#FCPorto #Assobios #vencer #Lopetegui
Aproveitando a boleia da luta constante
e importante contra os assobios (no mundo informático são os chamados insultos
fáceis), vou tentar demonstrar uma maneira de contornar este obstáculo de
tentar apontar erros à nossa equipa sem a prejudicar indiretamente.
Criticar construtivamente, tentar
descortinar alguns pormenores que melhorados se podem tornar “pormaiores.”
O próprio treinador confessa que a
equipa tem que crescer em certos aspetos, o que é óbvio e está à vista de
todos. Daqueles que cantam e daqueles que não respeitam a frase do mês do nosso
clube. “Enquanto se canta, não se assobia”.
Uma frase simples e pragmática, mas
transversal a tudo o que se tem passado. Na mouche.
Mas vamos ao que interessa:
1) Melhorar na transição ofensiva quando
a outra equipa está a pressionar alto:
É notório que o Fabiano joga curto se os
centrais não forem pressionados ou, caso contrário, bate a bola em profundidade
para a zona do Jackson.
A verdade é que muitas vezes ao jogador
a bola em direção à linha para Maicon/Marcano ou Indi faltam linhas de passe ao
central em questão e este ou chuta para a frente fazendo o papel do
guarda-redes ou mete o lateral numa situação complicada, visto que afunilando o
jogo para um lado do campo na nossa defesa sob pressão o Danilo/Alex muitas
vezes não tem tempo para decidir e tem que continuar a saga de passes
arriscados ou então e, uma vez mais, chutar para a frente. Esta situação já
aconteceu múltiplas vezes nos jogos em que estamos a ter mais dificuldades para
sair.
Podemos nos comprometer a tentar sair a
jogar sob pressão com passes que exigem máxima precisão e foco? Claro! É para
isso que servem os treinos e já se notou que este é um dos pilares de jogo do
Lopetegui.
Mas quanto esta situação não se
aperfeiçoar (já tivemos a nossa conta de golos sofridos por erros mais que
evitáveis) é natural que se ultrapasse esta parte da transição com um passe
para a frente em direção ao Jackson. Os jogadores não podem ficar presos na
impossibilidade de chutar para a frente e preferirem falhar um passe curto para
o meio!
Só que o Fabiano também tem que fazer um
pouco de premeditação ou ser aconselhado previamente pelo nosso treinador.
Se cada vez que se passa ao Maicon
(quando estamos a pressão do adversário é alta) este executa o tal passe direto,
porque não fazer isso o Fabiano 5 segundos antes quando teve todo o tempo do
mundo? É que os riscos do passe sair torto quando o central é abafado são muito
maiores e além disso coloca a defesa algo desposicionada.
Engane-se quem acha que em Arouca houve
melhorias nesta situação. Como já foi descrito na crónica do jogo, o Pedro
Emanuel é que não quis pressionar alto.
2) Passe direto efetuado, Jackson luta a
bola no ar.
Há que ganhar a 2ª bola, aproximar
linhas e fazer subir o bloco!
Muitas vezes vejo o avançado colombiano
ganhar a bola no ar só para esta ir parar a um adversário.
Eu sei que a transição direta não é a
nossa área de conforto, apesar disso porque não tentar ganhar uns valentes
metros no campo em vez de entregar simplesmente a bola à outra equipa?
A rever.
3) Rotatividade. Aqui há que relativizar.
Uma coisa é rodar 1 ou 2 jogadores, outra
é rodar meia equipa num jogo da taça contra um dos nossos rivais.
Uma coisa é trocar dois jogadores no
ataque, outra é trocar dois na defesa.
O treinador possui um plantel vasto e
muito capaz, por isso é normal que mude jogadores em determinadas posições
atendendo às dificuldades do adversário e ao que cada jogador pode oferecer. E
o Lopetegui parece que já começou a definir um 11 base em que faz alterações
pontuais.
Debruço-me agora sobre a rotatividade de
táticas.
O nosso modelo supostamente é o 4-3-3
que dentro do campo parece mais um 4-1-1-3-1. Casemiro e Herrera numa linha que
atravessa as duas balizas e não as duas bancadas centrais e Quintero/Brahimi
mais perto do Jackson.
É este sistema que andamos a melhorar
nos treinos, que os jogadores andam a aprender a sentirem-se confortáveis.
Claro que tem que haver plano B e até C.
Pode é dar mau resultado usar qualquer
um destes planos quando a tática principal ainda não está refinada. E já deu.
Mais uma vez relativizar. Uma coisa é
ter diferentes táticas no reportório, outra é colocar jogadores em posições que
não lhes são familiares só para jogar numa determinada maneira. Não quero
pensar que Óliver a médio esquerdo e Quintero a médio direito, como aconteceu no
jogo da taça, é um plano para longo-prazo.
Não sou apologista que se mude a tática
conforme o adversário. Prefiro que eles mudem por nossa causa, é bom sinal.
Vou citar o meu colega Walter
Casagrande:
“Não é Ruben, Maicon, Oliver ou Brahimi que têm a palavra. É Lopetegui.”
Temos agora uma série de 3 jogos
complicados, é importante continuar no rumo das vitórias já contra o Nacional.
É preciso acrescentar confiança ao nosso talento.
De preferência com um apoio
incondicional do estádio.
Vão ver que dessa maneira se torna muito
mais fácil melhorar em todos os aspetos.
Porto!
Por: Dragão 14
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