) e Evandro; Carlitos, Luís Leal e Licá
Substituições: João Coimbra por Elizeu (69m), Luís Leal por Carlos Eduardo (85m) e Evandro por Pedro Henrique (90m)
Não utilizados: Vagner, Bruno Nascimento, Jefferson e Dieguinho
Treinador: Marco Silva
FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Kelvin, Jackson e Varela
Substituições: Jackson por Defour (46m), Fernando por Atsu (67m) e Kelvin por Sebá (79m)
Não utilizados: Fabiano, Quiño, Castro e Abdoulaye
Treinador: Vítor Pereira
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Steven Vitória, Jackson e Moutinho.
Cartões amarelos: Danilo (14m), João Coimbra (21m), Lucho (26m), Steven Vitória (58m) e João Moutinho (90m+2)
Análise do treinador Vítor Pereira:
«Foi um jogo complicado, com uma boa equipa, bem organizada, com bons jogadores, competitivo, em que tivemos que ir buscá-lo ao nosso caráter como equipa. A qualidade neste relvado não é possível, são ressaltos e mais ressaltos. Não estou totalmente satisfeito porque queríamos a vitória, mas muito satisfeito com o comportamento da equipa e com o resultado, dependemos só de nos próprios para seguir em frente.»
Quando questionado sobre as dificuldades que o F Porto voltou a ter na Amoreira (na Liga também esteve a perder e venceu por 2-1, o treinador respondeu assim: «Quero ver uma equipa que chegue aqui e tenha facilidades. Em primeiro lugar porque o Estoril tem mérito na forma como está organizado. E depois porque é um terreno que têm que lá andar para perceberem como está. Uma equipa que queira jogar a um toque, dois toques, com ritmo, não consegue.»
O técnico mostra-se de resto confiante quanto ao apuramento na Taça da Liga na última jornada, frente ao V. Setúbal: «Em nossa casa julgo que temos argumentos e qualidade para definirmos a qualificação. O Setúbal é uma boa equipa, mas acredito que podemos conseguir a qualificação.»
Vítor Pereira optou por colocar em campo o seu melhor onze e explica a opção, quando lhe perguntam se isso revela uma maior aposta na Taça da Liga, em relação às outras épocas: «Fundamentalmente porque quero que a equipa tenha ritmo para os jogos que aí vêm. A paragem quebra um bocadinho o ritmo, naturalmente. Depois, porque saindo da Taça de Portugal não ficamos satisfeitos e queremos seguir nesta Taça da Liga e, se possível, vencer.»
A quebra de ritmo, diz por fim, é um «mal» da época: «Acontece em todas as equipas. É uma paragem que no nosso país é tradição, mas não há duvida nenhuma que quebra. E não é só isso. Os jogadores chegam três dias antes para preparar o jogo, é sempre um bocadinho complicado readquirir o nível que tinhamos antes da paragem. Mas penso que tambném veio na altura certa para podermos descansar um bocadinho e estar junto das famílias.»
Por: Breogán
6 comentários:
Faltou dizer que os jogadores regressaram de ferias 48 ou 72 horas antes...
Mas mesmo assim estranhei uma ou outra má exibição como a do Fernando.
Muito boa exibição do Delatorre em Braga...e o Tozé continua a afirmar-se tal qual o Sergio Oliveira.
Quais são as revelações da segunda liga, para os especialistas (bem merecem a classificação) do TP?
Venha daí (mercado) um reforço ofensivo.
Então é assim,cada um tem a sua opinião,mas,daí até querer ser dono da razão vai uma grande distância.O FCP lança bolas para a linha defensiva,o Estoril lança bolas em profundidade,o golo do Estoril nasce duma falta inexistente mas é merecido(aquela de referir como golo anulado em que dois jogadores do Estoril estão em fora de jogo de metros é para dar uma boa gargalhada),o golo do FCPORTO é resultado de um excelente centro para a zona do ponta de lança,que tem uma desmarcação e finalização fantástica,é caído do céu e tem colaboração do GR,isto dá para pensar...azia?anti?Bem seja o que for,aconselho a rebobinar o filme.Só mais um pormenor,ou dois,Otamendi/Mangala:Otamendi fez uma exibição muito regular e o lance do penalti(que eu aceito)é um lance de azar,a bola ressalta no terreno,logo bate mal no pé e sobe pelo corpo,ele tenta a toda a velocidade retirar o braço para trás,não vai a tempo,mas que é um lance fortuito é,e só não vê isso quem estiver com outras intenções.Mangala,o melhor?Por duas ou três vezes poderia ter sido expulso e não foi em lances fortuítos,mas sim intencionais.Pronto,mais havia a dizer,mas fico por aqui,agora desminta-me se for capaz.
1) Este é um blog de discussão. Promovemos a discussão com artigos de diferentes opiniões e quem nos dera que as participações nos comentários por parte de quem nos lê fossem em maior quantidade. Concordando e/ou discordando. Não é um blog de verdades requentadas e prontas a servir e, sobretudo, de um "seguidismo" cego e quase acéfalo. Também não é um blog acrítico, dono da razão ou apostado numa qualquer espécie de catequização de quem nos lê. Repito, aqui discute-se o FC Porto e não pessoas ou o seu apego ou visão do FC Porto.
