segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Taça da Liga 1ª Jornada; Sporting 0 - 0 FC Porto: Mecânico e martelo.


 



Paulo Fonseca é um problema a adiado. Relembro o jogo em que escrevi. Foi após o nosso jogo frente ao Rio Ave, onde saímos de uma série negra. Foi um jogo onde a lógica imperou, mas que Paulo Fonseca logo avisou que não seria para repetir durante muito tempo. A andadura é algo lhe que custa a tomar e se se toma, pouco lhe dura. Lancei um apelo: mesmo que não perceba as vantagens de um meio campo estruturado, que as respeite!

 



Erro meu. Não é um problema adiado. É um problema camuflado, quanto muito, mas sempre presente.

Pois bem, voltamos ao duplo pivot. Em força.

Voltamos à miséria por onde insiste arrastar a equipa. Faz-me lembrar aquele mecânico incompetente, que sem perceber o problema do veículo ou a sua origem, pega logo no martelo para esmoucar algo. Assim é Paulo Fonseca. O duplo pivot é o seu martelo.

Não bastava o martelo, como ainda as imposições regulamentares da competição exacerbam as suas dificuldades. Tínhamos que jogar com dois jogadores formados localmente. Varela era óbvio. Sobrava Ricardo, Licá e Josué. A escolha foi à Paulo Fonseca. Tão quadrada como absurda. Mesmo passando a imposição de o ter que utilizar por 45 minutos, Paulo Fonseca segue em frente.




 
 Assim quis, assim teve! Ele e nós! Tivemos um FC Porto absurdo a brincar com a sorte. Um FC Porto que leva a base do seu melhor onze e que sai deste jogo com o credo na boca. Um FC Porto que acaba o jogo acantonado na sua área à Paços de Ferreira. Um FC Porto que quase não chegou à frente. Que foi dominado desde que o Ghilas falhou a única oportunidade, aos 7 minutos de jogo, até o árbitro apitou para o fim. Só Fernando assustou pelo meio, mas após um canto. Tudo o resto foi incapacidade de o FC Porto chegar à frente, embora somando minutos de posse de bola, mais por não saber o que lhe fazer.

 


Voltamos a ser sofríveis no jogo flanqueado (sem meio campo estruturado é a primeira coisa a ir ao ar) e assistimos entrincheirados aos raides constantes dos laterais do adversário! Mais, vimos como Paulo Fonseca foi incapaz de corrigir essa deficiência.

Não perdemos, mas capitulamos. Isto não é FC Porto.

E se não bastasse o que se passou em campo, logo vem a conferência de imprensa. Onde Paulo Fonseca debita mais alucinações e Jardim lhe come as papas na cabeça.

Não tem remédio. Logo, remediado está.




Análises individuais:

Fabiano – Sai de campo como o homem do jogo. Boas defesas, algumas decisivas. Voltou a revelar fragilidade na saída a cruzamentos, mas no “tiro ao boneco” é brutal. Pareceu o típico guarda-redes de equipa pequena que engata frente a nós. Não é uma crítica ao Fabiano.

Danilo – Boa primeira parte, mas a segunda é um conjunto de atrapalhações. Quando entrou Carrillo sofreu, pois não havia extremo do seu lado que fizesse um vigésimo do que fazia o Peruano.

Alex Sandro – Mais constante que Danilo, sofreu das mesmas maleitas. Cédric aparecia sempre e não havia Licá que o parasse.

Maicon – Meteu Slimani no bolso. Montero? Entrou?

Mangala – Divide os méritos com Maicon. Os centrais mataram tudo.

Fernando – O FC Porto sentiu a sua saída. Mas continua a não ser usado em conformidade. É um 6 de excelência e Paulo Fonseca insiste fazer dele uma espécie de alucinado que, de vez em quando, arranca por ali fora.

Herrera – Custar o que custou e ter erros tão básicos, tão primários, tão grosseiros e tão miseráveis no plano técnico é surreal. Não sabe jogar em duplo pivot. Não sabe! Precisa de liberdade ofensiva, tudo o que fez de bom no jogo foi quando se libertou das rédeas de Paulo Fonseca. Mas é impressionante a quantidade de passes errados e alguns deles são inacreditáveis!

Carlos Eduardo – Foi mais vítima que réu. O meio campo atrás de si não funcionava e virou vítima fácil para a marcação que lhe foi movida. Ainda tentou cair nos flancos, mas por ali também só havia miséria.

Varela – Mais um jogo a roçar Licá. Tão fraquinho, como inoperante. Claro, aquele meio campo não ajuda ninguém. Mas não é desculpa.

