O Fc Porto recebeu e venceu com
tranqulidade o campeão alemão na 3ª jornada da fase de grupos da
Liga Europeia. O apuramento está praticamente garantido, contamos
por vitórias os jogos efectuados.
Este é um dos jogos em que só
teríamos a perder. Ganhar por muitos era um resultado normal. Tudo
o resto era uma surpresa pela negativa. A grande dificuldade nestes
jogos é manter a concentração e uma postura competitiva, sobretudo
quando 24 horas depois teremos um jogo bem mais complicado e em que é
obrigatório emendar o que se passou no último jogo contra o Cambra.
Sejamos realistas, o adversário teria
dificuldades para se manter na 1ª Divisão se jogasse em Portugal.
Ficarão logo pelo caminho, são a equipa mais fraca deste grupo e a
que todos vencerão. Talvez por isso, numa medida de rodar o plantel
pois amanhã há jogo de campeonato, Tó Neves começou a rodar a
equipa desde o início. O 5 que entrou é o menos habitual na nossa
equipa. Na baliza Nelson Filipe. Como jogadores de campo Hélder
Nunes, Caio, Losna e Vitor Hugo. Uma revolução que faz sorrir.
Quando os jogadores que entram são deste calibre, qualquer jogo só
pode ser encarado com optimismo.
O jogo começou da melhor maneira
possível. Nem um minuto passado e já estávamos em vantagem. Jogada
de Caio e Vitor Hugo a desviar junto à baliza. Um golo típico do
nosso avançado, parecido com muitos que tem marcado.
O jogo poderia terminar logo a seguir.
Contudo sabemos que os jogos duram 50 minutos completos. Só vi isso
não acontecer num jogo. Sim, é verdade, ainda não esqueci...
A equipa, ciente da sua superioridade e
em vantagem tão cedo ainda ficou mais relaxada.
Os minutos iam passando e o pouco
público hoje no Dragãozinho estava igual ao jogo. Calmo, bastante
relaxado a ver o tempo passar.
A equipa alemã empatou à passagem do
5º minuto num lance estranho e fortuito. Mesmo depois de ver as
repetições é dificil dar a certeza de como a bola entrou.
O golo sofrido foi um percalço, o jogo
estava controlado. Minutos depois nova vantagem. Novamente Vitor
hugo, desta vez na conversão de um livre directo.
A exibição da equipa não estava a
ser fenomenal. Não se esperava que fosse sequer. O ritmo baixo e as
facilidades propiciam falhas de concentração. Isso foi notório à
passagem dos 11 minutos. Concedemos novo golo e novo empate.
Tó Neves tentou que a equipa reagisse,
trocou alguns jogadores. O objectivo foi apenas rotação e aumentar
a concentração.
Estas alterações surtiram efeito logo
a seguir numa jogada construída por 2 jogadores vindos do banco. Uma
boa jogada de Pedro Moreira sobre a direita, procura do jogo interior
e Barreiros a desviar para golo.
Ainda antes do intervalo Barreiros
voltaria a marcar. Um grande golo por sinal. Era o 4 – 2, pela 1ª
vez uma vantagem superior a 1 golo. Tudo tranquilo.
O jogo estava lento, sem história,
chato até. Nada que um bonito golo nosso não resolva. Recuperação
de bola e saída para o contra-ataque. A bola passa por todos os
jogadores de campo até ao remate de Jorge Silva que não falhou. Um
bonito golo, tudo executado com rapidez, em progressão e com acerto.
Além destes momentos de bom hóquei,
apenas a dupla de arbitragem fazia os adeptos manifestarem-se. Não
sei se foi apenas um dia menos conseguido ou são mesmo assim. Só
que foi uma má arbitragem. Faltas despropositadas, decisões sem
lógica. Até disciplinarmente não acertavam. Um exemplo disso foi o
azul a Jorge Silva. Sim, era falta mas azul nunca. Valeu que o nosso
guardião defendeu o penalti.
Ao intervalo 5 – 2.
A 2ª parte começou no mesmo ritmo
lento. Era do nosso interesse que assim fosse.
Os campeões alemães reduziram ainda
para 5 – 3. Um livre directo que nelson Filipe defendeu. O árbitro
mandou repetir. Nova tentativa e nova defesa. Na recarga já nada
podia fazer. 5 – 3.
A partir daqui foi uma avalanche
portista. Nós somos melhores, podíamos ir rodando e a qualidade
mantinha-se. Eles se mudavam ainda se notava mais.
O 6 – 3 surgiu em novo contra-ataque.
Jorge Silva conduz a bola, o colega abre na direita. O nosso avançado
aproveita o espaço aberto pela desmarcação e resolve assumir.
Golo...
Falhamos algumas oportunidades, até de
penalti. Não importava, eles acabariam por surgir tamanho o volume
de jogo que tínhamos, mesmo sem forçar.
Tiago Losna estreou-se a marcar neste
jogo aos 18 minutos após jogada de entendimento com Vitor Hugo.
Primeiro marcou, logo a seguir assistiu Hélder Nunes para mais um, o
momentâneo 8 – 3.
Destaque para a estreia de mais um
jovem nas competições europeias com a nossa camisola. Diogo Seixas
entrou em ringue. É bom ver os jovens a começarem a ter as suas
oportunidades...
Até ao final mais 2 golos. O hattrick
de Vitor Hugo e um de Hélder Nunes quase no fim do jogo.
Fim de jogo. 10 – 3. Fácil, deu para
tudo. Rodar o plantel, estrear jogadores, manter o ritmo que nos
interessava e golear.
Amanhã mais um jogo, bem mais dificil.
No Dragãozinho, o nosso clube recebe o Paço de Arcos. Fundamental
ganhar.
Equipa e marcadores:
Nélson
Filipe (gr), Hélder Nunes (2), Caio, Tiago Losna (1) e Vítor Hugo
(3). Jogaram ainda: Diogo Seixas, Pedro Moreira, Jorge Silva (2) e
Ricardo Barreiros (2).
Por: Paulinho Santos
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