domingo, 12 de outubro de 2014

300!

#FCPorto #Joker


Já a prosa d’Heródoto
Aclamad’o Pai da História
Escrever’a qu’a vitória
Tinh’a virtude, no método!

E nessas Guerras Médicas
Sem intervenção d’Esculápio
Acabou por ser o larápio
O vencedor das tragédias!

Que de gregas lá se viram
Nas serranias Termópilas
Onde se diz que Leónidas
Com mais 300, partiram…

Ao encontro desse rio
Navegado por Caronte
Onde Hades tem a ponte
Pr’o seu reino quente e frio…

E que doando a vida
Por essa Grécia d’Estados
Por ela pereceram soldados!
Por Espartanos, protegida!

E nessa história clássica
Vem-me à memória os 300!
Que sendo mais, pelo menos
É essa fábula, a táctica…

Pois destruídos milhares
De persas nessas montanhas
Fossem essas guerras, façanhas
Como os 300 doutros lugares?…

E derrotadas essas hordas
De arqueiros, infantaria
Dos Imortais e cavalaria
Por meros 300, sem sobras?

O qu’a história nos conta
É o valor da derrota
Ond’a valentia se cota
Na desproporcional afronta!

A propaganda já o era
Com’a da marca presente
300, como antigamente
É o registo qu’impera!

O vencedor escrev’a história
Como epopeia triunfal
No registo desigual
Em tais guerras, como agora….

Foram 300! Efeméride!
Esses jogos não-olímpicos
Qu’em processos tão limpos
Um outro herói se fez célebre!

Já não Leónidas D’Esparta
Outro guerreiro sem escrúpulos
Em tudo batendo – só músculos!
Ganh’o epiteto de Za-pata!

Pois oriundo das Américas
Faz jus ao saltimbanco
Tudo largando, pois manco!
Não fossem as guerras médicas…

Com ele não sobra Persa
Não há raça que lh’escape!
Joga tanto como bate
Sem que nada lh’aconteça!

Sobrevive pois à história
Ainda aos castigos de Zeus
E s’ainda expulso dos céus
Nunca lhe escap’a vitória!

Pois o máximo qu’as Parcas
Lhe podem dar por sentença
É duplo-amarelo por ausência…
Pois nunca passa das marcas!?

É qu’a história nunca muda
Já o dizi’o velho Heródoto…
Que na guerra, val’o método
O herói e a…entre-ajuda!


Por: Joker

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