Licá – A melhor forma que um extremo tem de ajudar a defender, é atacar. Um extremo que é perigoso, que é ameaçador, é meio caminho andado para impor respeito. Sobre Licá não tenho mais nada a escrever. Paulo Fonseca não percebe para o que serve, em que fase do jogo faz sentido a sua utilização e quais as suas limitações. Já quantas despedidas solenes da titularidade teve? Só Paulo Fonseca não as escuta.

Ghilas – Jogo ingrato. Falhou o único lance ofensivo da equipa, mas nada de escandaloso. Depois, amargou naquele deserto ofensivo do FC Porto. Andou a tentar apanhar balões com a oposição de Rojo e pouco mais. Como prémio, sai de campo e fica Licá. Ou seja, quando Ghilas poderia ser testado para ser solução no flanco, sai e entrega-se Jackson ao mesmo deserto. Brilhante.


Lucho – Boa entrada, mostrando que é o melhor 8 do FC Porto. É triste ver os jogadores forçados a tentarem dar sentido àquilo que é loucamente imaginado no banco. Foi isso que Lucho fez. Deu sentido, percebeu que tinha que jogar à frente do 6. E fê-lo.

Defour – Voluntarioso e cumpridor. Não aperta tanto como Fernando, mas não destoa.

Jackson – Tem mais qualidade que Ghilas, mas não faz milagres.


Ficha de Jogo:


Sporting: Marcelo Boeck, Cédric, Eric Dier, Rojo, Jefferson, William Carvalho, Adrien Silva, André Martins (Vítor, 77), Wilson Eduardo, Capel (Carrillo, 67) e Slimani (Montero, 63).

Treinador: Leonardo Jardim

FC Porto: Fabiano, Danilo, Maicon, Mangala, Alex Sandro, Fernando (Defour,63), Herrera (Lucho, 59), Carlos Eduardo, Licá, Varela e Ghilas (Jackson Martinez, 77).
Treinador: Paulo Fonseca

Arbitro: Olegário Benquerença

Por: Breogán

8 comentários:

Anónimo disse...

O único jogo onde a "lógica imperou", isto é, um meio campo formado por um trinco e dois médios ofensivos, se bem o entendo, foi na 2ª parte do jogo FCP-Braga!
Em todos os outros jogos o FCP jogou sempre com dois médios defensivos, havendo momentos em que um desses médios defensivos avança com a bola nos pés até à área adversária, mas isso são as chamadas "nuances" do sistema e não um sistema diferente!

O Galaico disse...

Já o ando a dizer desde que AVB saiu clube e apanhou a SAD de calças na mão sem treinador e Ponta de Lança:

A progressiva aposta em treinadores de pequena dimensão (Vitor Pereira era, o seu futebol era miserável e ganhou duas ligas por autênticos milagres irrepetíveis)e a destruição da qualidade do nosso 11 inicial iria dar em descalabro de proporções épicas.

O nosso treinador é mau. Ponto final. É uma pessoa sem qualquer pergaminhos e classe.

Hoje em dia, graças À SAD, a verdadeira responsável do que presenciamos hoje, observamos que qualquer calhambeque acaba por ser jogador do Porto ou treinador da equipa.

Passamos de uma equipa que escolhia os melhores em Portugal e importava quase sempre qualidade para um clube de comércio que para encontrar uma pérola trás 20 jogadores e infesta a equipa de jogadores banais.

Jogadores banais como Josué, Defour, Kelvin, Varela, Ricardo etc. Ou até simplesmente MAUS como Licá. O outros "para o futuro" como Carlos Eduardo, Quintero, Iturbe.

Estes últimos andam aqui a aprender como ser grande jogador em vez de virem para cá grandes jogadores. Esse foi o pecado do Sporting na última década e que os levou a aterrar na mediocridade.

Clubes como o Porto tem de ganhar e jogar bem devido à sua grandeza e orientação no mercado. Ensinar a jogar não é para nós.

Hoje em dia juntamos carradas de banalidades que não fazem a diferença hoje nem sabemos se algum dia o farão a um treinador de regional.

O resultado está à vista.

Parabéns à SAD por uma gestão destrutiva, amadora e previsível nos seus resultados. Mais ainda pela sua obscura gestão, completo black out para com os adeptos em situações como Izmailov, o porquê de Iturbe ter sido emprestado quando foi o nosso melhor extremo na pré época etc etc.

Repito. Enquanto não vier QUALIDADE para a equipa não iremos a lado algum. Podemos inventar o que queremos como desculpas mas esta equipa está feita de 6 jogadores de topo e o resto é mediocridade, irrelevância e sonhos de potencial por confirmar.

Sr. Pinto da Costa. Se para o Porto sobreviver tiver de se tornar uma plataforma dominada por empresários, agentes e comissões, está na hora de mudar o modelo.

Aliás, quando qualquer clube soviético. por mais obscuro que seja, contrata os jogadores que queremos com uma simples assinatura de cheque, está provado que não estamos a ir pelo bom caminho.