2) A crónica versa sobre os lances principais da partida. Como toda e qualquer crónica, aliás. Não versa sobre todos os lances. E há uma razão para isso. Primeiro, seria demasiado fastidioso quer para quem escreve, quer para quem lê, andar quase minuto a minuto a descrever o que aconteceu. Segundo, porque os lances principais são pontos de referência. A maior parte das pessoas que viram o jogo recordam-se deles, o que nos ajuda a passar o filme do jogo.
3) O lance do 1º golo do Estoril está descrito correctamente, a meu ver. A parte do merecimento não se refere à origem do livre (uma falta inexistente como foi referenciado na crónica), mas ao período ofensivo do Estoril. Creio ser perceptível, mas se não o foi, fica o esclarecimento adicional.
4) O lance do golo anulado ao Estoril não me merece qualquer gargalhada. É um sintoma do que estava a ocorrer no nosso processo defensivo e um é lance que foi replicado mais algumas vezes, a maior parte sem consequência, felizmente.
5) O 1º golo do FC Porto é mérito do grande avançado centro que temos. É mais um despejo para área, em balão. Não é um cruzamento. Mais uma bola de central (Otamendi) para Jackson, que foge exemplarmente ao Steven Vitória, ganha posição e tem uma elevação e execução tremenda. Beneficia da saída em falso do GR do Estoril, mas isso não apaga o mérito do Jackson. Caído do céu refere-se, como é óbvio, à pouca capacidade ofensiva que o FC Porto revelara até então e às tremendas dificuldades que tínhamos em flanquear jogo ou a criar desequilíbrios na zona central. Aliás, convém recordar que até ao golo, o FC Porto só tinha criado uma situação de perigo, também por Jackson, e após um canto!
6) Mantenho a apreciação que faço ao Otamendi e ao Mangala. Considero a exibição do Otamendi demasiado errática, sendo o penalti só um dos lances mais caricatos. Já o Mangala, e dadas as dificuldades defensivas que passamos, esteve bem acertado, na minha opinião. Agora, a discordância faz parte da discussão. Registo a sua, com agrado.
7) Aqui não há desmentidos. Aqui há liberdade de se dizer o que se pensa com sentido de responsabilidade. E não é esse tom ou esse acinte que melhora ou promove a discussão. Não há arautos da razão na TP, nem há "desmentidos públicos" como prova de maior razão.
Em suma e completando as palavras do Breogán, a Tribuna Portista apresenta a sua leitura ou a sua visão dos acontecimentos, sem pretender mudar a opinião de quem seja.
Queremos e agradecemos a participação e até a discordância, porque não (?) Feita de modo saudável e com respeito.
Diferentes visões de uma mesma realidade serão sempre bem-vindas, já que não partilhamos cartilhas, não as promovemos, e nos pautamos por uma sadia opinião da realidade Azul e Branca.
Agradecemos os comentários do nosso amigo Carlos Ribeiro, com a certeza que a diferencia de opinião aqui ou ali nunca será para nós motivo de censura ou de critica.
Não somos nem pretendemos ser donos de nada, muito menos da verdade, escrever os artigos e manter o Blog é algo que dá trabalho, mas trabalho esse que é feito com a satisfação e intenção de ajudar a engrandecer sempre o nome do NOSSO FC Porto, pautando a critica sempre pela óptica construtiva e baseada nos factos que julgamos serem de realçar.
Aproveitamos para desejar um 2013 pelo de sucesso para o nosso clube, e até mais que isso, pleno de felicidades pessoais para toda a gente que contribui para que este espaço se mantenha, desde a equipa que o faz, até aos nossos leitores e comunidade Portista em geral.
Agradeço a preocupação na resposta ao meu comentário,quer pelo autor quer pela estrutura do Blogue,cada um entenda como quiser o sentido deste agradecimento:peço desculpa de ter utilizado frases inadequadas,especialmente a última(desminta-me se...),a frase saiu muito má para o que eu queria exprimir,no resto é apenas a minha opinião e convido-o/os a demonstrar que estou errado e eu mudo,de resto posso ainda acrescentar sobre o Mangala que estive sempre com o coração nas mãos(passe o exagero)à espera da sua expulsão,ele agrediu sem nexo por duas ou três vezes adversários e a arbitragem deixou por marcar duas grandes penalidades a favor do FCPORTO.Desejo-vos um MUITO FELIZ 2013,mas aconselho a mudar a agulha,assim vão continuar a não ter comentários.
É a segunda vez que leio artigos deste blogue e independentemente do clubísmo queria premiar o equilíbrio e o nível com que o toda a gente emite a sua opinião e as respostas são dadas. Neste mundo do futebol não é fácil dizer o que se diz neste blogue sem que apareçam palavrões insultos e obescenidades. Como seria bom para todos que ouvesse mais sitios (e não so na net mas tb na TV) em que se pudesse falar de futebol assim. Parabéns!
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