Perder a identidade e perder jogos: dois fenómenos intrinsecamente ligados.
Assim se podia definir a visita do Porto B ao Seixal.
Mesmo em equipas B, a rivalidade é notória e talvez por isso
custe ainda mais não só perder, mas sobretudo perder assim. Perder quando se
abdica de tudo o que defina o Porto quer a nível táctico como em termos
emocionais.
Podia descrever as situações do jogo ou o lance x ou y, mas vou poupar o leitor portista a esse embaraço. Foi mau, foi muito mau.
O adepto comum olhava para o onze inicial do Porto B e torcia o nariz... Sim Sr. adepto está de facto na presença de 3 trincos no onze inicial do Porto. Mikel, Pedro Moreira e Tomás eram os 3 jogadores do meio campo portista!
De facto... muito estranho. Se não fosse este fenómeno
aparecer jogo sim, jogo não... ia jurar que o Porto B estava com medo do
Benfica B. De facto antes do jogo não havia razões para medo... mas há medida
que o jogo se foi passando, a fórmula dos 3 trincos fez o adepto mais confiante
abandonar o estádio.
O meio campo do Porto que supostamente trancava a sete
chaves a baliza de Kadu acabou por se revelar um passador. Sim um passador,
aquele objecto de cozinha que deixa passar o leite e fica só a nata. Pois pelo
passador dos 3 trincos passaram os avançados e médios e laterais do Benfica a
seu belo prazer e a única coisa que ficou no passador foi mesmo o orgulho
portista e a convicção dos adeptos que se deslocaram para ir ver o Porto jogar.
Talvez também seja útil reflectir aqui (MAIS UMA VEZ) sobre
o posicionamento do médio criativo Tozé. Porque como se já não bastasse um meio
campo de trincos, tínhamos que reforçar as alas com mais um médio. Um médio que
por sinal é um jovem talentoso e sempre eficaz quando joga no seu lugar. Assim
foi mais 1, mais 1 a fugir à sua identidade.
Quem não fugiu à sua identidade foi Kleber... que ficou
sozinho à espera que alguém lhe cruzasse uma bola, infelizmente depois de
tantas trancas na porta, já não havia espaço para 2 extremos, que colocassem em
apuros os laterais frágeis do Benfica B.
Na defesa o Patrão do costume (Zé António) apagava fogos
múltiplos, mas nem ele chegou para parar a avalanche vermelha que tão
alegremente passava pelas trancas, trincos e passadores.
Também de referir a ingenuidade de uma equipa que num canto
coloca o baixinho Tozé a marcar Steven Vitória, um especialista das alturas.
Sim, caro leitor, esta é a descrição do 1º golo do Benfica B.
Nota só para o golo do jovem André Silva, que devolveu
alguma satisfação aos adeptos portistas e evitou aquilo que seria um resultado
humilhante.
E assim vai o futebol do Dragão. Estranho, muito estranho.
Sobretudo quando a equipa vinha de 1 vitória que não deixou
dúvidas face à Oliveirense, numa segunda parte sem trancas, nem passadores.
Bastou 1 trinco, 1 belo trinco por sinal.
A análise individual hoje é curta, mas é a necessária:
Luis Castro: Treinador incoerente. Incapaz de dar sequência
aos melhores momentos da equipa. Incapaz de colocar os jogadores nas suas
posições de uma forma regular.
Por: Prodígio
2 comentários:
o treinador é muito fraco. para o ano talvez tenhamos o Capucho na B e aí sim, vai haver espaço para bom futebol e para os miúdos que terminam a formação jogarem com regularidade.
Este zizaguear do treinador é algo pouco surpreendente.
Mesmo confessando-me como anti-Luis Castro sendo por isso parcial na sua análise custa-me entender alguma opiniao corrente de adeptos portistas extremamente satisfeitos com ele considerando-o até como um possivel substituto de PF se as coisas nao se endireitarem.
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