PS. No início da época todos deram os parabéns pela compra de Portugueses pois era aposta seguras e com futuro. Eu disse que dos 4 que vieram nenhum valia nada e que preferia jogar com 4 equatorianos de qualidade do que com 4 Portugueses medíocres.

Disseram que eu era maluco. Pois aqui está. Licá, Tiago Rodrigues, Ricardo e Josué. Compramos mediocridade e, portanto, tornamo-nos mediocridade.

Anónimo disse...

Adoro estes portistas tipo "galaico" que parece que tudo começou neles e falam como catedráticos.

Jogo pobre da nossa parte.

Anónimo disse...

Galaico, você está muito ressabiado. Até parece que o FC Porto anda pelas ruas da amargura. Concordo com algumas das suas críticas mas noutras você está a exagerar muito.
Há que ter calma, Paulo Fonseca foi um erro de casting e quem o contratou tem de aprender com o erro. E não esquecer que somos tri-campeões em título e com uma saúde financeira excelente comparada com os rivais da segunda circular.

Quanto aos jogadores portugueses que tanto despreza, covém dizer que um plantel não são só 11 jogadores e que o FC Porto não tem capacidade para contratar 11 Jacksons. Esses jogadores que referiu é claro que não são daqueles titulares indiscutíveis, não têm a qualidade de Jackson, Fernando, Danilo ou Mangala mas são jogadores muito úteis e baratos que poderiam ser lançados no momento certo da equipa, soubesse o treinador fazer isso e não tivesse o plantel lacunas ao nível da qualidade dos extremos. Pergunte ao Leonardo Jardim se ele não ficava todo contente de ter esses 4 jogador lá no 'time' que orienta.

O historiador disse...

Na minha opinião a culpa total do estado em que o FCP está é do treinador! Para além de erros infantis (inadmissíveis numa equipa como o Porto), trapalhadas tácticas e jogadores fora do lugar, Paulo Fonseca mostrou que a equipa é a imagem do treinador: Infeliz, atrapalhada e, acima de tudo, sem o poderio ofensivo que sempre caracterizou o nosso FCP. Além do mais, a alucinação e as mentiras do Paulo Fonseca nas conferências de imprensa após os jogos têm que ser avaliadas por alguém da estrutura porque são pura e simplesmente ridículas (ex: dizer que empatar contra o SCP é bom! ou dizer que o FCP está quase a roçar a perfeição, etc.)

Concordo com O Galaico na atribuição de algumas culpas à SAD (ex: atacar a champions só com o kleber, despachar iturbe e remeter o kelvin para a B, contratar o licá??????????!!!!!!, etc)mas o FCP tem uma grande equipa no geral, nota-se é a falta de capacidade do treinador em gerir um clube e jogadores do calibre do FCP (quintero nas alas tal como james pelos vistos nem lhe passou pela cabeça, ou qualquer pessoa que veja futebol sabe o que o fernando faz é sozinho). Não existem mais desculpas, Paulo Fonseca está desmascarado e mostrou as suas "true colors". Acho que tem potencial para ser um bom treinador...mas não para já e muito menos numa equipa que precisa de uma liderança imaculada e não aquele focinho de criança chateada com a vida..

P.S: Chateia-me desperdiçar esta equipa 3 anos seguidos na champions, porque tivemos treinadores inferiores à qualidade geral do plantel

P.P.S: Este blog está muito bom, já vos acompanho a algum tempo, mas depois da miséria contra os pequenos verdes é que me manifestei a primeira vez.

SAUDAÇÕES PORTISTAS

Anónimo disse...

Ò historiador o FCP a época passada fez uma campanha positiva na LC.

O Malaga era excelente equipa (por pouco não eliminou o Dortmund que foi a sensação da prova) e tinha um grande treinador.
Perdemos como podíamos ter passado. A expulsão de Defour condicionou.
Cumprimos e fizemos excelentes jogos como contra o Paris St Germain e o Malaga em casa.

E por isso é que Moutinho e James foram "vendidos" pelo preço que foram.

JOSÉ LUIS GOMES disse...

SERENIDADE AMIGOS : FAZEMOS DAS RISCAS CORAÇÃO...SOMOS PORTO .

EM 2014 : QUE NUNCA CAIAM AS PONTES ENTRE NÓS

PELO PORTO SEMPRE, UNIDOS VENCEREMOS

Penta disse...



caríssimas(os),

desejo a todas(os) vós um Feliz Ano Novo! de 2014, sobretudo junto daqueles que mais amais e que vos são mais queridos.
e, se for possível, lá para Maio, que a sua cor dominante seja o azul-e-branco :D

no fundamental:
também gostaria de, em breve tempo, poder(mos) sentir que:

somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!


saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! :D
Miguel | Tomo II

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